CITY OF GOD – O melhor programa para este domingo, véspera do feriado de
São Sebastião, foi ficar em casa, assistindo pela TV a entrega do Globo de Ouro aos melhores do cinema do ano passado, segundo a imprensa especializada em cinema. Um baseado numa mão. Uma taça de prosecco na outra. Pirei assistindo ao programa. Adoro aquela gente. Nicole, Di Caprio, Scorcese, Bono, Renée, Meryl, Salma, Elton, Nicolas, Sharon, Arnold, Brendan...
Vibrei com a premiação do
Richard Gere, melhor ator de comédia ou musical. Sou fã dele desde seu primeiro filme
Looking for Mr. Goodbar. Nunca entendi porque ele nunca foi nem indicado para o Oscar. Penso que é a primeira vez que ele recebe um prêmio como ator de cinema. Acho que agora, que ele está ficando velho, de cabelos brancos, vai começar a ser indicado por todos os filmes. Os atores jovens e bonitos sempre são preteridos nas premiações em favor dos velhos ou feios com talento. Um exemplo disso foi a premiação de
Jack Nicholson como melhor ator de drama. Acho Jack Nicholson um chato. Torci o tempo inteiro para
Leonardo Di Caprio.
Ele é tão cool... Além disso, é um ator fantástico. Merecia o prêmio pelo conjunto de obra.
Sharon Stone é o máximo. Ela foi super alto astral quando entrou em cena para entregar o prêmio de melhor ator de comédia ou musical. Ela vibrou quando o vencedor foi Richard Gere, deixando claro que estava torcendo por ele, seu colega no filme Intersection. Nicole Kidman estava linda. As Horas, o filme pelo qual ela ganhou o prêmio de atriz dramática, deve ser ótimo. Aliás, a Nicole só tem feito filmes ótimos. Moulin Rouge, Os Outros...
Eu adoro
Elton Jonh. Não consigo parar de repetir isso. Foi muito legal vê-lo apresentando os indicados para Melhor Canção. Ele também vibrou com a vitória do
U2, que fez a música para o filme
Gangs of New York, deixando claro que estava torcendo por eles. Mas eu gostaria que tivesse ganhado
Die Another Day, o tema do
007. Já pensou se a vencedora tivesse sido a Madonna? Elton ia ter que entregar o prêmio a ela. A saia ia ficar justíssima. Afinal Elton Jonh declarou que “Die Another Day é o pior tema já feito para um filme de James Bond”. Mas eu não concordo com a bicha. Acho que ele está com recalque porque, apesar de inglês, nunca foi convidado para fazer o tema de um
James Bond, coisa que até o
A-Há já fez.
Espero que minha adorada Madonna tenha mais sorte na entrega do Oscar.
Claro que o grande momento da noite foi a entrega do premio de
Melhor Filme Estrangeiro. Do ponto de vista estritamente cinematográfico, foi justa a vitória de
Talk to Her. Mas foi legal ver a reação da elite do cinema mundial quando foi anunciada a indicação de
City of God, o representante do Brasil. Agora torço para que, ao lado da
Madonna,
City of God dê o troco na entrega do Oscar.
Pedro Almodóvar é um gênio da humanidade. Ele é um Picasso. Um Gauguin. Um Renoir. Um Rembrandt. Uma antítese da humanidade para seres medíocres como George W. Bush e Tony Blair. E Hollywood reconheceu isso quando o ovacionou, assim que foi anunciado o seu filme como o melhor entre os estrangeiros. Talk to Her é uma obra prima incontestável. Uma jóia rara. Um clássico definitivo como Casablanca, Blade Runner ou Shane.
Como os americanos são alienados! Dentre todos os premiados Almodóvar foi o único que se lembrou de falar na eminência de uma guerra e fazer um apelo pela paz. Nos seus discursos de agradecimento as estrelas de Hollywood só falaram de seus egos e de seus umbigos. De como ficaram nervosos com as indicações. De como aquele prêmio era importante para sua carreira. Mas, o grande artista é aquele que está mais atento ao mundo à sua volta.
Ave Almodóvar.