INDEPENDÊNCIA OU MORTE - Como faço todos os anos, fui assistir a parada militar de sete de setembro. Para mim é um programa sagrado. Vou ao desfile todos os anos e até hoje sinto o mesmo encanto que sentia quando via a parada na minha infância. Quando criança eu adorava assistir ao desfile. Era fascinado pelas fardas, pelas armas, pela disciplina e pelas bandas que tocavam os dobrados. Se existe uma música que marcou definitivamente a minha infância essa música chama-se Cisne Branco, o hino da Marinha do Brasil. Quando menino, ouvir aquela música me comovia de uma forma que eu não conseguia entender. Existe uma tristeza na melodia que me perturba a alma. Ao mesmo tempo a beleza dos seus acordes e a letra singela enchem meu coração de felicidade.
Neste
sete de setembro, antes de começar o desfile, quando eu caminhava na concentração, por entre fuzileiros, recrutas e paraquedistas, acabei me deparando com um batalhão da Marinha. No exato momento em que eu ia passando a banda começou a tocar o
Cisne Branco. Um batalhão inteiro, com uns trezentos marinheiros. Todos perfilados na posição de "sentido". A farda dando aquele toque de elegância masculina característico de toda
farda militar. As vozes másculas entoando com firmeza os versos meigos da canção. E a banda tocando com todo gás aquela melodia inebriante que ecoava pelos edificios do centro da cidade e pareciam querer explodir meu coração. Foi lindo demais. Tão lindo que eu não consegui controlar as
lágrimas que começaram a jorrar dos meus olhos como uma dupla cachoeira. Chorei como há muito tempo eu não chorava.
Durante o desfile me sentia como a criança que nunca deixei de ser. Eu olhava para os militares com pureza e paixão. Era como se eu nunca tivesse crescido. Ao mesmo tempo era tudo extremamente
sensual. E isso não era um sentimento adulto. Quando criança eu já olhava para aquele mundo com desejo e paixão. Quando acabou a parada, ouvindo a música bem ao longe fiquei torcendo para que o próximo sete de setembro chegue logo e eu possa desfrutar novamente desses doces momentos de felicidade.
CISNE BRANCO
Qual cisne branco que em noite de lua
Vai deslizando no lago azul
O meu navio também flutua
Nos verdes mares de norte a sul
Linda galera que em noite apagada
Vai navegando no mar imenso
Nos traz saudades da terra amada
Da Pátria minha em que tanto penso
Quanta alegria nos traz a volta
À nossa Pátria do coração
Estava cumprida a nossa derrota
Temos cumprido nossa missão
Linda galera que em noite apagada
Vai navegando no mar imenso
Nos traz saudades da terra amada
Da Pátria minha em que tanto penso/
Qual linda garça que aí vai cortando os ares
Vai navegando sob um belo céu de anil
Minha galera também vai cortando os mares
Os verdes mares, os mares verdes do Brasil
Música e Letra:
Antonino M. do Espírito Santo e
Capitão-Tenente Francisco Dias Ribeiro
FELIZ ANIVERSÁRIO - O sempre festeiro
Guilherme Araújo fez festa animada na sua casa em Ipanema, para comemorar o aniversário. 68 anos, diziam as velas que enfeitavam o bolo. Os amigos mais chegados marcaram presença na festa.
Gilda Matoso e Marcus Vinicius. Scarlet Moon. Jorge Salomão. Dedé Veloso.
Marcio Roiter. Marco Rodrigues.
Noelza Guimarães. Dalva Lazaroni. Ivone Kassu. Regina Priolli. Maria Gladys. Dona Lúcia Rocha. Rodrigo Argollo. Amin Khader. Tania Caldas com a filha Maria Cortez. Além de fotógrafos e jornalistas das revistas Quem, Caras e Contigo.
Marcos Ramos fotografando tudo para a coluna Gente Boa e
Jonas Torres fotografando para a coluna da Hilde. Como era véspera do feriado de sete de setembro a casa estava toda decorada com balões verde e amarelo. Um buffet maravilhoso com salmão, fois gras e brie. Além de muito champanhe, champanhe, champanhe.
O clima da festa foi de alto astral e muita alegria. Guilherme é um sujeito muito querido e só quem teve a oportunidade de conviver com ele sabe a pessoa adorável que ele sempre foi. Fofocas, ti-ti-tis, causos. Todo mundo tinha uma história divertida para contar ou um comentário maldoso a fazer. O que tornou a noite um festival de gargalhadas. Amin Khader brincava todo o tempo com os jornalistas. Num dado momento ele estava todo serelepe, andando de um lado para o outro e eu perguntei se tinha acontecido alguma coisa. Mr. Khader então me disse, com a voz carregada de excitação:
O fotógrafo da revista Contigo, foi no banheiro, fez uma foto do seu próprio pau e me mostrou no visor da câmera. Eu estou "passado" com aquele bofe. Champanhe. Champanhe. Champanhe...
Ivone Kassu soltou faíscas quando alguém falou em Gerald Tomaz.
Mau caráter foi a expressão mais gentil que mademoiselle Kassu utilizou para se referir ao diretor teatral. A presença da candidata do PV à Câmara dos Vereadores Dalva Lazaroni também causou um certo frisson. Quando eu disse que a campanha política dela era bem divulgada, alguém comentou:
Ela é riquíssima. Tem muito dinheiro. O marido dela ganha milhões da Comlurb. Foi então que uma locomotiva social fez o seguinte comentário:
Sabe-se que é através do recolhimento de lixo que acontecem os maiores casos de corrupção das prefeituras. Basta ver o caso de Marta Suplicy, em São Paulo. Champanhe. Champanhe. Champanhe...
Scarlet Moon, divertida e bem humorada, contou que recentemente tinha ido a um jantar e, no momento em que a comida ia ser servida, um dos convidados passou mal, desmaiou e teve que ser socorrido.
Estava todo mundo morrendo de fome e ficaram todos na maior dúvida se socorria o sujeito ou se avançava na comida. Aproveitando a dica, Guilherme mandou servir o jantar, vários tipos de massa. Depois as velas do bolo foram acesas e todos cantaram parabéns para o aniversariante, que parecia uma criança com seu sorriso de felicidade. Champanhe, champanhe, champanhe...
O DIABO VESTE PRADA - Finalmente chega ao Brasil o livro que disseca os bastidores da indústria da moda. Em
O DIABO VESTE PRADA a toda poderosa editora de moda da revista VOGUE
Anna Wintour, um dos meu ídolos jornalísticos, é retratada de forma implacável por uma ex-colaboradora,
Lauren Weisberger. Depois de ter sofrido o pão que o diabo amassou com as tiranias da chefe, a secretária resolveu se vingar escrevendo um livro venenoso. Bom para quem gosta de saborear o fel da vingança. O título tem uma quantidade de veneno bem adequado ao tema. Até porque o mundo da moda é um poço de vaidades, competições, egos inflados, ilusão e muito humor.
O mundo da moda não é para iniciantes. Especialmente em Nova York. Para conquistar espaço - o mínimo que seja - é preciso muitas vezes experimentar o pão que o diabo amassou. Ou mesmo vender a alma ao dito-cujo. Mas será que vale a pena tanto sacrifício? Com conhecimento de causa, Lauren Weisberger lança a questão com charme e bom humor em seu romance de estréia,
O DIABO VESTE PRADA, um
roman à clef que revela, em detalhes, histórias de personagens facilmente identificáveis no mundinho fashion de Nova York. O resultado é um livro saboroso, fiel ao melhor estilo da nova literatura feminina de humor, sucesso de público nos EUA - onde permanece na lista dos mais vendidos desde o lançamento, em abril de 2003 -, já tendo sido publicado em 27 países.
Lauren Weisberger trabalhou como assistente da todo-poderosa-amada-e-odiada editora da revista Vogue, Anna Wintour. Assim, qualquer semelhança de
O DIABO VESTE PRADA com a realidade não é mera coincidência. Neste irresistível romance, o leitor irá conhecer
Andrea Sachs, uma jovem recém-formada que conquista um emprego que deveria deixar roxas de inveja milhares de garotas: o de assistente de
Miranda Priestly, reverenciada editora da revista Runway Magazine, a mais bem-sucedida revista de moda do momento. Logo ela percebe, porém, que o emprego pelo qual um milhão de meninas dariam a vida para ter pode simplesmente acabar com a dela.
De uma hora para outra, a jovem jornalista se vê num escritório onde as palavras
Prada, Armani e Versace são lei e começa a conviver de perto com o fascinante mundo da moda. Fascinante, mas nem tão glamouroso assim. Ela logo percebe que, em lugar de escrever reportagens e editoriais de moda, seu trabalho na Runway será o de atender aos caprichos da chefe: Andrea precisa buscar as roupas de Miranda na lavanderia, ir à caça de baby-sitters para seus filhos, localizar do escritório em Nova York o paradeiro do motorista que deixou Miranda tomando chuva numa esquina de Paris e providenciar rapidamente a solução para pedidos os mais mirabolantes. Miranda é a personificação do pesadelo para Andrea.