O verdadeiro vencedor esquece que está numa corrida, apenas ama correr.
29.3.06
OS VERSOS DE UM POETA - A última vez que encontrei Eucanãa Ferraz foi no aniversário da Luciana de Moraes. Ele demonstrava estar feliz e buscava distribuir sua felicidade com todas as pessoas da festa. O poeta Eucanãa não admitia de ninguém nada menos do que a felicidade. Dançou o tempo inteiro ao som do samba cheio de gingado da cantora Martinália. No meio do salão sua figura de poeta era a perfeita tradução da delicadeza dos seus versos...
MORTE NO MAR
a T. S. Elliot
Lembro do rapaz que vi morrer na praia.
Os olhos abertos
- uma luz tão fria -
conchas espantadas que eram.
As mãos nada diziam de
anêmonas e navios.
Eu era um menino e
o azul verde da água.
Alto e belo, o afogado,
um capitão.
CONTO
para Eugénio de Andrade
Ainda não era menino
ou menina.
Tudo o que sabia
era o nome das cores.
Tudo o que sentia era
sede e fome.
Mas houve o verão em que
os barcos não regressaram. Foi quando,
apontando a linha do horizonte, a mãe
disse ao seu ouvido:
- és um homem.
DESEJO
Que venham as flores, o doce,
a blandícia e o azul
mais que azul
das calmarias.
Ainda assim, sonharemos
- secretos - com
beijar a boca das espadas.
LEMBRANÇAS DO ÚLTIMO VERÃO - Quando fui passar uma temporada na praia de Trindade conheci um cara, Abrahão, um rapaz judeu de 22 anos, que tinha vindo de Israel conhecer o Brasil. Era a primeira vez que ele viajava sozinho, sem a família. Tinha planos de ficar seis meses viajando. Queria primeiro conhecer o Brasil, começando pelo Rio, em seguida Bahia, Nordeste e Amazonas. Depois ia viajar pela América do Sul, começando pela Venezuela, até chegar a Argentina. É um ritual da educação judaica, quando o homem se torna maior de idade, faz uma longa viagem sem a família, para conhecer o mundo. É uma espécie de rito de passagem para a vida adulta.
Abrahão é muito simpático e logo ficamos amigos. Fazíamos longas caminhadas pelas trilhas que levavam as praias. Fumamos vários baseados admirando a paisagem magnífica da região. Nadamos na praia e conversávamos muito. Falávamos em inglês, mas ele me ensinou algumas palavras em hebraico. Abrahão me contou que morava em Jerusalem, bem perto do lugar onde Cristo nasceu. Disse que Jerusalem hoje é uma cidade bem moderna e agitada, e que lá ele tem muitos amigos.
Abrahão me disse para não acreditar no que os noticiários dos jornais e das TVs mostram sobre as desavenças entre os judeus e palestinos. Segundo ele existe muito sensacionalismo no noticiário. "A maioria dos judeus convivem pacificamente com os palestinos. Eu tenho vários amigos palestinos. Eles vão na minha casa. Eu vou na casa deles. Aquelas pessoas que vivem em guerra é apenas um grupo que vive apegado ao passado. São pessoas que vivem numa outra época. Como esses hippies que estão ali." De fato, Trindade é um povoado cheio de hippies que vivem de artesanato, como se estivessem nos anos 60.
Um dia Abrahão comentou que estava com saudades de seu cachorro, um pastor alemão. Eu perguntei como era o nome do cachorro e ele me respondeu: Edmundo. Fiquei surpreso. Por que Edmundo? Abrahão me explicou que era em homenagem ao nosso jogador de futebol. Ele mesmo. Edmundo, o animal. Foi assim que eu descobri que o jovem judeu sabia tudo sobre o futebol brasileiro. Conhecia o nome dos times, dos jogadores, dos campeonatos... Até já tinha visto a seleção brasileira jogando em Paris. Chiquérrimo.
Abrahão também falava muito de sua namorada. Ele me disse o nome dela em hebraico e explicou que aquele nome significava happiness em inglês. Eu expliquei que a tradução da palavra happiness para o portugues era felicidade. Desde então ele só se referia a namorada como Felicidade. Eu achava muito engraçado o jeito como pronunciava a palavra em portugues... Ele andava pela praia repetindo: felicidade, felicidade, felicidade...
A ligação de Abrahão com o Brasil não se fazia apenas através do futebol. Existia uma ligação também através da literatura. O jovem e belo judeu tinha lido todos os livros do Paulo Coelho. E falava da obra do Mago com intimidade e conhecimento de causa. Disse que os livros, na essência, contavam sempre a mesma história. Mas que era uma única história de grandeza espiritual.
Depois da temporada em Trindade voltamos a nos encontrar no Rio. Quando o moço chegou na cidade eu dei algumas dicas para ele, como por exemplo, ir à praia no posto nove. Ele adorou essa dica. Na sua temporada carioca foi todos os dias à praia no 9, onde logo se enturmou e fez amigos. Numa das vezes, quando cheguei na praia, ele estava num grupo, batendo papo, fumando um baseado. "Voce está parecendo um carioca", eu disse. Ele sorriu e disse que era assim que estava se sentindo.
Abrahão fez todos os programas clássicos do turista que vem ao Rio. Foi ao Pão de Açucar, mas preferiu o Cristo Redentor. Foi à Lapa, mas achou muito barra pesada. Disse que tinha muita gente e muita droga. Muito pó. Mas gostou do baile de Carnaval na Fundição Progresso, onde se divertiu e dançou muito. Detestou Copacabana, onde pivetes tentaram roubá-lo. "Copacabana não é legal", me disse. Adorou Ipanema, a Lagoa e o Jardim Botânico. Foi sozinho ao desfile das escolas de samba e se divertiu a valer com a música, as fantasias e as mulheres seminuas. Também curtiu de montão a Banda de Ipanema e achou os travestis muito divertidos. Tentou ir, com mais dois turistas, até a favela de Rio das Pedras, conhecer o famoso baile funk do lugar. Mas o taxi se perdeu na favela, não achou o baile e eles foram parados pela polícia. Os policias deram uma dura nos turistas, depois ameaçaram levá-los para a delegacia, alegando que eles estavam à procura de drogas. Caso eles não quisessem ser detidos teriam que pagar dez reais cada um.
Quando Abrahão me contou essa história dos policiais eu fiquei morrendo de vergonha. O Rio de Janeiro tem uma policia que se corrompe por dez reais! Puta que pariu! Essa cidade realmente está com sérios problemas. Outra coisa que me chocou foi a forma como ele se referiu a Copacabana, local onde pivetes tentaram assaltá-lo. Eu sei como ele estava se sentindo. Copacabana realmente se transformou numa cilada para turistas. Quem é da cidade e anda por ali percebe que as ruas do bairro estão cheia de gente que está ali para se dar bem com os gringos. Traficantes, assaltantes, pivetes, ambulantes, meretrizes, gigolôs... O bairro oferece um péssimo serviço de bares, restaurantes e suas ruas são verdadeiras armadilhas para os turistas. Um bairro de fama internacional! Que horror! Infelizmente o Rio é uma cidade que não tem prefeitura, nem governo.
Um dia antes de Abrahão viajar para a Bahia e o Nordeste, eu o convidei para almoçarmos no Via Farme, um lugar onde eu adoro comer massas. Lá Abrahão me contou que não é um judeu ortodoxo, que come carne de porco e que estava gostando muito de conhecer o Brasil. Eu dei telefones e endereços de amigos que poderia procurar nas suas andanças pelo País. Dei dicas de praias, cidades e locais que deveria conhecer. Recomendei que quando chegasse em Manaus procurasse o lutador Wallid Ismail, meu amigo, que é Palestino e ele adorou a idéia e me explicou o significado da palavra "Ismail". Grande figura o Abrahão.
MORTE NO MAR
a T. S. Elliot
Lembro do rapaz que vi morrer na praia.
Os olhos abertos
- uma luz tão fria -
conchas espantadas que eram.
As mãos nada diziam de
anêmonas e navios.
Eu era um menino e
o azul verde da água.
Alto e belo, o afogado,
um capitão.
CONTO
para Eugénio de Andrade
Ainda não era menino
ou menina.
Tudo o que sabia
era o nome das cores.
Tudo o que sentia era
sede e fome.
Mas houve o verão em que
os barcos não regressaram. Foi quando,
apontando a linha do horizonte, a mãe
disse ao seu ouvido:
- és um homem.
DESEJO
Que venham as flores, o doce,
a blandícia e o azul
mais que azul
das calmarias.
Ainda assim, sonharemos
- secretos - com
beijar a boca das espadas.
LEMBRANÇAS DO ÚLTIMO VERÃO - Quando fui passar uma temporada na praia de Trindade conheci um cara, Abrahão, um rapaz judeu de 22 anos, que tinha vindo de Israel conhecer o Brasil. Era a primeira vez que ele viajava sozinho, sem a família. Tinha planos de ficar seis meses viajando. Queria primeiro conhecer o Brasil, começando pelo Rio, em seguida Bahia, Nordeste e Amazonas. Depois ia viajar pela América do Sul, começando pela Venezuela, até chegar a Argentina. É um ritual da educação judaica, quando o homem se torna maior de idade, faz uma longa viagem sem a família, para conhecer o mundo. É uma espécie de rito de passagem para a vida adulta.
Abrahão é muito simpático e logo ficamos amigos. Fazíamos longas caminhadas pelas trilhas que levavam as praias. Fumamos vários baseados admirando a paisagem magnífica da região. Nadamos na praia e conversávamos muito. Falávamos em inglês, mas ele me ensinou algumas palavras em hebraico. Abrahão me contou que morava em Jerusalem, bem perto do lugar onde Cristo nasceu. Disse que Jerusalem hoje é uma cidade bem moderna e agitada, e que lá ele tem muitos amigos.
Abrahão me disse para não acreditar no que os noticiários dos jornais e das TVs mostram sobre as desavenças entre os judeus e palestinos. Segundo ele existe muito sensacionalismo no noticiário. "A maioria dos judeus convivem pacificamente com os palestinos. Eu tenho vários amigos palestinos. Eles vão na minha casa. Eu vou na casa deles. Aquelas pessoas que vivem em guerra é apenas um grupo que vive apegado ao passado. São pessoas que vivem numa outra época. Como esses hippies que estão ali." De fato, Trindade é um povoado cheio de hippies que vivem de artesanato, como se estivessem nos anos 60.
Um dia Abrahão comentou que estava com saudades de seu cachorro, um pastor alemão. Eu perguntei como era o nome do cachorro e ele me respondeu: Edmundo. Fiquei surpreso. Por que Edmundo? Abrahão me explicou que era em homenagem ao nosso jogador de futebol. Ele mesmo. Edmundo, o animal. Foi assim que eu descobri que o jovem judeu sabia tudo sobre o futebol brasileiro. Conhecia o nome dos times, dos jogadores, dos campeonatos... Até já tinha visto a seleção brasileira jogando em Paris. Chiquérrimo.
Abrahão também falava muito de sua namorada. Ele me disse o nome dela em hebraico e explicou que aquele nome significava happiness em inglês. Eu expliquei que a tradução da palavra happiness para o portugues era felicidade. Desde então ele só se referia a namorada como Felicidade. Eu achava muito engraçado o jeito como pronunciava a palavra em portugues... Ele andava pela praia repetindo: felicidade, felicidade, felicidade...
A ligação de Abrahão com o Brasil não se fazia apenas através do futebol. Existia uma ligação também através da literatura. O jovem e belo judeu tinha lido todos os livros do Paulo Coelho. E falava da obra do Mago com intimidade e conhecimento de causa. Disse que os livros, na essência, contavam sempre a mesma história. Mas que era uma única história de grandeza espiritual.
Depois da temporada em Trindade voltamos a nos encontrar no Rio. Quando o moço chegou na cidade eu dei algumas dicas para ele, como por exemplo, ir à praia no posto nove. Ele adorou essa dica. Na sua temporada carioca foi todos os dias à praia no 9, onde logo se enturmou e fez amigos. Numa das vezes, quando cheguei na praia, ele estava num grupo, batendo papo, fumando um baseado. "Voce está parecendo um carioca", eu disse. Ele sorriu e disse que era assim que estava se sentindo.
Abrahão fez todos os programas clássicos do turista que vem ao Rio. Foi ao Pão de Açucar, mas preferiu o Cristo Redentor. Foi à Lapa, mas achou muito barra pesada. Disse que tinha muita gente e muita droga. Muito pó. Mas gostou do baile de Carnaval na Fundição Progresso, onde se divertiu e dançou muito. Detestou Copacabana, onde pivetes tentaram roubá-lo. "Copacabana não é legal", me disse. Adorou Ipanema, a Lagoa e o Jardim Botânico. Foi sozinho ao desfile das escolas de samba e se divertiu a valer com a música, as fantasias e as mulheres seminuas. Também curtiu de montão a Banda de Ipanema e achou os travestis muito divertidos. Tentou ir, com mais dois turistas, até a favela de Rio das Pedras, conhecer o famoso baile funk do lugar. Mas o taxi se perdeu na favela, não achou o baile e eles foram parados pela polícia. Os policias deram uma dura nos turistas, depois ameaçaram levá-los para a delegacia, alegando que eles estavam à procura de drogas. Caso eles não quisessem ser detidos teriam que pagar dez reais cada um.
Quando Abrahão me contou essa história dos policiais eu fiquei morrendo de vergonha. O Rio de Janeiro tem uma policia que se corrompe por dez reais! Puta que pariu! Essa cidade realmente está com sérios problemas. Outra coisa que me chocou foi a forma como ele se referiu a Copacabana, local onde pivetes tentaram assaltá-lo. Eu sei como ele estava se sentindo. Copacabana realmente se transformou numa cilada para turistas. Quem é da cidade e anda por ali percebe que as ruas do bairro estão cheia de gente que está ali para se dar bem com os gringos. Traficantes, assaltantes, pivetes, ambulantes, meretrizes, gigolôs... O bairro oferece um péssimo serviço de bares, restaurantes e suas ruas são verdadeiras armadilhas para os turistas. Um bairro de fama internacional! Que horror! Infelizmente o Rio é uma cidade que não tem prefeitura, nem governo.
Um dia antes de Abrahão viajar para a Bahia e o Nordeste, eu o convidei para almoçarmos no Via Farme, um lugar onde eu adoro comer massas. Lá Abrahão me contou que não é um judeu ortodoxo, que come carne de porco e que estava gostando muito de conhecer o Brasil. Eu dei telefones e endereços de amigos que poderia procurar nas suas andanças pelo País. Dei dicas de praias, cidades e locais que deveria conhecer. Recomendei que quando chegasse em Manaus procurasse o lutador Wallid Ismail, meu amigo, que é Palestino e ele adorou a idéia e me explicou o significado da palavra "Ismail". Grande figura o Abrahão.
27.3.06
Uma lágrima para Ariclê Perez. Uma atriz competente, que levava muito a sério sua profissão. Trabalhamos juntos na novela Salsa e Merengue, onde ela interpretava Gilda, a interesseira mãe de Adriana, uma garota de programa arrivista, personagem da atriz Cristiana Oliveira. Ela era uma pessoa doce, gentil e divertida, que tinha um humor muito sutil. Na época da novela ela estava fazendo pesquisa para um livro sobre o seu falecido marido, o diretor de teatro Flavio Rangel.
Descanse em paz...
EU SEI QUE VOU TE AMAR - Luciana de Moraes fez 50 anos e promoveu festão para comemorar a data. Uma feijoada no Bar do Tom, no Leblon. Filha de Vinicius de Moraes, Luciana está cada dia mais parecida com o pai. No bolo de aniversário estava escrito um verso da valsinha "Luciana", música composta por Tom e Vinicius quando ela nasceu. A música fez parte do disco Canção do Amor Demais, de Elisete Cardoso, considerado pelos estudiosos e pesquisadores como o álbum que lançou a Bossa-Nova.
A feijoada da Luciana estava deliciosa. E uma galera muito alto astral e divertida marcou presença no Bar do Tom para comemorar com ela, lhe desejar felicidades e curtir de um jeito bem carioca a tarde de sábado. Empresária bem sucedida, Luciana é uma pessoa muito querida no meio artístico. E muito admirada pela sua personalidade forte. Aliás, a festa estava cheia de mulheres de personalidade forte: Lúcia Veríssimo, Claudia Otero, Laura Gasparian e Maria Zilda; a bonitona Maria Luiza Jucá, ex-empresária de Maria Bethânia, acompanhada de uma moça ainda mais bonita que ela; Adriana Calcanhoto e sua companheira Suzana Moraes, irmã da aniversariante; Cissa Guimarães, Maria Gladys, Liége Monteiro, Scarlett Moon de Chevalier e Tânia Caldas; Claude Amaral Peixoto, com a neta Maria Luiza, que é bisneta de Vinicius, já que a menina é filha de Mariana de Moraes, neta do poetinha, com Cláudio Amaral, filho da Claude.
Flora Gil foi acompanhada da sua atual melhor amiga, a inspetora da Policia Civil Marina Magessi que foi a personalidade mais cumprimentada e badalada da feijoada da Luciana. Tod mundo queria falar com ela, cumprimentá-la. Sem dúvida alguma, Marina Magessi é uma estrela. Eu ouvi um garçom dizer para ela: A senhora devia se candidatar a alguma coisa... Na noite daquele sábado a policial foi entrevistada no programa do Sergio Groissman e num noticiário da Globo News. A estrela sobe!
Paulo Jobim comandava uma mesa que reunia vários integrantes da família Jobim. Na mesa ao lado Cacá Diegues e Renata Magalhães, Ruy Castro e Heloisa Seixas, Geraldinho Carneiro, diogo Gonçalves e Luisa Mariani, Miúcha e Guilherme Araújo; o cineasta Miguelzinho Faria, diretor do documentário sobre Vinícius que bateu recordes de público; Antônio Carlos Miguel e Katty Pinto, chiquérrimos e animados, com o gerente da Fundação Roberto Marinho Hugo Sukman; Gilda Matoso e Nelita Leclery, ex-mulheres de Vinicius; Rodrigo Argollo, padrinho de Zeca, filho de Caetano e Paula. Georgiana de Moraes, irmã da aniversariante; Thereza Eugênia.
O poeta Eucanãa Ferraz foi um dos personagens mais animados da festa. A musa da bossa-nova Wanda Sá, foi com o filho Bernardo Lobo, cada dia mais bonito e charmoso; Marcelo Serrado, o galã da novela Prova de Amor da TV Record também marcou presença; assim como o ator Dartagnan Júnior e a sapatoníssima Rita Matos, secretária de Maria Carmem Barbosa
Durante toda a tarde os privilegiados que foram convidados para o aniversário puderam se deliciar com a feijoada e beber muito chope e uísque servidos por garçons prestativos. Mas, além dos comes e bebes, Luciana de Moraes deu um presente muito especial aos seus convidados: um show de Martinália.
Quando a cantora Martinália subiu ao palco e começou a cantar ninguém resistiu. Todo mundo começou a dançar, graças ao suingue de sua música, um jeito moderno de cantar samba, que empolga corações e mentes. Motivada pela vitória de sua escola de samba, a Vila Isabel, a filha de Martinho da Vila levantou ainda mais a platéia quando vestiu a faixa da escola e cantou o samba campeão. No intervalo entre as músicas a cantora provocava risos na galera, graças ao seu jeito moleque de ser, que a deixava parecendo um rapazinho. Depois do show, quando ela apareceu no salão eu a cumprimentei, disse que tinha adorado o seu show. Gentil e amorosa, ela me deu um abraço, encostou a cabeça no meu ombro e disse: - A gente faz o que pode...
Feliz aniversário...
Luciana
Vinicius / Tom
Olha que o amor, Luciana
É como a flor, Luciana
Olhos que vivem sorrindo
Riso tão lindo
Canção de paz
Olha que o amor, Luciana
É como a flor que não dura demais
Embriagador
Mas também traz muita dor, Luciana
Descanse em paz...
EU SEI QUE VOU TE AMAR - Luciana de Moraes fez 50 anos e promoveu festão para comemorar a data. Uma feijoada no Bar do Tom, no Leblon. Filha de Vinicius de Moraes, Luciana está cada dia mais parecida com o pai. No bolo de aniversário estava escrito um verso da valsinha "Luciana", música composta por Tom e Vinicius quando ela nasceu. A música fez parte do disco Canção do Amor Demais, de Elisete Cardoso, considerado pelos estudiosos e pesquisadores como o álbum que lançou a Bossa-Nova.
A feijoada da Luciana estava deliciosa. E uma galera muito alto astral e divertida marcou presença no Bar do Tom para comemorar com ela, lhe desejar felicidades e curtir de um jeito bem carioca a tarde de sábado. Empresária bem sucedida, Luciana é uma pessoa muito querida no meio artístico. E muito admirada pela sua personalidade forte. Aliás, a festa estava cheia de mulheres de personalidade forte: Lúcia Veríssimo, Claudia Otero, Laura Gasparian e Maria Zilda; a bonitona Maria Luiza Jucá, ex-empresária de Maria Bethânia, acompanhada de uma moça ainda mais bonita que ela; Adriana Calcanhoto e sua companheira Suzana Moraes, irmã da aniversariante; Cissa Guimarães, Maria Gladys, Liége Monteiro, Scarlett Moon de Chevalier e Tânia Caldas; Claude Amaral Peixoto, com a neta Maria Luiza, que é bisneta de Vinicius, já que a menina é filha de Mariana de Moraes, neta do poetinha, com Cláudio Amaral, filho da Claude.
Flora Gil foi acompanhada da sua atual melhor amiga, a inspetora da Policia Civil Marina Magessi que foi a personalidade mais cumprimentada e badalada da feijoada da Luciana. Tod mundo queria falar com ela, cumprimentá-la. Sem dúvida alguma, Marina Magessi é uma estrela. Eu ouvi um garçom dizer para ela: A senhora devia se candidatar a alguma coisa... Na noite daquele sábado a policial foi entrevistada no programa do Sergio Groissman e num noticiário da Globo News. A estrela sobe!
Paulo Jobim comandava uma mesa que reunia vários integrantes da família Jobim. Na mesa ao lado Cacá Diegues e Renata Magalhães, Ruy Castro e Heloisa Seixas, Geraldinho Carneiro, diogo Gonçalves e Luisa Mariani, Miúcha e Guilherme Araújo; o cineasta Miguelzinho Faria, diretor do documentário sobre Vinícius que bateu recordes de público; Antônio Carlos Miguel e Katty Pinto, chiquérrimos e animados, com o gerente da Fundação Roberto Marinho Hugo Sukman; Gilda Matoso e Nelita Leclery, ex-mulheres de Vinicius; Rodrigo Argollo, padrinho de Zeca, filho de Caetano e Paula. Georgiana de Moraes, irmã da aniversariante; Thereza Eugênia.
O poeta Eucanãa Ferraz foi um dos personagens mais animados da festa. A musa da bossa-nova Wanda Sá, foi com o filho Bernardo Lobo, cada dia mais bonito e charmoso; Marcelo Serrado, o galã da novela Prova de Amor da TV Record também marcou presença; assim como o ator Dartagnan Júnior e a sapatoníssima Rita Matos, secretária de Maria Carmem Barbosa
Durante toda a tarde os privilegiados que foram convidados para o aniversário puderam se deliciar com a feijoada e beber muito chope e uísque servidos por garçons prestativos. Mas, além dos comes e bebes, Luciana de Moraes deu um presente muito especial aos seus convidados: um show de Martinália.
Quando a cantora Martinália subiu ao palco e começou a cantar ninguém resistiu. Todo mundo começou a dançar, graças ao suingue de sua música, um jeito moderno de cantar samba, que empolga corações e mentes. Motivada pela vitória de sua escola de samba, a Vila Isabel, a filha de Martinho da Vila levantou ainda mais a platéia quando vestiu a faixa da escola e cantou o samba campeão. No intervalo entre as músicas a cantora provocava risos na galera, graças ao seu jeito moleque de ser, que a deixava parecendo um rapazinho. Depois do show, quando ela apareceu no salão eu a cumprimentei, disse que tinha adorado o seu show. Gentil e amorosa, ela me deu um abraço, encostou a cabeça no meu ombro e disse: - A gente faz o que pode...
Feliz aniversário...
Luciana
Vinicius / Tom
Olha que o amor, Luciana
É como a flor, Luciana
Olhos que vivem sorrindo
Riso tão lindo
Canção de paz
Olha que o amor, Luciana
É como a flor que não dura demais
Embriagador
Mas também traz muita dor, Luciana
24.3.06
AS MAIS BELAS FOTOS DO RIO - A fotógrafa Thereza Eugênia é uma personalidade da cultura brasileira. Baiana, ela acompanha a carreira da gal, bethânia, caetano e gil desde os primórdios, fotografando os baianos em seus momentos mais íntimos. O seu arquivo de fotos é precioso e ela só mostra para os amigos. Atualmente sua paixão é fotografar o Rio. Essas fotos, da cidade que já foi maravilhosa, ela gosta de mostar para todo mundo. No seu fotoblog, sensação da internet, ela exibe um pouco das paisagens cariocas e um pouco do seu arquivo histórico da MPB. Clique acima para acessar as fotos. Quando chegar no fotoblog clique no comando "todas as fotos" que voce vai encontrar imagens deliciosas. Não percam.
13.3.06
O LIVRO É O MELHOR AMIGO DO HOMEM - A seguir, duas resenhas publicadas no Jornal do Brasil, de livros lançados na semana passada. Ambos foram escritos por mulheres inteligentes que possuem o dom da literatura. O primeiro, Teresa, que esperava as uvas, reúne contos de uma gaúcha cheia de sotaque. O segundo, é o comovente conto que deu origem ao filme O segredo de Brokeback Mountain. Tão surpreendente quanto o filme, o livro conta exatamente a mesma história, deixando claro que o diretor soube respeitar as idéias e os conceitos da autora. É uma edição de luxo, em capa dura, num belo trabalho de produção da editora Intrínseca, que aproveitou uma bobeira da sua concorrente Bertrand Brasil, que era dona dos direitos de publicação dos titulos de Annie Proulx, mas deixou vencer o prazo do contrato.
PEQUENAS EPOPÉIAS DO COTIDIANO - Nos últimos meses, o mercado editorial brasileiro foi invadido por uma infinidade de novos títulos. Um grande número de lançamentos de livros de autores que se destacam em outras áreas de atuação que não a literatura. Coletâneas de artigos publicados por jornalistas famosos, memórias profissionais de executivos bem sucedidos e obras de celebridades surgidas na TV, no teatro, na internet. Títulos que atendem aos interesses comerciais imediatos das editoras e à vaidade intelectual de seus autores. Mas, e a literatura? Cadê a literatura? Essa, que seria a principal razão para a existência de um livro, parece estar esquecida.
Na contramão dessa tendência perversa do mercado de livros, a Geração Editorial está lançando Teresa, que esperava as uvas, conjunto de contos da gaúcha Monique Revillion. A autora não é jornalista famosa, não é empresária bem sucedida, nem celebridade da TV, do teatro ou da internet. É apenas uma pessoa que escreve bem. O único argumento a seu favor é a literatura, que brota em abundância de seu livro, sem fazer economia. Monique faz parte do grupo de escritores que sabe transformar pequenos fatos da vida cotidiana em epopéias. Com sensibilidade e emoção, suas histórias parecem querer mostrar ao leitor que tudo na vida é milagre. Cada descoberta, cada amanhecer, cada sorriso estampado num rosto, cada sabor degustado numa refeição. Tudo é um milagre da vida.
Eficiente manipuladora de palavras, ela conta histórias que nos envolvem e surpreendem. No conto Soldado Ezequiel, ela cria um clima de tensão ao narrar a aventura de um policial obrigado a passar a noite na mata, tomando conta dos cadáveres de uma família vítima de um grupo de extermínio. Já Bolinha mostra como o encontro com um cão abandonado transforma a vida de uma criança, fazendo-a amadurecer ao descobrir as crueldades da vida. Uma história de M narra com ternura surpreendente a vida trágica de uma menor abandonada. O peixe descreve com amarga ironia como o tédio diluiu a paixão na vida de um casal.
São 36 contos, que revelam uma escritora sensível e inteligente, totalmente à vontade com seu estilo e personalidade. Teresa, que esperava as uvas é um belo exemplo da moderna literatura brasileira.
TODO HOMEM TEM UM SEGREDO! - É um equívoco afirmar que O segredo de Brokeback Mountain, livro de Annie Proulx que deu origem ao premiado filme de Ang Lee, é uma história sobre gays ou sobre o mundo gay. Na verdade é uma história sobre o mundo masculino. E impressiona que, uma obra que mexeu tão fundo no universo machista, tenha sido escrita por uma mulher.
A relação homossexual é algo que, ao mesmo tempo, causa repulsa e fascínio nos homens. A sociedade, que é machista, classifica a atividade homossexual como algo que diminui o sujeito, que o torna inferior. Mas, na sua consciência, todo homem sabe que não é bem assim. Principalmente, quando, dentro de si, cada um tem seus momentos em que brota a faísca da homossexualidade. Quando admira muito ou se identifica em demasia com um amigo ou mesmo quando sente desejo pelo traseiro bonito de um companheiro de pelada no vestiário do clube. É nesse quesito que se descortina o talento de Annie Proulx. Seu agudo senso de observação foi capaz de criar uma obra que nos mostra algo de novo. No seu conto ela revela uma verdade que nenhum outro escritor havia tido a oportunidade de contar: todo homem tem um segredo! O mundo está cheio de caras como Ennis del Mar e Jack Twist, os vaqueiros protagonistas do livro. Másculos, viris, casados, com filhos, vivendo plenamente sua vida heterossexual e tendo um segredo que o envolve com outro homem. Aliás, guardar segredo com relação a uma amizade mais íntima com outro homeme é um dos pilares da cultura machista. Fazer sim, tornar público, jamais, diria um possível manual do comportamento masculino. Quando Jack Twist propõe a Ennis del Mar viverem juntos na fazenda de seu pai, o amigo recusa dizendo que eles têm que se encontrar em segredo já que não pode admitir dois homens vivendo juntos. Em seguida Del Mar conta um fato que resume a grande tragédia que ronda o seu mundo viril. Quando tinha apenas nove anos, seu pai o levou para ver o cadáver de Earl, assassinado com golpes de chave de roda, depois de ter o pênis decepado. O crime de Earl foi viver com outro homem. O pai do vaqueiro fez questão de mostrar ao filho o que pode acontecer com um sujeito que decide viver com outro. Este, aliás, é um ritual corriqueiro no universo machista. Num certo momento da vida todo pai se sente na obrigação de mostrar para o filho, de forma bem dura, como deve ser tratado um sujeito que se deita com outro. Sem medir as consequências do trauma que isso pode causar na alma da criança. Foi a visão tenebrosa do cadáver de Earl que fez com que Ennis del Mar recusasse a grande chance de felicidade que a vida lhe deu.
São essa pequenas observações, tão agudas quanto pertinentes, que fazem de Annie Proulx uma grande escritora. Com uma história simples e romântica ela conseguiu ir fundo na alma masculina e revelou segredos que, ao longo dos séculos, os machos sempre tiveram pânico em revelar. O segredo de Brokeback Mountain é um livro que todo homem deveria ler.
PEQUENAS EPOPÉIAS DO COTIDIANO - Nos últimos meses, o mercado editorial brasileiro foi invadido por uma infinidade de novos títulos. Um grande número de lançamentos de livros de autores que se destacam em outras áreas de atuação que não a literatura. Coletâneas de artigos publicados por jornalistas famosos, memórias profissionais de executivos bem sucedidos e obras de celebridades surgidas na TV, no teatro, na internet. Títulos que atendem aos interesses comerciais imediatos das editoras e à vaidade intelectual de seus autores. Mas, e a literatura? Cadê a literatura? Essa, que seria a principal razão para a existência de um livro, parece estar esquecida.
Na contramão dessa tendência perversa do mercado de livros, a Geração Editorial está lançando Teresa, que esperava as uvas, conjunto de contos da gaúcha Monique Revillion. A autora não é jornalista famosa, não é empresária bem sucedida, nem celebridade da TV, do teatro ou da internet. É apenas uma pessoa que escreve bem. O único argumento a seu favor é a literatura, que brota em abundância de seu livro, sem fazer economia. Monique faz parte do grupo de escritores que sabe transformar pequenos fatos da vida cotidiana em epopéias. Com sensibilidade e emoção, suas histórias parecem querer mostrar ao leitor que tudo na vida é milagre. Cada descoberta, cada amanhecer, cada sorriso estampado num rosto, cada sabor degustado numa refeição. Tudo é um milagre da vida.
Eficiente manipuladora de palavras, ela conta histórias que nos envolvem e surpreendem. No conto Soldado Ezequiel, ela cria um clima de tensão ao narrar a aventura de um policial obrigado a passar a noite na mata, tomando conta dos cadáveres de uma família vítima de um grupo de extermínio. Já Bolinha mostra como o encontro com um cão abandonado transforma a vida de uma criança, fazendo-a amadurecer ao descobrir as crueldades da vida. Uma história de M narra com ternura surpreendente a vida trágica de uma menor abandonada. O peixe descreve com amarga ironia como o tédio diluiu a paixão na vida de um casal.
São 36 contos, que revelam uma escritora sensível e inteligente, totalmente à vontade com seu estilo e personalidade. Teresa, que esperava as uvas é um belo exemplo da moderna literatura brasileira.
TODO HOMEM TEM UM SEGREDO! - É um equívoco afirmar que O segredo de Brokeback Mountain, livro de Annie Proulx que deu origem ao premiado filme de Ang Lee, é uma história sobre gays ou sobre o mundo gay. Na verdade é uma história sobre o mundo masculino. E impressiona que, uma obra que mexeu tão fundo no universo machista, tenha sido escrita por uma mulher.
A relação homossexual é algo que, ao mesmo tempo, causa repulsa e fascínio nos homens. A sociedade, que é machista, classifica a atividade homossexual como algo que diminui o sujeito, que o torna inferior. Mas, na sua consciência, todo homem sabe que não é bem assim. Principalmente, quando, dentro de si, cada um tem seus momentos em que brota a faísca da homossexualidade. Quando admira muito ou se identifica em demasia com um amigo ou mesmo quando sente desejo pelo traseiro bonito de um companheiro de pelada no vestiário do clube. É nesse quesito que se descortina o talento de Annie Proulx. Seu agudo senso de observação foi capaz de criar uma obra que nos mostra algo de novo. No seu conto ela revela uma verdade que nenhum outro escritor havia tido a oportunidade de contar: todo homem tem um segredo! O mundo está cheio de caras como Ennis del Mar e Jack Twist, os vaqueiros protagonistas do livro. Másculos, viris, casados, com filhos, vivendo plenamente sua vida heterossexual e tendo um segredo que o envolve com outro homem. Aliás, guardar segredo com relação a uma amizade mais íntima com outro homeme é um dos pilares da cultura machista. Fazer sim, tornar público, jamais, diria um possível manual do comportamento masculino. Quando Jack Twist propõe a Ennis del Mar viverem juntos na fazenda de seu pai, o amigo recusa dizendo que eles têm que se encontrar em segredo já que não pode admitir dois homens vivendo juntos. Em seguida Del Mar conta um fato que resume a grande tragédia que ronda o seu mundo viril. Quando tinha apenas nove anos, seu pai o levou para ver o cadáver de Earl, assassinado com golpes de chave de roda, depois de ter o pênis decepado. O crime de Earl foi viver com outro homem. O pai do vaqueiro fez questão de mostrar ao filho o que pode acontecer com um sujeito que decide viver com outro. Este, aliás, é um ritual corriqueiro no universo machista. Num certo momento da vida todo pai se sente na obrigação de mostrar para o filho, de forma bem dura, como deve ser tratado um sujeito que se deita com outro. Sem medir as consequências do trauma que isso pode causar na alma da criança. Foi a visão tenebrosa do cadáver de Earl que fez com que Ennis del Mar recusasse a grande chance de felicidade que a vida lhe deu.
São essa pequenas observações, tão agudas quanto pertinentes, que fazem de Annie Proulx uma grande escritora. Com uma história simples e romântica ela conseguiu ir fundo na alma masculina e revelou segredos que, ao longo dos séculos, os machos sempre tiveram pânico em revelar. O segredo de Brokeback Mountain é um livro que todo homem deveria ler.
9.3.06
8.3.06
O VERÃO DE 2006 - Muita gente acha que o muso do verão de 2006 foi Mick Jagger. Eu discordo. Para mim, o verdadeiro muso do verão 2006, foi Renato Babalu. Nenhum outro bofe representou tão bem a masculinidade e o veneno do homem carioca como esse atleta das artes marciais. O verdadeiro nome desse bebezão é Renato Sobral, nativo de Copacabana, nascido em 9 de julho de 1975. Desde adolescente se destacou nos torneios em que participava, sempre misturando estilos. Judô, jiu-jitsu, greco-romana, muay-thai. Hoje ele é um dos mais bem sucedidos lutadores brasileiros, com uma carreira de sucesso no circuito internacional de lutas, onde se apresenta como representante da luta livre. A grande imprensa brasileira ignora completamente o sucesso de Babalu no reino das artes marciais. Aliás, a grande imprensa só está interessada em políticos corruptos e nos chatos do big brother. O Brasil precisa descobrir Renato Babalu e se ajoelhar aos pés dele.
Normalmente ele frequenta a praia de Copacabana, com sua turma de amigos de infância. Mas, no verão de 2006, Babalu se jogou por inteiro no Posto Nove, fazendo a temperatura subir sensivelmente cada vez que chegava na praia. As meninas ficavam excitadas e cochichavam: Olha lá o Babalu! Os outros rapazes o olhavam com respeito. Fazendo a linha largadão, Babalu jogava o seu corpo fantástico sobre a areia vestindo um sungão que o transformava num autêntico convite ao prazer. Deitado sob o sol ele falava ao celular e se espreguiçava sem se importar com os olhares gulosos que cobiçavam seu corpo bronzeado. Quando não estava na praia o bebezão circulava pelas ruas da zona sul com um invocado carrão vermelho.
A constante presença de Renato Babalu no Posto Nove foi o grande acontecimento do verão 2006. Todo mundo ficava comentando suas lutas, que foram exibidas com frequência no canal SporTV. Na internet existe um site chamado SHERDOG que tem um enorme catálogo falando de todos os grandes lutadores do mundo. Na página do Babalu tem tudo sobre ele. Seus dados pessoais, medidas, informações sobre as derrotas e vitórias. E um genial arquivo de fotos que é a coisa mais erótica do planeta. Veja as fotos cantarolando a música Babalu, composição de Margarita Lecuona, um dos maiores sucessos da carreira de Angela Maria.
BABALU (A música)
Babalu / Babalu
Babalu aye / Babalu aye
Babalu
Ta empezando lo velorio
Que le hacemo a Babalu
Dame diez y siete velas
Pa ponerle en cruz.
Dame un cabo de tabaco mayenye
Y un jarrito de aguardiente,
Dame un poco de dinero mayenye
Pa' que me de la suerte.
Yo
Quiere pedi
Que mi negra me quiera
Que tenga dinero
Y que no se muera
Av! Vo le quiero pedi a Babalu 'na negra muy santa como tu que no
tenga otro negro
Pa' que no se fuera.
Babalu aye / Babalu aye
Babalu aye / Babalu aye
Na foto acima Renato Babalu exibe sua magnífica tatuagem e seu olhar olhar 43.
Normalmente ele frequenta a praia de Copacabana, com sua turma de amigos de infância. Mas, no verão de 2006, Babalu se jogou por inteiro no Posto Nove, fazendo a temperatura subir sensivelmente cada vez que chegava na praia. As meninas ficavam excitadas e cochichavam: Olha lá o Babalu! Os outros rapazes o olhavam com respeito. Fazendo a linha largadão, Babalu jogava o seu corpo fantástico sobre a areia vestindo um sungão que o transformava num autêntico convite ao prazer. Deitado sob o sol ele falava ao celular e se espreguiçava sem se importar com os olhares gulosos que cobiçavam seu corpo bronzeado. Quando não estava na praia o bebezão circulava pelas ruas da zona sul com um invocado carrão vermelho.
A constante presença de Renato Babalu no Posto Nove foi o grande acontecimento do verão 2006. Todo mundo ficava comentando suas lutas, que foram exibidas com frequência no canal SporTV. Na internet existe um site chamado SHERDOG que tem um enorme catálogo falando de todos os grandes lutadores do mundo. Na página do Babalu tem tudo sobre ele. Seus dados pessoais, medidas, informações sobre as derrotas e vitórias. E um genial arquivo de fotos que é a coisa mais erótica do planeta. Veja as fotos cantarolando a música Babalu, composição de Margarita Lecuona, um dos maiores sucessos da carreira de Angela Maria.
BABALU (A música)
Babalu / Babalu
Babalu aye / Babalu aye
Babalu
Ta empezando lo velorio
Que le hacemo a Babalu
Dame diez y siete velas
Pa ponerle en cruz.
Dame un cabo de tabaco mayenye
Y un jarrito de aguardiente,
Dame un poco de dinero mayenye
Pa' que me de la suerte.
Yo
Quiere pedi
Que mi negra me quiera
Que tenga dinero
Y que no se muera
Av! Vo le quiero pedi a Babalu 'na negra muy santa como tu que no
tenga otro negro
Pa' que no se fuera.
Babalu aye / Babalu aye
Babalu aye / Babalu aye
Na foto acima Renato Babalu exibe sua magnífica tatuagem e seu olhar olhar 43.
7.3.06
O VERÃO DE 2006 - O grande barraco do verão foi provocado por um grupo de pitboys de meia-idade, que freqüentam a praia da Farme. Marmanjos, com idade acima dos quarenta anos. Ficaram incomodados com um casal de rapazes trocando beijos e caricias na praia e resolveram partir para a porrada. Pois é. Em pleno domingo de carnaval. Enquanto na Vieira Souto desfilava o bloco Simpatia é quase amor, na praia os pitboys resolveram desfilar com seu bloco Antipatia é quase ódio. A praia estava cheia de turistas gays, que vêm do exterior gastar seus dólares na cidade. Então chegam esses desocupados, uns fodidos que não têm nem onde cair morto, e resolvem criar caso com os gays. Além de terem uma atitude preconceituosa, eles praticaram um atentado contra a economia da cidade, que tem lucrado e muito com o turismo GLS.
Mas, nem só de preconceito viveu o carnaval do Rio. O que mais se via, no desfile da banda de Ipanema, eram mães de família, com seus filhos pequenos, pedindo para as drags fazerem fotos ao lado dos seus pimpolhos, sem ficarem nem um pouco chocadas com os beijos calientes dos rapazes que circulavam no pedaço. Eu vi um casal, com duas crianças, fazendo várias fotos dos meninos ao lado de bichas hilárias, fantasiadas de mulher. Depois a esposa sacou a máquina e pediu para o marido posar junto ao lado das bonecas. A família parecia estar se divertindo muito.
No desfile da banda eu encontrei um velho amigo. Rod Nogueira é um cara incrivel. Sem dúvida, é um dos homens mais bonitos do Rio de Janeiro. Alto, forte, malhado, lutador de jiu-jitsu, ele tem uma enorme tatuagem de São Jorge na barriga. Carioca da gema, esse ano ele não quis saber de carnaval. Mas foi dar uma olhada na banda. Nostálgico, me disse que tinha 10 anos quando saiu na banda pela primeira vez. Quando estávamos conversando, meio afastados, dois travestis se aproximaram e começaram a fazer gracinhas com ele. Rod olhou com ternura para as bichas e, com seu jeito bem másculo, comentou: Esses caras merecem ser aplaudidos. Se não fosem eles não existiria o carnaval do Rio. Pois é. Bofe de verdade é outro papo.
A reação da sociedade a violência dos pitboys foi impresionante. Um e-mail com fotos dos agressores está circulando na Internet, em grande estilo. Até a Kate Lyra enviou a mensagem para a sua lista de contatos. No próximo domingo, 12 de Março, vai ter um evento no local da agressão. Uma manifestação com a presença de autoridades. E um beijaço entre gays e lésbicas.
A ÉTICA DO PT É ROUBAR - A declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez com que LULA voltasse a ser o favorito nas pesquisas para a próxima eleição. Bastou apenas o fantasma de FHC aparecer na mídia para a população se apavorar e correr para os braços do Lula. É verdade o que FHC disse. A ética do PT, realmente, é roubar. Mas os ladrões do PT são uns amadores diante dos ladrões do PSDB. Enquanto os ladrões do PT são batedores de carteira, os ladrões do PSDB são todos PHD formados na Sorbonne.
Fernando Henrique é malandro. Assim que assumiu o governo, a primeira coisa que ele fez foi comprar a imprensa. Liberou financiamentos, perdoou dívidas, liberou verbas publicitárias. A imprensa sempre esteve na mão dele. Sua relação com a imprensa foi tão promíscua que ele até teve um filho com uma jornalista. Fato que a imprensa brasileira ignorou solenemente. Afinal, estavam todos muito bem pagos. Por isso que apareceram tão poucos escândalos no governo tucano. Fernando Henrique é profissional. Ele soube administrar muito bem a quadrilha que saqueou o País.
Fernando Henrique fez muito mal ao Brasil. Mas, o maior de todos os males que nos fez, foi ter entregue o Brasil ao Lula e ao PT. Lula só foi eleito por causa do FHC. Os brasileiros ficaram tão decepcionados com o seu governo que, num ato de desespero, elegeram Lula. Foi FHC quem elegeu o Lula. E agora ele ressurgiu das trevas para reeleger o Operário Padrão.
Mas, nem só de preconceito viveu o carnaval do Rio. O que mais se via, no desfile da banda de Ipanema, eram mães de família, com seus filhos pequenos, pedindo para as drags fazerem fotos ao lado dos seus pimpolhos, sem ficarem nem um pouco chocadas com os beijos calientes dos rapazes que circulavam no pedaço. Eu vi um casal, com duas crianças, fazendo várias fotos dos meninos ao lado de bichas hilárias, fantasiadas de mulher. Depois a esposa sacou a máquina e pediu para o marido posar junto ao lado das bonecas. A família parecia estar se divertindo muito.
No desfile da banda eu encontrei um velho amigo. Rod Nogueira é um cara incrivel. Sem dúvida, é um dos homens mais bonitos do Rio de Janeiro. Alto, forte, malhado, lutador de jiu-jitsu, ele tem uma enorme tatuagem de São Jorge na barriga. Carioca da gema, esse ano ele não quis saber de carnaval. Mas foi dar uma olhada na banda. Nostálgico, me disse que tinha 10 anos quando saiu na banda pela primeira vez. Quando estávamos conversando, meio afastados, dois travestis se aproximaram e começaram a fazer gracinhas com ele. Rod olhou com ternura para as bichas e, com seu jeito bem másculo, comentou: Esses caras merecem ser aplaudidos. Se não fosem eles não existiria o carnaval do Rio. Pois é. Bofe de verdade é outro papo.
A reação da sociedade a violência dos pitboys foi impresionante. Um e-mail com fotos dos agressores está circulando na Internet, em grande estilo. Até a Kate Lyra enviou a mensagem para a sua lista de contatos. No próximo domingo, 12 de Março, vai ter um evento no local da agressão. Uma manifestação com a presença de autoridades. E um beijaço entre gays e lésbicas.
A ÉTICA DO PT É ROUBAR - A declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez com que LULA voltasse a ser o favorito nas pesquisas para a próxima eleição. Bastou apenas o fantasma de FHC aparecer na mídia para a população se apavorar e correr para os braços do Lula. É verdade o que FHC disse. A ética do PT, realmente, é roubar. Mas os ladrões do PT são uns amadores diante dos ladrões do PSDB. Enquanto os ladrões do PT são batedores de carteira, os ladrões do PSDB são todos PHD formados na Sorbonne.
Fernando Henrique é malandro. Assim que assumiu o governo, a primeira coisa que ele fez foi comprar a imprensa. Liberou financiamentos, perdoou dívidas, liberou verbas publicitárias. A imprensa sempre esteve na mão dele. Sua relação com a imprensa foi tão promíscua que ele até teve um filho com uma jornalista. Fato que a imprensa brasileira ignorou solenemente. Afinal, estavam todos muito bem pagos. Por isso que apareceram tão poucos escândalos no governo tucano. Fernando Henrique é profissional. Ele soube administrar muito bem a quadrilha que saqueou o País.
Fernando Henrique fez muito mal ao Brasil. Mas, o maior de todos os males que nos fez, foi ter entregue o Brasil ao Lula e ao PT. Lula só foi eleito por causa do FHC. Os brasileiros ficaram tão decepcionados com o seu governo que, num ato de desespero, elegeram Lula. Foi FHC quem elegeu o Lula. E agora ele ressurgiu das trevas para reeleger o Operário Padrão.
6.3.06
O VERÃO DE 2006 - Tantas coisas acontecem num verão... De todas as boas lembranças, a mais marcante foi uma tarde de sol em Ipanema. Em frente ao hotel Arpoador Inn encontro Marina e Guy, um casal muito bacana que eu havia conhecido em Paris. Ela brasileira, ele frances. Entediados com a neve que não parava de cair em Paris, os pombinhos vieram passar duas semanas no calor dos trópicos. Guy é muito simpático. Eu sempre me divertia com ele, que só me chamava de Monsieur Lait. Pois eu caminhava alegre e faceiro, sentindo no peito o calor do verão quando escuto aquela voz levemente familiar: Monsieur Lait... Monsieur Lait...
Ficamos conversando, eles me contando como estava o frio em Paris, tão diferente do tórrido calor do Rio, quando surgiu, linda como sempre, a eterna musa carioca Cynthia Howllet. Ela olha para o Guy, o cumprimenta, e troca com ele algumas palavras em frances. Eis o que eu queria dizer! Eu ouvi Cynthia Howllet falando frances. Durante alguns minutos ela conversou com Guy, que ela conhecia, pois ele é amigo do pai dela que também é francês... Linda, com aquele sorriso encantador e falando frances... Très jolie!!!
Depois ela colocou óculos de natação e mergulhou no mar. A tarde estava linda. O céu claro. Os raios do sol se refletindo no mar, quase como se fossem um espelho. E a musa nadando como se estivesse indo na direção ao sol. Com fôlego de sereia, ela nadou em direção ao alto mar, indo cada vez mais longe. Aos poucos ela foi diminuindo. Até que sumiu completamente, como se tivesse se dissolvido no reflexo do sol, que fazia a água brilhar. Foi impressionante.
Quando ela mergulhou na água, minha amiga Marina comentou: "Ela é linda!" E me contou que, duante as comemorações do Ano do Brasil na França, a televisão francesa fez uma reportagem sobre o Rio de Janeiro que foi apresentado por ela. A musa mostrando a cidade. "A Cynthia fala frances perfeitamente. Você precisava ter visto ela apresentando o programa", me disse Marina, orgulhosa.
Não adianta o JB ficar inventando novas musas de araque. Enquanto Cynthia Howllet estiver na parada, nenhuma outra mulher poderá ser chamada de musa carioca. Ela é a primeira e única...
Uma semana antes do carnaval eu a vi no desfile do Suvaco do Cristo, sambando com o estandarte do bloco carnavalesco... Linda. Fantasiada de india.
O Suvaco do Cristo, como sempre, foi o melhor do Carnaval. O Jardim Botânico tem alma. Por isso que o desfile do bloco, na principal rua do bairro, acontece de um jeito tão especial. Os bofes mais incríveis do Rio de Janeiro desfilaram naquele bloco. O problema é que os donos do bloco são muito caretas, conservadores e elitistas. Esse negócio deles não avisarem a hora do desfile é a coisa mais escrota que eu ja vi no carnaval. A glória de todo bloco carnavalesco é fazer a cidade parar no dia do seu desfile. Os caretas do Suvaco querem evitar aglomerações para não ter confusão. Pera lá. Onde tem bofe e bebida sempre vai ter confusão. E outra coisa: o som do bloco é mixuruca. A bateria, formada por uma playboyzada da zona sul, não segura a onda até o final do desfile. Falta preparo fisico ao pesoal para levar o bloco até o fim. Eles podiam resolver isso colocando a bateria em cima de um trio elétrico e amplificando o som dos instrumentos. Mas eles não fazem isso por serem falsos puristas e terem recalque do carnaval da Bahia.
Claro que a trilha sonora do verão 2006 foi o disco Confessions on a dance floor, o super dançante CD da Madonna, que tocou o tempo inteiro na minha casa. Madonna sabe tudo. Não dá para discutir com ela. O CD é incrível. E ponto final. Também fizeram parte da trilha do Verão 2006 o grupo Black Eyed Peas. Além da canção Don´t Cha com as inacreditáveis The Pussycat Dolls.
Longe deste insensato mundo. Assim eu me senti na temporada que passei em Trindade, a última praia do estado do Rio, para quem vai em direção a São Paulo, pelo litoral. Um paraíso tropical. Um lugar mágico, onde ainda se pode ouvir o silêncio. E mergulhar na praia tendo apenas a visão da floresta.
A noticia da morte de Carlson Gracie foi o momento mais triste do verão. Eu adoro os Gracie e fiquei muito tocado. Em dezembro eu havia estado com ele em Manaus, durante o Jungle Fight, o torneio de lutas na selva, onde ele foi homenageado. Carlson estava super orgulhoso com a homenagem e com o carinho dos lutadores, que o tratavam com reverência. Tomamos um inesquecível café da manhã no Hotel Tropical. Eu, ele e alguns lutadores. Ficamos conversando sobre as lutas da noite anterior e ele me contou dos seus planos. Queria treinar, na sua academia em Chicago, cinco jovens lutadores de Manaus. "Manaus é terra de bons lutadores. O caboclo daqui é bom de briga". Ele me deu um cartão com seu telefone e o endereço da academia nos EUA. Ficamos de nos falar novamente mas, infelizmente, não tivemos oportunidade. Descanse em paz, Carlson Gracie. Descanse em paz...
O MELHOR DO VERÃO
A musa: Cynthia Howllet (é claro!)
O muso: Renato Babalu (na foto acima)
A música: Ela só pensa em dançar, com o DJ Leozinho
O livro: Folhas de Relva, de Walt Whitman
O filme: O segredo de Brokeback Mountain
O disco: Confessions on a dance floor (Madonna)
O show: Marilia Pêra cantando Carmen Miranda
A praia: Trindade
O evento: Stones em Copacabana
O bloco: Suvaco do Cristo
A festa: O reveillon do Robson Soares no Arpoador
O desfile: Gisele Bundchen no Fashion Rio
AS FRASES DO VERÃO
Ele fuma maconha! (A mulher do Kadu Moliterno, falando do marido ao jornal Extra)
Às vezes nosso melhor amigo se revela nosso pior inimigo. (Alexandre Valois)
Tudo bem, galera? (Mick Jagger, em português, no show de Copa)
Viadinho é daqui pra lá. (Do pitboy da Farme que agrediu os gays que se beijavam)
Eu adoro Golden Shower! (Rick Martin, numa entrevista)
Je suis désolé... (Madonna, na musica Sorry)
A ética do PT e roubar (FHC falando dele mesmo)
Ficamos conversando, eles me contando como estava o frio em Paris, tão diferente do tórrido calor do Rio, quando surgiu, linda como sempre, a eterna musa carioca Cynthia Howllet. Ela olha para o Guy, o cumprimenta, e troca com ele algumas palavras em frances. Eis o que eu queria dizer! Eu ouvi Cynthia Howllet falando frances. Durante alguns minutos ela conversou com Guy, que ela conhecia, pois ele é amigo do pai dela que também é francês... Linda, com aquele sorriso encantador e falando frances... Très jolie!!!
Depois ela colocou óculos de natação e mergulhou no mar. A tarde estava linda. O céu claro. Os raios do sol se refletindo no mar, quase como se fossem um espelho. E a musa nadando como se estivesse indo na direção ao sol. Com fôlego de sereia, ela nadou em direção ao alto mar, indo cada vez mais longe. Aos poucos ela foi diminuindo. Até que sumiu completamente, como se tivesse se dissolvido no reflexo do sol, que fazia a água brilhar. Foi impressionante.
Quando ela mergulhou na água, minha amiga Marina comentou: "Ela é linda!" E me contou que, duante as comemorações do Ano do Brasil na França, a televisão francesa fez uma reportagem sobre o Rio de Janeiro que foi apresentado por ela. A musa mostrando a cidade. "A Cynthia fala frances perfeitamente. Você precisava ter visto ela apresentando o programa", me disse Marina, orgulhosa.
Não adianta o JB ficar inventando novas musas de araque. Enquanto Cynthia Howllet estiver na parada, nenhuma outra mulher poderá ser chamada de musa carioca. Ela é a primeira e única...
Uma semana antes do carnaval eu a vi no desfile do Suvaco do Cristo, sambando com o estandarte do bloco carnavalesco... Linda. Fantasiada de india.
O Suvaco do Cristo, como sempre, foi o melhor do Carnaval. O Jardim Botânico tem alma. Por isso que o desfile do bloco, na principal rua do bairro, acontece de um jeito tão especial. Os bofes mais incríveis do Rio de Janeiro desfilaram naquele bloco. O problema é que os donos do bloco são muito caretas, conservadores e elitistas. Esse negócio deles não avisarem a hora do desfile é a coisa mais escrota que eu ja vi no carnaval. A glória de todo bloco carnavalesco é fazer a cidade parar no dia do seu desfile. Os caretas do Suvaco querem evitar aglomerações para não ter confusão. Pera lá. Onde tem bofe e bebida sempre vai ter confusão. E outra coisa: o som do bloco é mixuruca. A bateria, formada por uma playboyzada da zona sul, não segura a onda até o final do desfile. Falta preparo fisico ao pesoal para levar o bloco até o fim. Eles podiam resolver isso colocando a bateria em cima de um trio elétrico e amplificando o som dos instrumentos. Mas eles não fazem isso por serem falsos puristas e terem recalque do carnaval da Bahia.
Claro que a trilha sonora do verão 2006 foi o disco Confessions on a dance floor, o super dançante CD da Madonna, que tocou o tempo inteiro na minha casa. Madonna sabe tudo. Não dá para discutir com ela. O CD é incrível. E ponto final. Também fizeram parte da trilha do Verão 2006 o grupo Black Eyed Peas. Além da canção Don´t Cha com as inacreditáveis The Pussycat Dolls.
Longe deste insensato mundo. Assim eu me senti na temporada que passei em Trindade, a última praia do estado do Rio, para quem vai em direção a São Paulo, pelo litoral. Um paraíso tropical. Um lugar mágico, onde ainda se pode ouvir o silêncio. E mergulhar na praia tendo apenas a visão da floresta.
A noticia da morte de Carlson Gracie foi o momento mais triste do verão. Eu adoro os Gracie e fiquei muito tocado. Em dezembro eu havia estado com ele em Manaus, durante o Jungle Fight, o torneio de lutas na selva, onde ele foi homenageado. Carlson estava super orgulhoso com a homenagem e com o carinho dos lutadores, que o tratavam com reverência. Tomamos um inesquecível café da manhã no Hotel Tropical. Eu, ele e alguns lutadores. Ficamos conversando sobre as lutas da noite anterior e ele me contou dos seus planos. Queria treinar, na sua academia em Chicago, cinco jovens lutadores de Manaus. "Manaus é terra de bons lutadores. O caboclo daqui é bom de briga". Ele me deu um cartão com seu telefone e o endereço da academia nos EUA. Ficamos de nos falar novamente mas, infelizmente, não tivemos oportunidade. Descanse em paz, Carlson Gracie. Descanse em paz...
O MELHOR DO VERÃO
A musa: Cynthia Howllet (é claro!)
O muso: Renato Babalu (na foto acima)
A música: Ela só pensa em dançar, com o DJ Leozinho
O livro: Folhas de Relva, de Walt Whitman
O filme: O segredo de Brokeback Mountain
O disco: Confessions on a dance floor (Madonna)
O show: Marilia Pêra cantando Carmen Miranda
A praia: Trindade
O evento: Stones em Copacabana
O bloco: Suvaco do Cristo
A festa: O reveillon do Robson Soares no Arpoador
O desfile: Gisele Bundchen no Fashion Rio
AS FRASES DO VERÃO
Ele fuma maconha! (A mulher do Kadu Moliterno, falando do marido ao jornal Extra)
Às vezes nosso melhor amigo se revela nosso pior inimigo. (Alexandre Valois)
Tudo bem, galera? (Mick Jagger, em português, no show de Copa)
Viadinho é daqui pra lá. (Do pitboy da Farme que agrediu os gays que se beijavam)
Eu adoro Golden Shower! (Rick Martin, numa entrevista)
Je suis désolé... (Madonna, na musica Sorry)
A ética do PT e roubar (FHC falando dele mesmo)
Postagens mais vistas
-
G O LDEN GAYS 2010 OS GAYS MAIS IMPORTANTES DE 2010 – Dezembro é o mês das listas. Listas dos melhores do ano nas artes, na p...
-
GOLDEN GAYS 2008 – Assumir pra quê? 2008 foi o ano em que esse negócio de assumir que é gay se tornou um comportamento old fashion . É isso...
-
JÚLIO MACHADO: NU EM NOME DE CRISTO - O público vai se surpreender com o filme "Divino Amor", que estreia este ...
-
A Loba de Rayban falando no celular depois da estréia. Um abraço apertado no sobrinho Gabriel Mattar. Christiane com o marido, o filho o ...
-
O VERÃO 2009 – Que calor! Na Praia de Ipanema os meninos dizem que 2009 terá o verão mais quente da história. Olhando aqueles corpos tinind...