Portrait of Suzanne Fourment de Peter Paul Rubens
Nos últimos dias a polícia prendeu vários jovens, acusados de serem traficantes de drogas. Teve um jornalista no Jardim Botânico. Um garotão de Ipanema. E um emergente da Barra da Tijuca. Todos jovens de classe média alta. A sociedade vive como o avestruz que enterra a cabeça dentro da areia para não ver o mundo que existe à sua volta. Não é só na favela. Em todos os lugares, existe muita gente vivendo do comércio de drogas ilícitas. É apenas uma atividade comercial como outra qualquer. E essa atividade comercial acontece, porque existe uma demanda muito grande pelo produto que essas pessoas comercializam. A sociedade tem com as drogas uma relação absolutamente ditatorial e intolerante. E é essa intolerância que provoca a tensão e a violência nesse nosso louco mundo.
As pessoas que consomem drogas têm todo o direito o direito de consumi-las. Desde que não perturbem a ordem social. Se o sujeito gosta de cheirar pó, tomar ecstase ou fumar maconha é um direito que ele tem. Cada um tem o direito de fazer da sua vida o que bem entender. Para muitas pessoas a “existência” é algo difícil de suportar sem um aditivo. Querer que o ser humano suporte a vida sem consumir drogas é uma maldade tão grande quanto explodir o World Trade Center.