Vim a Comala porque me disseram que aqui vivia meu pai, um tal de Pedro Páramo. Minha mãe que disse. E eu prometi que viria vê-lo quando ela morresse. Apertei-lhe as mãos em sinal de que o faria; ela estava para morrer e eu em situação de prometer tudo. “Não deixe de ir visitá-lo”, recomendou-me. “Chama-se assim e desse outro modo. Estou certa de que terá prazer em conhecer você.” Então não pude fazer nada a não ser dizer que o faria, e de tanto dizer continuei dizendo, mesmo depois que minhas mãos tiveram trabalho para se safar das suas mãos mortas.
É assim que começa o livro Pedro Páramo , do escritor mexicano Juan Rulfo . Li esse livro, pela primeira vez, na adolescência, quando eu era fascinado pela literatura latino-americana. Trata-se de uma história envolvente, carregada de um clima denso, como se aquele universo fosse impregnado de névoas. O cotidiano da pequena cidade de Comala é alterado com a chegada do forasteiro em busca de noticias de seu pai. Aos poucos o leitor vai descobrindo que todos os habitantes daquela cidade já morreram. É belo e perturbador.
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