13.5.03




THE BEACH A Tela Quente arrebentou esta segunda-feira exibindo A PRAIA, o clássico pop estrelado por Leonardo di Caprio. Poucas vezes, a tela da Globo esteve tão quente quanto durante a exibição deste filme. A PRAIA é uma verdadeira celebração à maconha, onde o belo di Caprio, mais irresistível do que nunca, fuma um baseado atrás do outro. Em algumas cenas, o filme parece um desses anúncios de cigarros da TV, ambientados num lugar paradisíaco. Só que em vez de Minister, Free ou Hollywood, o anúncio pretende vender apetitosos cigarros de maconha. Alem dos baseados, propriamente dito, algumas das melhores cenas do filme acontece numa enorme plantação de marijuana. Aliás, os cenários naturais do filme são magníficos. Uma ilha paradisíaca, onde uma comunidade de gente jovem, cultiva o espírito hedonista e vive numa saudável comunhão com a natureza.


Não é por acaso que a maconha está nesse filme. A Praia é um filme sobre a maconha. Sobre as sensações que ela provoca. O espírito hedonista. A sensualidade. A sensibilidade às manifestações da natureza. A predisposição ao prazer. Uma adoração ao sentimento de aventura. O culto a beleza. A história do filme é sobre todo o espírito que envolve o ato de fumar maconha. A praia busca traduzir em cinema a deliciosa sensação de delírio provocada pela maconha.


Foi muito curioso ver a família brasileira assistir a esse filme na tela da Globo, logo após a novela das oito. No começo do filme Di Caprio fuma um baseado com um vizinho de quarto de hotel. Em seguida ele aparece fumando um outro baseado em closes em que aparece numa beleza retumbante. Bonito como um galã da Hollywood de antigamente. Dava a impressão que ele, de repente, iria oferecer ao telespectador, com aquele sorriso cativante: "Quer dar um tapinha?"


Muito interessante que o filme tenha sido exibido nesse momento em que a questão das drogas domina o noticiário policial, político e econômico. Quando alguns setores da sociedade querem culpar os consumidores de drogas pelos crimes dos traficantes. Só no dia da exibição o noticiário registrava que três policiais haviam sido assassinados por traficantes. A delegada que investiga o caso da estudante baleada na Universidade afirmava que os usuários de drogas devem ser penalizados criminalmente. Enquanto isso, em São Paulo, duas irmãs gêmeas, de apenas 18 anos foram presas no aeroporto carregando setenta quilos de maconha.


Foi como se Mr. Di Caprio estivesse dizendo a família brasileira: “Acho que está na hora da sociedade rever seus conceitos.” A questão das drogas não pode ser resolvida escondendo as drogas embaixo do tapete. É muita quantidade e não dá para disfarçar. Mas a sociedade insiste em querer administrar a questão das drogas dessa forma. O governo, os conservadores, as famílias... Todos querem jogar as drogas para debaixo do tapete quando a solução mais eficiente seria exatamente jogar fora o tapete e deixa-las à descoberto para que todos vissem. E quem quiser experimentar, usar e consumir, que faça bom proveito.


E viva Leonardo di Caprio!!!

Madonna vem aí...

 

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