EU NÃO SOU MACHÃO. SOU MACHO – Humberto Martins decidiu sair de Cubanakan inconformado com o destino de seu personagem, o ditador Carlos Camacho, que vinha perdendo espaço para os personagens de Marcos Pasquim e Vladimir Britcha. Na prática, seu personagem que deveria ser o protagonista da novela, acabou se transformando num coadjuvante. Um personagem sem força e sem carisma.
Quem assiste Cubanakan consegue perceber a preferência que o autor Carlos Lombardi têm pelos personagens de Pasquim e Britcha. Toda a novela gira em torno desses dois. Na verdade, Cubanacan é uma novela que conta uma trama homoerótica envolvendo esses personagens. As cenas dos dois são sempre carregadas de sensualidade e de um clima dúbio. Os diálogos sempre fazem referencias a masculinidade exacerbada de um e de outro. Chega a ser sufocante para o telespectador o excesso de cenas dos personagens favoritos do autor.
Carlos Lombardi é o novelista que trouxe a estética G Magazine para a televisão. Nas suas novelas, o bofe sempre tem razão. Seus protagonistas são sempre homens musculosos, que ficam todo o tempo sem camisa e coçando o saco. Aliás, coçar o saco em novela do Lombardi, é quase uma rubrica do texto. Humberto Martins já fez muito essa marcação nas novelas Vira Lata e Uga Uga. Parece que agora Lombardi cansou do Humbertinho e decidiu devotar sua atenção aos sacos de Wladimir Britcha e Marcos Pasquim.
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