22.8.03

BAGDÁ ESTÁ EM CHAMAS – Por que não existem jornalistas brasileiros em Bagdá? Todo o noticiário sobre a guerra do Iraque, que se tem acesso no Brasil, é material de agências de notícias. A Globo, quando quer falar sobre a guerra ou chama o corresponde em Londres ou o corresponde em Nova York. Ou seja, a guerra, aos brasileiros, é contada do ponto de vista dos vilões, dos invasores. Isso é simplesmente irritante.


É muita subserviência aos interesses americanos, classificar o ataque à ONU de atentado terrorista. O que aconteceu, na sede da ONU, foi apenas um gesto de defesa da pátria por parte de guerrilheiros iraquianos. Eles estão apenas defendendo seu país que foi invadido por um povo inimigo que quer se apropriar de suas riquezas. Mas a imprensa brasileira não tem a devida isenção e classifica os fatos do ponto de vista que George W. Bush classificou de “mundo civilizado”.


Porque os jornais brasileiros não têm correspondentes em Bagdá? Vejam só no que a imprensa se transformou. Os jornalistas brasileiros só querem saber de ficar no refrigerado da redação, entediados, sabendo do mundo através do computador. Onde andam aqueles jornalistas de antigamente que iam atrás da notícia? É simplesmente bizarro que, mesmo tendo um brasileiro como representante da ONU no Iraque, nenhum jornal brasileiro tenha enviado um correspondente a Bagdá. O mundo lá fora pegando fogo e a imprensa brasileira, trancada em casa assistindo Mulheres Apaixonadas.

Madonna vem aí...

 

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