RIO FANZINE - A coluna de cultura pop do jornal O GLOBO completa dezoito anos e para comemorar, a editora Record lança o livro RIO FANZINE, uma coletânea com os melhores momentos da coluna editada por Tom Leão em parceria com Carlos Albuquerque. RIO FANZINE, o livro, abrange os momentos, estilos e mudanças mais marcantes no mundo do pop-rock, desde 1986, e terá lugar garantido na estante dos milhares de leitores da coluna ao redor do Brasil. Uma legião de fãs de todos os tipos, idades e lugares. Sem preconceitos e barreiras, como o próprio Rio Fanzine.
Informação. Comportamento. Cultura alternativa. Mundo pop. Música, cinema, televisão... Liberdade acima de qualquer suspeita. A idéia de um fanzine dentro de um grande jornal foi altamente subversiva nos idos de 1986. A missão de conseguir espaços e preciosas linhas para a música e a cultura alternativas, normalmente mantidos à margem dos grandes latifúndios da imprensa nacional, continua sendo cumprida. Há 18 anos, o Rio Fanzine tem trazido para a superfície relatórios sobre a movimentação do underground, seja no Rio, no Brasil ou no mundo. No trajeto, bandas e tendências foram apresentados ao grande público, com uma linguagem própria e visual arrojado.
Tom Leão, sem dúvida, foi o grande artífice da imprensa alternativa dentro do Globo. Tom surgiu na revista Pipoca Moderna, editada por Ana Maria Baiana na primeira metade dos anos 80. De lá para cá se dedicou com afinco a observar e traduzir para o grande público a vida, os anseios e a cultura do movimento underground. O maior feito de Tom Leão nos seus dezoito anos de jornalismo, foi o fato dele ter criado o termo PITBOY, para definir esses bofes machões tatuados que gostam de brigar em boate. Num artigo publicado na coluna ele criticava o comportamento desse tipo de homem e cunhava a expressão, uma mistura da palavra pitbull com o termo playboy. Com impressionante rapidez o termo caiu no gosto popular e todo mundo passou a usar a palavra PITBOY. Também foi Tom Leão quem batizou o titulo em portugues do filme Clueless, com Alicia Silverstone, que se transformou em As Patricinhas de Beverly Hills. Grande Tom Leão!
FRANCIS FOREVER - O especial Paulo Francis do Manhattan Connection foi o melhor programa do ano na TV. Foram momentos de puro prazer. Vendo-o na TV ele parecia tão vivo, tão presente, tão atual. Adorei quando ele, num programa gravado durante o segundo ano do governo FHC, esculhambou com o então presidente. Grande Francis! Mesmo quando discordo dele acho-o genial. Foi uma grande sacada da produção do programa homenageá-lo e, ao mesmo tempo, homenagear os fãs do jornalista, que não são poucos. Salve Francis!
Foi muito engraçado o final do programa, quando mostrou cenas de bastidores e de erros do jornalista. Foi engraçado assistir, mas acho que ele não teria gostado muito daquilo. Acho que o Manhattan Connection deveria ter mostrado algumas das sensacionais reportagens que o Francis fazia para o Jornal da Globo, com seus comentários irônicos e seu humor ferino. A produção do programa vai ficar nos devendo essa.
A morte de Paulo Francis deixou um vazio de inteligência no jornalismo brasileiro. E isso ficou mais nítido agora, sete anos após sua morte. A página que ele publicava às quintas e domingos no GLOBO nunca foi substituída. Quem lia aqueles textos não precisava ler mais nada na imprensa. Havia de tudo ali: análise política, comentários sobre economia, resenhas de livros, filmes e peças, artigos sobre comportamento, moda e estilo de vida. Tudo escrito com fundamento intelectual e um apurado senso de observação. Com a morte de Francis o que restou ao leitor do Globo? A mediocridade sem fim de gente como Xexeo, Jabor, Dapieve e Olavo de Carvalho. Whaal...
Com a morte de Paulo Francis a Globo decidiu inventar alguém para substituí-lo. Como se alguém pudesse substituir o gênio. Assim, trataram de transformar o cineasta Arnaldo Jabor em jornalista. Foi a partir daí que Jabor foi escalado para fazer comentários no Jornal da Globo, escrever uma coluna no jornal e, pasmem, participar do Manhattan Connection. Tudo o que o finado fazia. Puta que pariu, diria o saudoso Francis! A maior diferença entre eles é que o Jabor é um chato. Seu texto é pesado e amargo. Nas poucas vezes que li sua coluna no Globo eu tive a sensação de estar carregando um caminhão de tijolos. E seus comentários televisivos são patéticos. Foi uma ofensa a inteligência dos fãs do jornalista essa tentativa de inventar alguém para substituí-lo.
MANHATTAN CONNECTION continua sendo o meu programa favorito na TV, apesar da ausencia de Paulo Francis. Principalmente agora que o Jabor tomou um simancol e decidiu pular fora. Graças a Deus! O Lucas Mendes é ótimo como âncora. Caio Blinder é maravilhoso. O Ricardo Amorim é inteligente, culto e articulado. E além de tudo tem aquela boca carnuda, que parece estar pedindo para ser beijada. A Lúcia Guimarães faz reportagens magnificas. E tem o Diogo Mainardi... Afinal, nada na vida é perfeito.
MOON RIVER , música de Henry Mancini, letra de Johnny Mercer, tema do filme Bonequinha de Luxo, estrelado por Audrey Hepburn e George Peppard.
Moon river, wider than a mile
I'm crossing you in style some day
Oh, dream maker, you heart breaker
Wherever you're goin', I'm goin' your way
Two drifters, off to see the world
There's such a lot of world to see
We're after the same rainbow's end, waitin' 'round the bend
My huckleberry friend, Moon River, and me
(Moon river, wider than a mile)
(I'm crossin' you in style some day)
Oh, dream maker, you heart breaker
Wherever you're goin', I'm goin' your way
Two drifters, off to see the world
There's such a lot of world to see
We're after that same rainbow's end, waitin' 'round the bend
My huckleberry friend, Moon River, and me
(Moon River, Moon River)
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