12.12.04

CAFÉ SOCIETY - Foi uma noite maravilhosa, de paletós e vestidos longos, o casamento de Ana Luisa de Cstro e Carlos Eduardo na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa. O elegante palacete da praia do Flamengo, tombado pelo patrimônio histórico, esteve lotado de personalidades do high society, do gay society, do jornalismo e da moda. A mãe da noiva, a jornalista Sylvia de Castro é, antes de tudo, uma socialite. Freqüentadora assídua dos salões elegantes do Rio, ela também tem livre trânsito no suntuoso mundo da moda. Champanhe, champanhe, champanhe...


O cenário do casamento merece destaque especial. Como descrever tanto requinte e elegância? Carlos Alberto de Serpa, o bem sucedido empresário e educador, fundador da Cesgranrio, acertou em cheio quando, ao lado da mulher Beth Serpa, decidiu transformar o suntuoso palacete num ambiente refinado, acessível à todos os cariocas de bom gosto. Lá são realizadas exposições das mais diferentes expressões de arte, concertos de música clássica e popular, desfile de modas e de jóias, lançamentos de livros e CD´s, casamentos, coquetéis e jantares sociais e de negócios, além de eventos performáticos e empresariais.


O palacete, inspirado no estilo do Primeiro Império, possui ricos detalhes em bronze dourado, portas espelhadas, medalhões com motivos mitológicos, colunas gregas, escadarias, vitrais extraordinários e muitos lustres de Baccarat. E dispõe de salão de chá, salão de antiguidades, bistrô, galeria de arte, cinema, pérgula, além de dois ambientes que já caíram no gosto do high society: o requintado restaurante Blason, com decoração do século XIX e cozinha francesa e o J Club, recém-inaugurado piano-bar que se destaca como espaço de boa música.


Pois foi neste lugar tão especial que Ana Luisa e Carlos Eduardo se tornaram marido e mulher. Mesas finamente decoradas com arranjos florais foram espalhadas por todos os lugares. No piano-bar o DJ animava uma pista de dança enquanto garçons belíssimos serviam espumantes e destilados. Aliás, os rapazes do cerimonial da Casa Julieta de Serpa merecem destaque especial. Belos, elegantes e educados, são treinados para que a presença deles faça parte daquele ambiente com a mesma harmonia que os lustres de Baccarat e as cortinas de seda.


A colunista Hildegard Angel estava chiquérrima, ao lado do marido, o empresário Francis Bogosian. Da sua mesa ela comandava a festa com muito charme. Todas as personalidades do grand monde carioca iam até lá, como que para pedir a bênção a uma mãe de santo poderosa. Pude assistir de camarote ao beija-mão, já que fui um dos privilegiados que puderam sentar à sua mesa, ao lado do empresário Jair Coser, o maior exportador de café do Brasil, com a mulher Marisa, mais Celina de Farias, Gilson Martins, Mary Carvalho e Sebastião Marinho. Champanhe, champanhe, champanhe...


Circulando pelos salões Tânia Caldas, Vilma Guimarães Rosa com um exuberante colar de esmeraldas, Alice Tamborindeguy, Clara Vasconcelos, Moreira Franco, os muchachos André Ramos e Bruno Chateubriand, Mario Borrielo, Carlos Alberto e Beth Serpa, Leda Nagle e muitos outros. O arquiteto Éder Meneghine exibia o noivo da mesma forma como muitas das socialites exibiam suas jóias. Isso mesmo, leitores. O noivo. O narcisista Éder apresentava a todos um rapaz muito bem apessoado, elegantemente vestido, como seu noivo e avisava que o casamento será em janeiro, numa grande festa na sua mansão da Barra da Tijuca. Depois de muito champanhe, e do delicioso jantar foi o momento de curtir a pista de dança até o fim da noite.


Durante todo o mês de dezembro, até o dia 6 de janeiro, a Casa Julieta de Serpa estará sendo palco de um gigantesco presépio, com cenário e figuras em tamanho natural, além de iluminação e efeitos especiais. Quem viu a beleza que foi o presépio no ano passado vai ficar ainda mais encantado este ano. No primeiro andar foi montada uma casa de Papai Noel, com atores representando o bom velhinho e um grupo de duendes. Programa perfeito para a família, casais de namorados e crianças em geral. Feliz Natal!




A ERA DO JAZZ – Se alguém quiser dar como presente de natal algo realmente valioso, gostaria de sugerir o livro 24 Contos de F. Scott Fitzgerald, da Editora Companhia das Letras. Eu estou lendo esse livro e tendo verdadeiros orgasmos a cada página virada. É inestimável o valor literário dos textos constantes desse livro. Para valorizar ainda mais a sofisticada literatura do autor de O Grande Gatsby, a tradução foi feita pelo mestre Ruy Castro. Cada vez que eu pego o livro é como se ali estivesse contido o mistério mais sublime que rege a existência humana.


Vivendo na América nos anos 20 do século passado, seus personagens são puro fascínio. Personagens como John T. Unger, o rapaz de uma cidade do interior, que vai fazer faculdade na cidade grande e lá fica amigo de um jovem milionário excêntrico que o convida a passar férias na casa dos seus pais. Durante a viagem o amigo lhe revela que o pai é o homem mais rico do mundo e pede que ele não revele isso a ninguém. Como também pede segredo do lugar onde fica a residência da família. John T. Unger fica encantado com a família do amigo e com o lugar fascinante onde vive sua família. Um palácio cheio de objetos de ouro, localizado num vale verdejante, com lagos, animais selvagens, cachoeiras. Depois de um breve romance com a irmã do rapaz, o herói do conto descobre que as pessoas que são levadas a visitar a família nunca mais voltam para suas casas. O Pai as mata para que a pessoa não revele ao mundo a existência de tamanha fortuna.


As histórias sempre têm algo de trágico, mas Scott Fitzgerald se revela um romântico. Pois, quase sempre, suas tramas têm um final feliz.


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