O LIVRO DO ANO - O livro de Dan Brown O Código da Vinci foi o grande acontecimento literário de 2004. Não só porque vendeu aproximadamente quinze milhões de cópias em todo mundo, sendo que mais de trezentos mil só no Brasil. O código foi um fenômeno por sua demonstração de força como livro. Numa época como a nossa, de culto à tecnologia, onde as pessoas preferem passar seu tempo em frente ao computador, curtindo blogs, fotologs, orkut ou simplesmente navegando, O Código Da Vinci deu uma grande demonstração de força do produto "livro". Ele mobilizou leitores em todo o mundo, que abandonaram as telas do computador, do DVD, do cinema e da TV, para mergulhar de cabeça em suas páginas recheadas de diversão, prazer e sabedoria.
Isso não é tudo. Além de ter vendido milhões de exemplares, o livro estimulou o lançamento de outros titulos que tinham relação com os temas tratados no romance, movimentando o mercado editorial de forma impressionante. Foram lançados desde biografias de Leonardo Da Vinci, passando por diversos titulos sobre Maria Madalena, sociedades secretas e o Santo Graal, até ensaios sobre as obras de arte citadas no romance. Tudo isso fez de O Código da Vinci um bastião do poder de força do produto "livro" no alvorecer do século XXI. É o primeiro grande fenômeno editorial desse novo tempo. Foi como se ele tivesse sido escrito para mostrar ao mundo que, apesar dos atrativos promovidos pelos avanços da tecnológia, o livro ainda é a grande fonte de diversão, saber e apuro intelectual.
O formato do romance é o de uma história policial. Começa com um crime no Museu do Louvre, um suspeito que o leitor sabe inocente e um detetive que precisa apresentar um culpado para salvar sua reputação profissional. Mas, por trás desse lugar comum literário, o autor promove uma interessante discussão sobre os ícones da igreja católica e sobre como o cristianismo, ao longo dos anos, buscou relegar a mulher a uma condição muito inferior ao homem, associando-a a figuras profanas. Ao criticar de forma contundente essa questão, o livro torna-se um libelo feminista de grande alcance. Desde o feminismo queima-sutiã dos anos 60 que não surge nada tão revolucionário em termos de feminismo como o livro de Dan Brown.
O romance defende a teoria de que Maria Madalena foi casada com Cristo e que ela nunca foi prostituta. E que os guardiães do cristianismo procuraram difamá-la por puro machismo, pois se sentiam ameaçados com o poder da mulher de gerar a vida humana. Assim, segundo a trama de Dan Brown, a igreja católica buscou associar a mulher a um ser pecaminoso e profano, idéia que o autor defende, lembrando que não existem mulheres em cargos importantes na igreja católica e que, na idade média, milhões delas foram levadas à fogueira por causa dos conceitos machistas escondidos no pensamento cristão. Whaal, diria Paulo Francis...
Ao observarmos a maneira fundamentalista como a igreja condena o aborto, em pleno século XXI, podemos considerar que faz sentido o raciocínio do escritor. Condenar o aborto, marginalizar a mulher que ousa dispor do seu próprio corpo, é uma maneira infame da igreja colocar a mulher numa situação de inferioridade em relação ao homem.
O mais bacana do romance de Dan Brown é que ele provoca o leitor e o estimula a uma discussão intelectual. Com isso ele cumpre a sua função como "livro". Além de promover momentos de intenso prazer ao leitor, com sua trama recheada de personagens fascinantes e reviravoltas inesperadas, O Código Da Vinci estimula discussões, faz pensar, provoca reflexões e surpreende o leitor, dando-lhes a sensação que ele está fazendo uma grande descoberta sobre a história da humanidade. Mas, a grande descoberta que o leitor faz ao ler o romance é que a literatura ainda tem a capacidade de mudar o homem. E mudando o homem, muda o mundo!
CARNAVAL 2005 - O bloco carnavalesco de Ipanema SE NUM GUENTA PORQUE VEIO? continua animando o verão carioca com os ensaios no Chiko´s Bar. A diretoria do bloco é formada por uma rapaziada muito bacana de Ipanema, galera alto astral que frequnata a praia em frente a rua Vinicius de Moraes: Marcelo Verruga, Marko Kabul, Fred Neci, Michell e Sandrinho. O enredo do desfile é "Zona Sul em festa, o surgimento de uma nova era". O samba que vai animar o desfile é de autoria de Fabinho Monterosso, e Fernandinho Maia. A letra é a seguinte:
O SONHO SE CONCRETIZOU
DE UMA HISTÓRIA DE BAR
HOJE CANTA A CIDADE
É FESTA, É FELICIDADE
NO AR, UM CLIMA ENVOLVENTE
ACABOU A PELADA, METE MÃO NA GELADA
AGORA EU QUERO É CURTIÇÃO...(ÔÔÔ!)
E QUANDO MENOS SE ESPERA, TA NA BOCA DA GALERA
VAI ROLAR A PEGAÇÃO
HUM, DOIS TRÊS
HUM, DOIS TRÊS E JÁ
VIRA A CARA, FAZ CHARMINHO
QUE AGORA EU VOU BEIJAR
FIM DE SEMANA TA AÍ...(ÔÔ...)
VOU ME EMBEBEDAR, ME DIVERTIR
JÁ CHEGOU O VERÃO, UMA LINDA ESTAÇÃO
DE PRAIA, CALOR E FANTASIA
O "SE NUM GUENTA" SURGIU PRA MOSTRAR O SEU VALOR
ABENÇOADO PELO CRISTO REDENTOR
SÓ LAMENTO..., PAULISTA E MINEIRO
É MALANDRAGEM, SOU CARIOCA, SOU DO RIO DE JANEIRO!
A ZONA SUL ECOOU, EM LIBERDADE
Tô DOIDÃO DE SKOL, TRANQUILIDADE
HOJE EU VIVO EM PAZ E ALEGRIA
O "SE NUM GUENTA PORQUE VEIO?" VAI ATRÁS DA BATERIA
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