A FESTA DE KATY - A virada do ano foi em Angra dos Reis e, quando cheguei ao Rio estava exausto. Dormi até tarde e quando acordei havia um recado do meu querido amigo Antonio Carlos Miguel, me convidando para o aniversário de sua esposa Katy. Adoro Antonio e Katy e estar com eles é sempre sinônimo de bom papo e boas risadas. Não deu outra. A festa da Katy foi um luxo, Apenas um pequeno grupo de amigos, bebida farta e uma comida deliciosa. Roger Levy, Gilvan Nunes, Duse Nacarati, Marcus Alvisi, Leonardo Vieira, Ezequiel Neves, entre outros.
Foi no domingo, dia 2 de dezembro e a noite estava linda, com uma lua que podíamos admirar da janela. O mais bacana da festa é que havia um clima muito positivo por parte das pessoas. E isso fez com que eu me sentisse começando o ano ao lado das pessoas certas. Quando eu desejei feliz ano novo para o Antonio, começamos a conversar e ele me disse uma frase que me tocou muito: "Eu estou vivendo os melhores dias da minha vida. Nunca fui tão feliz quanto estou sendo agora". Logo depois estávamos conversando com o ator Leonardo Vieira e falávamos sobre datas de aniversários, signos, etc. Ao comentar sobre o inferno astral, período imediatamente anterior a data do aniversário, segundo o zodíaco, Leo afirmou: "Eu sou tão sortudo que até o meu inferno astral é um paraíso". Pois é. Eu realmente comecei o ano ao lado das pessoas certas.
Katy estava muito feliz por estar ao lado dos seus amigos. No computador, ela mostrou algumas fotos digitais que haviam sido feitas durante um passeio de barco com um grupo de turistas da Africa do Sul, amigos de Gilvan Nunes, que é artista plástico e fez recentemente uma exposição por lá. No dia 28 de dezembro eles alugaram um barco e fizeram um passeio pela baía da Guanabara. As fotos ficaram bem curiosas, com todo mundo meio bêbado, tendo ao fundo a paisagem maravilhosa do Rio.
Duse Nacarati me contou que vai começar a ensaiar uma peça com o Ricardo Blat, que é uma adaptação de um texto de Chico Xavier. Ela estava toda bonita, cheia de pulseiras e colares. Rimos muito quando ela ficou contando a festa que tinha ido no Reveillon, no apartamento de um banqueiro inglês que está morando no Rio. No final da festa, Katy fez uma surpresa: serviu arroz doce como sobremesa. Só de pensar fico com água na boca.
O VERÃO DE 2005 - Foi uma festa de arromba a apresentação de Margareth Menezes no Canecão. A mulher está cada dia mais bonita e cheia de energia. Cantando e dançando ela animou a platéia que se sentiu correndo atrás de um trio elétrico. Na platéia, muitos turistas estrangeiros e a juventude dourada do Rio, turma que prefere o carnaval baiano. Também estavam lá Luiza Brunet, com Armando e Carlos Tufvesson, com André Piva. Lui Mendes chegou acompanhado do amigo de longa data André Gonçalves. Mais Leonardo Bricio, Marlene Matos e Ery Jonhson. Todo mundo dançou muito com os ritmos baianos e, depois do show, fomos tomar um champanhe com a cantora.
André Gonçalves estava hilário usando um chapéu de vaqueiro. Sempre com aquele seu jeito amoroso e gentil que caracteriza sua personalidade. Ele ficava todo o tempo comentando sobre a beleza da Margareth, elogiando as pernas saradas e a pele da cantora. Disse que está adorando fazer a novela do Agnaldo Silva e que esta semana iria gravar ótimas cenas do seu personagem. E me contou que vai começar a ensaiar a peça Inês de Castro, para ser exibida no teatro Villa Lobos. Enquanto conversava André fazia piadas e debochava de tudo, provocando gargalhadas na Luisa Brunet que estava ao nosso lado, enquanto devorávamos uns petiscos deliciosos do buffet que havia no camarim.
Quando saímos do Canecão fomos dar uma volta na Urca, um dos bairros mais bonitos do Rio. Éramos eu, Lui, André e um casal de amigos. Paramos o carro, sentamos na mureta que margeia a baía e ficamos admirando a vista do Rio. As luzes acesas do outro lado da baía da Guanabara, um barco que passava ao longe e a lua na noite estrelada. Ficamos batendo papo, jogando conversa fora, falando da vida e dos nossos amigos. Até que bateu o cansaço e fomos para casa dormir.
MANHATTAN CONNECTION - Os fãs do Paulo Francis estão indignados com o Diogo Mainardi. Alguém precisa dizer a esse moço que cara de pau tem limite! Na sua última coluna na revista VEJA (que Caetano Veloso só chama de revista INVEJA), Mainardi escreveu que a opinião geral é que ele é uma versão piorada do Paulo Francis. Opinião geral? Nunca soube de ninguém que achasse que ele tivesse qualquer semelhança com o Francis. Esse artigo do Mainardi, cujo titulo é "Versão piorada de Paulo Francis", é uma tentativa de golpe. Ele quer se apropriar da herança intelectual do jornalista no grito.
Paulo Francis deve estar se revirando no túmulo. O que o Diogo Mainardi está tentando fazer com o Francis é comparável ao que Luciana Gimenez fez com o Mick Jagger. Ele quer ter um filho póstumo do grande jornalista. Seu artigo é tão imoral quanto o fato de Luciana Gimenez ter furado a camisinha do vocalista dos Rolling Stones. Que golpe baixo! Com a desculpa de estar reverenciando o jornalista, o pilantra tenta se "eleger" o herdeiro de Paulo Francis. Diogo Mainardi seria mais bacana com seus leitores se contasse para eles como foi o seu "caso" com o escritor Gore Vidal, com quem viveu numa aprazível villa na cidade de Ravello, na Itália. Será que "tia" Gore beija bem? Será que sua busca por prestígio intelectual é tão obsessiva que ele foi capaz de dormir com Gore Vidal a fim de convencê-lo a escrever o prefácio do seu livro? Whaal...
Diogo Mainardi é um homem rico. Riquíssimo. Ao mesmo tempo, ele sempre teve ambições intelectuais. Sempre teve a vaidade de ser um pensador. Assim decidiu comprar o prestígio intelectual que o dinheiro da família não lhe dava. Começou comprando a coluna na revista Veja. Alguém precisa falar a verdade. Ele só assina aquela coluna na VEJA porque a sua família tem negócios estratégicos com a editora Abril. Seus livros só foram editados graças à influência de sua família milionária. Não foi por talento ou prestígio intelectual que ele conseguiu espaço na mídia. Foi tudo comprado. Ele é um Riquinho!
O mais irritante no artigo de Mr. Mainardi é que ele tenta ser condescendente com o Francis, como se o saudoso jornalista precisasse disso. Diz que o romance Trinta anos essa noite, relançado há dois anos, passou em branco. E que ninguém se lembra de sua obra, apenas do seu talento para o deboche e do seu ar afetado. Isso é uma mentira deslavada. O pilantra fala do Francis como se ele estivesse sido esquecido e que agora o bom moço da imprensa estivesse mostrando ao povo o quanto ele foi realmente genial. Calhorda! Patife! O que o Riquinho quer fazer com o Francis é o mesmo o que as loiras boazudas fazem com jogadores de futebol. Ele quer pegar barriga de um jornalista que já morreu. Covarde!
Sou admirador do Paulo Francis desde sempre. Conheço sua obra. Sempre acompanhei sua carreira com muito carinho pois ele foi uma referência jornalística fundamental para mim. Ele é cultuado por jornalistas e escritores. E se o relançamento do seu romance não teve maiores repercussões é porque a sua produção jornalistica foi tão rica, vasta e importante, que sempre sufocou sua produção literária. Mesmo quando ele estava vivo. Não posso aceitar agora que esse aventureiro venha se colocar como um "novo Paulo Francis". Riquinho é apenas um deslumbrando. Um pseudo-intelectual emergente. Um sujeito carreirista que não adquiriu prestigio intelectual. Ele comprou.
Semana passada, no Manhattan Connection, Riquinho recomendou o livro do Francis, Trinta anos essa noite e disse que vários "amigos" seus haviam lançado livros últimamente, mas o melhor era o do Francis. E citou, com o sotaque paulista que lhe dá um ar pedante, seus "amigos": Millôr, Jabor, Ivan Lessa, João Ubaldo... Citou vários. Todos medalhões da cultura brasileira. Eu ouvi aquilo e pensei: Quem esse cara pensa que é para ficar citando o nome de importantes intelectuais como se fossem seus amigos? Será que são amigos mesmo? Mainardi é um deslumbrado, um emergente. Se ele é amigo dessa gente toda, certamente ele comprou as amizades. Até porque, intelectuais, a exemplo das grandes prostitutas, estão sempre à venda.
Na orelha do seu livro, Tapas e Pontapés, uma coletânea daqueles artigos idiotas escritos para a VEJA, Riquinho se apresenta como um "profissional de opinião". Profissional de opinião? Achei engraçado Diogo dizer que é um "profissional de opinião". Há os profissionais do sexo, é claro. Mas profissional de opinião??? Será que Diogo só abre a cabeça pra quem paga? Será que ele goza quando consegue pensar alguma coisa??? Ou será que tudo não passa da mais pura masturbação?...
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