21.4.05

A CORRIDA PARA O ABISMO - Esse é o nome da biografia do pintor italiano Caravaggio, que será lançada na Bienal do Livro, que rola a partir de 12 de Maio, no Riocentro. Quem assistiu ao filme de Derek Jarman sobre o artista sabe que Caravaggio foi um sujeito de vida nebulosa que tanto vendia os quadros que pintava, como vendia o próprio corpo. Suas pinturas de inspiração religiosa, tinham como modelos camponeses e marginais como ele. Ao longo dos séculos, a vida pessoal de Caravaggio tem provocado tanto fascínio quanto os quadros pintados por ele. Sendo assim, sua biografia tem tudo para ser um livro de grande interesse tanto para os admiradores da arte, quanto os da da literatura. Não só pelo personagem focalizado mas, principalmente, pelo autor do livro, o francês Dominique Fernandez.


Romancista, ensaísta, tradutor e crítico literário, Fernandez ganhou o Prêmio Goncourt em 1982 por Pela mão do anjo, obra sobre a vida de Píer Paolo Pasolini, lançada no Brasil pela Rocco. Ganhou o Prêmio Médicis em 1974 por Porporino ou les mystères de Naples e o Grande Prêmio Literário do Festival de Nice, em 1971, por Les enfants de Gogol. O escritor nasceu em 1929 na cidade francesa de Neuilly-sur-Seine, membro de uma família de classe média com origens no México. Ingressou na École Supèrieure, se especializou em cultura italiana e escreveu sua tese de doutorado sobre o escritor italiano Cesare Pavese.


Nos anos 50 começou a dar aulas de italiano em universidades e em 1974, na ocasião do lançamento de seu romance Porporino, Fernandez tornou pública sua homossexualidade. A partir de então deu prosseguimento a uma bem-sucedida carreira literária, publicando romances históricos, muitas vezes biografias de personagens homossexuais. Entre as obras lançadas no Brasil estão também O último dos Médicis sobre o governo do grão-duque Gian Gastone (1671-1737) e Tribunal de Honra, um romance biográfico que levanta uma nova tese sobre o fim da vida de compositor russo Tchaikovski.





PERGUNTAR NÃO OFENDE - Que fim levou a guitarra autografada que Lenny Kravitz deu ao Presidente Lula, como doação ao Programa Fome Zero? Será que os famintos do Brasil já comeram a guitarra? Aliás, o que é o Programa Fome Zero?


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