2.5.05

APESAR DE VOCÊ, LULA! - Fruto de sete anos de pesquisa, MINISTÉRIO DO SILÊNCIO, novo livro do jornalista Lucas Figueiredo, traça, pela primeira vez, a história do serviço secreto brasileiro, desde o surgimento de seu embrião, em 1927, até os dias de hoje. Baseado em 26 quilos de documentos inéditos, o livro traz uma revelação bombástica. Conforme documento confidencial obtido pelo autor, em 2003, já no governo Lula, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) fez um acordo com serviços secretos da América Latina para vigiar os movimentos que tratam da "questão da pobreza". Ou seja, enquanto o presidente Lula se apresenta no exterior e no Brasil como líder do combate à pobreza, seu serviço secreto espiona aqueles que trabalham com a questão. Uma contradição em termos e ação. Com a palavra, Ministério do Silêncio.


Você sabia que o serviço secreto brasileiro, diferentemente da CIA e do Mossad - que estão voltados para o inimigo externo -, tem poder para investigar e perseguir cidadãos brasileiros? E que em 78 anos de existência, nascido muito antes do golpe militar de 64, o serviço secreto do Brasil acumula mais barbaridades (chantagem, perseguição política, cumplicidade em assassinato, tortura e ocultação de cadáveres, estelionato etc.) que sucessos entre seus feitos? Aliás, você sabia que existe serviço secreto no Brasil e que ele se encontra ativo e sem controle?


Como um monstro que ronda a democracia do país, o serviço secreto brasileiro nasceu em 1927, no governo Washington Luís; deu os primeiros passos durante a década de 1950, no governo JK, um dos mais democráticos e liberais da história, quando perseguia quem quer que fosse identificado como comunista; e chegou à maturidade durante a ditadura militar (1964-1985), quando ganhou musculatura e vitalidade. Para a surpresa de muitos, não foi enquadrado com a redemocratização do país e, apesar do malabarismo dos comunicados oficiais dos governos de plantão de 1985 para cá, continua vivo. O jornalista mineiro Lucas Figueiredo, autor do premiado Morcegos Negros, conta em MINISTÉRIO DO SILÊNCIO, com surpreendentes detalhes, a história do serviço secreto no Brasil. Um livro inédito e revelador.


Ilustrado com fotos e documentos inéditos; e recheado de depoimentos de agentes e ex-agentes, o livro consumiu mais de sete anos de pesquisa de Lucas, que reuniu 26 quilos de arquivos sigilosos e mais de 100 horas de entrevistas com agentes e aposentados do serviço secreto, conseguindo assim a mais completa radiografia sobre o tema no Brasil. Apesar da aridez do assunto, Lucas conseguiu uma fluidez de texto comparável aos melhores romances de aventura, que prende o leitor página a página.


"Em todos os países democráticos, o serviço secreto está voltado para o exterior. A CIA, por exemplo, não pode investigar cidadãos norte-americanos dentro dos Estados Unidos (isso é feito pelo FBI, o equivalente à nossa Policial Federal)", conta Lucas. Com base em pesquisas feitas para o livro, Lucas descobriu que no Brasil ocorre exatamente o contrário. "De 1927 a 2005, o serviço secreto investigou e perseguiu os cidadãos brasileiros, sobretudo aqueles envolvidos com tentativas de organizar a sociedade", diz. MINISTÉRIO DO SILÊNCIO revela que, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o serviço secreto realizou operações como a Andorinha (agentes secretos que utilizam o corpo e a atividade sexual para se aproximar e tirar segredos de seus alvos). Que gente baixa!


Para o autor, do jeito que está não faz sentido para o Brasil ter um serviço secreto. "Um serviço secreto só é bom quando lida exclusivamente com o inimigo externo. O serviço secreto brasileiro tem de se preocupar com os estrangeiros que querem sabotar o Mercosul, praticar biopirataria na Amazônia, usar o território brasileiro para apoio de terroristas, roubar segredos etc. Brasileiro suspeito de praticar crime é problema da polícia, do Ministério Público e da Justiça, e não do serviço secreto. Se for para investigar brasileiros, o serviço secreto pode muito bem ser extinto. Já vai tarde e não fará falta", declara. MINISTÉRIO DO SILÊNCIO é uma obra que servirá de referência sobre o assunto durante muito tempo. Um retrato impressionante desse órgão público federal que age nas sombras, não obedece às leis e que parece obcecado com um único "inimigo": você.


Lucas Figueiredo nasceu em Belo Horizonte em 1968. Foi repórter investigativo da Folha de S.Paulo por sete anos, atuando em Brasília e São Paulo. Escreveu também para as revistas Playboy, República, Primeira Leitura e Defue Sud (Bélgica) e realizou coberturas no Peru para o serviço brasileiro da rádio BBC de Londres. Recebeu três prêmios de jornalismo - BDMG, Folha e Esso. Atualmente é repórter especial do jornal Estado de Minas em Belo Horizonte. Em 2000, Lucas Figueiredo publicou, também pela Editora Record, o livro-reportagem Morcegos Negros - PC Farias, Collor, máfias e a história que o Brasil não conheceu. Ministério do Silêncio é seu segundo livro.





MAIS UM SHOW DE NICOLE - Um supense do primeiro ao último minuto. Assim é o filme A interprete, estrelado por Nicole Kidman e Sean Penn. A atriz está excelente, no papel de Silvia, uma tradutora que trabalha na ONU e escuta o que não devia no equipamento de som da Organização e, por isso, passa a correr risco de vida. Ela anda de lambreta pelas ruas de Nova York e tem um passado misterioso na Africa do Sul o que acaba levantando suspeitas sobre a possível participação dela num atentado contra o presidente de um país africano. Agora é só agurdar o próximo filme da atriz: A feiticeira, adaptação do antigo seriado da TV.



AÉCIO NEVES 2006 - O Lula já teve sua grande oportunidade e não soube aproveitar. No próximo ano vai ter eleições novamente e o operário padrão ainda não disse a que veio. O que mais se ouve nas rodas de conversa são eleitores do Lula se dizendo decepcionados com o seu governo. E nessas mesmas rodas um nome sempre é citado como opção para 2006: Aécio Neves. E o mais interessante é que ninguém o vê como um salvador da pátria ou como a grande esperança do Brasil. Os eleitores o vêem apenas como um alternativa razoável, diante do quadro negro que se vê no horizonte político do Brasil. A idéia de um Presidente como uma grande esperança para a nação se acabou com Lula. E isso é bom. Assim o próximo Presidente deverá ser alguém de quem a sociedade não vai esperar muito.


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