TRAGÉDIA NO POSTO SEIS – Os moradores do Posto Seis estão indignados. Duas das mais belas árvores da avenida Atlântica foram arrancadas um dia depois do natal. Eram duas árvores centenárias belíssimas, ficavam em frente ao edifício Igrejinha, entre as ruas Francisco Sá e Júlio de Castilhos. Elas eram lindas, majestosas e motivo de orgulho dos moradores do pedaço. Os troncos faziam uma curva e deixavam as folhas bem ao alcance das mãos. Eram árvores frondosas, que davam muita sombra e quebravam a aridez da paisagem com muita classe e elegância. Eu adorava aquelas árvores e sempre que passava por ali eu as cumprimentava. Tudo bem garotas? Dizia eu para seus galhos, folhas e troncos.
Um dia depois do natal eu passava por ali, vindo da casa de um amigo e quando procurei as árvores o que havia no lugar eram dois tocos, que depois também foram arrancados, talvez para não servirem de testemunha daquele crime contra o Rio de Janeiro. Parado em cima da calçada, um caminhão de lixo da prefeitura ainda recolhia as últimas folhas. Eu perguntei aos caras porque eles tinham feito àquilo com as árvores e eles me responderam: a gente apenas podou. Cínicos!
Diante daqueles tocos que estavam diante de mim eu não consegui evitar as lágrimas. Eu fiquei alguns minutos ali, acariciando o que restara do tronco das árvores, enquanto lágrimas escorriam dos meus olhos. Um rapaz que ia passando com seu cão feroz parou boquiaberto e, ao me ver tão transtornado, comentou que era uma sacanagem o que tinham feito com as árvores. Eu fiquei tão transtornado que saí caminhando apressado até a Igreja da Ressurreição. Eu fui pedir uma explicação a Deus. Por que almas tão malignas teriam cometido um crime tão infame? Mas a igreja estava fechada e, naquela noite, um dia depois do natal, eu fui para casa com a certeza absoluta de que a humanidade não tem mais salvação.
Porque árvores tão belas foram derrubadas dessa maneira? Porque árvores que deveriam estar sendo expostas no Jardim Botânico foram postas abaixo, como se não tivessem nenhuma importância? Que tipo de gente insensível cometeu esse crime?
Os moradores do edifício Igrejinha fizeram um abaixo-assinado pedindo a prefeitura o corte das árvores que ficavam em frente ao prédio. Os vizinhos do Posto Seis estão furiosos e estão se organizando para fazer uma manifestação na próxima semana em frente ao Igrejinha só para xingar aquela gente rica e escrota. Porque os moradores do prédio fizeram um abaixo assinado para derrubar as árvores centenárias? O motivo é de cortar o coração...
Como já disse, as árvores eram frondosas. E já que eram frondosas davam muita sombra e até protegiam da chuva. Então, nos últimos tempos, começou a juntar moradores de rua embaixo das árvores. Afinal, com a complacência do prefeito César Maia (aquele que vai passar o reveillon em Nova York), as ruas do Rio estão se transformando em favelas. Moradores de rua tentaram transformar a sombra das árvores em mais uma favela. Os insensíveis moradores do Igrejinha em vez de buscar uma solução para os sem-teto acharam que seria mais prático simplesmente derrubar duas árvores centenárias.
Segundo um sócio do clube dos Marimbas, a Prefeitura tem um serviço chamado Disque Poda, que faz a poda das árvores da cidade. Acho que esse serviço deveria se chamar Disque Foda. Porra! É preciso que haja critério na elaboração desse serviço. A Prefeitura não deveria permitir que uma árvore centenária fosse derrubada por um motivo tão fútil.
O problema é que o Rio de Janeiro é uma cidade sem Prefeitura. O que existe é um pateta corrupto e ladrão fingindo que está governando a cidade. Esse problema de moradores de rua na cidade já virou um caso de polícia. E o canalha do Prefeito em vez de estar trabalhando nisso, vai viajar com a família para Nova York, torrar o dinheiro que ele nos tem roubado todos esses anos.
Com relação aos mendigos, está um salve-se quem puder na cidade. O prédio n. 76 da rua Visconde de Pirajá vivia com a marquise cheia de moradores de rua. O que fez o condomínio? Derrubou a marquise. O prédio número 12 da mesma rua foi mais criativo. Instalou um cano cheio de furos e toda noite eles ligam uma torneira que fica pingando água e afugenta os mendigos. Já que a prefeitura estimula a existência de moradores de rua, os cariocas se viram como podem por uma vida civilizada. Mas, daí, derrubar uma árvore centenária, já é demais.
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