24.9.06

BABADO FORTE - Famoso jogador se divertia com amigos de sua antiga comunidade, em uma boate da Barra, quando foi abordado pelos “homens”. Revista daqui, dali, bingo! Dois de seus companheiros (um deles, um procurado chefão do tráfico) estavam com “as coisas”. Após longa e ameaçadora negociação, o boleiro escapou do flagra. Mas perdeu a BMW X-5, que tinha estacionada na porta, os “ouros” (relógio, cordões e pulseiras)e “pedras” (brincos de diamante). “Morreu” ainda em US$ 100 mil (levados às pressas por seu advogado) e (em sociedade com o traficante) ficou devendo R$ 300 mil ao “credi-Crime”. Prejuízo avaliado entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão. Aconteceu na madrugada de 14 para 15 de maio. Pouco antes de a seleção embarcar para Weggis...

Chupa essa manga! A nota acima, exatamente da forma como está escrita, foi publicada na coluna do cronista esportivo Renato Mauricio Prado, no jornal O Globo. Agora que contou o milagre o jornalista tem a obrigação de contar o santo: Ronaldo Fenômeno. Já que a imprensa tem essa informação, o assunto merece ser apurado. Nos vestiários do Maracanã o que se comenta é que a boate na Barra citada na nota na verdade é uma termas onde estava sendo realizada uma suruba. Pensam que é só a Daniela Cicarelli que é baixa?

O que será que a polícia encontrou com os amigos de Ronaldo Fenômeno, a ponto de ele pagar um suborno avaliado entre R$ 700 mil e 1 milhão? Fica claro nessa história que ele entrou de gaiato. Armaram pra cima dele. Confiantes que o atleta não ia querer se envolver num escândalo um dia antes de embarcar para a Copa pessoas mal intencionadas resolveram dar um golpe no atleta-otário. Certamente esses seus amigos estavam mancomunados com os policiais. Essa história precisa ser apurada. Não tanto pelo Ronaldo, mas, principalmente, pelos policiais.Que história essa de “credi-crime”? Que polícia é essa que achaca um jogador da seleção brasileira um dia antes dele viajar para a Copa do Mundo?

Como é que o Ronaldo dá um mole desses? Que cabeça ele teria para liderar a Seleção Brasileira depois de viver uma baixaria dessas? E, pensando bem, que atleta vagabundo que ele é! Participar de uma suruba numa termas. Que homem vulgar! Não saber ser rico. Não sabe ser famoso. Espero que ele nunca mais seja escalado para jogar na seleção. O problema do Ronaldo Fenômeno é que ele saiu da favela, mas a favela nunca saiu dele...






VIDA MUNDANA – O melhor da noite de autógrafos do livro de receitas de Carla Pernambuco foi encontrar personagens da vida carioca como Luiz Fernando Borges e Eduardo Logullo. Cultos e inteligentes, eles têm bom papo e estão sempre envolvidos com arte e cultura. Luiz Fernando foi amigo de Renato Russo e escreveu o roteiro do filme sobre o vocalista do Legião Urbana. Ele contou das raridades que possui na sua coleção de discos de vinil: o primeiro solo de Ney Matogrosso, álbum dos Mutantes, Vímana, David Bowie... Logullo, que escreveu o texto do livro da Carla a partir das receitas dela, nos deu noticias de May East, aquela loira sensacional que era uma das Absurdettes do grupo Gang 90. Depois ela namorou Nelson Motta e Léo Jaime (não ao mesmo tempo) e gravou dois (ótimos) discos solo. Foi morar na Europa, casou com um sujeito do Greenpeace e hoje vive feliz numa paradisíaca fazenda na Escócia. Grande garota, a May. Falar em Léo Jaime, Logullo contou que o encontrou semana passada, numa festa em São Paulo e ficou impressionado como ele está gordo. O Léo está enorme! Repetia ele estarrecido. E ficamos lembrando como ele era gostoso, na época em que freqüentava o Posto Nove e era conhecido apenas como aquele menino de Goiânia. Na sua fase áurea Léo Jaime chegou a ser o garoto mais gostoso do Posto Nove. Ele tinha chegado de Goiania só com a roupa do corpo e estava disposto a conquistar o Rio. Sabia cantar, compor, tocar guitarra, escrever. E se isso não fosse suficiente ele tinha um corpo. E que corpo!!! As lembranças de Leo Jaime no Posto Nove provocaram muitas risadas no lançamento de Carla Pernambuco.

Quem também apareceu por lá foi uma emburrada Regina Casé, com aquele seu jeito de quem está sempre de mau humor. Sim, porque a Casé é uma das mulheres mais mal humoradas do Rio de Janeiro. Mais mal humorada que ela só Maria Carmem Barbosa. Aquele alto astral, aquela alegria que o público vê na TV só existe quando a câmera é ligada. Quando a câmera é desligada Regina é a pessoa mais insuportável do velho oeste. Cada vez que assisto esse programa sobre periferia, que ela apresenta na Globo, eu fico imaginando como aquelas pessoas humildes que contracenam com ela devem sofrer quando a câmera é desligada. Ave Maria! Mas, para compensar a tromba de Regina Casé, o lançamento de Carla Pernambuco teve a presença da grande estrela Mariana Ximenes. Mariana é doce, delicada, bem humorada. Sua presença deu brilho e vivacidade ao salão da livraria Argumento, cujas prateleiras estavam abarrotadas de delícias literárias. Mariana se destacava na tertúlia literária por ser tudo que a Regina não é: magra, elegante, linda e loira. La Ximenes é o tipo de atriz que tem aquilo que o Daniel Filho chama de star quality. A qualidade de estrela.






DECADENCE AVEC ELEGANCE – A versão para o cinema de O diabo veste Prada é uma agradável surpresa. O filme é muito mais divertido e inteligente que o livro. Os produtores foram brilhantes e transformaram Miranda Priestley, o alter ego de Anna Wintour, no grande personagem da trama. Souberam colocar Andréa Sachs, alter ego da autora Lauren Wiesberger no seu devido lugar. Mesmo assim, a exemplo do livro, quando mostra o cotidiano de Andréa o filme cai um pouco de produção. A vantagem, no caso do filme, é que isso passa rápido. No livro a autora fica páginas e páginas alugando o leitor com sua vida medíocre e provinciana, quando o que todos querem é o glamour e a frivolidade da revista Vogue. E o filme não economizou recursos para traduzir esse universo para as salas de cinema. Os diálogos são divinos, principalmente, para quem é familiarizado com o mundo da moda. Anne Hathaway, a estrelinha do filme Brokeback Mountain está engraçada como Andréa, uma jornalista com pretensões intelectuais que esnoba o mundinho fashion, pois o considera fútil, sem conteúdo e sem importância. A convivência com a gloriosa Miranda faz com que ela aprenda que o ser humano, do mais humilde ao mais nobre, é um reles escravo dos conceitos sobre o vestir estipulados pela revista Vogue. E ter consciência disso é algo fundamental para enfrentar as agruras do Século 21. Aliás, avaliar esse conceito foi a grande sabedoria do filme, que descartou a visão preconceituosa e infame que o livro passa sobre moda e sobre a Vogue.

Um título é tudo, me disse certa vez Ruiz Bellenda. Se alguém tiver um bom título nem precisa de uma boa história. Pois bem. A chave do sucesso dessa fábula sobre as idiossincrasias do mundinho fashion é o título: O diabo veste Prada é um título sensacional. Irresistível. Partindo daí tudo fica mais fácil. A entrada em cena de Miranda é triunfal e descreve o personagem de forma bem clara. Meryl Streep, numa das melhores performances de sua carreira, chega ao prédio onde trabalha, cheia de pose e a câmera dá um close na bolsa que ela carrega onde está escrito a palavra mágica: Prada. Bingo! Vale destacar Gisele Budchen, numa convincente pequena participação. Chico Buarque faz muito bem em querer a modelo para atuar na versão cinematográfica do seu livro Budapeste. No mais o filme O diabo veste Prada tem músicas da Madonna: Vogue e Jump. E cenas glamurosas de Paris e Nova York. É um filme para se ver dezenas de vezes.






THE CAPTAIN AND THE KID – Antes de desembarcar em Copacabana a turnê de Elton John faz uma série de shows na Austrália, em cidades como Melbourne, Perth, Brisbane, Adelaide e Sydney. Em 1986 Elton gravou um disco ao vivo com a Orquestra Sinfônica de Melbourne onde cantava, entre outras, Candle In The Wind, Your Song, Tonight Tiny Dancer e Take Me To The Pilot, essas duas últimas incluídas no set list da turnê que vem ao Rio. Quer saber o que Elton John vai cantar em Copacabana? A relação das músicas foi divulgada pelo site oficial do cantor e contém alguns dos seus grandes clássicos como Crocodile Rock, Daniel, Rocket man e Your song. E nove músicas do novo CD que está sendo lançado.

O repertório busca manter o clima do Elton John da primeira metade dos anos 70, época em que ele lançou o disco Captain Fantastic And The Brown Dirt Cowboy. É que no novo CD The Captain And The Kid Elton retoma o Capitão Fantástico da juventude para fazer uma reflexão sobre sua vida e sua trajetória. O concerto é essencialmente setentista. No set list apenas três músicas não são dos anos setenta: Believe, do álbum Made in England, de 1995; I Want Love, do CD Songs From The West Coast, de 2001; I Guess That's Why They Call It The Blues, do álbum Too Low For Zero, de 1983. Sendo assim o cantor começa o show tocando duas músicas seguidas do disco Goodbye Yellow Brick Road, o antológico álbum duplo lançado em 1973: Funeral for a Friend/Love lies bleeding e Bennie and the Jets. Do Captain Fantastic toca Someone Saved My Life Tonight , uma canção de arrepiar. Linda. Comovente. Vale destacar no repertório da nova turnê Sorry Seems To Be The Hardest Word, do álbum Blue Moves, de 1976.

Com uma lista de músicas como esta a pergunta crucial é a seguinte: o que ele Não vai cantar? A relação de não incluídas é de fazer chorar: Empty Garden, a canção que fez em homenagem a John Lennon; Skyline Pigeon uma canção marcante, muito popular no Brasil, único país onde fez sucesso. No show de 1995 o público presente ao estádio do Flamengo gritava pedindo Skyline Pigeon; As bichas nunca vão perdoá-lo por ele não cantar I Don´t Wanna Go On With You Like That. É uma música fantástica feita para arrasar na pista de dança. Ainda bem que eu tive o prazer de vê-lo tocando esse hit duas vezes na turnê de 95; Elton também não canta Blue Eyes. Agora só cortando os pulsos. E o que dizer de títulos como: Sad Songs, Nikita, I´m Still Standing (que abria o show de 95), Sacrifice, Little Jeannie, Pinball Wizard, Healing Hands, The One, Legal Boys, Spiteful Child, Island Girl ... Veja a seguir a íntegra do repertório do show. As músicas sublinhadas são as canções do novo CD The Captain And The Kid.


Funeral for a Friend/Love Lies Bleeding
Bennie and the Jets
Philadelphia Freedom
Goodbye Yellow Brick Road
Believe
Tiny Dancer
I Guess That's Why They Call It The Blues
Take Me To The Pilot
Someone Saved My Life Tonight
I Want Love
Postcards From Richard Nixon
Just Like Noah's Ark
Wouldn't Have You Any Other Way (NYC)
Tinderbox
Blues Never Fade Away
The Bridge
I Must Have Lost It On The Wind
Old '67
The Captain and The Kid

Mona Lisas and Mad Hatters
Sorry Seems To Be The Hardest Word
Rocket Man
Daniel
Levon
Crocodile Rock
The Bitch is Back
Saturday Night's Alright For Fighting
Don't Let The Sun Go Down On Me
Your Song

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