O DIA EM QUE A TERRA PAROU – Parece que foi ontem, mas esta semana se comemora o quinto aniversário do ataque às torres gêmeas. E quanto mais passa o tempo, mais acredito que a Casa Branca esteve por trás dos ataques terroristas. Um atentado naquelas proporções, com aquele nível de produção, jamais seria possível sem a conivência de Washington. Além disso, o atentado caiu como uma luva aos interesses imperialistas do governo Bush. Elementar, meu caro Watson.
Nos grandes romances policiais, sempre que acontece um crime, o detetive herói procura o criminoso investigando quem lucrou com a tragédia. O personagem que teve algum lucro com o resultado do crime quase sempre é o criminoso. Se Adam Dalgliesh, o detetive criado pela escritora P. D. James, estivesse investigando os eventos de 11 de setembro, a primeira pergunta que faria é: quem mais lucrou com o ataque ao WTC? O charmoso policial certamente chegaria a mais plausível das respostas: quem mais lucrou com o ataque foi o governo americano. Muito mais do que os terroristas árabes, quem mais lucrou com o 11 de setembro foi a doutrina Bush. Elementar, meu caro Watson.
Desde que assumiu seu primeiro mandato que o discurso de George W. Bush tinha uma conotação armamentista, imperialista. Mas seu discurso parecia inócuo. Ninguém dava ouvidos aquele blá-blá-blá belicista. A explosão das torres gêmeas fez o mundo parar para ouví-lo. Foi o ataque ao WTC que permitiu a Bush colocar em prática seu plano de dominar o mundo árabe e com isso adquirir o controle sobre a produção mundial de petróleo. Elementar meu caro Watson.
Os americanos são selvagens e perigosos. Querem fazer com os iraquianos a mesma coisa que fizeram com a população indígena da América. Querem exterminá-los e difamá-los. Vender ao mundo a imagem que eles são maus e perigosos e que os republicanos são heróicos e bonzinhos. Quá, quá, quá, quá...
CONSEQUÊNCIAS NEFASTAS DA INVASÃO DO IRAQUE - Uma história sobre como os Estados Unidos perderam o rumo. No livro INSEGURANÇA TOTAL, Carol Brightman oferece uma crítica contundente da guerra entre EUA e Iraque, revisitando suas próprias idéias políticas no processo. Brightman focaliza a psicologia de insegurança que motiva o governo Bush e os fundamentalistas - sua confiança no poder militar, e não na diplomacia e no poder econômico. Traça os contornos da mais recente aventura imperial de Bush no Iraque, com corporações que têm fortes ligações com o presidente americano tentando transformar o Iraque destruído pela guerra num negócio rentável.
Uma aventura que provocou o ressurgimento de uma divergência maciça nas Américas e na Europa e uma resistência feroz dentro do próprio Iraque. A guerra que representa um teste para estabelecer a hegemonia total dos EUA sobre uma região de importância está levando ao caos e à violência. Brightman analisa microeventos pouco conhecidos no processo pré-guerra e lembra outros movimentos de resistência antiamericana, como no Vietnã e em Cuba.
A autora avalia, ainda, o novo Sistema de Segurança Nacional norte-americano, que pôs fim à contenção e ao impedimento do uso de força e à rede de tratados de não-proliferação de armas, e avançou nas idéias do excepcionalismo americano e da guerra preventiva. A autora fala sobre o mito da onipotência americana e a insegurança global que resultou do corte de relações dos Estados Unidos com o Ocidente e da perda das bases seguras de um dólar forte.
INSEGURANÇA TOTAL é um chamado para que a nova geração se levante contra esse Cavalo de Tróia chamado “Guerra contra o Terrorismo”. Numa série de reflexões pessoais e históricas, Carol Brightman revê a oposição dos anos 1960 e 1970 e a compara com os protestos de hoje. Incisiva, erudita e ferozmente crítica, a autora sugere que será preciso mais do que uma mudança de regime em Washington para dissipar os mitos e as ilusões sobre o poder americano unilateral.
Carol Brightman editou o Viet-Report nos anos 1960. Professora universitária nos EUA por trinta anos, é autora de Writing Dangerously: Mary McCarthy and Her World, ganhador do National Book Critics Award para biografias. Publicou Sweet Chaos: The Grateful Dead’s American Adventure e Between Friends: The Correspondence of Hannah Arendt and Mary McCarthy.
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