20.10.06

EU VOTO NO ALCKMIN O debate do SBT foi definitivo para mim. A exemplo do meu amigo Sebastião Maciel decidi votar no Geraldo Alckmin. O debate até que foi bem civilizado. Não houve aquele clima tenso e agressivo do programa da Band. Os candidatos se alfinetavam, mas com uma certa educação. Ao contrário de Ricardo Boechat, Ana Paula Padrão estava bem maquiada. A jornalista também foi correta e profissional na condução do debate. O presidente Lula teve uma atuação correta. Charmoso com sua gravata vermelha que combinava suavemente com a barba branca. As discussões foram aquele lenga-lenga tradicional do debate político. Os candidatos não acrescentaram nada além do que já se sabe sobre ambos. Com relação a eleição propriamente dita, acho que Lula já teve sua oportunidade. Já votei nele uma vez. Quatro anos de fama e celebridade já está de bom tamanho para qualquer presidente. É importante que haja um rodízio no poder. Quem sabe o Geraldo Alckmin não surpreende? Não tenho muitas ilusões, mas não custa nada tentar.







O verbo “amar” em persa tem o mesmo significado que “ser amigo”. “Eu te amo” traduzido literalmente é “te considero um amigo” e “eu não gosto de você” simplesmente quer dizer “não te considero um amigo”.






UMA LÁGRIMA PARA ANA CLAUDIA OLIVEIRA - Morreu esta semana a jornalista Ana Cláudia Oliveira, colega com quem tive o privilégio de trabalhar no Jornal do Brasil. Ana Cláudia era editora do caderno de decoração do JB, o Casa & Design. Na redação sua mesa de trabalho ficava bem perto da minha, então pude desfrutar da sua convivência bem de perto. Eu a adorava. Ana era uma mulher muito elegante, classuda. Fazia seu trabalho com muito esmero e capricho. E tinha um enorme orgulho de sua profissão. Adorava ser jornalista. Ela editava o suplemento com muito critério e apuro. Ficava horas observando detalhes, escolhendo fotos, analisando os textos. Ela amava seus repórteres Eliane Benício e Eduardo. Tinha verdadeira paixão por arquitetura, design e decoração. Eu curtia muito quando ela pedia minha opinião sobre algo. Algumas vezes eu elogiava o caderno, o acabamento, a maneira como era editado e eu podia notar no seu sorriso o orgulho pelo trabalho realizado. Ana Cláudia era uma veterana da imprensa brasileira. Começou bem jovem como produtora de moda da revista Ele & Ela, da editora Bloch, e passou pelas mais diversas publicações. Eu gostava de observá-la trabalhando e admirava sua seriedade e a forma como a condição de jornalista estava atrelada a sua personalidade.


Ana Cláudia tinha uma personalidade forte. Era exigente com seus colaboradores. Tinha senso crítico e sabia os segredos da profissão. A redação era o seu grande palco. Adorava estar ali, exercendo o seu ofício. Isso era uma coisa que ficava bem clara no seu comportamento, na forma como ela andava, sorria, se comportava e se vestia: ela amava ser jornalista.


Há exatamente um ano a direção do Jornal do Brasil decidiu fazer uma reforma gráfica no jornal, que adquiriu um novo formato. Para que fosse possível a execução da reforma gráfica o jornal decidiu acabar com vários suplementos. E um dos suplementos foi exatamente o Casa & Design, que era editado por Ana Cláudia. Ela ficou muito abalada com a noticia. Defendeu a permanência do suplemento. Procurou anunciantes pedindo anúncios para continuar a publicação. Buscou a solidariedade dos diretores do jornal, mas não encontrou. Tentou o apoio de Ana Tahan, a editora chefe do Jornal do Brasil, uma mulher mal educada e grosseira, que simplesmente destratou a jornalista como costuma fazer com todos na redação. Como último recurso Ana procurou Nelson Tanure, o presidente do jornal, mas ele não a atendeu. O fechamento do caderno que editava arrasou Ana Cláudia. Sua angústia, seu sofrimento, sua frustração estavam estampados no seu rosto nas últimas vezes que esteve na redação. Meses depois ela descobriu que estava com um câncer que a matou exatamente um ano depois de ter saído do jornal.


A morte de Ana Cláudia me deixou muito triste. Eu nem imaginava que gostava tanto dela. Mas guardarei boas lembranças da nossa convivência. A sua elegância, que para mim sempre foi algo marcante. Não tinha nada a ver com roupa. Tinha a ver com estilo, com personalidade. Com a maneira como ela segurava os óculos quando acabava de ler algo. Ou o modo como ela caminhava altiva pela redação. Lembro que certa vez ela me ofereceu carona e me trouxe em casa. E nós rimos durante todo o trajeto da viagem, fofocando sobre os colegas de trabalho. E naqueles breves momentos eu pude sentir que ela estava sendo feliz. A última vez que nos vimos foi num encontro casual na Visconde de Pirajá, em frente ao Bob´s. Ela fez a maior festa quando me viu. Conversamos um bom tempo, parados na calçada. Rimos muito e, uma última vez eu pude desfrutar de sua classe. Da sua maneira elegante de ser.


Descanse em paz Ana Cláudia. Descanse em paz...






Também há as naus que não chegam
Mesmo sem ter naufragado:
Não porque nunca tivessem
Quem as guiasse no mar
Ou não tivessem velame
Ou leme ou âncora ou vento
Ou porque se embebedassem
Ou rotas se despregassem,
Mas simplesmente porque
Já estava podre no tronco
Da árvore de que as tiraram


(Jorge de Lima)






O LIVRO É O MELHOR AMIGO DO HOMEM - Durante séculos, os homens exploraram a natureza. Sem o menor cuidado, esgotaram seus recursos, dilapidando um sistema absolutamente equilibrado. Mas o contra-ataque chegou. Vírus desconhecidos ameaçam a vida de milhões. Furacões inesperados causam destruição. Mas, no livro de Frank Schätzing, é o mar o instrumento de vingança.


O CARDUME é um thriller que revela uma ameaça inimaginável vinda dos oceanos, pronta para atormentar a humanidade. Schätzing encena a insurreição mundial da natureza contra o homem num cenário catastrófico global entre a Noruega, o Canadá, o Japão e a Alemanha. Um romance repleto de dramas psicológicos e políticos com um final de tirar o fôlego.


Um pescador desaparece em frente à costa peruana. No mar norueguês, especialistas em petróleo descobrem estranhos organismos que invadiram centenas de quilômetros quadrados do fundo do mar. Enquanto isso, as baleias ao longo da costa da Columbia Britânica passam por uma transformação assustadora.


Nada disso parece estar relacionado. Entretanto, Sigur Johanson, biólogo norueguês, não acredita em coincidências. O pesquisador de baleias indígena Leon Anawak também chega a uma conclusão inquietante: um desastre ambiental se aproxima. Mas quem ou o que está por detrás disso? Enquanto o mundo se encontra à beira do abismo, os cientistas, juntamente com a jornalista britânica Karen Weaver, descobrem uma verdade aterrorizante.


Baseado em pesquisas científicas e ecológicas detalhadas, O CARDUME é mais que um clássico do suspense. Através de uma lógica angustiante, Schätzing revela, passo a passo, um cenário não apenas assustador, mas completamente possível - até mesmo provável - e enfatiza a questão do papel do homem na criação do mundo. Com O CARDUME, Frank Schätzing se consolida como um dos grandes autores internacionais de histórias de suspense. Um acontecimento raro da literatura atual alemã.


Frank Schätzing nasceu em 1957 em Colônia, Alemanha, e formou-se em Comunicação Social. Dono de uma agência de publicidade, começou a escrever romances no começo dos anos 1990. Seu primeiro livro, Morte e Satanás, foi lançado em 1995. No ano seguinte, publicou o romance policial gastronômico Fome mortal. Os direitos de O CARDUME já foram comprados pela atriz Uma Thurman, que promete transformá-lo em uma superprodução hollywoodiana.


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