9.1.07

IPANEMA EM ÊXTASE – Foi puro delírio a apresentação do DJ Tiesto na rave que rolou no domingo nas areias da praia de Ipanema. Uma multidão de clubers lotou a praia para dançar ao som do que há de melhor em termos de música eletrônica. E a rave acabou se transformando num grande baile de carnaval à beira-mar. Muita gente bonita se esbaldando ao som do batidão que ecoava poderoso das caixas de som.

O som começou a rolar um pouco depois das quatro da tarde. Logo nos primeiros acordes uma multidão foi se aproximando do palco onde estava o DJ como que hipnotizadas pela música. Parecia uma cena de Contatos Imediatos do Terceiro Grau. A tarde estava bonita apesar do dia nublado. O sol apareceu depois das cinco e foi muito bom poder mergulhar no mar ao som do baticum que pipocava vigoroso das carrapetas. Na areia garotas sexies dançavam jogando malabares coloridos, deixando a paisagem ainda mais bonita.

Depois de tomar várias cervejas e ficar dançando no meio do povão vi o querido Marcio Mothé do outro lado da cerca que separava os simples mortais da área vip. Marcio me perguntou o que eu fazia no meio do povão. “Venha para a área vip”, disse ele, me dando um cartão magnético que permitia a entrada no cercadinho em frente ao palco que estava reservado para convidados da produção do evento. Aceitei o convite, mas preferi ficar mais um pouco no meio da plebe rude, pois lá estava cheio de bofes maravilhosos. Além do que, eu odeio ser vip!

Só quando já estava meio bêbado resolvi entrar no cercadinho, para ver o que rolava na região dos privilegiados. A chamada área vip estava melhor do que eu podia imaginar. O lugar ficava bem em frente as caixas de som, então podia-se sentir a vibração da música de modo muito presente. Uma grande animação havia tomado conta das pessoas. Encontrei vários amigos. Cada um mais doido que o outro. E em todos havia um clima de muita harmonia e confraternização. Todo mundo só queria saber de dançar e se divertir. Pessoas bonitas sacudiam seus corpos exibindo coreografias engraçadas. Parecia que estávamos todos participando de um grande espetáculo musical.


Ao meu lado dois rapazes lindos se sacudiam no mesmo ritmo. De início pensei que estava tendo uma alucinação, vendo dois bofes idênticos. Igualmente lindos. Mas depois percebi que os bonitões eram gêmeos. Do outro lado a atriz Maria Paula, com um grupo de amigas, dançava sem parar. Miguel Kelner e a namorada Adila se esbaldavam na pista de areia. E mais um monte de gente bacana: o empresário Fred Neci, que fez a maior festa quando me viu, desejando feliz ano novo; Rogerinho, um dos rapazes mais bonitos de Ipanema; a galera do Posto Nove; as gatinhas de Ipanema que vão à praia em frente ao Country; Alexandre Agra; Duda Nagle; Beto Neves, o estilista da grife Complexo B. Foi uma ferveção. No final da festa encontrei minha querida amiga Heloisa Tolipan e Júnior de Paula, colegas do JB, que tinham ido entrevistar o DJ Tiesto. Rimos muito comentando os bastidores da festa.


Dançar pra não dançar
Rita Lee

Dance, dance, dance
Gaste um tempo comigo
Não, não tenha juízo
Dê-se ao luxo de estar sendo fútil agora

Dance, dance, dance
Faça como Isadora
Que ficou na história
Por dançar como bem quisesse

Um movimento qualquer
Sobe à cabeça e os pés
Sinta o corpo
Você está solto
E pronto pra vir...

Dance, dance, dance
Num programa de índio
Vai rodar um cachimbo
Que é pra paz não dançar na tribo

Um movimento qualquer
Sobe à cabeça e os pés
Sinto o corpo
Você está solto
E pronto pra vir me amar



UM BRASILEIRO NA CHINA – No meio dos agitos da festa do DJ Tiesto encontrei o jornalista Gilberto Scofield, correspondente do jornal O Globo e da Globo News na China. Ele veio passar as festas de fim de ano no Brasil. Veio matar saudades da família e do namorado Marcelo. Aproveitamos a ocasião para bater um papo rápido, enquanto lá no horizonte o sol mergulhava no mar, dando uma cor especial a noite que surgia. Adoro o Gilberto e tenho grande admiração pelo seu trabalho. Costumo ler com muito interesse as reportagens que manda da China. Ele não se limita aos aspectos técnicos de uma reportagem e sempre lança mão do recurso de um cronista, procurando dar um tom mais humano às suas matérias sobre economia, política e comportamento. Gilberto me contou que fica na China até 2008, quando pretende cobrir as olimpíadas de Pequim. Depois pretende mudar de ares. Quer voltar ao Brasil ou, quem sabe, mudar para Paris.

Na sua viagem ao Brasil Gilberto acertou com uma editora a publicação de um livro contando suas aventuras na China. Não tem nada a ver com as reportagens que ele tem publicado regularmente no Globo. No livro ele narra suas observações sobre o cotidiano do povo chinês. Os costumes, os anseios, as peculiaridades. Fala do modo como o povo chinês convive com suas próprias diferenças. Conta da vida nas províncias, assim como o cotidiano das grandes cidades. Relata os bastidores da produção cultural chinesa e desvenda a vida gay dos rapazes de olhos puxados. Você vai adorar, Waldir. Tem um capítulo inteiro que eu falo sobre um restaurante em Pequim que serve pênis no cardápio, me disse ele enquanto dávamos boas risadas.

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