28.12.07

DEIXEM O RIO SÃO FRANCISCO EM PAZ – Eu apoio Letícia Sabatella e o Bispo Dom Luiz Cappio. Sou totalmente contra a transposição do Rio São Francisco para irrigar as terras do sertão nordestino. Se Deus quisesse que o sertão tivesse água teria feito um rio na região. Simples assim, como diz aquele anúncio da OI. Acho que a transposição não vai acabar com a seca no nordeste. Vai acabar secando o rio que já tem muitos problemas correndo no seu curso natural.


É um absurdo que, em pleno século 21, políticos brasileiros ainda usem a seca do nordeste como argumento para seus projetos megalomaníacos na região. Por causa da seca já foi criada a Sudene, que despejou milhões de dólares na região desde os anos 60 e nunca resolveu o problema por que os recursos sempre foram embolsados pelo podersoso da região. Também por causa da seca foi criado o Banco do Nordeste do Brasil. Milhões de dólares já foram gastos pelo Banco e os problemas derivados da seca nunca são resolvidos.


Do ponto de vista político o problema da seca é um assunto velho, antigo, ultrapassado. Os problemas da seca do nordeste é assunto dos anos 50 do século passado. A região nordeste tem condições de compensar os problemas da seca com seus próprios recursos. A região tem um litoral belíssimo, praias paradisíacas, uma cultura fantástica, gastronomia própria e riquezas naturais. Os prejuízos que os estados do nordeste têm com a seca podem muito bem ser recuperados pelo turismo. Até porque a região nordeste fica mais perto da Europa e dos Estados Unidos, e podem atrair com mais facilidade turistas endinheirados do chamado primeiro mundo.


É inadmissível que, em pleno século 21, o governo brasileiro ainda se utilize da seca do sertão nordestino como plataforma para delírios políticos. Isso só mostra como o governo brasileiro, os políticos e os partidos são agarrados ao passado. Eles insistem em ignorar a existência da internet, do telefone celular, da moderna medicina. Eles se comportam como se o tempo não tivessem passado. Gostam de manter as coisas no atraso, pois isso é vantajoso para eles. As questões de segurança pública, os projetos sociais, as obras faraônicas. Tudo é administrado como se nós ainda estívessemos em meados do século 20.


A seca é uma característica da região nordeste e deve ser assumida como tal. Mas os políticos nordestinos não perdem a oportunidade de usar esse aspecto da região para angariar recursos do governo federal para seus delírios de grandeza. Por trás da transposição das águas do São Francisco está mais um esquema de interesses escusos de políticos pilantras do nordeste.




CIRO GOMES É UM JECA – Um dos articuladores do projeto da transposição das águas do São Francisco junto ao governo é o deputado Ciro Gomes. Apesar de ter nascido em Pindamonhangaba, em São Paulo, Ciro foi criado e fez carreira política no Ceará, onde é considerado um exemplo de político moderno. Kakakaka! Aquele seu ar pedante e aquela jequice disfarçada em erudição impressionam os eleitores cearenses que votam nele massissamente. Foram capazes até de, por osmose, elegerem o irmão de Ciro governador do estado. Mas, por trás daquela pretensão de ser moderno, está um político antigo, conservador, neo-oligarca, que quer fazer história no seu curral eleitoral como o homem que levou água ao sertão. Com uma obra faraônica Ciro Gomes pretende não só mudar o destino do povo cearense como resolver o seu complexo por ter um pau pequeno.


O cearense é o povo mais recalcado do Brasil. Meus amigos que nasceram no Ceará que me perdoem, mas é verdade. O cearense é cheio de complexo com relação ao restante do povo brasileiro. Ele se acha feio, baixo, de cabeça grande, burro e atrasado. E fica querendo compensar esse complexo acreditando que é melhor, mais inteligente, mais esperto, mais gostoso. O cearense quer tudo para ele. O Ciro Gomes é um homem que traduz muito bem esse jeito de ser do povo do Ceará.


Madonna vem aí...

 

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