29.4.08

CINEMA É A MELHOR DIVERSÃO - Aos 20 e poucos anos, após ter trabalhado num estúdio em Hollywood, lido centenas de textos e assistido a milhares de filmes, Kevin Conroy Scott resolveu escrever seu próprio roteiro. Uma comédia detetivesca, onde um homem de 42 anos, ainda vivendo com os pais, achava ser o Magnum. O texto jamais saiu da gaveta. Mais maduro - com mestrado em história de cinema -, ele ainda estava interessado na arte de escrever para cinema. E ainda não sabia por onde começar.

Imaginou, então, um livro no qual os roteiristas aspirantes poderiam aprender sobre o ofício com profissionais que analisariam sua obra. O resultado está em Lições de Roteiristas, que reúne entrevistas com 21 dos mais importantes roteiristas da atualidade, tanto de Hollywood quanto dos estúdios europeus. Com textos leves, Kevin penetra nos bastidores de filmes como O silêncio dos inocentes e Três reis. Ele focaliza um único filme do corpo da obra de cada escritor. Assim, se aprofunda no processo criativo da obra e revela os métodos individuais de trabalho de cada um.

Em vez de estudar cuidadosamente esquemas da história ou avaliar arquétipos míticos, Kevin permite ao roteirista o espaço para comentar o que funcionou ou não no filme pronto; por que isso aconteceu e como ele conduziu o esmerado processo de criar um mundo tridimensional saído de imagens vistas anteriormente apenas dentro da privacidade de sua própria mente. “Quanto mais eu pensava sobre a idéia, mais ela me atraía. Aula Magna de Roteiristas poderia oferecer uma abordagem inovadora à tarefa subjetiva de aprender a profissão de roteirista”, conta.

As entrevistas de Lições de Roteiristas dão esperança aos estudantes de cinema; conhecimento aos roteiristas aspirantes; fofocas de bastidores aos entusiastas cinematográficos e, aos roteiristas profissionais, um padrão com o qual possam medir a si próprios. O mais importante é que este livro se empenha em tratar os roteiristas como artistas, algo que muitas vezes é esquecido em meio à transposição das palavras em imagens e à eterna batalha pelos créditos na tela.

Kevin Scott Conroy começou sua carreira no setor de correspondências da New Line Cinema, antes de se tornar editor dos roteiros da empresa. Escreveu e dirigiu dois curtas-metragens e atualmente trabalha como agente literário e jornalista freelancer, escrevendo sobre cinema. São analisados no livro os eguintes filmes:

Ted Tally - O silêncio dos inocentes
Lisa Cholodenko - High art
Carlos Cuarón - E sua mãe também
Chris Weitz - Um grande garoto
Michael Haneke - Código desconhecido
Wes Anderson - Três é demais
Darren Aronofsky - Réquiem para um sonho
Patrick McGrath - Spider Desafie sua mente
Alex Garland - Extermínio
Michael Tolkin - Loucuras de um divórcio
Scott Frank - Irresistível paixão
Alexander Payne e Jim Taylor - A eleição
Lukas Moodysson - Bem-vindos
Paul Laverty - Sweet sixteen
Fernando León de Aranoa - Segunda-feira ao sol
David O. Russel - Três reis
François Ozon - Sob a areia
Robert Wade e Neal Purvis - 007-Um novo dia para morrer
Guillermo Arriaga - Amores brutos


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