GIGOLÔS DA DITADURA – A ditadura no Brasil foi uma prostituta muito dadivosa, já que ela permitiu a existência de uma infinidade de gigolôs. É impressionante a quantidade de gente vivendo à custa da ditadura. Pessoas ficaram ricas faturando em cima do fato de que o Brasil viveu sob a égide da ditadura. Essa semana mais um grupo de gigolôs (e cafetinas) foram aquinhoados com a chamada bolsa-ditadura, uma compensação financeira por, teóricamente, terem lutado contra a ditadura. Que absurdo! Essas pessoas lutaram contra a ditadura por que quiseram. Foi opção delas.
As coisas chegaram a tal ponto que faz-se necessário uma revisão histórica da ditadura brasileira. A barra só pesou para quem confrontou o governo de forma ostensiva. Para os cidadãos brasileiros que estavam mais interessados em trabalhar e viver sua vida, a ditadura foi um excelente período da vida brasileira. O Brasil vivia de uma forma muito mais organizada do que é hoje em dia, na falsa democracia em que vivemos. (Sim, falsa democracia, já que o regime atual é a ditadura dos partidos políticos). Na época da ditadura militar o ensino público era de alto nível e a saúde pública era de qualidade muito superior, só para citar dois exemplos.
Com o advento da democracia, os pretensos governos de esquerda surgidos no País, achando que iam fazer melhor, acabaram com o ensino e a saúde pública. E falemos a verdade: só houve uma ditadura no Brasil por que a sociedade quis. Naquela época o mundo vivia assustado com os comunistas, achavam que eles comiam criancinhas e queriam transformar o Brasil numa nova Cuba. Era um medo doentio e paranóico. Depois a própria história provou que os comunistas não eram exatamente uma ameaça. Mas a sociedade brasileira, influenciada pela reação dos EUA à guerra fria, apoiou e quis que houvesse uma ditadura para se proteger daquilo que consideravam uma ameaça ao seu bem estar. Sem apoio popular nenhum regime se mantem no poder. No momento que a sociedade sinalizou que não queria mais ditadura, ela acabou. Eis o que eu queria dizer: a ditadura foi apenas fruto de um anseio da sociedade brasileira por um governo forte e militarizado.
Essa insuportável gente de “esquerda”, que hoje recebe bolsa-ditadura, indenizações milionárias, ocupa postos chaves do governo e vive envolvida em escândalos de corrupção, na verdade lutavam contra os interesses do povo brasileiro. Essa história que essa gente lutava por democracia é tudo balela. As pessoas que lutaram contra a ditadura, com raras exceções, estavam lutando pelo poder. O que eles queriam era mandar. Queriam era ter acesso ao erário, aos cofres públicos, para fazerem o seu pé de meia.
Já está na hora da história do Brasil ser contada sem ranços ideológicos. Essa gentalha da esquerda enche a boca para dizer que na ditadura militar havia torturas, violência policial e desigualdade social. Pois bem. Todos esses males que havia durante a ditadura existem hoje em dia, em muito maior quantidade. As torturas, violências da polícia e desiguladade social dos dias de hoje são tratadas como coisa banal e as da época da ditadura são super valorizadas para prestigiarem esses que se consideram vítimas dos militares.
Não é de hoje que existe toda uma casta de pessoas que fatura em cima do regime militar. Mesmo durante a ditadura, muita gente já faturava em cima dos militares. Artistas, jornalistas, escritores e pensadores brasileiros fingiam ser contra o governo apenas para terem prestígio intelectual. Dava prestígio ser contra o governo. Quantos cantores populares lotaram seus shows à custa de uma falsa indignação social? Quantos chargistas fizeram seu nome e se promoveram graças a uma dissimulada postura política? Não é isso, Ziraldo?
Semanas atrás o jornal O Globo publicou uma série de reportagens sobre Dom Eugênio Sales, mostrando como ele tinha sido heróico na época da ditadura, como ele foi o anjo da guarda de foragidos políticos durante o regime militar. As matérias, visivelmente, tentavam vender uma imagem heróica do Cardeal. Nesse aspecto tanto Dom Eugênio como Ziraldo se igualam: ambos estão fazendo michê com a ditadura. Um fatura prestígio e outro fatura dinheiro. Dom Eugênio, é verdade, ajudou almas desesperadas do governo militar. Mas, afinal de contas, a função de um representante da Igreja Católica é essa mesmo: ajudar almas desesperadas e espíritos em conflito. Durante a ditadura Dom Eugênio apenas cumpriu com a sua obrigação de Sacerdote. Mas as reportagens do jornal O Globo sugerem que os brasileiros têm que ser gratos a ele por causa disso. Ué? Gratos apenas por que ele cumpriu sua obrigação? Pois é isso que me impressiona na ditadura: a capacidade que ela tem, até hoje, de servir de trampolim para picaretas.
Mais importante do que “canonizar” Dom Eugênio Sales como um herói da ditadura seria, nesse momento, se fazer um levantamento sobre a responsabilidade da Igreja Católica no atraso do país. Como somos o maior país católico do mundo, chega a assustar o peso que o pensamento retrógrado da Igreja Católica teve na miséria, na pobreza da nossa terra varonil.
Esse projeto de indenizar pessoas que se consideram vítimas da ditadura é totalmente subjetivo. Qualquer um que viveu no Brasil durante a ditadura pode pedir indenização. É só argumentar que se sentiu prejudicado pelo governo. Sendo assim, em breve, as pessoas podem pedir indenização por se sentirem prejudicadas pela democracia. Os parentes dos que morrem de balas perdidas, dos que sofrem em assaltos e outros eventos provocados pela desordem social devem entrar com uma ação na justiça e pleitear a bolsa-democracia.
BRASIL ACIMA DE TUDO - Eu adoro os militares. Gostaria que eles voltassem ao poder através do voto. O Batalhão que eu mais gosto é o Grupamento Pára-quedista, o PQD. Esta oração a seguir foi encontrada por um General francês no bolso de um Pára-quedista morto em ação. Passou a ser a oração oficial do Pára-quedista militar brasileiro, conforme Boletim Interno nº 7, de 17 de Janeiro de 1969, da Brigada Aeroterrestre. É uma prece linda.
Dai-me, Senhor meu Deus, o que Vos resta;
Aquilo que ninguém Vos pede.
Não Vos peço o repouso nem a tranqüilidade,
Nem da alma nem do corpo.
Não Vos peço a riqueza nem o êxito nem a saúde;
Tantos Vos pedem isso, meu Deus,
Que já não Vos deve sobrar para dar.
Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que todos recusam.
Quero a insegurança e a inquietação,
Quero a luta e a tormenta.
Dai-me isso, meu Deus, definitivamente;
Dai-me a certeza de que essa será a minha parte para sempre,
Porque nem sempre terei a coragem de Vo-la pedir.
Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que os outros não querem;
Mas dai-me, também, a coragem
E a força e a fé.
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