3.2.10

A VIDA É UM SONHO QUE SE ACABA - Foi no meio de um animado Baile de Carnaval no salão nobre do Clube Náutico Capibaribe que a letra de um antigo frevo pernambucano me chamou atenção. "A vida é um sonho que se acaba", dizia a canção, cantada com energia pela multidão de foliões animados. Cada um vivendo aquele momento de folião como se fosse seu último minuto de vida. A frase parecia traduzir exatamente o espírito do carnaval do Recife. A vida é um sonho que se acaba. Por isso é importante aproveitá-la intensamente, como faz o folião nos três dias de carnaval, antes que a quarta-feira de cinzas da vida chegue para cada um de nós.

Evoé!

Os recifenses tem especial orgulho do seu carnaval... Eles não vêem a hora da cidade parar para assistir ao desfile do Galo da Madrugada e mais uma vez o bloco bater o recorde de público. É um orgulho da cidade ter o bloco que carrega atrás de si o maior número de foliões...
A semana pré-carnavalesca está cheia de desfiles de blocos e troças e maracatus e caboclinhos... Festas em que se ouve uma música própria, elemento inconfundível da cultura pernambucana. Músicas como Evocação n.1, o clássico de Nelson Ferreira, do carnaval de 1956, que até hoje emociona nas baladas do carnaval recifense.




Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon
Cadê teus blocos famosos
Bloco das Flores, Andaluzas, Pirilampos, Apôs-Fum
Dos carnavais saudosos

Na alta madrugada
O coro entoava
Do bloco a marcha-regresso
E era o sucesso dos tempos ideais

Do velho Raul Moraes

Adeus adeus minha gente
Que já cantamos bastante
E Recife adormecia
Ficava a sonhar
Ao som da triste melodia

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