12.3.10

A HISTÓRIA DE SABRINA KORGUT – A maravilhosa música dos Beatles está de volta ao Rio no espetáculo Beatles num Céu de Diamantes, musical com o repertório dos meninos de Liverpool, produzido pelo casal Charles Moeller e Cláudio Botelho. É um espetáculo incrível, onde as canções dos Beatles são recriadas com talento e originalidade. Nessa nova temporada (a primeira temporada foi no ano passado) o espetáculo ganhou a luxuosa participação de uma das grandes estrelas do teatro brasileiro: Sabrina Korgut.

Sabrina é uma atriz fantástica. Eu diria que ela é uma jovem Marília Pêra. Uma estrela de nível internacional que canta, dança e atua com desenvoltura tanto no drama como na comédia. (Eu sempre me pergunto quando que a TV vai descobrir Sabrina Korgut!) Ela é musa dos talentosos Charles Moeller e Cláudio Botelho, que escolheram a atriz para protagonizar o musical Avenida Q, sucesso de público no Rio e em São Paulo. Agora Sabrina Korgut brilha novamente nos palcos do Rio cantando as belas canções de Lennon e McCartney. A diva do teatro musical arrasa quando canta Something e Yesterday. Ela tem uma força, um vigor e uma entrega que leva o público ao delírio.

Aplausos, aplausos, aplausos...


Conheci Sabrina Korgut no futebol de praia de Copacabana. Quando adolescente ela foi jogadora do time feminino do Força e Saúde. Sempre poderosa, ela arrasava em campo com seus dribles e jogadas. Podia ter feito uma bela carreira no futebol, mas o teatro falou mais alto e ela preferiu os palcos, onde começou a atuar aos dez anos.

Veja o facebook de Sabrina Korgut e a ouça cantando Folhetim, de Chico Buarque, parte da sua participação na peça A Ópera do Malandro. Contracenando com Lucinha Lins e Mauro Mendonça, Sabrina interpretou uma jovem nordestina chamada Fichinha. A peça fez muito sucesso no Brasil e também em Portugal, onde foi apresentada no Coliseu, que aplaudiu de pé a performance do elenco.


Sabrina tem um vasto curriculo em musicais. Fez Company e foi elogiada pelo autor da peçam Stephen Sondheim, quando ele esteve no Brasil. Atuou em Cristal Bacharach, só com músicas de Burt Bacharach, e em Sassaricando, só com marchinhas do carnaval brasileiro. Fez sucesso em Miss Saigon, produção americana montada em São Paulo. E agora volta ao Rio cantando Beatles.





CONTROLE REMOTO – Não perco um só capítulo da minissérie A História de Ester, da Rede Record. Queiram ou não, é o melhor produto de teledramaturgia atualmente em cartaz na televisão brasileira. De certa forma a mídia tem tratado com desdém a minissérie por ser uma história de origem bíblica e acha que o programa é uma tentativa da emissora do Bispo Macedo de catequisar o público para seus preceitos religiosos. Mas não é bem assim.

A História de Ester é um acerto da Record. Tem um excelente roteiro, uma boa direção, cenários grandiosos e efeitos especiais muito bem executados. O bacana na minissérie é que é diferente do que o público brasileiro está acostumado a ver. Além disso a minissérie tem um dado curioso. Apesar de ser uma história de origem bíblica, a lenda de Ester tem um forte conteúdo erótico. Ora vejam. O rei da Pérsia manda recolher as mais belas virgens do seu reino para um harém, a fim de se relacionar com cada uma delas, até encontrar aquela que deverá ser a sua esposa. É uma história que saiu da Bíblia. Mas podia muito bem ser a sinopse de um filme da Brasileirinhas, a bem sucedida produtora de filmes pornôs.

Na Rede Record A História de Ester é contada com sensualidade e magia e isso torna o programa atraente para o público de um modo geral. Aliás, chega a ser impressionante a pegada erótica da minissérie. Além disso tem as cenas de lutas e batalhas que são feitas com muito capricho. O Planeta TV (o site de TV favorito do Aguinaldo Silva) fez uma crítica positiva da minissérie e disse que A História de Ester é um divisor de águas na teledramaturgia brasileira. É bem possível que sim. Talvez agora a televisão brasileira volte a fazer aqueles épicos divertidos que fazia no passado. Novelas de capa e espada dos velhos tempos de Glória Magadan. Só que agora as emissoras possuem tecnologias que podem tornar aquele tipo de produto voltar a ser atraente para o público. Além do que, as atuais novelas estão muito repetitivas, iguais e sem apelo.

É muito bom ver os atores representando papéis diferentes daqueles a que normalmente estamos acostumados a assistir na TV. Personagens épicos, fantasiosos, ambientados em cenários exóticos e originais. Em Ester eu poderia destacar Marcos Pitombo, que está sensual e carismático como o Rei Assuero. Foi muito bem escolhida a protagonista da história, Gabriela Durlo. Desde Regina Duarte na sua fase áurea que eu não vejo uma estrela com tanto carisma e doçura. Paulo Nigro é um ator seguro e que demonstra maturidade em seu oficio. É o que melhor atua nas cenas de luta e batalha. É hábil, natural.


Mas, o grande destaque da minissérie A História de Ester é o ator André Di Mauro, neto do cineasta Humberto Mauro. Ele está fantástico como o eunuco Hegai, responsável por cuidar das concubinas do rei. Hegai é uma biba pintosa, cheia de trejeitos, que se torna grande amigo da heroína. As cenas dele são muito divertidas e originais. Merecia uma nota dez da Patrícia Kogut. André di Mauro tem se revelado um dos grandes atores da TV. Foi ele quem interpretou o pedófilo da novela Chamas da Vida, de Christiane Friedmann. Fez tanto sucesso que a história passou a girar em torno do seu personagem.

A equipe de roteiristas é criativa e talentosa. Tanto a autora, Vivian de Oliveira, como seus colaboradores Altenir Silva, Camilo Pellegrini e Maria Cláudia de Oliveira, são parte da equipe que, sob o comando de Tiago Santiago, já fizeram barulho na TV com a trilogia dos Mutantes. São autores inquietos e que estão muito interessados em fazer o diferente, o original. São inimigos do lugar-comum.


O fato é que A História de Ester é um grande acerto da Record. Eu diria que é o primeiro grande acerto depois da saída de Tiago Santiago da emissora. Agora os aplausos devem todos ser dirigidos ao diretor geral de teledramaturgia Hiran Silveira.


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