31.3.11





















CORAÇÃO DE ESTUDANTE


CENA MUDA - 31 de Março de 2011. Pois bem. Exatamente no dia do aniversário da gloriosa Revolução de 64 uma grande passeata de estudantes da rede pública agitou o centro do Rio de Janeiro. E a Cinelândia, eterno centro de convulsões políticas, foi palco de discursos inflamados contra o sistema e as repressivas autoridades políticas. Por um lado foi lindo ver aquela juventude reunida reivindicando melhorias no ensino público e no sistema educacional brasileiro. Havia uma coisa forte nas intenções da garotada. Uma vontade de partir pra briga em busca de seus direitos. Mas, ao mesmo tempo, o discurso me parecia antigo. Old fashion. Eles gritavam contra a ditadura, lembravam o estudante Edson Luis, falavam em Lamarca e Marighela. Poxa vida! A ditadura acabou e eles nem eram nascidos. Um menino que devia ter dezoito anos e alguns meses bradava em cima de um trio elétrico: "Porra, galera! Nós estamos aqui lutando pelas mesmas coisas que Edson Luis lutava". Eu senti uma enorme pena dele. Tão lindo e tão desprotegido. De repente percebi que eles tinham vontade de lutar, mas faltava um discurso mais "século 21". Senti vontade de subir no trio elétrico, pegar o microfone e gritar bem alto para aquela multidão bela e sensual que lotava a Cinelândia:


"Vocês são lindos! Vocês são maravilhosos! Vocês precisam do Blog de Maria Bethânia. É isso que vocês precisam reivindicar ao Ministério da Educação: o direito de poder acessar o Blog de Maria Bethânia. Passe livre é muito pouco! Melhores salários para os professores é muito óbvio. Mas, mais do que tudo isso, o que a juventude brasileira precisa é do Blog de Maria Bethânia."


Dito isso eu daria uma gargalhada que ecoaria pelos edifícios históricos, cuja arquitetura dão àquele trecho do Rio de Janeiro um certo ar de Madrid.


"Esqueçam Edson Luis! Lembrem que hoje nós temos Victor e Léo!", diria eu com o dedo apontado para o céu. E continuaria com o meu discurso." As histórias que se contam sobre o governo militar não traduzem exatamente o que foi aquele período histórico. Tudo o que acontecia naquela época acontece nos dias de hoje. Só que antigamente tudo era culpa dos militares. Hoje em dia tudo é culpa do tráfico!"


Antigamente eu achava que a Revolução de 64 tinha mergulhado o país nas trevas. Hoje em dia eu acho que a Revolução é que tirou o país das trevas. Sorry.


De qualquer modo foi um privilégio comemorar o aniversário da Revolução numa passeata de estudantes. Dessa vez não havia policiais reprimindo o protesto da garotada. Nada de bombas de gás lacrimogênio ou tentativas de intimidação. Pelo contrário, tinha vários policiais bonzinhos organizando o trânsito para que os estudantes pudessem fazer suas reivindicações com segurança. O fato é que a alegria dos meninos e meninas com suas caras pintadas promoveu um astral diferente no centro financeiro, político e comercial da cidade. Na luta política daqueles jovens tinha música, vibração, zoação, azaração... Era quase uma rave. Mas do que tudo a passeata foi um evento divertido e alto astral. Como um show de Maria Bethânia.


30.3.11





VEJA ESTA CANÇÃO - Eu sou totalmente a favor do Blog de Maria Bethânia. Eu acho essa idéia de fazer um blog de poesias super produzido algo de grande valor cultural. Principalmente sendo feito por alguém como ela. Bethânia recita poemas muito bem. E tem uma voz boa para fazer isso. Nos seus shows ela sempre deu espaço para a poesia. Tenho certeza que o seu trabalho na internet seria grande sucesso. A língua portuguesa na internet nunca mais seria a mesma depois desse blog.


Recentemente assisti no Centro Cultural Oi Futuro, em Ipanema, de uma videoinstalação do cienasta Silvio Tendler sobre o poeta Ferreira Gullar. A coisa funcionava assim: numa galeria montaram o cenário de um botequim e sobre as mesas, e também nas paredes, haviam projeções de vários artistas recitando poemas de Gullar. E desses artistas, certamente o que mais me emocionou, foi Maria Bethânia. (Havia também Camila Pitanga, Helena Ranaldi e Nathália Timberg. Todas ótimas.) Assistindo fascinado aquelas projeções eu pensei que deveria existir um programa na TV dedicado a poesia, com aquele elenco maravilhoso recitando poemas. E com apresentação de Maria Bethânia, claro, pois ela se destaca no seu jeito de recitar. E a poesia também precisa ser recitada. Ler poesia é um prazer diferente de ver/ouvir a poesia recitada.


O fato é que Bethânia está se propondo a fazer uma coisa absolutamente genial e a ignorante plebe rude vocifera contra ela como cães raivosos. Tudo bem. Ela sempre foi vanguarda. E sempre esteve muito acima do raciocínio curto dos pobres de espírito.


Em tempo: adorei o artigo de Caetano Veloso defendendo sua irmãzinha e dando um chega pra lá na imprensa que fabricou uma polêmica que nem deveria existir. Bom mesmo no texto do Caetano foi quando ele citou seu livro. Verdade Tropical é uma obra literária de grande valor.

29.3.11

Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.


SÓ SEI QUE NADA SEI - Alberto Oliva é um dos meu professores favoritos no IFCS - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, da incendiada UFRJ. Esta semana o meu querido professor está lançando seu livro Teoria do Conhecimento, que tem o nome da mesma matéria que ele leciona na Universidade. O que é o conhecimento? O que é o saber? Foi através das aulas de Alberto Oliva que eu tive a oportunidade de estudar Teeteto, um dos mais significativos textos de Platão, diálogo que discorre sobre o que é o saber, o conhecer... Em seu livro Oliva discorre sobre as teorias relativas ao que é o conhecimento, assunto que nos rendeu prazerosos debates na sala de aula. Ele é um excelente professor, uma grande figura humana, um sujeito divertido e encantador.



Uma crença verdadeira justificada. Para a filosofia essa é a definição oficial do que seja conhecimento. Definição essa constante do Teeteto, de Platão, primoroso diálogo que trata sobre a natureza do conhecimento. Foi uma experiencia fascinante ler Teeteto várias vezes e, ao mesmo tempo, ouvir os comentários que o professor Oliva fazia sobre o livro. O velho Sócrates troca um diálogo fabuloso com seu pupilo Teeteto, onde são discutidos verdadeiros tratados sobre o saber. E isso é muito bacana. Mas o que eu curtia mesmo em Teeteto era o subtexto. No diálogo, enquanto discutem alta filosofia, ocorre uma "pegação" enter o jovem Teeteto e o velho Sócrates. E é muito interessante no diálogo como a filosofia e o saber são usados como recursos de sedução.


Em seu livro, para discorrer sobre a Teoria do Conhecimento o professor Oliva se utiliza de um argumento muito interessante. Ele diz: A imagem de uma ilha funciona perfeitamente para exemplificar o nível de conhecimento da humanidade. Esse pequeno pedaço de terra é cercado pelo vasto oceano do desconhecimento. Temos apenas frágeis balsas para explorá-lo, por isso, existem tantas lacunas em tudo o que sabemos. Em outras palavras, por mais espetaculares que sejam os resultados alcançados pelas ciências, o que se conhece é muito pouco em comparação com tudo o que nos falta saber.Esse livro trata exatamente dessa busca. A teoria do conhecimento (ou epistemologia) aborda não somente a natureza e as fontes de conhecimento, mas, sobretudo, as formas de validá-lo – seu maior desafio. Com linguagem simples e didática, o leitor vai explorar ao longo das páginas os tipos de saber, como estudá-lo e buscá-lo, as contradições entre aparência e realidade, a dificuldade em definir a verdade por trás de todos os fatos, entre outros temas.



Leia uma entrevista com o Professor Alberto Oliva no link:









A paz do coração é o paraíso dos homens.


NAS ONDAS DO JIU-JITSU - Royler Gracie, ídolo do Jiu-Jitsu, professor muito querido e respeitado por seus alunos, também é um mestre no surf. Local do Arpoador, foi nas ondas daquela praia tão especial para os surfistas cariocas que ele aprimorou sua técnica, seu jeito especial de driblar as ondas. Com o mesmo talento com que derruba seus adversários no tatame, ele enfrenta as ondas do mar, se mantendo firme e equilibrado sobre as ondas. Nas fotos acima, alguns clique de Royler Gracie dando show nas ondas do mar.



23.3.11

O pudor é tão necessário aos prazeres que é preciso conservá-lo mesmo nos momentos destinados a perdê-lo.


A AMANTE DA CHINA - Uma vida incrível lindamente romanceada pelo escritor Ian Buruma. Uma fascinante história real contada através do olhar de personagens fictícios. Assim é o livro A amante da China, que conta a trajetória da atriz e cantora Yoshiko Yamaguchi, uma bela artista japonesa da Manchúria que teve um papel crucial na vida cultural da China moderna. A história é narrada sob o ponto de vista de três homens diferentes, atravessando importantes momentos históricos como a Segunda Guerra, até os efervescentes anos 70. O livro está chegando às livrarias num lançamento da Editora Record.


Na Manchúria da década de 1930, Yoshiko Yamaguchi chega ao estrelato numa série de filmes feitos para celebrar a ocupação japonesa na China. Sob o pseudônimo de Ri Koran, a japonesa Yamaguchi criou sensação em melodramas retratando o romance entre uma doce camponesa chinesa e um heróico capitão de navio japonês. A carreira de Yamaguchi como instrumento de propaganda militar continuaria forte até a rendição japonesa, em 1945. Mas a atriz percebeu bem antes do fim da guerra o terrível papel que teve como agente de propaganda japonesa e passou a vida devastada pela culpa.


Sua incrível trajetória ganha vida em A amante da China, um épico que engloba cinco décadas da conturbada história moderna japonesa. E nos conta uma história real através do olhar de personagens fictícios. O autor usa os eventos da singular trajetória de vida de Yamaguchi como metáfora para a mutante identidade do país: da ditadura militar a ruína do pós-guerra e, finalmente, uma potência economicamente robusta, recuperada e rejuvenescida.


Aqui, o autor aborda de forma singular a heroína, dividindo sua biografia em três partes. Cada uma narrada por um homem diferente, traçando um paralelo com uma fase diferente da ressurreição japonesa. Yamaguchi reconstruiu sua carreira das cinzas da Segunda Guerra. Primeiro como estrela de filmes pro-americanos no Japão. Depois como atriz de Hollywood, sob a alcunha de Shirley Yamaguchi, homenagem a Shirley Temple. Mais tarde se tornaria uma repórter engajada em denunciar causas sociais e se envolveria com um terrorista japonês. E teve tempo, ainda, para virar uma deputada de esquerda, casada com um político de prestígio.


O livro trata, também, do papel do cinema na história japonesa, tanto como alicerce cultural quanto como ferramenta política usada por exércitos. Primeiro pelos japoneses na ocupação da China e depois pelos americanos no Japão. Mais do que uma viagem pela história da Ásia, A amante da China é uma jornada pelas aspirações de uma mulher múltipla tentando se encontrar. Um belo romance literário de narrativa inteligente, capaz de dar conta de importantes detalhes históricos sem perder sua delicada veia literária.

22.3.11





VEJA ESTA CANÇÃO - Essa é uma das minhas músicas favoritas. O grupo Shocking Blue é mais conhecido por Vênus, um hit dançável que sempre anima as pistas de dança. Never Marry a Railroad Man é uma canção que lembra a minha infância. Sempre que escuto eu me vejo menino, caminhando por uma longa e tortuosa estrada, usando as calças curtas do uniforme da escola, sonhando viver a vida sem medo e sem pudor. É uma lembrança muito legal.

19.3.11

Às vezes o homem mais pobre deixa para seus filhos a mais rica herança.


Marijuana! - Legalize! Essa foi a palavra mais pronunciada nos corredores, salões e escadarias da Fundição Progresso, na Lapa, no dia da apresentação do cantor Ziggy Marley. O filho do Bob Marley fez um show incrível. Quem gosta de reggae viveu momentos de puro deleite durante show. A música é gostosa de ouvir, boa para dançar, bacana de curtir. A banda tinha bons músicos e uma vocalista que deu show cantando e dançando.

Havia algo de religioso na comunhão entre o artista e o público que lotou a Fundição. As pessoas curtiam o reggae com um fervor quase religioso. Como se o Ziggy Marley fosse um pastor e todos ali seus discípulos fiéis. Discípulos de uma religião que comungava o som e um estilo de vida. Enquanto a música rolava no palco, vários baseados rolavam na platéia, num clima de muita comunhão entre as pessoas. Um clima amistoso, civilizado. Todos ali interessados em celebrar um mundo de paz e harmonia.
A amizade mais profunda e dedicada pode ser ferida por uma pétala de rosa.





CRISTO ILUMINADO - É de Thereza Eugênia a linda foto do Cristo Redentor que enfeita essa página. O Cristo, monumento católico que é um simbolo do Rio, está com uma nova iluminação. Ficou bacana os novos efeitos de luz. Mas, quando olhei o Cristo iluminado, a partir das pedras do Arpoador, num primeiro momento fiquei com a impressão que tinham tirado a imagem do Cristo e colocado uma imagem de Iemanjá. Isso mesmo. Com a nova iluminação, olhando das pedras do Arpoador, o Cristo Redentor ficou parecendo Iemanjá, de braços abertos, saindo das águas.

11.3.11


O amor não realiza suas fantasias. Quem realiza suas fantasias é uma costureira de escola de samba.



DIAS DE FOLIA - Os dias de folia não foram, para mim, apenas blocos e sambas e bebidas e sexo. A leitura também fez parte desses dias de alegria. Procurei equilibrar esse tempo entre a farra e o descanso. E o melhor companheiro para relaxar a mente (e o corpo) é um bom livro. Pois bem. Aproveitei esses dias para ler Equador, do escritor português Miguel Sousa Tavares. Um livro apaixonante. Quando acabei de ler, imediatamente senti uma grande saudade do livro e seus personagens. Uma sensação de nostalgia. Um desejo de que aquela história durasse para sempre. O protagonista é um personagem que se envolve numa trama imprevisível e excitante.

Em primeiro lugar, a melhor coisa do livro, é que é escrito no português de Portugal. A gente percebe o sotaque brotar das palavras escritas e essa é uma sensação peculiar para quem gosta de ler. Além disso, o autor do livro é um ótimo escritor. Sabe contar uma história. Tem técnica e perspicácia. Nem parece que Equador é o seu primeiro romance, que foi lançado em 2003 em Portugal. Miguel Souza Tavares tem o dom de escrever no DNA. Ele é filho de Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais importantes poetisas portuguesas do século 20. Foi Antônio Cícero quem, pela primeira vez, me falou dos lindos poemas da Sophia.

Equador é um romance histórico narrado com muita poesia. A poesia do sotaque português e também a poesia da narrativa, da magia da história. O livro foi um grande companheiro nesses dias de folia. Pena que o final da história tenha sido tão triste. Triste como uma Quarta-feira de cinzas para quem teve um Carnaval inesquecível.

Resumo da ópera: Quando, em Dezembro de 1905, Luís Bernardo é chamado pelo rei de Portugal D. Carlos I a Vila Viçosa, não imaginava o que o futuro lhe reservaria. Não sabia que teria de trocar a sua vida despreocupada na alta sociedade cosmopolita de Lisboa por uma missão tão patriótica quanto arriscada na distante ilha de São Tomé. Não esperava que o cargo de Governador e a defesa da dignidade dos trabalhadores das roças da colônia o lançassem numa rede de conflitos de interesses com a metrópole. E não contava que a descoberta do amor por uma mulher casada lhe viesse a mudar os rumos da sua vida.

Um poema de Sophia:

Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.

Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.

Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.

8.3.11

Inocente não é aquele que é incapaz de pecar, mas aquele que peca sem remorsos.

Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás

Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus

Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor

Escute no You Tube Manhã de Carnaval

7.3.11










EVOÉ - O carnaval 2011 tá uma loucura. Tudo acontece nas ruas. Nunca vi tanto bloco, nem tanta gente louca e fantasiada zanzando de um lado para o outro. O bloco Azeitona sem caroço fez um lindo desfile pelas ruas do Leblon. Uma farra das boas, com muita gente linda, distribuindo felicidade umas para as outras. Foi divertido e comovente. Em Ipanema o Rola Preguiçosa também fez a festa dos foliões. Mas são tantos os blocos que às vezes a gente se perde com tanta informação. Já teve os Gladiadores de Copacabana, Os imóveis, O Chopinho da Paula Freitas, o Bloquinho do Leblon, a animada Banda da Sá Ferreira... O carnaval de rua está tão divertido que nem consegui ir ao Sambódromo. Mas gostei mesmo de ver Jorge Benjor no Baile da Devassa, no cais do porto. O lugar onde acontece o baile é muito bacana, o visual da decoração é incrível, e o clima da festa foi de puro alto astral.

Viva o Carnaval!

1.3.11





Nada nos torna tão grandes como uma grande dor.


DESTINO DE LUTADOR - Pablo Popovitch é um lutador de jiu-jitsu brasileiro radicado em Miami, cidade onde vive desde os quinze anos. Talentoso e bem sucedido, Pablo tem sua própria academia, numa elegante rua de Fort Lauderdale. É um professor exigente e um atleta aplicado. Ele atua no circuito de lutas dos EUA competindo numa especialidade chamada Submission Wrestling. Na gíria dos lutadores o “Submission Wrestling” é conhecido como “Jiu-Jitsu sem pano”. Ou seja, é um luta idêntica ao Jiu-Jitsu, mas os atletas competem sem quimono, apenas de calção. Isso significa que, em vez de segurar o quimono do adversário para aplicar os golpes, o lutador tem apenas o corpo do oponente para agarrar. O Submission Wrestling é uma luta vibrante e sexy.


O Submission Wrestling é o estilo de luta favorito do Sheik dos Emirados Árabes Tahnoon Bin Zayed. Tanto que ele criou o mais famoso torneio desse estilo de luta, o ADCC – Abu Dhabi Combat Club, uma competição em que os vencedores são recompensados com petrodólares. Popovitch participou de quatro edições do ADCC, chegando a final em três campeonatos.


No próximo dia 9 de Abril o lutador Pablo Popovitch será o destaque do Superfight, tradicional torneio de Submission Wrestling que será realizado no Centro de Convenções da cidade de Asbury Park, em New Jersey. A imprensa especializada em artes marciais destaca que a luta principal vai ser realizada entre dois brasileiros. Popovitch terá como adversário o também habilidoso João Assis, outro brazuca que tem se destacado com louvor no circuito americano de lutas. Desde o UFC que teve como luta principal Vitor Belfort e Anderson Silva que a mídia esportiva americana tem dado destaque ao embate entre os brasileiros Pablo Popovitch e João Assis.


O sobrenome Popovitch é de origem russa. O lutador é filho de pai russo e mãe brasileira, nascido e criado em Teresópolis. Aliás, a família Popovitch foi vítima da tragédia que se abateu sobre Teresópolis em Janeiro. A mãe do lutador, Dona Soraya, morreu em conseqüência da tromba d´água que invadiu o haras onde a família criava cavalos. O pai do lutador também foi atingido, se feriu gravemente, mas sobreviveu. O Senhor Jorge Popovitch contou que ele e a mulher acordaram no meio da noite com um barulho estranho. Sentiam uma forte vibração vindo do solo. Levantaram da cama e foram ver o que estava acontecendo. A área externa da casa era bem iluminada por causa dos cavalos. Então viram uma enorme onda, de cerca de dez metros de altura, vindo na direção deles em toda a velocidade, arrastando árvores, cavalos e tudo o mais que surgia pela frente. Não deu tempo de esboçar nenhuma reação. Houve um impacto. E o pai do lutador só foi acordar cinco horas depois, em meio a lama e detritos, muitos metros distante do que restou de sua casa.


A concentração para a luta na cidade de Asbury Park tem sido a forma que Popovitch tem buscado para aliviar a dor provocada por sua tragédia familiar. “Minha mãe era tudo para mim, minha melhor amiga, minha maior fã”.


Além das artes marciais Popovitch tem uma outra paixão: a música. É cantor, compositor, toca violão e guitarra. Sempre fez sucesso tocando para os amigos em festas e reuniões. Mas agora pretende levar a sério a carreira de cantor e compositor. Com seu inglês impecável está gravando um clipe com uma canção de sua autoria: Beauty Queen of Only 17. Sexy e bonitão, Popovitch também atua como modelo. Já posou para anúncios da marca Calvin Klein e para editoriais de moda em revistas esportivas. Em 2009 o jornal Miami Herald não resistiu ao charme do brasileiro e publicou o seu nome numa lista dos homens mais bonitos da Flórida.


Veja no site da revista Tatame uma entrevista com Pablo Popovitch.

Veja no You Tube uma luta de Pablo Popovitch.


Veja no You Tube os melhores momentos da carreira de Pablo Popovitch.

Veja no You Tube Popovitch treinando em Angra dos Reis.

Madonna vem aí...

 

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