1.12.11

O gênio da TV































UMA NOITE NO COPACABANA PALACE - Foi uma grande festa a noite de autógrafos do Livro do Boni, no Copacabana Palace. Havia uma alegria genuína no ar, um astral positivo. Uma vontade coletiva de celebrar alguém por quem todos ali nutriam uma sincera admiração. Uma fila gigantesca dava voltas no salão de festas e se estendia pelo imenso corredor do primeiro andar do hotel. Artistas que se tornaram clássicos da televisão brasileira como Regina Duarte, Francisco Cuoco, Toni Ramos, Eva Wilma, Betty Faria e Arlete Sales se misturavam a políticos, celebridades, empresários, gente da moda, da cultura, da imprensa. Todo mundo muito à vontade, se divertindo, contando histórias, dando gargalhadas. Foi uma noitada!

Champanhe, champanhe, champanhe...

A noite de autógrafos foi no dia do aniversário do Boni: 30 de novembro. E ninguém menos que Roberto Carlos foi até lá cantar parabéns. É mole, ou quer mais? A multidão que lotava o Copacabana Palace não esperava por isso. De repente chegou Roberto Carlos com um bolo para o aniversariante. Foi aquele ti-ti-ti! Roberto fez questão de homenagear o Boni com a sua presença. Todo mundo queria tirar uma foto com o rei. Nem mesmo o novelista Vinicius Viana resistiu. Quando Roberto Carlos passou perto da gente Vinicius o cumprimentou e o rei foi bem efusivo: "Fala, bicho!"

Fazia tempo que eu não encontrava o roteirista Vinicius Viana e nós rimos muito falando dos nossos amigos e daquelas pessoas que estavam por ali. Junto com ele estava o Walter Negrão que me deu um abraço super apertado. Ao vê-lo eu disse: Você está ótimo, Negrão. Jovem, bonito. E ele: Falando desse jeito eu gamo. Logo em seguida a belíssima Surama Castro se juntou a nós. "Vocês sabiam que o Papa Bento 16 é gay, não é mesmo?" Surama morou 17 anos em Roma e sabia tudo sobre os bastidores da vida gay do Vaticano. "Tia Benta tem um caso com seu principal assistente, um padre jovem e bonitão", nos disse a divina Surama, destilando um suave veneno Prada. Num dado momento passou perto de nós a atriz Suzana Pires, que interpreta uma jornalista na novela Fina Estampa. Então alguém comentou: "Olha aquela atriz que interpreta a Patricia Kogut na novela Fina Estampa!". Gargalhadas gerais.

Champanhe, champanhe, champanhe...

Quem também estava na fila de autógrafos era o meu querido Antônio Calmon. Simpático e bem humorado. Calmon adora o Boni e queria muito um autógrafo, mas a fila demorava a andar. Boni fazia questão de escrever uma dedicatória especial para cada pessoa e, por causa disso, a fila se movimentava lentamente. Depois de três horas na fila Calmon desistiu. "Minha coluna está doendo, vou pra casa. Depois peço um autógrafo para ele." Já Marcos Valle foi guerreiro. Ficou na fila um tempão, até conseguir o seu autógrafo. Marcos é um artista muito importante na história da TV Globo. Quando a emissora deu a sua grande guinada nos anos 70 e começou a fazer novelas modernas, ele foi o responsável pelas melhores trilhas sonoras já feitas para a TV. Não entendo porque as novelas dos dias de hoje não usam trilhas do Marcos Valle. Ele está mais moderno do que nunca. 

(Em tempo: a trilha de "Aquele Beijo" é medonha!)

Minha querida e adorada Hildegard Angel também estava lá, com o seu Francis Bogosian. "Adorei o teu look", me disse Hildezinha quando me viu usando uma elegante camisa Sandpiper. A Hilde sempre tem uma palavra de carinho e doçura para mim. Adoro ela! Meus queridos Luiz Carlos e Lucy Barreto distribuíam simpatia. "Pedi para uma pessoa da minha confiança ler o teu livro e me fazer uma avaliação", me disse Lucy, falando do meu livro "Amei um pitboy", que eu sugeri que ela transformasse em filme. 

Enquanto Boni se dedicava a escrever carinhosas dedicatórias, sua mulher Lou tratava de receber os convidados. Lou é um amor. Uma pessoa doce, bondosa e hilária. Ela sempre foi assim: bacana e acessível. Mesmo na época em que o Boni era o todo poderoso da Globo. Aquele mundo de poder nunca fez parte da vida dela. Sempre fez questão de ser uma "doida", no bom sentido. Foi ela quem buscou Regina Duarte, quando viu a atriz lá no final da fila gigantesca. "Desculpa, gente, mas eu não posso deixar a Regina no final da fila", disse. E todo mundo concordou.

Na produção do evento, organizando jornalistas e convidados, a competência e o talento de Liège Monteiro e seu companheiro Luiz Fernando.

Dênis Carvalho, Antônio Fagundes, Zeca Pagodinho, Cid Moreira, Dody Sirena, Cid Moreira, Aracy Balabanian, Tufvesson e Piva, André Ramos, Bruno Chateaubriand, Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho, Maria Vasco, Julio Rego, Xuxa Lopes, Maria Zilda, Adriana Birolli, Ruiz Bellenda, Jesus Luz, Verinha Bocayuva, Gisela e Ricardo Amaral, Narcisa Tamborindeguy (que foi nora do Boni), Glória Perez, Daniel Filho, Dr. Paulo Niemeyer, Roberto D´Ávila, Anna Ramalho, Lu Lacerda, Regina Casé, Tomaz Naves (Diretor de Marketing da Record), Tom Cavalcante e Manoel Carlos também estavam na fila de autógrafos.

Quem estava esfuziante na noite do Boni era a querida Fernanda Bruni, que foi casada com Walter Clark na época em que ele era o Chefão da Globo. Chegamos juntos ao Copacabana Palace. A Fernanda é uma pessoa adorável, bem humorada, alto astral. Conversamos durante toda a festa e ela me disse coisas muito divertidas. "É verdade que o Boni deu uma entrevista falando que o tal debate entre o Lula e o Collor foi mesmo manipulado pela Globo? Meu Deus! Ele enlouqueceu!"

Champanhe, champanhe, champanhe...

"Essas coisas não devem ser ditas", comentou La Bruni dando um gole em sua taça. "Veja só o livro do Ricardo Amaral. Contou coisas que não era para contar..." Ela fez uma cara de quem não tinha gostado de algo. É que o Ricardo conta em seu livro que certa vez, numa noitada no Hipopotamus, a alça do vestido da Fernanda arrebentou e então... Depois do autógrafo ela me mostrou a carinhosa dedicatória e comentou seu encontro com Roberto Carlos. "Ele me olhou dentro dos olhos e me perguntou: Como é que você está, Fernanda? Quase que eu desmaio de emoção!" Enquanto tomávamos mais uma taça de champanhe ela me fez uma confidência. "Tenho muita vontade de escrever um livro. Tenho até o título: Quem tem medo de Fernanda Bruni? Já vi tanta coisa interessante nessa vida que é até um pecado deixar isso guardado. Mas, ao mesmo tempo, morro de medo de me expor... Nos anos 70 eu só andava com Chico, Tom, Vinicius. A gente aprontava muito..."

Champanhe, champanhe, champanhe...

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