Tato é a arte de tratar as pessoas não como se fossem como as vemos, mas sim como elas se vêem a si mesmas.
UMA LÁGRIMA PARA DOM EUGÊNIO - Ele foi um símbolo da igreja católica no Brasil do século passado. E sua morte é uma boa ocasião para se refletir sobre os caminhos do catolicismo no período em que ele "reinou" como o principal representante dessa corrente religiosa no país. Com seu apurado senso de oportunidade, a jornalista Hildegard Angel escreveu um contundente artigo sobre a influência do Cardeal na vida brasileira. "Foi justamente durante o "período Dom Eugênio" que a Igreja Católica viu acontecer o início e a precipitação de seu declínio", escreveu Hildezinha em sua coluna. Ela é implacável ao analisar a personalidade conservadora e tirana do padre. "Dom Eugênio padeceu na terra de um mal de saúde. Os pecados, já pagou por eles", diz o texto, depois de relatar o colaboracionismo dele com a ditadura militar, que chamava os padres que tinham preocupações sociais de "padres vermelhos".
Leia aqui: http://noticias.r7.com/blogs/hildegard-angel/2012/07/10/dom-eugenio-salles-otima-relacao-com-os-jornais-antes-da-morte-e-depois-dela/
O texto é brilhante na sua análise dos caminhos da igreja católica . Hildegard não deixa pedra sobre pedra ao argumentar sobre os motivos da diminuição do número de católicos no país. Ela não esperou nem ele ser enterrado e, indo de encontro ao jornalismo de algibeira que está santificando Dom Eugênio, mostrou um lado dele que não é nem um pouco "santo". Dom Eugênio não foi Dom Hélder Câmara.
Ele foi um homem muito conservador. É até compreensível, já que a própria igreja católica é muito conservadora. Mas, Dom Eugênio parecia exagerar no seu direito de valorizar o pensamento conservador. Em várias ocasiões ele escreveu artigos para os jornais condenando e criticando os homossexuais. Ele, como membro da igreja, tem todo o direito de defender o sexo apenas como um método de reprodução. Mas, o que impressionava nos textos de Dom Eugênio era a falta de compaixão com os gays. E a compaixão pelo pecador é um dos pilares da filosofia cristã. Nas entrelinhas Dom Eugênio parecia querer dizer que "as bichas não mereciam compaixão".
Um dos pontos mais importantes do texto de Hildegard é quando ela alega que, graças a postura clerical defendida por Dom Eugênio, muitos católicos abandonaram a fé católica e foram rezar em outra freguesia. Se considerarmos que o Brasil é o país com o maior índice de católicos, essa observação da jornalista denuncia algo muito grave.
Ele foi um homem muito conservador. É até compreensível, já que a própria igreja católica é muito conservadora. Mas, Dom Eugênio parecia exagerar no seu direito de valorizar o pensamento conservador. Em várias ocasiões ele escreveu artigos para os jornais condenando e criticando os homossexuais. Ele, como membro da igreja, tem todo o direito de defender o sexo apenas como um método de reprodução. Mas, o que impressionava nos textos de Dom Eugênio era a falta de compaixão com os gays. E a compaixão pelo pecador é um dos pilares da filosofia cristã. Nas entrelinhas Dom Eugênio parecia querer dizer que "as bichas não mereciam compaixão".
Um dos pontos mais importantes do texto de Hildegard é quando ela alega que, graças a postura clerical defendida por Dom Eugênio, muitos católicos abandonaram a fé católica e foram rezar em outra freguesia. Se considerarmos que o Brasil é o país com o maior índice de católicos, essa observação da jornalista denuncia algo muito grave.
Que ele descanse em paz. Amém!