SETEMBRO – Leitores desse blog me
pedem para publicar mais fotos da Parada Militar. Gosto que gostem das fotos.
Sete de setembro é sempre uma data muito especial para mim. Acho que é o dia do
ano que mais tem gosto de infância. Tudo que envolve essa data me transporta
aos meus tempos de menino. Principalmente as marchas militares. Quando as
bandas passam tocando no desfile militar é como se eu conseguisse voltar no tempo.
Às vezes acompanho a banda, seguindo pela calçada, tentando evitar que a música
acabe para que aquela sensação, aquele prazer de novamente ser criança, continue
presente através da música.
E por falar em infância, eu era
menino quando, pela primeira vez, vi o Projeto Aquarius, num concerto dedicado
a Tchaikovsky. E sábado assisti a mais uma edição, na Praia de Copacabana. Dessa
vez, um repertório de compositores brasileiros: Alberto Nepomuceno, Francisco
Mignone e Heitor Villa-Lobos. No espaço compreendido entre essas duas
apresentações, uma vida inteira de emoções e aventuras. Foi um privilégio poder
assistir ao concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira, sentindo a brisa suave
que vinha do oceano, numa linda noite de primavera.
Melhor mesmo foi estar na praia à
tarde, durante os ensaios. A orquestra testando o som, tocando Villa-Lobos, e
os atletas do futebol de praia disputando uma intensa partida no campo de
areia. A música de concerto concedeu um ritmo diferente aos dribles, passes e
chutes a gols. Villa-Lobos se revelou a trilha perfeita para a performance dos
exímios jogadores que, à sua maneira, pareciam ter o mesmo talento dos músicos
que, com tanta perfeição, reproduziram o que há de melhor na música brasileira.