O
MELHOR DA LITERATURA BRASILEIRA – A Editora Record está lançando o
novo livro de Raimundo Carrero “Tangolomango - Ritual das paixões deste mundo”. Sem dúvida é um grande acontecimento
literário já que Raimundo é um grandes escritores brasileiros, autor de clássicos
como “A história de Bernarda Soledade, a
tigre do sertão” e “Sombra Severa”. Seu
livro mais famoso “Somos pedras que se consomem” entrou na lista dos melhores
livros do ano de 1995 tanto no jornal O Globo, quanto no Jornal do Brasil.
21.4.13
DECADENCE
AVEC ELEGANCE – A festa promovida pela jornalista Lílian Pacce na sede do
Afroreggae, no alto do Cantagalo, em Copacabana, foi o melhor evento da última
edição do Fashion Rio. Lílian é uma figura adorável e organizou a festa para
badalar o seu site de moda. Foi tudo muito bacana. Um ótimo DJ, mas quem lotou
a pista foram os meninos do Afroreggae cantando e tocando a autêntica música
das favelas. Circulando por ali modelos bonitos, jornalistas de moda e um monte
de gente querida: Júlia Morales, Heloisa Tolipan, Kreo Kellab, Cláudio Gomes,
Marcelo Balbio, Toni Oliveira...
16.4.13
UMA LÁGRIMA PARA CLEYDE YÁCONIS –
Só assisti uma única peça com Cleyde Yáconis, O Baile de Máscaras, escrita e
dirigida por Mauro Rasi. Foi uma das melhores
peças de teatro que já vi. Uma conjunção perfeita de texto, direção e elenco. Cleyde esteve sensacional no papel inspirado em Mimina
Roveda, uma das donas do Teatro dos Quatro, que era retratada na peça. O Baile
de Máscaras contava a história de um grupo de artistas e intelectuais que,
durante o Carnaval, por não gostar da festa popular, se trancavam num
apartamento do Alto Leblon para assistir ao filme Berlim Alexanderplatz, de
Fassbinder, que tem quinze horas de duração. A peça era uma encenação das
tradicionais maratonas cinéfilo-gastronômicas organizadas pelo diretor Sergio
Britto que, por não gostar de carnaval, reunia os amigos em seu apartamento
para assistir clássicos do cinema e degustar os magníficos pratos da culinária
brasileira, preparados com esmero por sua empregada. Desse episódio da vida
real, que por várias vezes participou, Mauro Rasi construiu umas das mais belas
peças do teatro brasileiro.
Cleyde Yáconis ganhou todos os prêmios
de teatro por sua atuação. Ela entrou no elenco apenas dez dias antes da estreia.
A personagem seria interpretada originalmente por Beatriz Segall, mas houve uma
grande briga nos ensaios e a Segall abandonou o espetáculo em meio a
uma virulenta discussão com Daniel Dantas que começou no palco do Teatro dos Quatro,
continuou na platéia vazia e se estendeu pelos corredores e escadas rolantes do
shopping da Gávea, para deleite dos que faziam compras naquele momento. Sem
medo de ser feliz, Cleyde Yáconis aceitou o convite de Mauro Rasi para substituir Beatriz e encarou o
desafio de decorar o texto, as marcações de cena e as indicações do diretor,
que já vinha ensaiando a peça há seis meses. Que tal?
Sua personagem era uma mulher da
alta aristocracia italiana, culta, inteligente e sofisticada, que encarava
com fascínio e repulsa o estilo de vida carioca, a cultura carnavalesca e o
jeitinho brasileiro. Um outro personagem, vivido por Sergio Viotti, era
inspirado no Sérgio Brito. E o personagem do Daniel Dantas, era o próprio Mauro
Rasi que, com muita irreverencia, debochava de si mesmo. O cenário era o de uma residência elegante, com colunas e vitrais, mas cheio de prateleiras com
fitas de vídeo. Aquelas antigas, tipo VHS, já que o anfitrião, personagem do Viotti,
era um cinéfilo inveterado que tinha cópia de todos os clássicos do cinema.
O magnífico texto de Rasi
reservou falas sensacionais para o personagem da Cleyde. O público ria muito
com suas tiradas, suas pausas, seu olhar... Que atriz magnífica! Eu me sinto um
privilegiado por ter tido a oportunidade de assistir ao vivo o encontro desses
dois gênios do teatro brasileiro, Mauro Rasi e Cleyde Yáconis.
Também tive a oportunidade de
conhecer a Cleyde Yáconis de perto e de trocar algumas palavras com ela em
diversas ocasiões, mesmo que rapidamente. Certa vez, quando ela atuava na
novela Olho no Olho, de Antonio Calmon, eu dei uma carona para ela do Projac até
seu apartamento em
Copacabana. Na época eu trabalhava com o Calmon e tinha ido
ao estúdio acompanhar a gravação de algumas cenas. Quando estava me
despedindo dos artistas que eu tinha mais intimidade, a Bel Kutner me pediu
para dar uma carona para ela. “Você pode
deixar a Cleyde em casa? Ela já gravou todas as cenas dela e está esperando que todo mundo acabe de gravar pra
poder ir embora no carro da produção”, me disse Bel, mostrando a Cleyde
quietinha, lendo um livro na sala dos atores. Então nesse dia, enquanto dirigia
meu velho carro, pude dizer para ela o quanto eu tinha gostado da peça O Baile
de Máscaras, o quanto eu tinha vibrado com o seu trabalho e o quanto eu
achava o Mauro Rasi importante para o teatro brasileiro.
O Antonio Calmon adorava a Cleyde. Tanto que a escalou
para as novelas Vamp e Olho no Olho, e também para a minissérie Sex-Appeal, que
lançou as atrizes Luana Piovani, Camila Pitanga, Carolina Dieckman e Danielle
Winnits. Em Sex-Appeal Cleyde
Yáconis contracenava com Walmor Chagas,
recentemente falecido. Eles faziam um casal que era dono de uma agência de
modelos. Os personagens foram inspirados em Luiz Carlos e Lucy Barreto, os grandes produtores do cinema brasileiro.
Bel Kutner tinha uma relação muito bonita com a Cleyde. Elas se conheceram nas
gravações da novela Vamp. Bel uma menina fazendo sua primeira novela. As duas
ficaram muito amigas e a Bel a tratava sempre com muito carinho, muito respeito
e muita reverência. Voltaram a trabalhar juntas em Olho no Olho e chegava a ser comovente o carinho que Bel nutria pela colega.
Na época da novela Olho no Olho
aconteceu um episódio que me provocou muitas risadas. Além da Cleyde Yáconis a
novela tinha em seu elenco outra grande dama do teatro brasileiro, a Eva Tudor.
Então certa vez a Eva ligou para falar com o Calmon, mas como na hora ele
estava escrevendo os capítulos, me pediu para atendê-la. Olho no Olho tinha
acabado de estrear e a Eva Tudor ligou para reclamar que, na abertura da novela,
o nome da Cleyde Yáconis aparecia antes do nome dela. “Meu filho, você explica
para o Calmon que o nome da Cleyde não pode aparecer antes do meu. Afinal, ela
só ganhou dois prêmios Molière. E eu ganhei três.”
Descanse em paz, querida Cleyde! Descanse em paz...
14.4.13
ORDEM E PROGRESSO - As atrizes Patrycia Travassos e Alessandra Mestrini se encontraram em Brasília por puro acaso. As duas estavam na cidade com seus respectivos espetáculos. Patrycia com a peça A Partilha. Maestrini fazendo show de lançamento do seu CD. Debochadas e irreverentes, as duas comediantes aproveitaram que estavam na capital federal e foram até a porta do Congresso Nacional apenas para fazer essa foro. Uma provocação aos falsos moralistas e aos fundamentalistas religiosos. Que tal?
13.4.13
12.4.13
A maior punição do homem é o remorso.
O BRASIL PRECISA DE UMA NOVA
REVOLUÇÃO – O Congresso Nacional se prepara para votar uma proposta-lei de
evangélicos fundamentalistas para derrubar a condição de estado-laico do
Brasil. Junte-se a isso a entrevista-escândalo do Ministro dos Esportes Aldo
Rebelo ao programa Roda Viva, os mensaleiros exercendo seus mandatos
impunemente, o fenômeno Feliciano e a presença de Blairo Maggi, um pilantra que
ficou milionário destruindo florestas, na Comissão de Meio Ambiente do Senado. Esse
é o retrato da política no Brasil nos dias de hoje. Corrupção, roubalheira,
ladroagem, interesses escusos, pilantragem...
José Celso Martinez Correia
escreveu em seu blog que esses fenômenos evidenciavam a ameaça de um golpe de
estado no Brasil. Fundamentalistas religiosos, aliados a políticos corruptos,
com o propósito de tomar o poder com o objetivo de ter acesso irrestrito aos
cofres públicos visando unicamente o enriquecimento pessoal. Muita gente pensa
como José Celso e acredita que essa presença ostensiva de seitas religiosas
interferindo na política, com o apoio irrestrito da corrupção associada, é o prenúncio
de um golpe de estado.
Vixe mainha!
Eu cá com meus botões penso que o
golpe de estado já aconteceu: o golpe de estado aplicado pelos partidos políticos.
Foi-se o tempo em que os partidos ainda se preocupavam em disfarçar sua gana
pelo poder através de alguma ideologia. Mas isso não te pertence mais, como
diria aquela personagem do Zorra Total. Já faz tempo que a máscara caiu e os
partidos são todos absolutamente iguais. Tem apenas um único objetivo: ter
acesso ao poder para usar em benefício próprio. PV, PCB, PSDB, PT, PSTU e os
demais, são apenas grupos mafiosos que se associaram para saquear o Brasil. Nenhum
deles tem um projeto para o país. Todos tem apenas projetos para seus próprios
bolsos. Simples assim...
A presença de Blairo Maggi à
frente da Comissão de Meio Ambiente é a mesma coisa que colocar a raposa
tomando conta do galinheiro. Pois se tomarmos essa figura de uma raposa tomando
conta de um galinheiro, teremos uma caricatura perfeita do poder público no
Brasil. Em todos os setores da política brasileira o que temos é sempre a raposa
tomando conta do galinheiro. Ora bolas. O que é o Renan Calheiros senão uma
raposa tomando conta do galinheiro Congresso? O que é Aldo Rabelo senão a raposa
tomando conta do galinheiro dos esportes? O que é o Sergio Cabral senão a raposa
tomando conta do galinheiro Rio de Janeiro? E last, but not at least, o que é a
Dilma Roussef senão uma raposa tomando conta do galinheiro chamado Brasil?
Penso que o Brasil está
precisando urgentemente de uma nova revolução!
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