23.7.19

Foco na literatura



PERNAMBUCO FALANDO PARA O MUNDO - No nordeste do Brasil, região machista por sua própria natureza, o termo "colégio de freiras" é usado como uma gíria para prostíbulo. O machão nordestino quando vai ao prostíbulo, costuma dizer para os amigos que vai visitar o "colégio de freiras". É nesse sentido o título do novo livro de Raimundo Carrero, o mais relevante escritor pernambucano da atualidade. Lançado no início do mês, "Colégio de freiras" vem agitando o circuito intelectual do nordeste, que faz questão de ser independente dos ditames da produção cultural daquilo que os nordestinos chamam, ironicamente, de sul maravilha. Raimundo Carrero é porreta. Tem um linguajar próprio, um jeito especial de contar sua história. Há algo de armorial na narrativa de sua trama. A saga de uma moça chamada Vania, que perde a virgindade em 1960 e, por isso, é rejeitada pela família. Então a moça é levada pelo próprio pai para o mais famoso prostíbulo do Recife daqueles tempos, onde vai viver pelos próximos trinta anos. Ao contar sua história Carrero revela também das mudanças que ocorreram nesse período na vida e na alma nordestina. 



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