ERA UMA VEZ EM LONDRES - O filme de Quentin Tarantino "Era uma vez na América", com a sua versão muito pessoal da tragédia que se abateu sobre Sharon Tate, trouxe de volta os anos da década de 1960, com todo o charme e o estilo que envolve aquele período histórico. E quanto mais olhamos para aqueles tempos, mais temos a impressão que a vida parecia mais interessante naquela época. Sharon Tate conheceu Roman Polanski no auge da chamada "Swinging London", quando a atriz americana foi até lá filmar "A dança dos vampiros". A "Swinging London" foi um movimento cultural e artístico que explodiu em Londres a partir da metade dos anos 60, influenciado pelo sucesso dos Beatles e pela recuperação econômica da Inglaterra no período pós segunda guerra. Foi o tempo de um culto à modernidade tendo o hedonismo como estilo de vida. O período de uma intensa e instigante produção artística e intelectual que influenciou todo o mundo.
O documentário "Tonite Let´s All Make Love in London", dirigido por Peter Whitehead é um registro do que foram aqueles dias de alegria, loucura e criatividade na capital inglesa. O filme tem trilha sonora do Pink Floyd e a participação de personalidades que marcaram o movimento como Julie Christie, Eric Burdon, David Hockney, Vanessa Redgrave, Michael Caine, Mick Jagger, Lee Marvin, Terence Stamp, além dos celebrados Roman Polanski e Sharon Tate.
Peter Whitehead (foto) morreu recentemente, em 10 de junho, aos 82 anos. Foi ele mesmo um símbolo da "Swinging London", movimento que registrou como fotógrafo e cineasta. Um de seus filmes mais famosos é "Rolling Stones: Charlie is my darling", registro da turnê dos Stones na Irlanda, em 1965, no momento em que a música Satisfaction se tornou sucesso mundial. Veja um trecho do filme.
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