Não zombe das bobagens que os outros dizem. Elas podem representar uma oportunidade para você.
NUNCA FOMOS TÃO FELIZES - No último fim de semana jornais de São Paulo revelaram mais um episódio do passado de Dilma Roussef. Na época do Governo Militar (não vamos chamar de Ditadura, por que não foi bem assim...) os guerrilheiros ligados a Dilma planejaram seqüestrar o Ministro da Fazenda Delfim Neto. Não conseguiram, provavelmente, porque tia Delfim vivia cercada de seguranças. Uns caras bonitões, sarados, que adoravam a bicha por que ela era muito boazinha com quem tinha pau grande. Como uma espécie de Robin Hood gay, Delfim Neto roubava dos ricos (o Estado brasileiro), e dava (dava!) para os pobres, os bofes que "ela" protegia.
Já pensou se Dilma e sua turma da guerrilha tivessem conseguido seqüestrar "a Gorda"? Era assim que o próprio Delfim se auto intitulava: "a Gorda". Quando ele ligava para os bofes, e não queria se identificar, dizia: Quem tá falando é "a Gorda". E os bofes logo sabiam de quem se tratava. Pois bem. Delfim Neto era adorado pelos militares que lhe deram carta branca pra fazer o que bem quisesse com a economia brasileira. “A Gorda” foi um dos pilares daquilo que os militares chamavam “o milagre econômico”.
Delfim Neto, “a Gorda”, foi o Ministro da Fazenda que presidiu o período de crescimento mais acelerado e mais longo da história do Brasil. Para conseguir esse resultado recebeu dos Militares poderes com os quais nenhum outro Ministro chegou a sonhar: poderes absolutos. “A Gorda” retribuiu a gentileza dos militares em grande estilo: no seu “reinado” o Brasil se tornou a oitava maior economia do mundo. A bicha era danada! Foi no papel do todo poderoso da economia brasileira do governo Costa e Silva que Delfim participou da famosa reunião do Conselho de Segurança Nacional, realizada em 13 de dezembro de 1968, que criou o AI-5, um divisor de águas na política brasileira do período. Quando Costa e Silva lhe passou a palavra, para avaliar o Ato Institucional n. 5, que estava sendo promulgado, “a Gorda” não se fez de rogada. Cercada de bofes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, com suas fardas elegantes e seus coturnos bem engraxados, a Messalina da economia brasileira declarou:
“Estou plenamente de acordo com a proposição que está sendo analisada no Conselho. E se Vossa Excelência me permitisse, direi mesmo que creio que ela não é suficiente. Eu acredito que deveríamos atentar e deveríamos dar a Vossa Excelência a possibilidade de realizar certas mudanças constitucionais que são absolutamente necessárias para que esse país possa realizar seu desenvolvimento com maior rapidez.”
Ou seja: a bicha não só apoiou o AI-5, como ainda achou pouco. E, pensando bem, Delfim estava certo. Naquele momento histórico o Brasil estava precisando de uma disciplina rígida para poder progredir social e economicamente. Uma disciplina que, infelizmente, falta hoje na vida brasileira, quando a democracia é confundida com bagunça. Pois bem. Enquanto a poderosa Messalina da economia brasileira era celebrada pelas mais altas patentes da nossa elite militar, nos porões da grande cidade a oposição armada buscava maneiras de minar o governo. Assaltos a banco para financiar o crime, explosões de bombas, seqüestros de autoridades. Ou seja, tudo quanto é tipo de atrocidade para acabar com o milagre econômico.
“Nunca fomos tão felizes”, dizia a propaganda do governo que passava na TV, nos intervalos de novelas como Selva de Pedra, Bandeira Dois e O Homem que Deve Morrer. Comparando o Brasil de hoje, com o Brasil do período militar, podemos afirmar que a propaganda não era enganosa. (Apenas pelas novelas já se pode dizer o quanto o Brasil era mais interessante naquela época.) As pessoas que souberam viver aquele período foram felizes e nem sabiam. O governo militar só foi ruim para os opositores do governo que, obcecados pelo poder, queriam acabar com o milagre econômico e instalar sua própria ditadura. Sim, porque os opositores do Governo e seus comparsas não estavam interessados em democracia coisa nenhuma. Queriam o poder. E o pior é que eles conseguiram.
Já pensou se Dilma e sua turma da guerrilha tivessem conseguido seqüestrar "a Gorda"? Era assim que o próprio Delfim se auto intitulava: "a Gorda". Quando ele ligava para os bofes, e não queria se identificar, dizia: Quem tá falando é "a Gorda". E os bofes logo sabiam de quem se tratava. Pois bem. Delfim Neto era adorado pelos militares que lhe deram carta branca pra fazer o que bem quisesse com a economia brasileira. “A Gorda” foi um dos pilares daquilo que os militares chamavam “o milagre econômico”.
Delfim Neto, “a Gorda”, foi o Ministro da Fazenda que presidiu o período de crescimento mais acelerado e mais longo da história do Brasil. Para conseguir esse resultado recebeu dos Militares poderes com os quais nenhum outro Ministro chegou a sonhar: poderes absolutos. “A Gorda” retribuiu a gentileza dos militares em grande estilo: no seu “reinado” o Brasil se tornou a oitava maior economia do mundo. A bicha era danada! Foi no papel do todo poderoso da economia brasileira do governo Costa e Silva que Delfim participou da famosa reunião do Conselho de Segurança Nacional, realizada em 13 de dezembro de 1968, que criou o AI-5, um divisor de águas na política brasileira do período. Quando Costa e Silva lhe passou a palavra, para avaliar o Ato Institucional n. 5, que estava sendo promulgado, “a Gorda” não se fez de rogada. Cercada de bofes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, com suas fardas elegantes e seus coturnos bem engraxados, a Messalina da economia brasileira declarou:
“Estou plenamente de acordo com a proposição que está sendo analisada no Conselho. E se Vossa Excelência me permitisse, direi mesmo que creio que ela não é suficiente. Eu acredito que deveríamos atentar e deveríamos dar a Vossa Excelência a possibilidade de realizar certas mudanças constitucionais que são absolutamente necessárias para que esse país possa realizar seu desenvolvimento com maior rapidez.”
Ou seja: a bicha não só apoiou o AI-5, como ainda achou pouco. E, pensando bem, Delfim estava certo. Naquele momento histórico o Brasil estava precisando de uma disciplina rígida para poder progredir social e economicamente. Uma disciplina que, infelizmente, falta hoje na vida brasileira, quando a democracia é confundida com bagunça. Pois bem. Enquanto a poderosa Messalina da economia brasileira era celebrada pelas mais altas patentes da nossa elite militar, nos porões da grande cidade a oposição armada buscava maneiras de minar o governo. Assaltos a banco para financiar o crime, explosões de bombas, seqüestros de autoridades. Ou seja, tudo quanto é tipo de atrocidade para acabar com o milagre econômico.
“Nunca fomos tão felizes”, dizia a propaganda do governo que passava na TV, nos intervalos de novelas como Selva de Pedra, Bandeira Dois e O Homem que Deve Morrer. Comparando o Brasil de hoje, com o Brasil do período militar, podemos afirmar que a propaganda não era enganosa. (Apenas pelas novelas já se pode dizer o quanto o Brasil era mais interessante naquela época.) As pessoas que souberam viver aquele período foram felizes e nem sabiam. O governo militar só foi ruim para os opositores do governo que, obcecados pelo poder, queriam acabar com o milagre econômico e instalar sua própria ditadura. Sim, porque os opositores do Governo e seus comparsas não estavam interessados em democracia coisa nenhuma. Queriam o poder. E o pior é que eles conseguiram.
I was beat incomplete
Id been had,
I was sad and blue
But you made me feel
Yeah, you made me feel
Shiny and new
Like a virgin
Touched for the very first time
Like a virgin
When your heart beats
(Trecho de Like a Virgin, canção de Madonna)
O SEQUESTRO DA GORDA - Como teria sido o seqüestro de Delfim Neto, caso ele realmente tivesse acontecido? Como os terroristas teriam conseguido ludibriar a segurança nacional e conseguido raptar o Ministro mais poderoso do Governo Militar? Vamos, então, imaginar esse episódio? Leiam a seguir uma sinopse de como poderia ter sido o seqüestro do Delfim Neto, caso ele realmente tivesse ocorrido. Ora vejamos...
Num dia claro de verão do início dos anos 70. Delfim está despachando em sua sala na sede do Ministério da Fazenda, na suntuosa Esplanada dos Ministérios. Depois de se reunir com o Conselho Interministerial de Preços e assinar um decreto que aumentava a arrecadação do imposto de renda a fim de financiar o projeto desenvolvimentista do Governo Militar, Delfim Neto decide relaxar um pouco. Pede a Dona Dalva, sua secretária, para ligar para Lourival, um dos inúmeros bofes que tinha ao seu dispor. Meia hora depois chega um rapaz lindo, mas não é o Lourival. “Quem é você?”, pergunta “a Gorda” para o jovem másculo e sedutor à sua frente, sem conseguir deixar de olhar para o atraente volume que havia entre as pernas do bonitão. “O meu nome é Mauricio, mas todo mundo só me chama de Hamburgão. O Lourival tá doente e pediu pra eu vir brincar com o Senhor Ministro no lugar dele”.
O Ministro começa a tremer ao se ver diante da beleza e da masculinidade de Hamburgão. Delfim empre teve bofes espalhados por todo o Brasil. Gostava tanto dos loirinhos do Rio Grande do Sul, como dos tipos indígenas da Amazônia, passando pelos arretados de Pernambuco. Sem preconceito pegava tanto os negões da Bahia, como os brancos de olhos azuis de São Paulo. Não importava a cor, a raça, ou o credo. O importante é que fossem pauzudos. Mesmo assim Hamburgão lhe apresentava algo de novo em termos de sensualidade masculina. Descontrolado Delfim se aproxima do rapaz e acaricia seu rosto, seu pescoço, e desce a mão sôfrega até a virilha. Uma fileira de suor escorre da testa do representante do Governo. E é nesse momento, quando o Ministro está começando a se sentir dono da situação que Hamburgão saca uma pistola, aponta para sua barriga e diz:
- Não se mova seu veado golpista. Capacho da ditadura! Sou um agente do terror e você está sendo seqüestrado. Nós vamos sair juntos daqui do Ministério e você não vai dar uma palavra. Senão vou ser obrigado a abrir um rombo nessa tua barriga cheia de banha.
Tensão total!
Por instantes Delfim entra em pânico. Não sabe como agir. O rapaz disfarça a pistola, finge que está abraçado ao Ministro, e os dois saem juntos pelos corredores do Ministério. A secretária ao vê-lo passar abraçado com o másculo Hamburgão logo pensa: “O Ministro tá mesmo apaixonado!” Os seguranças acham perfeitamente natural o Ministro agarrado a um homem bonito. Ao chegar na porta do Ministério “a Gorda” e o bofe entram num Cimca Chambord vermelho e são levados para um galpão abandonado na periferia de Brasília. É ali, algemado com as mãos para trás, que “a Gorda” fica, pela primeira vez, frente a frente com a futura Ministra do governo Lula.
- Seu veado de direita! -, grita a jovem Dilma, antes de dar um soco na cara do Ministro. Uma fileira de sangue escorre do nariz do prisioneiro algemado. Completamente descontrolada a terrorista Dilma não pára de xingar um dos idealizadores do AI-5, enquanto mete a porrada no sujeito.
- Filho da puta! Canalha! Eu vou comer o teu fígado! - grita Dilma, depois de cuspir na cara de seu prisioneiro.
Com o rosto todo dolorido de tanto levar porrada, Delfim olha com desprezo para a terrorista descontrolada à sua frente.
- Que mulher vulgar! Já pensou se o Brasil cai nas mãos dessa gente? Vai ser o caos... - pensa o Ministro.
Depois de despejar em cima de Delfim todo o seu ressentimento contra o milagre econômico do governo militar, Dilma vai embora acompanhada de três outros guerrilheiros. Agora que tem um importante prisioneiro nas mãos os terroristas saem para preparar um manifesto exigindo mudanças radicais no plano econômico do governo. Caso contrário vão mandar para o Palácio do Planalto apenas a cabeça do Ministro numa bandeja. Uma mórbida citação da história bíblica de João Batista.
No galpão abandonado apenas Hamburgão, o másculo terrorista, fica tomando conta de Delfim. Sentado numa cadeira, algemado com as mãos para trás, Delfim observa hamburgão que anda de um lado para outro. Logo, uma tensão sexual se instala no ambiente. Apesar de apavorado com o seqüestro, algo muito mais brasileiro perturba Delfim.
- Que homem belo -, pensava “a Gorda”, sem conseguir tirar os olhos da mala do rapaz. O Ministro é um homem eloqüente e sedutor. E sabe que a única maneira de sair daquela situação é conquistando aquele bofe perdido num grupo terrorista.
- Eu sou Ministro da Fazenda. Tenho a chave do cofre da economia brasileira. Posso fazer de você um homem rico, Hamburgão. Você só precisa me tirar daqui -, disse Delfim num rompante, tentando conquistar a simpatia do bofe.
- Eu sou de esquerda e quero derrubar a ditadura militar -, disse um equivocado Hamburgão.
- Você é bonito demais para ser de esquerda. Venha ser de direita comigo e posso colocar o Brasil aos seus pés -, insistia ‘A Gorda”, confiando no seu taco. Conversa vai, conversa vem, Hamburgão vai se envolvendo com a lábia do brilhante economista. Começa a pensar nas vantagens de ser um dos favoritos do Ministro mais poderoso que já houve no Brasil. Seus ideais de um Brasil socialista começa a se desfazer ali, diante da falácia do poderoso prisioneiro. Então o belo homem decide mudar de lado. Trair seus companheiros de guerrilha. Hamburgão tira Delfim do galpão abandonado e o leva direto para a suntuosa mansão com vista para o lago Paranoá, residência oficial do Ministro.
Ainda sem saber que havia sido traído por Hamburgão, o grupo terrorista de Dilma Roussef solta o manifesto dizendo que seqüestrou o Ministro da Fazenda, e tem uma lista de exigências para fazer ao governo. A notícia do sequestro explode como uma bomba em Brasília. Preocupado com o seu Ministro o Presidente Médici liga desesperado para a mansão do Delfim. Precisa saber se tem fundamento a notícia sobre o sequestro. É ele mesmo quem atende.
- Isso é um trote, Presidente. Não houve seqüestro algum. Isso é palhaçada desses terroristas subdesenvolvidos. Estou aqui na minha casa, linda e loira.
- Linda e loira? Como assim, Delfim?
- Isso é modo de dizer, meu querido Emílio! Quis dizer que estou ótimo. Maravilhoso!
Depois de tranqüilizar o Presidente, Delfim Neto desliga o telefone e se espreguiça na chaise longue. Diante dele Hamburgão, completamente nu, balança o pau duro bem na sua cara. O Ministro olha com tesão para o pau do rapaz.
- Você me disse que era de esquerda, mas o seu pau aponta é para o lado direito -, disse o Ministro com um sorrisinho safado, enquanto acariciava as bolas do rapaz. Segurando naquele pau Delfim Neto se sentia como Madonna na música Like a Virgin: shiny and new! Depois, inebriada com tanta sensualidade, ‘a Gorda” se ajoelha diante do rapaz, e glupt, glupt, glupt...
Trinta e cinco anos depois desse episódio, em pleno governo Lula, o jornal O Estado de São Paulo publica uma reportagem sobre o misterioso sequestro de Delfim Neto no auge do Governo Militar. E o ponto de partida da reportagem é um perfil do milionário Maurício Azevedo Guerra, dono de duas fazendas, centenas de cabeças de gado, uma rede de supermercados e muitos outros bens. Um homem belo e misterioso que na juventude foi um perigoso terrorista conhecido apenas pelo singelo apelido de Hamburgão...