Rosane Fonseca, Tania Bôscoli, Rosana Garcia e Conceição Rios.
Champanhe, champanhe e champanhe para Maria Clara Pellegrino.
A afinada Conceição Rios cantou especialmente para o aniversariante.
Champanhe, champanhe, champanhe...
TUDO VAI DAR CERTO – Nunca assisti a um filme do Woody Allen que não pudesse chamar de obra-prima. Seu último filme lançado no Brasil, Tudo vai dar certo, não foge a regra. Um roteiro magnífico, uma direção impecável, atores talentosos e um primoroso trabalho de produção. Cada personagem com seu perfil bem definido. Tudo muito elegante e sofisticado, mas, ao mesmo tempo, simples e objetivo. Uma verdadeira aula de cinema. Uma das coisas que mais aprecio nos filmes do Woody Allen são aquelas festas onde o diretor reúne seus personagens provocando divertidas situações de conflito: jantares, vernissages, coquetéis, noites de autógrafos... Nesses eventos humor e lirismo se entrelaçam em deliciosa harmonia. Pois o jantar para comemorar o aniversário do psicanalista Paulo Próspero foi idêntico a um desses eventos de um filme do Woody Allen.
O jantar foi no bonito apartamento de Madame K, velha amiga do aniversariante. Madame K é marroquina e fez questão de brindar os convidados com acepipes da cozinha do seu país. E foi ao som da trilha sonora do filme A Rainha Margot que foram chegando os convidados que pareciam personagens de uma comédia do Woody Allen ambientada em Copacabana. O jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, com sua bela companheira Lílian foi pontual e ficou atento em busca de personagens para sua coluna Gente Boa, no jornal O Globo. Patrícia Kozman e Rosane Fonseca também já estavam presentes quando chegaram a psicanalista Maria Clara Pellegrino com sua amiga a atriz Renata Roriz. “A Renata tem um orgasmo incrível”, disse o aniversariante quando apresentou a atriz ao titular da coluna Gente Boa. Paulo estava se referindo a uma cena da peça sobre Cora Coralina em que a atriz simulava um orgasmo.
Mas, se Renata Roriz tinha o orgasmo, Maria Clara Pellegrino tinha o excesso. “Eu sei que sou excessiva”, repetia ela, num elegante vestido preto, chacoalhando as diversas pulseiras que trazia em ambos os pulsos, e exibindo anéis com pedras enormes enquanto tragava sensualmente sua piteira. Maria Clara não parava de falar, deixando bem claro o quanto levava a sério sua condição de “pessoa excessiva”. Mas tudo era, na verdade, entusiasmo pela vida, pelas pessoas, pelas coisas. Joaquim Ferreira e Lílian se viam atordoados com a quantidade de informações que ela passava enquanto contava do livro que está fazendo sobre moradores da Rocinha, com fotos magníficas e textos geniais. E contava como subia as escadas íngremes da Rocinha com seus saltos de bico fino e como as pessoas da favela são legais. E falava de psicanálise e analisava os outros convidados.
“Você é uma mãezona alemã, uma verdadeira fraulein”, disse ela apontando para Rosana Garcia, presente com o marido Rogério Mader. Rosana é aquela atriz que foi a Narizinho, na primeira versão do Sitio do Picapau Amarelo e, durante alguns momentos pareceu tímida e enrusbecida diante do vigor de Madame Pellegrino, que parecia ligada numa tomada. Já a professora de Comunicação Social da PUC Cláudia Chaves contou da festa junina que seus alunos ricos estão fazendo para as famílias carentes da Rocinha. Uau! Os ricos alunos estão momentaneamente deixando seus berços de ouro para, eles mesmos, cozinharem canjicas, munguzás, pé de moleque e outras iguarias típicas. “Eles mesmo vão cozinhar, servir e organizar a festa”, dizia orgulhosa a professora. “Você tem algum aluno para me recomendar?”, quis saber o experiente jornalista do Globo. A professora fez uma expressão de desdém, pensou um pouco e respondeu: “Ninguém em especial”.
Champanhe, champanhe, champanhe...
Patrícia Kozman, com sua beleza suave e delicada, já havia chegado quando a campainha tocou. Era o design Carlos Orcades, com suas sobrancelhas de lobo mau e seu humor corrosivo. Em seguida chegaram Tania Bôscoli e Conceição Rios, acompanhada de seu marido. Ficaram todos em volta da mesa, degustando pastas deliciosas, com um crocante pão árabe. Enquanto saboreava um falafel Tania Bôscoli lembrou que o sexo anal é o pior dos pecados no mundo árabe. A divertida Pellegrino contava que já tinha deixado muitos homens assustados ao mesmo tempo em que chacoalhava suas pulseiras e jogava o cabelo de um lado para o outro. Enquanto servia os petiscos e recebia um e outro convidado Madame K contava da sua paixão por Copacabana, bairro onde vive desde 1979. Com seu charmoso sotaque marroquino a misteriosa amiga do aniversariante descrevia o lugar onde mora como se este fosse um paraíso localizado no centro do universo. As ruas arborizadas, os botequins efervescentes, os personagens únicos... Toda Copacabana adquire um toque especial aos olhos dessa generosa marroquina que escolheu esse recanto da cidade maravilhosa para viver.
A bebida farta deixou o papo animado e uma chuva inesperada transferiu todo mundo do terraço iluminado com luz de velas para a sala de jantar. Estavam todos falando ao mesmo tempo quando uma voz maviosa começou a entoar um canto suave e delicado. Assim como um lamento. Uma música que, como um rastro de fumaça se espalhou por todos os cantos da sala. Aos poucos todos se calaram para prestar atenção na música afinada entoada por aquela voz. E foi num silêncio respeitoso que os convidados de Mister Próspero ouviram a misteriosa Madame K entoando uma linda canção do Marrocos. Foi um momento mágico da festa já que, através da sua música, a cantora fez com que todos sentissem a emoção que ela sentia, como uma saudade de algo que não se viveu.
O jantar foi no bonito apartamento de Madame K, velha amiga do aniversariante. Madame K é marroquina e fez questão de brindar os convidados com acepipes da cozinha do seu país. E foi ao som da trilha sonora do filme A Rainha Margot que foram chegando os convidados que pareciam personagens de uma comédia do Woody Allen ambientada em Copacabana. O jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, com sua bela companheira Lílian foi pontual e ficou atento em busca de personagens para sua coluna Gente Boa, no jornal O Globo. Patrícia Kozman e Rosane Fonseca também já estavam presentes quando chegaram a psicanalista Maria Clara Pellegrino com sua amiga a atriz Renata Roriz. “A Renata tem um orgasmo incrível”, disse o aniversariante quando apresentou a atriz ao titular da coluna Gente Boa. Paulo estava se referindo a uma cena da peça sobre Cora Coralina em que a atriz simulava um orgasmo.
Mas, se Renata Roriz tinha o orgasmo, Maria Clara Pellegrino tinha o excesso. “Eu sei que sou excessiva”, repetia ela, num elegante vestido preto, chacoalhando as diversas pulseiras que trazia em ambos os pulsos, e exibindo anéis com pedras enormes enquanto tragava sensualmente sua piteira. Maria Clara não parava de falar, deixando bem claro o quanto levava a sério sua condição de “pessoa excessiva”. Mas tudo era, na verdade, entusiasmo pela vida, pelas pessoas, pelas coisas. Joaquim Ferreira e Lílian se viam atordoados com a quantidade de informações que ela passava enquanto contava do livro que está fazendo sobre moradores da Rocinha, com fotos magníficas e textos geniais. E contava como subia as escadas íngremes da Rocinha com seus saltos de bico fino e como as pessoas da favela são legais. E falava de psicanálise e analisava os outros convidados.
“Você é uma mãezona alemã, uma verdadeira fraulein”, disse ela apontando para Rosana Garcia, presente com o marido Rogério Mader. Rosana é aquela atriz que foi a Narizinho, na primeira versão do Sitio do Picapau Amarelo e, durante alguns momentos pareceu tímida e enrusbecida diante do vigor de Madame Pellegrino, que parecia ligada numa tomada. Já a professora de Comunicação Social da PUC Cláudia Chaves contou da festa junina que seus alunos ricos estão fazendo para as famílias carentes da Rocinha. Uau! Os ricos alunos estão momentaneamente deixando seus berços de ouro para, eles mesmos, cozinharem canjicas, munguzás, pé de moleque e outras iguarias típicas. “Eles mesmo vão cozinhar, servir e organizar a festa”, dizia orgulhosa a professora. “Você tem algum aluno para me recomendar?”, quis saber o experiente jornalista do Globo. A professora fez uma expressão de desdém, pensou um pouco e respondeu: “Ninguém em especial”.
Champanhe, champanhe, champanhe...
Patrícia Kozman, com sua beleza suave e delicada, já havia chegado quando a campainha tocou. Era o design Carlos Orcades, com suas sobrancelhas de lobo mau e seu humor corrosivo. Em seguida chegaram Tania Bôscoli e Conceição Rios, acompanhada de seu marido. Ficaram todos em volta da mesa, degustando pastas deliciosas, com um crocante pão árabe. Enquanto saboreava um falafel Tania Bôscoli lembrou que o sexo anal é o pior dos pecados no mundo árabe. A divertida Pellegrino contava que já tinha deixado muitos homens assustados ao mesmo tempo em que chacoalhava suas pulseiras e jogava o cabelo de um lado para o outro. Enquanto servia os petiscos e recebia um e outro convidado Madame K contava da sua paixão por Copacabana, bairro onde vive desde 1979. Com seu charmoso sotaque marroquino a misteriosa amiga do aniversariante descrevia o lugar onde mora como se este fosse um paraíso localizado no centro do universo. As ruas arborizadas, os botequins efervescentes, os personagens únicos... Toda Copacabana adquire um toque especial aos olhos dessa generosa marroquina que escolheu esse recanto da cidade maravilhosa para viver.
A bebida farta deixou o papo animado e uma chuva inesperada transferiu todo mundo do terraço iluminado com luz de velas para a sala de jantar. Estavam todos falando ao mesmo tempo quando uma voz maviosa começou a entoar um canto suave e delicado. Assim como um lamento. Uma música que, como um rastro de fumaça se espalhou por todos os cantos da sala. Aos poucos todos se calaram para prestar atenção na música afinada entoada por aquela voz. E foi num silêncio respeitoso que os convidados de Mister Próspero ouviram a misteriosa Madame K entoando uma linda canção do Marrocos. Foi um momento mágico da festa já que, através da sua música, a cantora fez com que todos sentissem a emoção que ela sentia, como uma saudade de algo que não se viveu.
Champanhe, champanhe, champanhe...
Todos ainda estavam atordoados com o canto da embaixatriz quando chegou o fotógrafo Odir Soares. Ele já tinha tomado uns drinques num outro acontecimento social e chegou na casa da embaixatriz dando beijos na boca de todo mundo. Pediu para o aniversariante fazer poses com suas convidadas. Não precisa dizer que Maria Clara Pellegrino amou fazer caras e bocas para a lente do David Hamilton dos tropicos. “Eu realmente sou muito excessiva”, repetia ela fazendo caras e bocas para a lente do fotógrafo. No meio do intenso burburinho, provando ser uma anfitriã com grande domínio do seu evento, Madame K fez mais uma brilhante intervenção. “Alguém me disse que você tem uma linda voz. Cante alguma coisa para nós”, pediu a anfitriã se dirigindo a gloriosa Conceição Rios, que soltou a voz para deleite de todos.
Conceição Rios poderia ter sido uma grande diva da MPB. Ela sempre cantou divinamente. Sua voz maviosa vivia sendo exaltada por Cazuza, seu amigo de adolescência. Cazuza adorava Conceição e ele acreditava que um dia ela seria uma grande estrela da música brasileira. Bebel Gilberto nunca a perdoou por Conceição ser mais afinada que ela. Mas Conceição nunca levou a sério essa história de ser cantora. Sempre foi rica, nunca precisou batalhar para ganhar dinheiro, então preferiu se dar ao luxo de cantar apenas para os amigos. Gente fina é outra coisa. Certa vez ela estava cantando sem compromisso na casa de sua amiga Bebel quando foi ouvida por João Gilberto. O papa da bossa-nova se apaixonou perdidamente pela moça, com quem ficou casado durante dois anos. Pois foi a voz que encantou Cazuza e João Gilberto que se fez ouvir numa linda canção dedicada especialmente ao aniversariante.
Feliz aniversário!
Conceição Rios poderia ter sido uma grande diva da MPB. Ela sempre cantou divinamente. Sua voz maviosa vivia sendo exaltada por Cazuza, seu amigo de adolescência. Cazuza adorava Conceição e ele acreditava que um dia ela seria uma grande estrela da música brasileira. Bebel Gilberto nunca a perdoou por Conceição ser mais afinada que ela. Mas Conceição nunca levou a sério essa história de ser cantora. Sempre foi rica, nunca precisou batalhar para ganhar dinheiro, então preferiu se dar ao luxo de cantar apenas para os amigos. Gente fina é outra coisa. Certa vez ela estava cantando sem compromisso na casa de sua amiga Bebel quando foi ouvida por João Gilberto. O papa da bossa-nova se apaixonou perdidamente pela moça, com quem ficou casado durante dois anos. Pois foi a voz que encantou Cazuza e João Gilberto que se fez ouvir numa linda canção dedicada especialmente ao aniversariante.
Feliz aniversário!
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