ORGULHO TRICOLOR – Feliz mesmo é o meu amigo Fabio Gartner, que fez aniversário ontem, 5 de Dezembro, dia em que o Fluminense sagrou-se Campeão Brasileiro. Fábio é louco pelo Fluminense. “Vocês já sabem o presente que eu quero no dia do meu aniversário”, dizia ele aos amigos do futebol de praia nos dias que antecederam ao Grande Dia. Na casa dele todo mundo é tricolor. O pai é obcecado pelo Clube tantas vezes campeão. Os irmãos, Beto e Yuri, também são doentes pelo time. Uma família tricolor até a alma... Outro que é doido pelo Flusão é o André Tourinho, veterano do futebol de praia. Esse ficou na fila pra comprar ingresso, pois fez questão de assistir ao jogo no Estádio. Tourinho sabe tudo sobre o Clube, nomes de todos os jogadores, de todos os campeonatos, desde que o time foi fundado. E tem em seu currículo histórias divertidas sobre a sua paixão de torcedor. Quando adolescente certa vez ele invadiu o Maracanã, em pleno jogo, para xingar o juiz que tinha deixado de marcar um pênalti a favor de seu time. Foi retirado pelos seguranças e sua foto apareceu no dia seguinte nas primeiras páginas de todos os jornais do Rio, para desespero de Dona Elvira, sua adorada mãe. Acho que foi por causa do André que me tornei tricolor. Quando vim morar no Rio, ainda adolescente, eu vivia sendo assediado por torcedores de todos os times. “Você tem que torcer pelo Botafogo”, dizia um. “Tem que ser flamenguista”, ordenava outro cheio de razão. “O Vasco tem a melhor torcida”, dizia Robson, o vascaíno mais apaixonado que já conheci. Mas a convicção do André com relação ao seu Fluminense era tão forte que acabei me apaixonando pelo time. André, com seus melhores amigos Franco e Binho, empreenderam uma imensa campanha para fazer de mim um autêntico tricolor. Os caras me levavam para o Maracanã, me paparicavam, me adulavam, me seduziam com sua beleza e juventude. "Não existe emoção maior do que ser tricolor", me diziam, cheios de beleza e juventude, na arquibancada lotada. Ontem, no meio da grande comemoração, eu agradeci a eles, em pensamento, por terem me mostrado o caminho do bem.
UMA LÁGRIMA PARA STUART ANGEL – Quinta-feira vai ser inaugurado no Estádio de Remo do Flamengo um Memorial em homenagem ao guerrilheiro Stuart Angel, que morreu vítima de tortura durante o governo militar. Stuart era um esportista e praticava natação e capoeira, além de levantamento de peso numa academia que fica na esquina da Rua Djalma Ulrich com Avenida Copacabana. Mas foi praticando remo que ele se destacou como atleta. Foi um dos integrantes do barco Oito, apelidado de Transatlântico de Luxo, por reunir a elite desse esporte na sua época. Como integrante do Transatlântico de Luxo Stuart foi campeão carioca em 1964 e 1965. Seu envolvimento com os movimentos de esquerda e com a guerrilha o afastou dos esportes e da família, e o levou para uma seqüência de acontecimentos que resultaram numa das maiores tragédias da história recente da política brasileira. O Memorial para Stuart Angel é uma iniciativa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Um comentário:
gostei das fotos das bundas dos remadores
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