A nossa sorte não se encontra fora de nós, mas antes em nós mesmos e em nossa
vontade.
UMA LÁGRIMA PELO MARACANÃ – As imagens
dos escombros do que restou do Maracanã é o ponto de partida do
filme “Uma lágrima pelo Maracanã”, do cineasta Ricardo Downey. A destruição do
maior estádio do mundo, símbolo do futebol brasileiro, é motivo de tristeza
para muitos brasileiros. Assim, enquanto exibe as imagens das arquibancadas derrubadas, do gramado revirado e do amontoado de concreto, ferro retorcido e poeira, em que se
transformou o coliseu carioca, o filme vai contar várias histórias de torcedores
que tiveram suas vidas atreladas ao estádio. Histórias como a do avô que durante
anos levou o neto ao estádio, na esperança de testemunhar algum título do Botafogo
e, uma semana antes do alvinegro ganhar o estadual de 1989, depois de
um jejum de 21 anos, o velhinho morreu. Tem também a história de um casal de flamenguistas
que se conheceu no jogo em que o Flamengo foi campeão em 1986. Quando se
casaram, em agosto do ano seguinte, fizeram a promessa de comemorar em agosto
de 2012, em pleno Maracanã ,
local onde se conheceram, as bodas de prata. E agora os pombinhos rubro-negros
não têm mais onde comemorar seus 25 anos de casados.
O que não vão faltar são histórias
comoventes para serem contadas nesse filme...
O titulo “Uma lágrima pelo
Maracanã” foi sugestão de uma moça de Curitiba chamada Margareth Brant, amiga
do cineasta, que é leitora deste blog. Ano passado ela leu uma postagem com
esse título, onde eu comentava minha tristeza com relação ao destino do Maracanã.
E sugeriu ao diretor batizar com esse nome o seu filme. Algo que muito me
comoveu. Segundo Margareth o autor do blog é “um analista do exibicionismo por
natureza do Rio de Janeiro”.