25.9.12


Valente é o guerreiro que poderá vencer a si mesmo.


COMO É GOSTOSO LER SOBRE SEXO  - A revista Veja desta semana dedica sua capa a uma reportagem sobre o sucesso do livro “50 tons de cinza”, o singelo romance erótico de E L James. Acho que desde O Código Da Vinci um livro não fazia tanto sucesso. É merecido. Tem uma boa narrativa, uma história bacana e fala de sexo. Semana passada, num coquetel na pérgula do Copacabana Palace, uma dama da sociedade me fez rasgados elogios ao livro. “É um dos melhores que já li”, me disse a senhora, uma ta;a de champanhe entre os dedos, para depois comentar que não vê a hora de começar a ler o segundo volume.

Sexo é bom, como diria Marina Lima.

Por conta dessa onde de livros eróticos que assola o mercado editorial fui entrevistado no domingo pela radio CBN. O mote da entrevista foi o meu livro Amei um Pitboy, que teve noite de autógrafos na semana passada na livraria da Laura Alvim. Nunca tive o interesse ou a pretensão de escrever histórias com temática sexual. Esses contos, que fazem parte do meu livro, surgiram dessa forma por uma exigência editorial. Eles foram feitos sob encomenda para uma revista chamada Homens, publicação voltada para o público GLS. Foi uma experiência incrível. Durante cinco anos, todos os meses, eu publicava um conto inédito na revista. Que outro escritor brasileiro teve esse privilégio?

No fim de semana, uma leitora do Amei um Pitboy, que encontrei na praia, no posto nove, em Ipanema, me disse que, depois de ler meu livro, teve a fantasia de se trancar numa prisão cheia de homens e se esbaldar com eles. Fiquei morrendo de vergonha, já que o marido dela e seu filho adolescente estavam bem ao seu lado. Uma outra leitora, uma garota bonita e sexy, me disse que achou meu livro “um tesão”. As melhores críticas ao meu livro foram feitas por mulheres. Por isso, minha próxima aventura literária terá o universo feminino como alvo. Afinal, pelo que mostra “50 tons de cinza”, são elas que andam comprando livros.

A vitrine da Livraria da Travessa está decorada com dezenas de exemplares de “50 tons de Cinza”, misturados com máscaras, gravatas, algemas e outros elementos utilizados como fetiche sexual. Espalhados por ali, outros livros com as mesmas (?) características. Exemplares de Norman Mailer, Marquês de Sade e até Nelson Rodrigues, com seu Asfalto Selvagem. Entre eles, alguns exemplares do livro “A entrega”, de uma escritora chamada Toni Bentley.

Hoje à tarde, quando entrei na livraria, o vendedor que é meu amigo, pegou um exemplar de “A entrega”, deu na minha mão e foi logo dizendo: “Você já leu esse livro? É a tua cara”. O vendedor é um ótimo sujeito e sempre cuida para que meu livro esteja num lugar visível. Certa vez, quando cheguei na livraria, ele abriu um sorriso e me disse: “O Marcelo Madureira comprou dois exemplares do teu livro”. Pois bem. Curioso com sua sugestão fui ler “A entrega” e fiquei surpreso com a narrativa de Toni Bentley, uma bailarina que abandonou as sapatilhas para se tornar escritora. O livro conta a história de uma mulher que encontra a paz espiritual depois que descobre uma maneira bem peculiar de fazer sexo. Tem uma boa narrativa, sincera, crua, objetiva e, ao mesmo tempo, didática, filosófica. Fiquei bem impressionado com o livro.

Descobri na internet uma versão digital de “A entrega”. É só  clicar no link a seguir, que o livro está lá, na íntegra, com todos os prazeres, literários ou não, para proveito do leitor. Vale a pena dar uma conferida. Leia apenas o início do primeiro capítulo. Certamente ninguém vai conseguir parar de ler. Cada capítulo tem um título. O primeiro chama-se “A santa foda”.  Outro capítulo foi batizado com o título de “O pau dele”. E outro recebeu simplesmente o nome de “K Y”. Que tal?
  


Madonna vem aí...

 

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