11.2.15




A adversidade costuma mostrar a natureza das pessoas, a prosperidade costuma escondê-la.



QUE BONITO É... - Um apanhado de algumas das mais belas imagens captadas pelo cinema brasileiro. Assim é a exposição Canal 100, uma câmera lúdica, dramática e explosiva, em cartaz no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico. A mostra reúne uma pequena parte do acervo do Canal 100, o célebre cinejornal produzido por Carlos Niemeyer entre 1959 e 1982. Nessa época havia uma lei federal que obrigava os cinemas exibirem noticiário antes do filme. E Carlos Niemeyer fez do seu cinejornal um clássico do cinema brasileiro.

A exposição, que fica em cartaz até o dia 29 de março, é muito bem realizada. Muito bem produzida. Tem fotos e noticias de jornais e revistas falando do Canal 100. Uma seção onde telões exibem imagens da vida brasileira a partir de 1959. A visita de Brigitte Bardot ao Rio, a moça que inspirou Tom e Vinicius a compor Garota de Ipanema, a construção do Túnel Rebouças, o surgimento do surf no Brasil, o carnaval dos velhos tempos, etc. Noutro espaço, várias telas de TV onde cada um pode escolher qual telejornal quer assistir. Depois, tem uma sala escura, onde quatro imensos telões exibem apenas as cenas de futebol imortalizadas pelo cinejornal. E nenhum outro veículo no mundo filmou o jogo de futebol com tanta destreza e magia quanto Carlos Niemeyer e sua equipe. As imagens são sensacionais. Absolutamente geniais.

Tem trechos de jogos incríveis, como a disputa Rio X São Paulo, um amistoso em homenagem a Rainha Elizabeth II, quando ela esteve no Brasil. Foi o famoso jogo onde Pelé fez o seu gol número 900 e recebeu o troféu das mãos da rainha. Tem cenas de Rivelino dando show no Maracanã vestindo a camisa do Fluminense. Tem cenas primorosas de um jogo entre Flamengo e Vasco. Imagens fantásticas de Garrincha em ação. E, melhor de tudo, cenas incríveis da final da Copa de 70, com direito a todos os gols e Carlos Alberto levantando a taça Jules Rimet. Além do encontro da seleção de 70 com o Presidente Médici, em Brasília.

Foi um período em que os atletas do futebol vestiam calções curtos de tecidos de pano, e as meias não eram tão longas quanto as de hoje em dia. Então dava pra ver as pernas dos jogadores. E as câmeras do Canal 100 caprichavam nas imagens das coxas de Rivelino, Pelé, Tostão e todos os outros. 

Essa exposição é imperdível...


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