Quem gosta de ler não morre só. (Ariano Suassuna)
O LUME E O AGRESTE - Pernambuco tem agitado a produção cultural brasileira com filmes de sucesso como Tatuagem, Boi Neon, Sangue Azul e o Som ao Redor. Na música o destaque é o som original e exótico do cantor Johnny Hooker. Mas isso é só o começo da revolução cultural que começa a se desenhar na terra do saudoso Ariano Suassuna. Nas calçadas que margeiam os rios Capibaribe e Beberibe, nas cercanias do Teatro Princesa Izabel, nas areias tórridas da Praia de Boa Viagem e nos trepidantes bares do centro velho de Recife só se fala num livro chamado O Lume e o Agreste. Quem já leu garante que a moderna literatura brasileira nunca mais vai ser a mesma depois desse livro. O lançamento oficial vai acontecer em novembro, mas edições piratas dos originais do livro circulam entre leitores ávidos, curiosos e ansiosos por se encantaram com as palavras bem alinhavadas contidas neste romance. Conta-se que o livro narra a história fictícia de uma influente família do agreste pernambucano. Há quem diga que o texto é digno de um Guimarães Rosa. Mas há quem conteste com veemência e jure que mais parece um Garcia Marquez revisitado. O fato é que as referências são as melhores possíveis. Brilhante! Magico! Sensacional! Foi com esses adjetivos que o livro foi saudado nos estandes da Bienal do Livro de Pernambuco. O autor é um certo Fabiano Costa Coelho (foto), atualmente o escritor mais discutido no casarão histórico do bairro das Graças, onde fica a Academia Pernambucana de Letras. Ariano Suassuna ficaria orgulhoso desse escritor, sussurram as almas penadas que circulam neste tradicional centro de letras. Os criativos cineastas pernambucanos já disputam os direitos de filmagem, impressionados com a dramaturgia contida na história. O fato é que O Lume e o Agreste vai chegar às livrarias cercado de uma expectativa que poucos livros conseguem. Pelo menos no grande centro cultural em que se transformou o estado de Pernambuco O Lume e o Agreste já é considerado um cult.
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