O sonho é o domingo do pensamento.
18.10.07
A CRUCIFICAÇÃO DE JEAN CHARLES – Pobre Jean Charles. Teve uma morte brutal. Sete tiros na cabeça. Agora os advogados de defesa dos agentes da polícia inglesa que o mataram, tentam difamá-lo. Para justificar que o brasileiro estava tendo um comportamento suspeito foi apresentada a versão, confirmada por um médico, de que o jovem tinha traços de cocaína na urina. Como se isso, de alguma forma, pudesse justificar o comportamento criminoso dos policiais ingleses. A família de Jean Charles deveria processar a polícia da Inglaterra por danos morais. Calúnia e difamação. O mais impressionante no infortúnio desse rapaz, é a omissão do governo brasileiro. A gangue do PT lavou as mãos para a tragédia que atingiu esse pobre trabalhador, que foi tentar uma vida melhor na Europa. Se Lula fosse realmente um grande estadista teria no infortúnio desse rapaz uma excelente plataforma para se colocar no cenário político internacional. Mas, não adianta, o Lula é um jeca e ponto final.
Jean Charles é uma vítima inocente da guerra do Iraque. Uma vítima da política fascista de George W. Bush e Tony Blair. Os anglo-saxões invadiram o Iraque e, por conta disso, trouxeram a guerra para o ocidente. Os militares, policiais e agentes de segurança desses países estão todos paranóicos com as conseqüências da guerra perpetrada por seus governantes. E foi essa paranóia que fez com que eles matassem o pobre do Jean Charles. Que gente cruel. Mataram o pobre rapaz com sete tiros na cabeça e ainda tentam inocentar os criminosos. A rainha da Inglaterra é uma puta!
GUSTAVO XIMÚ VAI AOS STATES – O niteroiense Gustavo Lindgren Machado da Silva ficou famoso no circuito internacional de lutas com o nome artístico de Gustavo Ximú. Ele já era campeão carioca de luta livre quando, em 2.000, se consagrou vencendo o Rings Vale Tudo, no Japão. Numa disputa sensacional, em apenas um minuto e meio o atleta derrotou o japonês Wataru Sakata. Na seqüência outros japoneses foram beijar o tatame depois de nocauteados pelo destemido de Niterói: Yuki Sasaki, Keiichiro Yamamiya e Kiyoshi Tamura. A próxima luta internacional de Ximú será no próximo dia 26 de Outubro, em Denver, Colorado. Seu adversário será John Cronk, um americano feioso conhecido como O Exterminador.
Jean Charles é uma vítima inocente da guerra do Iraque. Uma vítima da política fascista de George W. Bush e Tony Blair. Os anglo-saxões invadiram o Iraque e, por conta disso, trouxeram a guerra para o ocidente. Os militares, policiais e agentes de segurança desses países estão todos paranóicos com as conseqüências da guerra perpetrada por seus governantes. E foi essa paranóia que fez com que eles matassem o pobre do Jean Charles. Que gente cruel. Mataram o pobre rapaz com sete tiros na cabeça e ainda tentam inocentar os criminosos. A rainha da Inglaterra é uma puta!
GUSTAVO XIMÚ VAI AOS STATES – O niteroiense Gustavo Lindgren Machado da Silva ficou famoso no circuito internacional de lutas com o nome artístico de Gustavo Ximú. Ele já era campeão carioca de luta livre quando, em 2.000, se consagrou vencendo o Rings Vale Tudo, no Japão. Numa disputa sensacional, em apenas um minuto e meio o atleta derrotou o japonês Wataru Sakata. Na seqüência outros japoneses foram beijar o tatame depois de nocauteados pelo destemido de Niterói: Yuki Sasaki, Keiichiro Yamamiya e Kiyoshi Tamura. A próxima luta internacional de Ximú será no próximo dia 26 de Outubro, em Denver, Colorado. Seu adversário será John Cronk, um americano feioso conhecido como O Exterminador.
13.10.07
SE EU FOSSE MARADONA – O verão brasileiro, que começa esse fim de semana com a entrada em cena do horário de verão, já tem uma trilha sonora. La Radiolina , o novo disco do músico francês Manu Chao, tem as canções definitivas para embalar a lerdeza dos dias de calor que estão por vir. O disco é belíssimo. Com um ritmo caliente e dengoso o músico concede uma comovente honestidade ao seu sentimental pop globalizado. O suingue, a malemolência e a sensualidade dos trópicos pululam a cada uma das faixas. Manu Chao faz uma música que nos convida a dança, mesmo nos momentos em que ela nos parece triste. Entretanto, a tristeza dos acordes é permeada por tamanha beleza sonora que não há como não se deixar embalar pela música e tudo o que ela promete em termos de prazer sonoro. Parece que o artista quer nos levar ao êxtase com a verdade de suas cantigas.
O CD é uma sucessão de belas canções: Me llaman calle, Otro mundo, Mala fama, Besoin de la lune, Picola Radiolina... É cada uma melhor que a outra. Mas a música fetiche do álbum chama-se La Vida Tômbola, uma balada existencialista onde o artista presta uma original homenagem ao craque Maradona. É uma canção que gruda no ouvido graças ao seu ritmo. Versos pungentes descrevem a impotência do ser humano diante do destino ao comentar o temperamento do jogador argentino, para quem a vida é um jogo de azar. Tômbola é uma espécie de jogo de azar, víspora, loto. É pouco provável que outra música toque mais fundo o verão 2008 que a singela La vida tômbola.
Si yo fuera Maradona
viviría como él
si yo fuera Maradona
frente a cualquier portería
si yo fuera Maradona
nunca m’equivocaría
si yo fuera Maradona
perdido en cualquier lugar.
La vida es una tómbola…
de noche y de día…
la vida es una tómbola
y arriba y arriba….
Si yo fuera Maradona
viviría con él…
mil cohetes… mil amigos
y lo que venga a mil por cien…
si yo fuera Maradona
saldría en mondovision
para gritarle a la FIFA
¡Que ellos son el gran ladrón!
La vida es una tómbola…
de noche y de día…
la vida es una tómbola
y arriba y arriba….
Si yo fuera Maradona
viviría como él
porque el mundo es una bola
que se vive a flor de piel
Si yo fuera Maradona
frente a cualquier porquería
nunca me equivocaría…
Si yo fuera Maradona
y un partido que llamar
si yo fuera Maradona
perdido en cualquier lugar…
O CD é uma sucessão de belas canções: Me llaman calle, Otro mundo, Mala fama, Besoin de la lune, Picola Radiolina... É cada uma melhor que a outra. Mas a música fetiche do álbum chama-se La Vida Tômbola, uma balada existencialista onde o artista presta uma original homenagem ao craque Maradona. É uma canção que gruda no ouvido graças ao seu ritmo. Versos pungentes descrevem a impotência do ser humano diante do destino ao comentar o temperamento do jogador argentino, para quem a vida é um jogo de azar. Tômbola é uma espécie de jogo de azar, víspora, loto. É pouco provável que outra música toque mais fundo o verão 2008 que a singela La vida tômbola.
Si yo fuera Maradona
viviría como él
si yo fuera Maradona
frente a cualquier portería
si yo fuera Maradona
nunca m’equivocaría
si yo fuera Maradona
perdido en cualquier lugar.
La vida es una tómbola…
de noche y de día…
la vida es una tómbola
y arriba y arriba….
Si yo fuera Maradona
viviría con él…
mil cohetes… mil amigos
y lo que venga a mil por cien…
si yo fuera Maradona
saldría en mondovision
para gritarle a la FIFA
¡Que ellos son el gran ladrón!
La vida es una tómbola…
de noche y de día…
la vida es una tómbola
y arriba y arriba….
Si yo fuera Maradona
viviría como él
porque el mundo es una bola
que se vive a flor de piel
Si yo fuera Maradona
frente a cualquier porquería
nunca me equivocaría…
Si yo fuera Maradona
y un partido que llamar
si yo fuera Maradona
perdido en cualquier lugar…
12.10.07
LULA É MINHA ANTA - Está chegando às livrarias neste fim de semana o novo livro do jornalista Diogo Mainardi que tem o sugestivo título de Lula é minha anta. Kakakakaka. Em Lula é minha anta, Mainardi, um dos mais polêmicos e conhecidos comentaristas da cena política brasileira, reúne uma coletânea de crônicas sobre o escândalo do mensalão publicadas pelo autor na revista Veja, da qual é colunista. Mas não se trata de uma reunião pura e simples dos primorosos textos de Mainardi sobre os escândalos de Brasília. No livro, as crônicas são alinhavadas com comentários inéditos revelando os bastidores da construção de cada texto.
O texto de orelha de Lula é minha anta, escrito pelo próprio autor, é um prenúncio da leitura inteligente e prazerosa que se encontrará no livro: Lula é meu. Eu vi primeiro. Agora todo mundo quer tirar uma lasca dele. Até os jornalistas que sempre o apoiaram. Chamam-no de ignorante. Chamam-no de autoritário. Como assim? Lula tem dono. Só eu posso chamá-lo de ignorante e autoritário. O resto é roubo. Roubaram Lula de mim. Então tá, Diogo. Então tá!
Mainardi também é uma das estrelas da última edição da revista Playboy, que tem a arrivista Mônica Veloso, a amante de Renan Calheiros, na capa. Ele é o entrevistado do mês, mas a entrevista não tem nada demais. O afilhado de Gore Vidal apenas repete todo aquele blá-bla-blá que o público está cansado de ouvir no Manhattan Connection. O gostoso no livro do Mainardi é que ele é implacável com Lula. Ainda sobre o chato do presidente Mainardi escreve:
Falei tanto de Lula nos últimos anos que quase me sinto seu amigo. Tão amigo quanto Roberto Teixeira, acusado de favorecer uma empresa que fraudava as prefeituras petistas. Tão amigo quanto Mauro Dutra, acusado de desviar verbas do programa Primeiro Emprego. Tão amigo quanto Francisco Baltazar, acusado de negociar com o doleiro Toninho da Barcelona. Tão amigo quanto Paulo Okamoto, acusado de montar o esquema de arrecadação paralela do PT. Duvido que todas essas denúncias sejam verdadeiras. José Dirceu garantiu que os petistas não roubam. Ou melhor, ele garantiu que os petistas não "róbam", roubando, inadvertidamente, a língua portuguesa.
Quem melhor definiu Lula foi o próprio Lula. Ele disse: "Não fui eleito presidente por méritos pessoais ou como resultado da minha inteligência". Eu, que sempre falei mal dele, fui obrigado a aplaudir. Ele realmente não foi eleito por méritos pessoais ou como resultado de sua inteligência. Há quem me acuse de ter motivos pessoais para amolar Lula. Bobagem. Tenho tanto interesse por Lula quanto pelo zelador do meu prédio. O motivo de minha implicância é público. Acho que os brasileiros, por falta de experiência democrática, atribuem uma importância exagerada ao presidente da República. Um presidente é só um burocrata medíocre que a gente contrata por quatro anos para desempenhar uma tarefa que nenhuma pessoa minimamente sensata estaria disposta a desempenhar. Ele não é nosso chefe: nós é que somos chefes dele.
A MULHER QUE ABALOU A REPÚBLICA - A presença de Mônica Veloso nas páginas da Playboy é uma das coisas mais imorais da história da República. Não pelo fato dela estar nua, obviamente. Mas pela desfaçatez com que a edição dessa revista celebra a presença dela na vida brasileira. Mônica Veloso é uma puta, no sentido mais baixo do termo. A mulher foi amante de um dos maiores gangsters da política brasileira, um sujeito mafioso que durante anos saqueou o Brasil. E depois é celebrada como um simbolo sexual? Eu, caso fosse heterossexual, jamais me daria ao trabalho de tocar uma punheta pensando numa buceta que foi comida pelo Renan Calheiros. Será que os milhares de brasileiros punheteiros, leitores da revista, vão gastar sua porra com essa puta? Não posso acreditar...
A Playboy é uma revista muito escrota. Ao ver as fotos dessa ordinária espalhadas nas bancas de toda a cidade, a primeira coisa que me vem a cabeça é isso: a Playboy é uma revista muito escrota. Parece um deboche. Com tanta puta bacana dando sopa nesse país, com tanta mulher bonita querendo sair nas páginas da revista, por que logo essa meretriz? Essa vagabunda que chupava o pau daquele canalha? Além de sermos roubados e feitos de otários, ainda somos obrigados a aturar isso? Mônica Veloso como simbolo sexual? Só no conceito de uma revista escrota como a Playboy.
O mais incrível é que a piranha se apresenta como jornalista. Puta que pariu! Já não bastava a Miriam Dutra, aquela outra "jornalista" que teve um filho com FHC? Eu ando impressionado com a quantidade de putas que existe na imprensa brasileira. Como tem puta no meio jornalístico! Hoje em dia, de certa forma, a palavra prostituta já está quase virando sinônimo de jornalista. As chamadas buceteiras, mulheres que fazem das suas bucetas uma espécie de passaporte para o progresso, descobriram que o jornalismo é uma excelente ferramenta para suas aspirações. Elas se formam jornalistas por que a profissão permite o acesso a homens importantes: empresários, políticos, esportistas, artistas... Daí elas marcam uma entrevista com um senador, por exemplo, e na hora aparecem sem calcinha.
A prostituição dentro do jornalismo é um escândalo do tamanho daqueles que costumam pipocar na capital federal. Brasília é uma cidade cheia de jornalistas piranhas. E não só lá. As redações estão cheias de putas que fizeram carreira na profissão fodendo com os editores, ou com os donos de jornais. As piranhas dão suas bucetas para seus chefes em troca de colunas assinadas, editorias ou para serem apresentadoras dos telejornais. O curioso é que, quanto mais piranhas, mais metidas elas são. Todas as maiores putas da nossa imprensa se acham grandes jornalistas. Como se elas tivessem chegado até ali por competência profissional. Whal... Isso depende do critério de avaliação...
O texto de orelha de Lula é minha anta, escrito pelo próprio autor, é um prenúncio da leitura inteligente e prazerosa que se encontrará no livro: Lula é meu. Eu vi primeiro. Agora todo mundo quer tirar uma lasca dele. Até os jornalistas que sempre o apoiaram. Chamam-no de ignorante. Chamam-no de autoritário. Como assim? Lula tem dono. Só eu posso chamá-lo de ignorante e autoritário. O resto é roubo. Roubaram Lula de mim. Então tá, Diogo. Então tá!
Mainardi também é uma das estrelas da última edição da revista Playboy, que tem a arrivista Mônica Veloso, a amante de Renan Calheiros, na capa. Ele é o entrevistado do mês, mas a entrevista não tem nada demais. O afilhado de Gore Vidal apenas repete todo aquele blá-bla-blá que o público está cansado de ouvir no Manhattan Connection. O gostoso no livro do Mainardi é que ele é implacável com Lula. Ainda sobre o chato do presidente Mainardi escreve:
Falei tanto de Lula nos últimos anos que quase me sinto seu amigo. Tão amigo quanto Roberto Teixeira, acusado de favorecer uma empresa que fraudava as prefeituras petistas. Tão amigo quanto Mauro Dutra, acusado de desviar verbas do programa Primeiro Emprego. Tão amigo quanto Francisco Baltazar, acusado de negociar com o doleiro Toninho da Barcelona. Tão amigo quanto Paulo Okamoto, acusado de montar o esquema de arrecadação paralela do PT. Duvido que todas essas denúncias sejam verdadeiras. José Dirceu garantiu que os petistas não roubam. Ou melhor, ele garantiu que os petistas não "róbam", roubando, inadvertidamente, a língua portuguesa.
Quem melhor definiu Lula foi o próprio Lula. Ele disse: "Não fui eleito presidente por méritos pessoais ou como resultado da minha inteligência". Eu, que sempre falei mal dele, fui obrigado a aplaudir. Ele realmente não foi eleito por méritos pessoais ou como resultado de sua inteligência. Há quem me acuse de ter motivos pessoais para amolar Lula. Bobagem. Tenho tanto interesse por Lula quanto pelo zelador do meu prédio. O motivo de minha implicância é público. Acho que os brasileiros, por falta de experiência democrática, atribuem uma importância exagerada ao presidente da República. Um presidente é só um burocrata medíocre que a gente contrata por quatro anos para desempenhar uma tarefa que nenhuma pessoa minimamente sensata estaria disposta a desempenhar. Ele não é nosso chefe: nós é que somos chefes dele.
A MULHER QUE ABALOU A REPÚBLICA - A presença de Mônica Veloso nas páginas da Playboy é uma das coisas mais imorais da história da República. Não pelo fato dela estar nua, obviamente. Mas pela desfaçatez com que a edição dessa revista celebra a presença dela na vida brasileira. Mônica Veloso é uma puta, no sentido mais baixo do termo. A mulher foi amante de um dos maiores gangsters da política brasileira, um sujeito mafioso que durante anos saqueou o Brasil. E depois é celebrada como um simbolo sexual? Eu, caso fosse heterossexual, jamais me daria ao trabalho de tocar uma punheta pensando numa buceta que foi comida pelo Renan Calheiros. Será que os milhares de brasileiros punheteiros, leitores da revista, vão gastar sua porra com essa puta? Não posso acreditar...
A Playboy é uma revista muito escrota. Ao ver as fotos dessa ordinária espalhadas nas bancas de toda a cidade, a primeira coisa que me vem a cabeça é isso: a Playboy é uma revista muito escrota. Parece um deboche. Com tanta puta bacana dando sopa nesse país, com tanta mulher bonita querendo sair nas páginas da revista, por que logo essa meretriz? Essa vagabunda que chupava o pau daquele canalha? Além de sermos roubados e feitos de otários, ainda somos obrigados a aturar isso? Mônica Veloso como simbolo sexual? Só no conceito de uma revista escrota como a Playboy.
O mais incrível é que a piranha se apresenta como jornalista. Puta que pariu! Já não bastava a Miriam Dutra, aquela outra "jornalista" que teve um filho com FHC? Eu ando impressionado com a quantidade de putas que existe na imprensa brasileira. Como tem puta no meio jornalístico! Hoje em dia, de certa forma, a palavra prostituta já está quase virando sinônimo de jornalista. As chamadas buceteiras, mulheres que fazem das suas bucetas uma espécie de passaporte para o progresso, descobriram que o jornalismo é uma excelente ferramenta para suas aspirações. Elas se formam jornalistas por que a profissão permite o acesso a homens importantes: empresários, políticos, esportistas, artistas... Daí elas marcam uma entrevista com um senador, por exemplo, e na hora aparecem sem calcinha.
A prostituição dentro do jornalismo é um escândalo do tamanho daqueles que costumam pipocar na capital federal. Brasília é uma cidade cheia de jornalistas piranhas. E não só lá. As redações estão cheias de putas que fizeram carreira na profissão fodendo com os editores, ou com os donos de jornais. As piranhas dão suas bucetas para seus chefes em troca de colunas assinadas, editorias ou para serem apresentadoras dos telejornais. O curioso é que, quanto mais piranhas, mais metidas elas são. Todas as maiores putas da nossa imprensa se acham grandes jornalistas. Como se elas tivessem chegado até ali por competência profissional. Whal... Isso depende do critério de avaliação...
9.10.07
TRICOLOR DE CORAÇÃO – A vitória do Fluminense no jogo contra o Flamengo encheu o meu coração de alegria. Fazia tempo que eu não ia ao Maracanã, mas o retorno foi triunfal. 2 X 0 é um placar gratificante. E ganhar do arrogante Flamengo sempre dá um sabor a mais. Foi uma emoção rever o estádio lotado. Depois da reforma, a área onde ficava a geral do Maracanã ficou incrível, só com cadeiras numeradas. Não tem aquela bagunça gostosa da arquibancada, mas dá para ver o jogo bem mais perto. Cheguei cedo e pude circular entre os torcedores do time adversário. Encontrei meus queridos amigos Augusto e Rodrigo. Eles são flamenguistas convictos e estavam certos que iam vencer. Ficamos assistindo, no telão, cenas de antigos Fla x Flus, filmados pelo Canal 100. A galera vibrava com trechos de jogos que marcaram época. Jogos do tempo em que os jogadores usavam calções mais curtos, que mostravam mais as pernas, e os deixavam bem mais sexies.
Eu ainda nem tinha me concentrado no jogo e, logo no primeiro minuto, o Fluminense fez um gol. A festa na torcida tricolor me deixou com os olhos marejados. Sou tricolor de coração, sou do time tantas vezes campeão..., cantava a multidão, enquanto a bola rolava em campo. Um jogo muito bem disputado, afinal o adversário também jogou um bolão. O segundo gol foi logo no começo do segundo tempo. Eu estava bem localizado e vi toda a jogada de um ângulo privilegiado. Os flamenguistas foram guerreiros, mas não era o dia deles. O domingo foi do Fluminense, da torcida tricolor e do Renato Gaúcho, nosso glorioso treinador.
Adoro Renato Gaúcho. Eu não me conformava na época em que ele era treinador do Vasco. Nunca entendi porque o Flu abriu mão dele. Ainda bem que a diretoria tomou vergonha e o chamou de volta. Renato é a cara do Fluminense. Nos telões do Maracanã, foram exibidos trechos dos jogos do Campeonato Estadual de 1995. Inclusive o inesquecível gol da final, quando Renato marcou, aos 42 minutos do segundo tempo, o gol da vitória. O famoso gol de barriga. Enquanto o telão exibia as cenas da partida memorável a torcida tricolor gritava, provocando os adversários: de barriga, de barriga, de barriga...
Aos quarenta minutos do segundo tempo os torcedores rubro-negros começaram a abandonar o Maracanã. E enquanto eles saíam do estádio, a torcida tricolor cantava uma musiquinha de despedida, cuja letra, um primor do mau gosto, dizia assim: Tu és um time de otário cuzão, puta, veado e ladrão, adeus mengão
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
Manuel Bandeira
Eu ainda nem tinha me concentrado no jogo e, logo no primeiro minuto, o Fluminense fez um gol. A festa na torcida tricolor me deixou com os olhos marejados. Sou tricolor de coração, sou do time tantas vezes campeão..., cantava a multidão, enquanto a bola rolava em campo. Um jogo muito bem disputado, afinal o adversário também jogou um bolão. O segundo gol foi logo no começo do segundo tempo. Eu estava bem localizado e vi toda a jogada de um ângulo privilegiado. Os flamenguistas foram guerreiros, mas não era o dia deles. O domingo foi do Fluminense, da torcida tricolor e do Renato Gaúcho, nosso glorioso treinador.
Adoro Renato Gaúcho. Eu não me conformava na época em que ele era treinador do Vasco. Nunca entendi porque o Flu abriu mão dele. Ainda bem que a diretoria tomou vergonha e o chamou de volta. Renato é a cara do Fluminense. Nos telões do Maracanã, foram exibidos trechos dos jogos do Campeonato Estadual de 1995. Inclusive o inesquecível gol da final, quando Renato marcou, aos 42 minutos do segundo tempo, o gol da vitória. O famoso gol de barriga. Enquanto o telão exibia as cenas da partida memorável a torcida tricolor gritava, provocando os adversários: de barriga, de barriga, de barriga...
Aos quarenta minutos do segundo tempo os torcedores rubro-negros começaram a abandonar o Maracanã. E enquanto eles saíam do estádio, a torcida tricolor cantava uma musiquinha de despedida, cuja letra, um primor do mau gosto, dizia assim: Tu és um time de otário cuzão, puta, veado e ladrão, adeus mengão
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
Manuel Bandeira
4.10.07
EUCLYDES MARINHO E AS MULHERES – O roteirista de TV Euclydes Marinho estreou em grande estilo no cinema com Mulheres Sexo Verdades Mentiras. Muito mais que uma homenagem, o filme do Euclydes é uma celebração à mulher. É um canto de amor às mulheres e a maneira delas entenderem o mundo. Depois de ter visto o filme cheguei à conclusão que só o Euclydes poderia ter contado aquela história. Afinal, de todos os homens que já conheci na vida, Euclydes é o que, realmente, mais gosta das mulheres. E isso não tem nada a ver com o falto dele ser heterossexual. Tenho vários amigos que são heterossexuais e detestam as mulheres, apesar de se sentirem sexualmente atraídos por elas. O caso do Euclydes é diferente. Ele se sente sexualmente atraído pelas mulheres, mas, ao mesmo tempo, ele também gosta delas. Gosta da companhia, gosta de cuidar, gosta das coisas que elas fazem e, acima de tudo, tem muita paciência com elas. E paciência é a palavra chave para lidar com as mulheres.
O filme conta a história de uma cineasta que está dirigindo um documentário sobre o que as mulheres pensam do sexo. Ao mesmo tempo em que mostra os depoimentos reais encenado por atrizes, o filme conta a história da cineasta vivida por Júlia Lemmertz, e como a realização daquele trabalho está interferindo na sua vida pessoal. Tudo filmado com muita leveza, muita graça. Num tom que oscila entre o Trauffaut e o Almodóvar.
As mulheres dizem coisas geniais sobre sexo e sobre o que elas esperam do sexo. Falam sobre o que elas querem e o que consideram ideal. E falam sobre os homens, é claro. Falam muito de pau. Portanto, quem gosta de pau, não deve perder esse filme. Numa determinada cena o personagem da Priscilla Rozembaum diz para uma amiga: “Eu adoro saco. O saco tem vida própria...” O filme é muito divertido. Tem um humor saudável. E uma pureza impressionante. Acho que isso é o que é mais bacana do filme: fala de sexo com pureza.
A paixão do Euclydes Marinho pelas mulheres é lendária. Ele já namorou algumas das mulheres mais interessantes do Rio de Janeiro. Quando eu o conheci ele era casado com Cristine Nazaré, uma mulher adorável, atriz e roteirista, que hoje mora em Los Angeles. A atriz Patrycia Travassos, que é uma mulher moderna, feminista no bom sentido, quando quis ter seu filho escolheu o Euclydes, a despeito dele ser casado com sua grande amiga Cristine. E isso não interferiu em nada na amizade das duas.
O fascínio de Euclydes pelas mulheres começou cedo. Quando tinha apenas dezesseis anos, um menino ainda, Euclydes largou sua vida hedonista na zona sul do Rio, para viver num sítio em Mauá com a atriz Odete Lara, na época uma deusa do sexo do cinema brasileiro. Ele já fez a felicidade de mulheres como Amora Mautner, Denise Bandeira e Graça Motta. Todas o amam de paixão e falam dele com carinho e ternura, mesmo depois dos casamentos já terem acabado. Até a mal humorada Maria Carmem Barbosa já namorou o Euclydes. Aliás, só o bondoso Euclydes para saciar a voracidade da ninfomaníaca Maria Carmem.
Renata Sorrah foi outra grande paixão do Euclydes Marinho. Ele não conseguiu resistir ao charme nem ao carisma da grande diva do teatro brasileiro. A doce e bela Renata viveu um romance com o escritor. A relação amorosa também rendeu uma parceria artística. Euclydes dirigiu Renata na peça Shirley Valentine, o único monólogo da carreira da atriz. Rainha dos palcos, ela esteve brilhante no papel de uma dona de casa comum, com marido e filhos, que um dia decide pirar e mandar o seu mundo certinho às favas. E o apaixonado diretor, tendo a atriz só para ele, soube tirar o máximo da estrela. Foi um espetáculo inesquecível.
Lilibeth Monteiro de Carvalho, a empresária, uma das diretoras do Grupo Monteiro Aranha, personalidade mágica do society carioca, também foi uma das paixões do Euclydes. Lilibeth estava na platéia do cine Estação Ipanema por ocasião da exibição do filme durante o Festival do Rio. “Eu não podia deixar de vir assistir ao seu filme”, disse ela carinhosa, depois de dar um beijo no diretor.
GUS VAN SANT E OS ADOLESCENTES – A exibição de Paranoid Park lotou a sala do Estação Ipanema de skatistas. A garotada estava excitada com a possibilidade de assistir ao filme que parece ter sido feita para sua tribo. Paranoid Park é sobre jovens que andam de skates. Por conta disso o filme é recheado de cenas com garotos bonitinhos mostrando suas habilidades em cima de suas pranchas sobre rodas. Tem cenas belíssimas das manobras radicais dos teens em câmera lenta, sublinhadas com as magníficas trilhas sonoras de filmes de Fellini. Acreditam que Gus Van Sant fez isso? Filmou garotos andando de skate ao som dos temas que Nino Rota compôs para clássicos como Amarcord e Julieta dos Espíritos. Talvez por isso o filme tenha sido premiado em Cannes.
O universo adolescente é uma obsessão na cinematografia do premiado Gus Van Sant. Seus filmes sempre mostram jovens mal saídos da infância, com aquele desabrochar da beleza que a idade induz, vivendo situações barra-pesada. O jovem protagonista de Paranoid Park mata um homem acidentalmente com seu skate perto do lugar que dá titulo ao filme. E sua vida entra num turbilhão por causa disso. O diretor se aproveita desse plot para praticar um exercício de paixão pela adolescência. E celebrar a eternidade que a juventude inspira.
Os personagens de Paranoid Park têm o mesmo distanciamento do mundo real que os personagens de My own private Idaho, o clássico com os meninos Keanu Reeves e River Phoenix se prostituindo para sobreviver. Todos vivem alheios ao mundo trágico que os cerca. Também são assim os adolescentes do filme Elefante, ganhador da Palma de Ouro, que conta o drama dos alunos fuzilados por dois colegas numa escola americana. Na cinematografia de Van Sant há uma nostalgia da juventude, como se ele estivesse sempre querendo viver naqueles tempos que não voltam mais.
RANDY COUTURE E OS ADVERSÁRIOS – Um documentário sobre lutas de Vale-Tudo foi uma das atrações do Festival do Rio. O personagem central do filme é o atleta Randy Couture, conhecido como “The natural”, campeão de lutas greco-romana dos EUA que se tornou um dos mais famosos lutadores de MMA-Mixed Martial Arts, que no Brasil é conhecida como Vale Tudo. Entrevistas de Randy e de seu treinador Rico Chiaparelli são intercaladas com sequências de lutas e cenas dos bastidores dos torneios. O depoimento de adversários, assim como da mulher e da filha de Randy complementam o filme. A participação do brasileiro Vitor Belfort é um dos momentos cruciais do documentário, já que a vitória de Randy sobre Vitor é o ponto alto da carreira do americano. O filme mostra várias seqüências da luta, com Randy explicando as técnicas que usou para desestabilizar o brasileiro. A luta entre Randy e Vitor foi tão voraz que, num determinado momento, o brasileiro rasgou o sungão do adversário. Ainda bem que ele estava usando uma sunga vermelha por baixo.
O filme é interessante para os fãs de torneios de artes marciais. Mas não é um filme definitivo sobre o tema. Pelo contrário. O mundo das artes marciais ainda tem muito a ser explorado pela mídia e pelo cinema. Nossos cineastas podiam aproveitar que alguns dos maiores nomes desse esporte são brasileiros e levar esse tema para as telas. O Vale tudo ainda pode render bons filmes.
O GENERAL MARCO AURÉLIO E OS PARAQUEDISTAS – O filme de Evaldo Morcazel, Brigada Pára-Quedista é bem produzido e mostra o cotidiano do Grupamento de Pára-quedistas do Exército. São cenas de treinamentos na selva, exercícios físicos e provas de resistência. Tudo a que se submetem os soldados que buscam a glória de ser um PQD. O filme também exibe belas seqüências de saltos de pára-quedas e o depoimentos de soldados contando da emoção que sentiram.
O filme é narrado pelo General Marco Aurélio, do Estado Maior da Forças Armadas. É ele que, como um Mestre de Cerimônias, apresenta ao espectador o quartel, os soldados e os valores cultivados pelo exército. Charmoso e carismático, o General Marco Aurélio dá um depoimento muito interessante sobre a vida brasileira. Fala dos objetivos específicos das Forças Armadas. E o quanto a instituição sofre com o preconceito e o revanchismo, conseqüências da ditadura militar. Ele dá ênfase ao fato que muitos ainda julgam o exército de hoje pelos militares da época da ditadura visando diminuir a importância dos militares. Fala com muita propriedade e serenidade das questões relativas a Segurança Pública. Demonstra ter muito mais entendimento dos problemas do país que a maioria dos políticos pilantras que andam saqueando o Brasil.
Viva Caxias!
O filme conta a história de uma cineasta que está dirigindo um documentário sobre o que as mulheres pensam do sexo. Ao mesmo tempo em que mostra os depoimentos reais encenado por atrizes, o filme conta a história da cineasta vivida por Júlia Lemmertz, e como a realização daquele trabalho está interferindo na sua vida pessoal. Tudo filmado com muita leveza, muita graça. Num tom que oscila entre o Trauffaut e o Almodóvar.
As mulheres dizem coisas geniais sobre sexo e sobre o que elas esperam do sexo. Falam sobre o que elas querem e o que consideram ideal. E falam sobre os homens, é claro. Falam muito de pau. Portanto, quem gosta de pau, não deve perder esse filme. Numa determinada cena o personagem da Priscilla Rozembaum diz para uma amiga: “Eu adoro saco. O saco tem vida própria...” O filme é muito divertido. Tem um humor saudável. E uma pureza impressionante. Acho que isso é o que é mais bacana do filme: fala de sexo com pureza.
A paixão do Euclydes Marinho pelas mulheres é lendária. Ele já namorou algumas das mulheres mais interessantes do Rio de Janeiro. Quando eu o conheci ele era casado com Cristine Nazaré, uma mulher adorável, atriz e roteirista, que hoje mora em Los Angeles. A atriz Patrycia Travassos, que é uma mulher moderna, feminista no bom sentido, quando quis ter seu filho escolheu o Euclydes, a despeito dele ser casado com sua grande amiga Cristine. E isso não interferiu em nada na amizade das duas.
O fascínio de Euclydes pelas mulheres começou cedo. Quando tinha apenas dezesseis anos, um menino ainda, Euclydes largou sua vida hedonista na zona sul do Rio, para viver num sítio em Mauá com a atriz Odete Lara, na época uma deusa do sexo do cinema brasileiro. Ele já fez a felicidade de mulheres como Amora Mautner, Denise Bandeira e Graça Motta. Todas o amam de paixão e falam dele com carinho e ternura, mesmo depois dos casamentos já terem acabado. Até a mal humorada Maria Carmem Barbosa já namorou o Euclydes. Aliás, só o bondoso Euclydes para saciar a voracidade da ninfomaníaca Maria Carmem.
Renata Sorrah foi outra grande paixão do Euclydes Marinho. Ele não conseguiu resistir ao charme nem ao carisma da grande diva do teatro brasileiro. A doce e bela Renata viveu um romance com o escritor. A relação amorosa também rendeu uma parceria artística. Euclydes dirigiu Renata na peça Shirley Valentine, o único monólogo da carreira da atriz. Rainha dos palcos, ela esteve brilhante no papel de uma dona de casa comum, com marido e filhos, que um dia decide pirar e mandar o seu mundo certinho às favas. E o apaixonado diretor, tendo a atriz só para ele, soube tirar o máximo da estrela. Foi um espetáculo inesquecível.
Lilibeth Monteiro de Carvalho, a empresária, uma das diretoras do Grupo Monteiro Aranha, personalidade mágica do society carioca, também foi uma das paixões do Euclydes. Lilibeth estava na platéia do cine Estação Ipanema por ocasião da exibição do filme durante o Festival do Rio. “Eu não podia deixar de vir assistir ao seu filme”, disse ela carinhosa, depois de dar um beijo no diretor.
GUS VAN SANT E OS ADOLESCENTES – A exibição de Paranoid Park lotou a sala do Estação Ipanema de skatistas. A garotada estava excitada com a possibilidade de assistir ao filme que parece ter sido feita para sua tribo. Paranoid Park é sobre jovens que andam de skates. Por conta disso o filme é recheado de cenas com garotos bonitinhos mostrando suas habilidades em cima de suas pranchas sobre rodas. Tem cenas belíssimas das manobras radicais dos teens em câmera lenta, sublinhadas com as magníficas trilhas sonoras de filmes de Fellini. Acreditam que Gus Van Sant fez isso? Filmou garotos andando de skate ao som dos temas que Nino Rota compôs para clássicos como Amarcord e Julieta dos Espíritos. Talvez por isso o filme tenha sido premiado em Cannes.
O universo adolescente é uma obsessão na cinematografia do premiado Gus Van Sant. Seus filmes sempre mostram jovens mal saídos da infância, com aquele desabrochar da beleza que a idade induz, vivendo situações barra-pesada. O jovem protagonista de Paranoid Park mata um homem acidentalmente com seu skate perto do lugar que dá titulo ao filme. E sua vida entra num turbilhão por causa disso. O diretor se aproveita desse plot para praticar um exercício de paixão pela adolescência. E celebrar a eternidade que a juventude inspira.
Os personagens de Paranoid Park têm o mesmo distanciamento do mundo real que os personagens de My own private Idaho, o clássico com os meninos Keanu Reeves e River Phoenix se prostituindo para sobreviver. Todos vivem alheios ao mundo trágico que os cerca. Também são assim os adolescentes do filme Elefante, ganhador da Palma de Ouro, que conta o drama dos alunos fuzilados por dois colegas numa escola americana. Na cinematografia de Van Sant há uma nostalgia da juventude, como se ele estivesse sempre querendo viver naqueles tempos que não voltam mais.
RANDY COUTURE E OS ADVERSÁRIOS – Um documentário sobre lutas de Vale-Tudo foi uma das atrações do Festival do Rio. O personagem central do filme é o atleta Randy Couture, conhecido como “The natural”, campeão de lutas greco-romana dos EUA que se tornou um dos mais famosos lutadores de MMA-Mixed Martial Arts, que no Brasil é conhecida como Vale Tudo. Entrevistas de Randy e de seu treinador Rico Chiaparelli são intercaladas com sequências de lutas e cenas dos bastidores dos torneios. O depoimento de adversários, assim como da mulher e da filha de Randy complementam o filme. A participação do brasileiro Vitor Belfort é um dos momentos cruciais do documentário, já que a vitória de Randy sobre Vitor é o ponto alto da carreira do americano. O filme mostra várias seqüências da luta, com Randy explicando as técnicas que usou para desestabilizar o brasileiro. A luta entre Randy e Vitor foi tão voraz que, num determinado momento, o brasileiro rasgou o sungão do adversário. Ainda bem que ele estava usando uma sunga vermelha por baixo.
O filme é interessante para os fãs de torneios de artes marciais. Mas não é um filme definitivo sobre o tema. Pelo contrário. O mundo das artes marciais ainda tem muito a ser explorado pela mídia e pelo cinema. Nossos cineastas podiam aproveitar que alguns dos maiores nomes desse esporte são brasileiros e levar esse tema para as telas. O Vale tudo ainda pode render bons filmes.
O GENERAL MARCO AURÉLIO E OS PARAQUEDISTAS – O filme de Evaldo Morcazel, Brigada Pára-Quedista é bem produzido e mostra o cotidiano do Grupamento de Pára-quedistas do Exército. São cenas de treinamentos na selva, exercícios físicos e provas de resistência. Tudo a que se submetem os soldados que buscam a glória de ser um PQD. O filme também exibe belas seqüências de saltos de pára-quedas e o depoimentos de soldados contando da emoção que sentiram.
O filme é narrado pelo General Marco Aurélio, do Estado Maior da Forças Armadas. É ele que, como um Mestre de Cerimônias, apresenta ao espectador o quartel, os soldados e os valores cultivados pelo exército. Charmoso e carismático, o General Marco Aurélio dá um depoimento muito interessante sobre a vida brasileira. Fala dos objetivos específicos das Forças Armadas. E o quanto a instituição sofre com o preconceito e o revanchismo, conseqüências da ditadura militar. Ele dá ênfase ao fato que muitos ainda julgam o exército de hoje pelos militares da época da ditadura visando diminuir a importância dos militares. Fala com muita propriedade e serenidade das questões relativas a Segurança Pública. Demonstra ter muito mais entendimento dos problemas do país que a maioria dos políticos pilantras que andam saqueando o Brasil.
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