31.5.10

Guigui, o camisa 11 do Areia do Leme, comemorando a vitória do seu time.


O sorriso de Guigui, o príncipe do Leme, feliz com a sensacional vitória do Areia.


A vibração do elenco depois da cobrança de pênaltis.


Guigui concentrado durante a preleção.


O camisa 11 do Areia atento durante a cobrança do escanteio.


Os craques do Areia do Leme posando para a posteridade.




O REI DE COPACABANA – Guigui é um jogador tão bonito que merecia estar na seleção de Dunga. Seria tão bom que a nossa seleção tivesse um jogador bonito como ele! Seria mais gostoso de torcer. Mas não é só pela beleza que o camisa 11 do Areia do Leme merecia estar na seleção do Dunga. Guigui é um excelente jogador, um autêntico craque. Ele deu um show de bola, no último sábado, na final da Taça Marcio Banana de Futebol de Praia. Seu time, o Areia, venceu o temido Racing na disputa dos pênaltis e levou a taça para o Leme.


Copacabana teve um sábado glorioso. À tarde, houve a final do torneio que mobilizou a praia em frente a Rua Duvivier. À noite, houve o belíssimo concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira, um espetáculo inesquecível pela produção, pela qualidade musical, pelo bom gosto do repertório, pelo charme da platéia e pela noite de lua cheia que deu um clima todo especial ao evento.


A partida final do futebol de praia ganhou um incentivo especial com a entrevista do Governador Sergio Cabral, que no próprio sábado declarou ao jornal O Globo que havia sido campeão jogando pelo Força e Saúde, o time da Rua República do Peru. Naquela mesma tarde o time de aspirantes do Força e Saúde venceu o campeonato em sua categoria, jogando contra o Balança, time da Praia de Botafogo. Foi um jogo empolgante. A declaração do Governador foi o assunto durante os jogos e depois, nas comemorações que se espalharam pelos botequins de Copacabana que, com a proximidade da Copa, já respiram futebol.


A vitória do Areia do Leme foi justa e merecida. Além do talento e da tradição, o Areia do Leme tem os jogadores mais bonitos da praia. O Areia tem um futebol chique, elegante, aristocrata. Assim como é o bairro do Leme, um recanto do Rio que parece viver eternamente nos anos sessenta. Os moradores do Leme adoram seu time e estão sempre presente nos jogos fazendo uma torcida animada e barulhenta. Além disso, é um time organizado. Para angariar recursos para a equipe eles vendem produtos com a marca e as cores do time como chaveiros, copos de chope, bonés e camisetas.


A vitória do Areia do Leme frustrou os planos do Racing de ser o campeão do Torneio Marcio Banana. Racing é o time do ator Alexandre Sherman, filho do lendário produtor de TV Mauricio Sherman. Alexandre é louco por futebol e adotou o Racing como seu time do coração. Mas sua atuação como cartola gera muita polêmica no futebol de praia, por que ele paga aos jogadores para atuarem no seu time. Sherman tira os bons jogadores dos outros times oferecendo cachês, num universo onde todos jogam por paixão, por amor à camisa, para prestigiar sua rua, para elevar o seu bairro. Sendo assim, quando acabou o jogo entre o Areia e o Racing, os jogadores do time vencedor ficaram gritando em direção ao time perdedor: “Dinheiro não compra tudo! Dinheiro não compra futebol...” Sherman não viu essa cena. Ele ficou tão nervoso que não conseguiu assistir o jogo até o final. Foi para casa durante o segunto tempo e chorou quando um dos jogadores ligou para contar o resutado da final.


O futebol não é o fim do mundo. É algo muito maior do que isso...


(Fotos: Waldir Leite)

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