Raros são os homens dotados de bastante caráter para se regozijarem com os sucessos de um amigo sem uma sombra de inveja.
31.1.05
ALEXANDRE É GRANDE MESMO - Em 2004, duas grandes produções cinematográficas levaram às telas dois grandes temas da Antigüidade Clássica. Vimos Tróia ainda no ano passado: uma tentativa fracassada — apesar dos milhões de dólares de Brad Pitt no papel de Aquiles — de adaptar para o cinema a Ilíada, o mais antigo poema narrativo produzido pela cultura ocidental e até hoje um dos pilares dessa cultura, que ainda parece valer a pena tentar vender no cinema. A ficção convencional e caça-níqueis de Hollywood detonou a narrativa poética do mito grego da Guerra de Tróia deixada por Homero. A mais despreocupada infidelidade ao texto épico — no filme, Menelau, marido de Helena, morre na guerra em vez de levar a mulher para casa; Pátroclo, que era amante de Aquiles, vira "priminho" do Brad Pitt, que os produtores devem achar que não vende bem como gay, mesmo em se tratando de um "gay" arcaico.
Neste janeiro está sendo exibido no Brasil Alexandre, dirigido por Oliver Stone, que, ao contrário de Tróia, é um exemplo valioso de filme histórico. Fica patente que os roteiristas leram os biógrafos antigos de Alexandre, como seu companheiro Ptolomeu — o genial Anthony Hopkins, que abre o filme como o velho faraó ditando a vida de Alexandre a seus escribas —, Plutarco, Arriano, Quinto Rufo e outros, ou pelo menos obras eruditas sérias que se valem dessas fontes quase primárias. O roteiro ordena num todo coerente e perfeitamente compreensível uma narrativa sucinta da trajetória breve e brilhante do grande conquistador, traduzindo em seqüências cinematográficas bem amarradas, mas com fidelidade e imaginação, os episódios célebres da vida do grande herói antigo, muitos dos quais conhecemos desde nossa infância. Por exemplo, a surpresa com que todos viram Alexandre, ainda menino, domar o arisco Bucéfalo, o cavalo que o acompanhou até a Índia e que se ajoelhava para que ele o montasse. Até Bucéfalo se ajoelhando aparece no filme: é um luxo. Os cavalos de todos os cowboys de Hollywood, aqueles que vêm correndo quando o mocinho assovia, têm no valoroso Bucéfalo seu ancestral cultural.
Outro luxo são os versos dos poetas trágicos gregos enunciados pelos companheiros de Alexandre em momentos particularmente intensos da narrativa. Ao ser assassinado por Alexandre num acesso de ira e embriaguês, seu general Clito morre dizendo na tela um verso da tragédia Antígona, de Eurípedes, o que é relatado por Plutarco. Outro luxo ainda: Aristóteles — um lindo velho Christopher Plummer — dando aula ao ar livre para Alexandre e seus amigos Nearco, Ptolomeu, Cassandro, Hefáiston e outros, explicando-lhes que os bárbaros estão no Oriente e como o amor entre rapazes pode ser edificante ou lascívia degradante.
A fidelidade histórica, em Alexandre, não se perde nos limites do documental. Ao contrário, sustenta um olhar sobre o passado contaminado pelas questões e inquietações do presente, o que é a grande qualidade do filme. Das inúmeras possibilidades abertas pelos feitos surpreendentes de Alexandre, seus atos paradoxais, seus afetos familiares divididos entre Filipe, o pai autocrático, que admira e inveja o futuro que advinha para o filho, e Olímpia, a mãe meio bruxa — a perturbadora Angelina Jolie —, que produz uma perfeita "criança narcísica de mãe fálica", como diria a psicanálise, o filme destaca com sabedoria o traço da vida de Alexandre que pode dizer algo às platéias jovens do Ocidente, mergulhadas na mesmice da cultura contemporânea: a paixão irresistível pela diferença, o desejo incansável do Outro — de alteridade —, que leva Alexandre sempre mais adiante, que o faz amar a Ásia e descobrir que a "barbárie" não está no Oriente, como lhe disse Aristóteles na infância e como Bush repete hoje em dia ao mundo. Até o desejo pela mulher, Alexandre descobre na diferença oriental. É verdade que a mulher com quem se casa, Roxana, usa braceletes de serpentes como sua mãe, Olímpia, da qual é um "pálido reflexo", no dizer do nosso herói.
A cena de sexo selvagem da noite de núpcias mexe com a platéia, como também mexe com a platéia o amor grego entre rapazes que liga Alexandre a Hefáiston, seu dileto e heróico companheiro de juventude. E como é bonito o bofe! Fica todo mundo meio nervoso no cinema: a juventude dá gritinhos quando pressente o "caso gay" e senhores indignados retiram-se com as netinhas que levaram lá para conhecer o "grande vulto histórico". Mas a visão quase romântica que o filme passa do amor grego entre rapazes (o que é histórico) propõe, digamos assim, uma reflexão que pode ter um efeito produtivo sobre o universo gay em expansão atualmente no Ocidente, quando tantos estão saindo do armário.
Já os episódios que envolvem Alexandre e o dançarino eunuco Bagoas (que é personagem real, veja-se o romance histórico O menino persa, de Mary Renault), com o rápido nu de Colin Farrell, decerto seriam classificados pelo pedagogo Aristóteles de "degradante lascívia". Mas afinal ninguém é de ferro, nem o Grande Alexadre, depois de tantos heroísmos, tantos ferimentos por todo o corpo e tantas decepções com os amigos... Além disso, há as cenas das batalhas de Gaugamela e contra os elefantes do rei de Lahore, que são de tirar o fôlego. A velocidade das imagens e a penetração do som, no estilo do cinema pós-spielberguiano de seqüestro da alma, levam adultos razoavelmente equilibrados a taparem os olhos e os ouvidos. Parece que você está lá — perdido e desorientado no meio da confusão letal. E Colin Farrell, ótimo, supera nessas cenas a competente interpretação psicológico-naturalista do bom e velho cinema americano e ganha grandeza francamente teatral.
(Texto publicado no Caderno H do Jornal do Brasil)
O MENINO PERSA - Segundo estudiosos e historiadores, o grande amante de Alexandre, o grande foi o jovem indiano Bagoas. O romance entre eles foi narrado no livro O Menino Persa, da escritora lésbica Mary Renault. O livro é um cult. Foi publicado no Brasil, mas a edição está esgotada. O livro ainda pode ser encontrado em sebos. Em 22 de abril de 1993 Paulo Francis escreveu sobre O menino persa na sua insubstituível coluna no jornal O Globo. A seguir, leia o que Francis escreveu.
Eu li "O menino persa" de Mary Renault numa longa viagem de avião ao Japão (quem te conhece, não volta jamais...), porque não durmo em avião, e ainda sobrou tempo para ler um romance de P.D. James ou Ruth Rendell, não me lembro de qual. Mas "O menino persa" é uma reconstrução duca do mundo de Alexandre, o Grande, e de um suposto caso que tem com um menino eunuco. O menino, como as mulheres de "Porgy’n Bess", é "A sometime thing", para Alexandre, uma bimbada ocasional do general, mas a mão de Mary Renault não falha em delicadeza, discrição e precisão. A arte torna tudo palatável.
Agora, saiu uma biografia dela na Inglaterra, "Mary Renault", Chatto, 18 libras, 322 págs., de David Sweetman. Mary Challans se chamava, um bom nome, por que mudou? Classe média, mas escola pública (particular, de elite) e Oxford. Leu grego nas melhores traduções. Uma noite numa enfermaria, quando treinava para enfermeira, encontrou uma mulher chamada Mullard e foram felizes para sempre. O grego dela me pareceu, leigo, de primeira qualidade. Leio de helenistas profissionais que é.
Mary Renault se parece muito com Marguerite Yourcenar. Detesta mulher, apesar de seu destino sexual, o mesmo de Yourcenar. Adora homens, desde que não lhe ponham a mão (o "Édipo" é óbvio). É curioso. A uma amiga que lhe gaba o corpo de mulher, responde "Gostaria de concordar com você, mas não posso". Seus homens são tão idealizados como os aristocratas distantes e arrogantes de Yourcenar. Mary foi violentamente contra a chamada gay lib, que considerava uma forma absurda de separatismo.
O casal se mudou para Cape Town, a cidade mais agradável da África do Sul, até ela trocar as fichas. Ler Mary Renault em público é a mais completa bandeira que se pode dar ("dead giveaway"), li de um admirador. Bobagem. Li na "JAL" às escâncaras e nenhum dos nossos "pequenos irmãos amarelos" me lançou nem sequer um olhar de estranheza. A maioria do público é filho de Filista. Literatura é grego para essa gente.
Neste janeiro está sendo exibido no Brasil Alexandre, dirigido por Oliver Stone, que, ao contrário de Tróia, é um exemplo valioso de filme histórico. Fica patente que os roteiristas leram os biógrafos antigos de Alexandre, como seu companheiro Ptolomeu — o genial Anthony Hopkins, que abre o filme como o velho faraó ditando a vida de Alexandre a seus escribas —, Plutarco, Arriano, Quinto Rufo e outros, ou pelo menos obras eruditas sérias que se valem dessas fontes quase primárias. O roteiro ordena num todo coerente e perfeitamente compreensível uma narrativa sucinta da trajetória breve e brilhante do grande conquistador, traduzindo em seqüências cinematográficas bem amarradas, mas com fidelidade e imaginação, os episódios célebres da vida do grande herói antigo, muitos dos quais conhecemos desde nossa infância. Por exemplo, a surpresa com que todos viram Alexandre, ainda menino, domar o arisco Bucéfalo, o cavalo que o acompanhou até a Índia e que se ajoelhava para que ele o montasse. Até Bucéfalo se ajoelhando aparece no filme: é um luxo. Os cavalos de todos os cowboys de Hollywood, aqueles que vêm correndo quando o mocinho assovia, têm no valoroso Bucéfalo seu ancestral cultural.
Outro luxo são os versos dos poetas trágicos gregos enunciados pelos companheiros de Alexandre em momentos particularmente intensos da narrativa. Ao ser assassinado por Alexandre num acesso de ira e embriaguês, seu general Clito morre dizendo na tela um verso da tragédia Antígona, de Eurípedes, o que é relatado por Plutarco. Outro luxo ainda: Aristóteles — um lindo velho Christopher Plummer — dando aula ao ar livre para Alexandre e seus amigos Nearco, Ptolomeu, Cassandro, Hefáiston e outros, explicando-lhes que os bárbaros estão no Oriente e como o amor entre rapazes pode ser edificante ou lascívia degradante.
A fidelidade histórica, em Alexandre, não se perde nos limites do documental. Ao contrário, sustenta um olhar sobre o passado contaminado pelas questões e inquietações do presente, o que é a grande qualidade do filme. Das inúmeras possibilidades abertas pelos feitos surpreendentes de Alexandre, seus atos paradoxais, seus afetos familiares divididos entre Filipe, o pai autocrático, que admira e inveja o futuro que advinha para o filho, e Olímpia, a mãe meio bruxa — a perturbadora Angelina Jolie —, que produz uma perfeita "criança narcísica de mãe fálica", como diria a psicanálise, o filme destaca com sabedoria o traço da vida de Alexandre que pode dizer algo às platéias jovens do Ocidente, mergulhadas na mesmice da cultura contemporânea: a paixão irresistível pela diferença, o desejo incansável do Outro — de alteridade —, que leva Alexandre sempre mais adiante, que o faz amar a Ásia e descobrir que a "barbárie" não está no Oriente, como lhe disse Aristóteles na infância e como Bush repete hoje em dia ao mundo. Até o desejo pela mulher, Alexandre descobre na diferença oriental. É verdade que a mulher com quem se casa, Roxana, usa braceletes de serpentes como sua mãe, Olímpia, da qual é um "pálido reflexo", no dizer do nosso herói.
A cena de sexo selvagem da noite de núpcias mexe com a platéia, como também mexe com a platéia o amor grego entre rapazes que liga Alexandre a Hefáiston, seu dileto e heróico companheiro de juventude. E como é bonito o bofe! Fica todo mundo meio nervoso no cinema: a juventude dá gritinhos quando pressente o "caso gay" e senhores indignados retiram-se com as netinhas que levaram lá para conhecer o "grande vulto histórico". Mas a visão quase romântica que o filme passa do amor grego entre rapazes (o que é histórico) propõe, digamos assim, uma reflexão que pode ter um efeito produtivo sobre o universo gay em expansão atualmente no Ocidente, quando tantos estão saindo do armário.
Já os episódios que envolvem Alexandre e o dançarino eunuco Bagoas (que é personagem real, veja-se o romance histórico O menino persa, de Mary Renault), com o rápido nu de Colin Farrell, decerto seriam classificados pelo pedagogo Aristóteles de "degradante lascívia". Mas afinal ninguém é de ferro, nem o Grande Alexadre, depois de tantos heroísmos, tantos ferimentos por todo o corpo e tantas decepções com os amigos... Além disso, há as cenas das batalhas de Gaugamela e contra os elefantes do rei de Lahore, que são de tirar o fôlego. A velocidade das imagens e a penetração do som, no estilo do cinema pós-spielberguiano de seqüestro da alma, levam adultos razoavelmente equilibrados a taparem os olhos e os ouvidos. Parece que você está lá — perdido e desorientado no meio da confusão letal. E Colin Farrell, ótimo, supera nessas cenas a competente interpretação psicológico-naturalista do bom e velho cinema americano e ganha grandeza francamente teatral.
(Texto publicado no Caderno H do Jornal do Brasil)
O MENINO PERSA - Segundo estudiosos e historiadores, o grande amante de Alexandre, o grande foi o jovem indiano Bagoas. O romance entre eles foi narrado no livro O Menino Persa, da escritora lésbica Mary Renault. O livro é um cult. Foi publicado no Brasil, mas a edição está esgotada. O livro ainda pode ser encontrado em sebos. Em 22 de abril de 1993 Paulo Francis escreveu sobre O menino persa na sua insubstituível coluna no jornal O Globo. A seguir, leia o que Francis escreveu.
Eu li "O menino persa" de Mary Renault numa longa viagem de avião ao Japão (quem te conhece, não volta jamais...), porque não durmo em avião, e ainda sobrou tempo para ler um romance de P.D. James ou Ruth Rendell, não me lembro de qual. Mas "O menino persa" é uma reconstrução duca do mundo de Alexandre, o Grande, e de um suposto caso que tem com um menino eunuco. O menino, como as mulheres de "Porgy’n Bess", é "A sometime thing", para Alexandre, uma bimbada ocasional do general, mas a mão de Mary Renault não falha em delicadeza, discrição e precisão. A arte torna tudo palatável.
Agora, saiu uma biografia dela na Inglaterra, "Mary Renault", Chatto, 18 libras, 322 págs., de David Sweetman. Mary Challans se chamava, um bom nome, por que mudou? Classe média, mas escola pública (particular, de elite) e Oxford. Leu grego nas melhores traduções. Uma noite numa enfermaria, quando treinava para enfermeira, encontrou uma mulher chamada Mullard e foram felizes para sempre. O grego dela me pareceu, leigo, de primeira qualidade. Leio de helenistas profissionais que é.
Mary Renault se parece muito com Marguerite Yourcenar. Detesta mulher, apesar de seu destino sexual, o mesmo de Yourcenar. Adora homens, desde que não lhe ponham a mão (o "Édipo" é óbvio). É curioso. A uma amiga que lhe gaba o corpo de mulher, responde "Gostaria de concordar com você, mas não posso". Seus homens são tão idealizados como os aristocratas distantes e arrogantes de Yourcenar. Mary foi violentamente contra a chamada gay lib, que considerava uma forma absurda de separatismo.
O casal se mudou para Cape Town, a cidade mais agradável da África do Sul, até ela trocar as fichas. Ler Mary Renault em público é a mais completa bandeira que se pode dar ("dead giveaway"), li de um admirador. Bobagem. Li na "JAL" às escâncaras e nenhum dos nossos "pequenos irmãos amarelos" me lançou nem sequer um olhar de estranheza. A maioria do público é filho de Filista. Literatura é grego para essa gente.
26.1.05
UMA TARDE DE VERÃO SEM SOL – Começou esse fim de semana o Torneio de Futebol de Praia de Copacabana. O campeonato, que deveria ter começado em novembro, sofreu vários adiamentos por falta de patrocínio e também for falta de organização. Mas, neste sábado, a bola voltou a rolar nas areias da praia e foi muito bom ver reunidos todos os craques de Copacabana: Iury, André, Caô, Valois, Batata, Carlinhos, PC, Binho e muitos outros. Cada um se achando o melhor jogador da praia. Adoráveis amantes do futebol, cujo maior prazer na vida é o singelo prazer de fazer um gol. Em cartaz os times que são verdadeiras lendas: São Clemente, Areia, Embalo, Liverpool, Copacabana, Força& Saúde...
O melhor de tudo, neste primeiro dia de campeonato, foi rever nosso amigo Alexandre, conhecido no futebol como “xoxota”. 2004 foi um ano meio complicado para ele. Logo no começo do ano o cara descobriu que estava com um tumor maligno no cérebro e passou por uma verdadeira via crucis: cirurgia, tratamento, quimioterapia. O melhor de tudo é que ele conseguiu superar a doença e agora está em franca recuperação. Recebeu alta do médico, parou com a quimioterapia e já voltou a trabalhar. Foi comovente vê-lo novamente na praia, assistindo ao jogo com seu filhinho de três anos. Assim como também foi comovente ver a felicidade dos amigos com a presença dele. Foi lindo vê-los com os olhos cheios de lágrimas ao abraçá-lo.
Alexandre é rapaz nascido e criado em Copacabana, ali entre as ruas Ronald de Carvalho e Duvivier. No coração de Copa. Um sujeito super boa praça, bonitão, filho de portugueses. O tipo do cara que todo mundo gosta dele. Trabalhador, honesto, bom caráter... Desde adolescente foi destaque do futebol de praia, craque do Força & Saúde, um famoso time de galãs da rua República do Peru. Trabalhador e perseverante, dedicou-se ao comércio e tornou-se um empresário bem sucedido, dono de duas lojas de material de informática: uma no centro do Rio, outra na Barra. Romântico e apaixonado, é casado com Luana, sua namorada desde a adolescência. Uma bela moça loira, que parece uma miss. A vida parecia perfeita para Alexandre até que, em abril do ano passado, ele passou mal durante o trabalho. Um mal estar. A vista ficou turva durante uma tonteira. A mulher leva-o ao médico que faz uma série de exames. O diagnostico: tumor no cérebro. E a recomendação de imediata cirurgia.
Acompanhei seu sofrimento durante todo o ano passado. Fui visitá-lo algumas vezes e ligava sempre para saber noticias. Ele ficava comovido com as visitas e sua atitude diante da vida era sempre de otimismo e fé. Nas primeiras vezes eu saía da casa dele arrasado porque percebia o quanto eles estavam sofrendo. Eu via o sofrimento nele, na família dele e na Luana, uma moça dócil e apaixonada. Aos poucos eu fui perdendo a esperança e comecei a achar que não havia mais salvação para meu amigo. Só que eu estava enganado. Alexandre estava cercado de muito amor e isso foi decisivo para sua recuperação, tanto quanto o progresso da medicina. Na última vez em que fui visitá-lo ele já estava melhor. Mas, bom mesmo foi vê-lo de volta à praia. Saudável, ágil e cheio de energia. Sorrindo largo, batendo papo com os amigos, recebendo o carinho de todos. Seus cabelos loiros já voltaram a crescer e em breve estarão cobrindo a cicatriz que ficou na sua cabeça por causa da cirurgia. Espero que ele logo esteja jogando futebol na areia e fazendo Copacabana mais feliz com seu sorriso maroto e seu jeito carioca de ser.
CLIVE OWEN É TUDO! – Uma delícia o filme CLOSER. Tem um ritmo gostoso de ver, um roteiro absolutamente fiel à peça e diálogos primorosos. É muito inteligente o retrato que o autor Patrick Marber faz das relações amorosas na vida moderna. O elenco é ótimo, mas Clive Owen é quem encanta o espectador. Desde Eric Bana em Tróia, que um ator não roubava a cena com tanto estilo como Clive Owen. Ele agarrou o personagem com unhas e dentes e roubou o filme só para ele.
A versão brasileira da peça recebeu o nome de MAIS PERTO e tinha um elenco formidável: Marco Rica, Guta Stresster, José Mayer e a grande dama do teatro brasileiro Renata Sorrah. Claro que a peça era muito melhor que o filme. A montagem brasileira foi inesquecível. Renata estava maravilhosa como a fotografa de celebridades, papel vivido no cinema por Júlia Roberts, com uma frieza digna de um cubo de gelo. Marco Rica foi melhor que Jude Law no papel do escritor. Guta e Natalie Portman estão ótimas em seus papéis. Mas Clive Owen está mais belo e sedutor que José Mayer, no papel do médico atormentado pelo par de chifres.
De qualquer forma, CLOSER funciona muito bem tanto como peça de teatro como filme. O texto original é um primor de estrutura e formato para contar a história e os desencontros de dois casais apaixonados, envolvendo todos aqueles elementos da vida moderna. Inclusive a Internet, que tem uma participação decisiva no relacionamento do quadrilátero amoroso. O resultado é muito bem sucedido, até porque, o texto, antes de tudo, oferece inteligência ao espectador.
Nossa sabedoria vem de nossa experiência e nossa experiência, de nossas tolices.
O melhor de tudo, neste primeiro dia de campeonato, foi rever nosso amigo Alexandre, conhecido no futebol como “xoxota”. 2004 foi um ano meio complicado para ele. Logo no começo do ano o cara descobriu que estava com um tumor maligno no cérebro e passou por uma verdadeira via crucis: cirurgia, tratamento, quimioterapia. O melhor de tudo é que ele conseguiu superar a doença e agora está em franca recuperação. Recebeu alta do médico, parou com a quimioterapia e já voltou a trabalhar. Foi comovente vê-lo novamente na praia, assistindo ao jogo com seu filhinho de três anos. Assim como também foi comovente ver a felicidade dos amigos com a presença dele. Foi lindo vê-los com os olhos cheios de lágrimas ao abraçá-lo.
Alexandre é rapaz nascido e criado em Copacabana, ali entre as ruas Ronald de Carvalho e Duvivier. No coração de Copa. Um sujeito super boa praça, bonitão, filho de portugueses. O tipo do cara que todo mundo gosta dele. Trabalhador, honesto, bom caráter... Desde adolescente foi destaque do futebol de praia, craque do Força & Saúde, um famoso time de galãs da rua República do Peru. Trabalhador e perseverante, dedicou-se ao comércio e tornou-se um empresário bem sucedido, dono de duas lojas de material de informática: uma no centro do Rio, outra na Barra. Romântico e apaixonado, é casado com Luana, sua namorada desde a adolescência. Uma bela moça loira, que parece uma miss. A vida parecia perfeita para Alexandre até que, em abril do ano passado, ele passou mal durante o trabalho. Um mal estar. A vista ficou turva durante uma tonteira. A mulher leva-o ao médico que faz uma série de exames. O diagnostico: tumor no cérebro. E a recomendação de imediata cirurgia.
Acompanhei seu sofrimento durante todo o ano passado. Fui visitá-lo algumas vezes e ligava sempre para saber noticias. Ele ficava comovido com as visitas e sua atitude diante da vida era sempre de otimismo e fé. Nas primeiras vezes eu saía da casa dele arrasado porque percebia o quanto eles estavam sofrendo. Eu via o sofrimento nele, na família dele e na Luana, uma moça dócil e apaixonada. Aos poucos eu fui perdendo a esperança e comecei a achar que não havia mais salvação para meu amigo. Só que eu estava enganado. Alexandre estava cercado de muito amor e isso foi decisivo para sua recuperação, tanto quanto o progresso da medicina. Na última vez em que fui visitá-lo ele já estava melhor. Mas, bom mesmo foi vê-lo de volta à praia. Saudável, ágil e cheio de energia. Sorrindo largo, batendo papo com os amigos, recebendo o carinho de todos. Seus cabelos loiros já voltaram a crescer e em breve estarão cobrindo a cicatriz que ficou na sua cabeça por causa da cirurgia. Espero que ele logo esteja jogando futebol na areia e fazendo Copacabana mais feliz com seu sorriso maroto e seu jeito carioca de ser.
CLIVE OWEN É TUDO! – Uma delícia o filme CLOSER. Tem um ritmo gostoso de ver, um roteiro absolutamente fiel à peça e diálogos primorosos. É muito inteligente o retrato que o autor Patrick Marber faz das relações amorosas na vida moderna. O elenco é ótimo, mas Clive Owen é quem encanta o espectador. Desde Eric Bana em Tróia, que um ator não roubava a cena com tanto estilo como Clive Owen. Ele agarrou o personagem com unhas e dentes e roubou o filme só para ele.
A versão brasileira da peça recebeu o nome de MAIS PERTO e tinha um elenco formidável: Marco Rica, Guta Stresster, José Mayer e a grande dama do teatro brasileiro Renata Sorrah. Claro que a peça era muito melhor que o filme. A montagem brasileira foi inesquecível. Renata estava maravilhosa como a fotografa de celebridades, papel vivido no cinema por Júlia Roberts, com uma frieza digna de um cubo de gelo. Marco Rica foi melhor que Jude Law no papel do escritor. Guta e Natalie Portman estão ótimas em seus papéis. Mas Clive Owen está mais belo e sedutor que José Mayer, no papel do médico atormentado pelo par de chifres.
De qualquer forma, CLOSER funciona muito bem tanto como peça de teatro como filme. O texto original é um primor de estrutura e formato para contar a história e os desencontros de dois casais apaixonados, envolvendo todos aqueles elementos da vida moderna. Inclusive a Internet, que tem uma participação decisiva no relacionamento do quadrilátero amoroso. O resultado é muito bem sucedido, até porque, o texto, antes de tudo, oferece inteligência ao espectador.
Nossa sabedoria vem de nossa experiência e nossa experiência, de nossas tolices.
ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO – Foi tudo de bom o último show de Margareth Menezes no Canecão. A convidada especial Daniela Mercury levou a platéia à loucura e ficou mais de uma hora no palco, cantando todos aqueles grandes sucessos que marcaram o carnaval da Bahia. O encontro de Margareth e Daniela foi puro delírio. Eu não sei como poderia descrever o momento em as duas cantaram juntas, transformando o Canecão numa sucursal delirante da Praça Castro Alves.
Depois do show Margareth deu uma festa maravilhosa na cobertura do hotel Ipanema Plaza, na Farme de Amoedo. Uma pista de dança arretada, com um ótimo DJ, que só tocava música brasileira. Comidinhas e bebidinhas à vontade, servidas por garçons mascarados. Afinal, Margareth é a musa do Bloco dos Mascarados, que desfila no carnaval de Salvador. A anfitriã, vestindo uma minissaia e um top, circulava pela festa distribuindo carinho e simpatia com os convidados. Quando resolveu evoluir na pista de dança, não quis sair mais. Dançou à vontade, dando um show de ritmo e energia.
A noite quente e abafada indicava que o tempo iria mudar. Pois bem. Às duas da manhã uma tempestade desabou sobre o Rio de Janeiro. Ainda bem que o salão de festas do hotel é todo coberto. Através do teto e das paredes de vidro, os convidados podiam admirar a beleza da chuva desabando sobre a cidade. Relâmpagos gloriosos riscavam o céu. Lá embaixo, a rua Farme de Amoedo transformada num riacho. Parecia um dilúvio, a chuva incessante. E lá no salão de festas, som, vibração, energia e alto astral. Axé!
SENHOR DA AUDIÊNCIA – O Jornal do Brasil publicou na última terça-feira uma reportagem de capa do Caderno B com o novelista Aguinaldo Silva. Um texto primoroso do jornalista Renato Lemos, uma bela foto de André Lobo e uma diagramação perfeita. A reportagem foi, visivelmente, uma forma do jornal desfazer o mal estar causado pela nota publicada na coluna de Antonia Leite Barbosa, criticando as lésbicas da novela. O Jotinha fez questão de deixar bem claro que não concorda com a postura preconceituosa da colunista. E fez isso de forma eficiente e elegante. (Jotinha é como os funcionários do JB se referem carinhosamente ao jornal).
Na reportagem o escritor é apresentado da seguinte forma: Aguinaldo é pernambucano, é homossexual, é abnegado por seu trabalho, é dono de cabelos num tom indefinido entre o acaju e o palhinha de presépio, é um desiludido com o futurop do Rio de Janeiro, é implacável com os políticos, é proprietário de uma casa com piscina na Barra e outra, também com piscina, em Itaipava, é romântico, é relativamente alto, é talentoso à beca, é sexagenário, é amável quase sempre e é, certamente, um sucesso.
Sobre o casal de lésbicas Aguinaldo diz: O povo brasileiro é extremamente liberal, principalmente as classes mais baixas. Quando se têm necessidades mais urgentes, o preconceito acaba desaparecendo. Se um menino gay consegue levar dinheiro para casa, é isso que importa. O que me assombra é que nas classes mais ricas, onde casais gays freqüentam colunas sociais, a discriminação é impiedosa. Ainda assim, falando como autor, eu esperava que o assunto rendesse mais discussão.
Depois do show Margareth deu uma festa maravilhosa na cobertura do hotel Ipanema Plaza, na Farme de Amoedo. Uma pista de dança arretada, com um ótimo DJ, que só tocava música brasileira. Comidinhas e bebidinhas à vontade, servidas por garçons mascarados. Afinal, Margareth é a musa do Bloco dos Mascarados, que desfila no carnaval de Salvador. A anfitriã, vestindo uma minissaia e um top, circulava pela festa distribuindo carinho e simpatia com os convidados. Quando resolveu evoluir na pista de dança, não quis sair mais. Dançou à vontade, dando um show de ritmo e energia.
A noite quente e abafada indicava que o tempo iria mudar. Pois bem. Às duas da manhã uma tempestade desabou sobre o Rio de Janeiro. Ainda bem que o salão de festas do hotel é todo coberto. Através do teto e das paredes de vidro, os convidados podiam admirar a beleza da chuva desabando sobre a cidade. Relâmpagos gloriosos riscavam o céu. Lá embaixo, a rua Farme de Amoedo transformada num riacho. Parecia um dilúvio, a chuva incessante. E lá no salão de festas, som, vibração, energia e alto astral. Axé!
SENHOR DA AUDIÊNCIA – O Jornal do Brasil publicou na última terça-feira uma reportagem de capa do Caderno B com o novelista Aguinaldo Silva. Um texto primoroso do jornalista Renato Lemos, uma bela foto de André Lobo e uma diagramação perfeita. A reportagem foi, visivelmente, uma forma do jornal desfazer o mal estar causado pela nota publicada na coluna de Antonia Leite Barbosa, criticando as lésbicas da novela. O Jotinha fez questão de deixar bem claro que não concorda com a postura preconceituosa da colunista. E fez isso de forma eficiente e elegante. (Jotinha é como os funcionários do JB se referem carinhosamente ao jornal).
Na reportagem o escritor é apresentado da seguinte forma: Aguinaldo é pernambucano, é homossexual, é abnegado por seu trabalho, é dono de cabelos num tom indefinido entre o acaju e o palhinha de presépio, é um desiludido com o futurop do Rio de Janeiro, é implacável com os políticos, é proprietário de uma casa com piscina na Barra e outra, também com piscina, em Itaipava, é romântico, é relativamente alto, é talentoso à beca, é sexagenário, é amável quase sempre e é, certamente, um sucesso.
Sobre o casal de lésbicas Aguinaldo diz: O povo brasileiro é extremamente liberal, principalmente as classes mais baixas. Quando se têm necessidades mais urgentes, o preconceito acaba desaparecendo. Se um menino gay consegue levar dinheiro para casa, é isso que importa. O que me assombra é que nas classes mais ricas, onde casais gays freqüentam colunas sociais, a discriminação é impiedosa. Ainda assim, falando como autor, eu esperava que o assunto rendesse mais discussão.
24.1.05
O PRAZER DE LER - Carlinhos Oliveira está de volta. O cronista mais popular e polêmico do Rio de Janeiro nas décadas de 60 e 70, falecido em 1986, renasce numa antologia que inaugura uma série de volumes temáticos com textos de sua autoria que só foram publicados anteriormente na imprensa. O HOMEM NA VARANDA DO ANTONIO´S, organizado pelo jornalista Jason Tércio, é um mergulho profundo no universo da boemia da Zona Sul carioca, em que se cruzam artistas, escritores, jornalistas, intelectuais, mulheres liberadas, vagabundos profissionais e até executivos pais de família. O livro da editora Civilização Brasileira estará à venda a partir de 18 de Fevereiro.
“Ele foi andando sem assoviar, pois já não era menino. As janelas amanheciam para o trabalho, a escola, o futuro. Ele, porém, anoitecia. Foi andando e dizendo: ‘Amanhã, vida nova. Praia, ginástica, almoço na hora certa. Isto não é vida. Amanhã, vida nova’. E de repente, como um personagem de William Faulkner, refletiu que já estava no amanhã. ‘Hoje é amanhã’. E a vida nova? (...) Ele sorriu para a claridade caramelada, como fizera tantas vezes, durante tantos anos, e disse: ‘Não adianta. Não é possível. Eu gosto da noite barulhenta, escura, lenta’. E de certo modo ficou contente com a falta de sentido das coisas.”
Durante as mais de duas décadas em que trabalhou no Jornal do Brasil, entre 1961 e 1984, Carlinhos esmerou ainda mais seu texto, criando um estilo elegante, sucinto e, ao mesmo tempo, polêmico. Um escritor que funde sofisticação e coloquialismo em doses exatas em temas fundamentais na história sócio-político-cultural brasileira: o golpe de 64 e a ditadura militar, a Bossa Nova e o Tropicalismo, a revolução sexual, o processo de redemocratização do país. Movimentos vividos por Carlinhos, em suas crônicas ou na própria pele.
Com uma existência cigana - Carlinhos Oliveira não esquentava residência -, em meio ao alcoolismo, drogas e paixões mal resolvidas, o autor mergulha no universo da boêmia da zona sul carioca da qual foi porta-voz em crônicas primorosas. Ao todo foram mais de 2 mil publicadas em jornais, além de romances e contos, em que se cruzam artistas, escritores, jornalistas, intelectuais, mulheres liberadas, vagabundos profissionais e até executivos pais de família. Uma tribo que Carlinhos integrou durante mais de 30 anos.
O HOMEM NA VARANDA DO ANTONIO’S mostra como nos textos de Carlinhos Oliveira não há lugar para o pitoresco sem substância ou banais frases de efeito. Suas crônicas são quase sempre um convite eloqüente à fantasia, à reflexão ou à revolta. Ele enriqueceu o gênero adicionando um viés psicológico-existencial, perpassado de ironia e ceticismo. Por isso, o que transmitem estas páginas pulsantes de vida, encharcadas de álcool e de sensações hedonistas, vai além da atmosfera recreativa de bares, restaurantes, boates e festas - é a essência do espírito boêmio como autêntica expressão cultural da cidade e uma afirmação vigorosa da liberdade, contra a rigidez e os valores utilitários da sociedade convencional.
“Ele foi andando sem assoviar, pois já não era menino. As janelas amanheciam para o trabalho, a escola, o futuro. Ele, porém, anoitecia. Foi andando e dizendo: ‘Amanhã, vida nova. Praia, ginástica, almoço na hora certa. Isto não é vida. Amanhã, vida nova’. E de repente, como um personagem de William Faulkner, refletiu que já estava no amanhã. ‘Hoje é amanhã’. E a vida nova? (...) Ele sorriu para a claridade caramelada, como fizera tantas vezes, durante tantos anos, e disse: ‘Não adianta. Não é possível. Eu gosto da noite barulhenta, escura, lenta’. E de certo modo ficou contente com a falta de sentido das coisas.”
Durante as mais de duas décadas em que trabalhou no Jornal do Brasil, entre 1961 e 1984, Carlinhos esmerou ainda mais seu texto, criando um estilo elegante, sucinto e, ao mesmo tempo, polêmico. Um escritor que funde sofisticação e coloquialismo em doses exatas em temas fundamentais na história sócio-político-cultural brasileira: o golpe de 64 e a ditadura militar, a Bossa Nova e o Tropicalismo, a revolução sexual, o processo de redemocratização do país. Movimentos vividos por Carlinhos, em suas crônicas ou na própria pele.
Com uma existência cigana - Carlinhos Oliveira não esquentava residência -, em meio ao alcoolismo, drogas e paixões mal resolvidas, o autor mergulha no universo da boêmia da zona sul carioca da qual foi porta-voz em crônicas primorosas. Ao todo foram mais de 2 mil publicadas em jornais, além de romances e contos, em que se cruzam artistas, escritores, jornalistas, intelectuais, mulheres liberadas, vagabundos profissionais e até executivos pais de família. Uma tribo que Carlinhos integrou durante mais de 30 anos.
O HOMEM NA VARANDA DO ANTONIO’S mostra como nos textos de Carlinhos Oliveira não há lugar para o pitoresco sem substância ou banais frases de efeito. Suas crônicas são quase sempre um convite eloqüente à fantasia, à reflexão ou à revolta. Ele enriqueceu o gênero adicionando um viés psicológico-existencial, perpassado de ironia e ceticismo. Por isso, o que transmitem estas páginas pulsantes de vida, encharcadas de álcool e de sensações hedonistas, vai além da atmosfera recreativa de bares, restaurantes, boates e festas - é a essência do espírito boêmio como autêntica expressão cultural da cidade e uma afirmação vigorosa da liberdade, contra a rigidez e os valores utilitários da sociedade convencional.
21.1.05
Você sempre torce para o mais fraco e ele sempre perde.
ALEXANDRE, O GRANDE - Fiquei muito impressionado com o filme do Oliver Stone, sobre o nobre imperador. ALEXANDRE é um filme tão gay, mas tão gay, que eu acho que ele devia se chamar ALEXANDRA. Numa entrevista o diretor se queixou da imprensa que, segundo ele, tinha uma obsessão pela homossexualidade do bravo imperador guerreiro. Mas o filme de Stone reforça a ambiguidade sexual do personagem. E isso é a melhor coisa do filme. Acho que nem Almodovar teria sido tão ostensivo. O único defeito do filme é o defeito de todos os filmes de Oliver Stone: a mão pesada. Mas a música de Vangelis e a atuação dos atores alivia o peso do diretor. Colin Farrell está sensacional como o protagonista. A paixão de Alexandre por Hefestion parece ser a força que estimula o imperador a lutar. Quando o bofe morre, ele morre de também. É belo, ousado e comovente.
O PRAZER DA LEITURA - Estou me deliciando com o livro O COMPLEXO DE PORTNOY, de Phillip Roth, que a Companhia das Letras acaba de relançar. O livro foi um grande sucesso de vendas na virada dos 60 para os 70 e transformou o autor numa celebridade da literatura americana. Decidi ler o Portnoy depois de ver na internet um artigo de Paulo Francis em que ele recomenda o livro e o coloca numa lista de obras fundamentais para a formação literaria.
MAD MARIA - A editora Record me manda a nova edição do livro de Marcio de Souza MAD MARIA, que está sendo relançado em função da minissérie que estréia na próxima semana na TV Globo. Já li o livro há mais de dez anos. É um clássico da literatura brasileira e merece ser aplaudido de pé. Marcio de Souza é um escritor brilhante. A obra do escritor me foi apresentada por Antonio Calmon, que é amazonense como Marcio. Certa vez Calmon me emprestou um livro do Marcio chamado A Condolência, dizendo que eu devia lê-lo pois era uma obra-prima. Li o livro e fiquei impressionado. É um trhiller de ação, ambientado no auge da ditadura militar. Escrito com muito rigor e domínio de texto. Fiquei tão impressionado com o livro que quando chegou ao final eu comecei a lê-lo novamente. Depois, totalmente encantado com a literatura de Marcio de Souza, comecei a ler seus outros livros que eu catava na biblioteca do Calmon. Um atrás do outro eu li A Ordem do Dia, Mad Maria e Galvez, O imperador do Acre. Foi um mergulho delicioso no que há de mlehor da literatura brasileira. A Ordem do Dia parece uma história do James Bond, no meio da ditadura militar no Brasil. Mad Maria é um épico grandioso como uma super-produção do David Lean. Tem amores, paixões, aventura, ação, complô político... Mas a coisa que mais me impressionou, quando li o livro, é que ele insinua que Ruy Barbosa era homossexual. Será mesmo verdade ou isso foi apenas delirio do escritor?
ALEXANDRE, O GRANDE - Fiquei muito impressionado com o filme do Oliver Stone, sobre o nobre imperador. ALEXANDRE é um filme tão gay, mas tão gay, que eu acho que ele devia se chamar ALEXANDRA. Numa entrevista o diretor se queixou da imprensa que, segundo ele, tinha uma obsessão pela homossexualidade do bravo imperador guerreiro. Mas o filme de Stone reforça a ambiguidade sexual do personagem. E isso é a melhor coisa do filme. Acho que nem Almodovar teria sido tão ostensivo. O único defeito do filme é o defeito de todos os filmes de Oliver Stone: a mão pesada. Mas a música de Vangelis e a atuação dos atores alivia o peso do diretor. Colin Farrell está sensacional como o protagonista. A paixão de Alexandre por Hefestion parece ser a força que estimula o imperador a lutar. Quando o bofe morre, ele morre de também. É belo, ousado e comovente.
O PRAZER DA LEITURA - Estou me deliciando com o livro O COMPLEXO DE PORTNOY, de Phillip Roth, que a Companhia das Letras acaba de relançar. O livro foi um grande sucesso de vendas na virada dos 60 para os 70 e transformou o autor numa celebridade da literatura americana. Decidi ler o Portnoy depois de ver na internet um artigo de Paulo Francis em que ele recomenda o livro e o coloca numa lista de obras fundamentais para a formação literaria.
MAD MARIA - A editora Record me manda a nova edição do livro de Marcio de Souza MAD MARIA, que está sendo relançado em função da minissérie que estréia na próxima semana na TV Globo. Já li o livro há mais de dez anos. É um clássico da literatura brasileira e merece ser aplaudido de pé. Marcio de Souza é um escritor brilhante. A obra do escritor me foi apresentada por Antonio Calmon, que é amazonense como Marcio. Certa vez Calmon me emprestou um livro do Marcio chamado A Condolência, dizendo que eu devia lê-lo pois era uma obra-prima. Li o livro e fiquei impressionado. É um trhiller de ação, ambientado no auge da ditadura militar. Escrito com muito rigor e domínio de texto. Fiquei tão impressionado com o livro que quando chegou ao final eu comecei a lê-lo novamente. Depois, totalmente encantado com a literatura de Marcio de Souza, comecei a ler seus outros livros que eu catava na biblioteca do Calmon. Um atrás do outro eu li A Ordem do Dia, Mad Maria e Galvez, O imperador do Acre. Foi um mergulho delicioso no que há de mlehor da literatura brasileira. A Ordem do Dia parece uma história do James Bond, no meio da ditadura militar no Brasil. Mad Maria é um épico grandioso como uma super-produção do David Lean. Tem amores, paixões, aventura, ação, complô político... Mas a coisa que mais me impressionou, quando li o livro, é que ele insinua que Ruy Barbosa era homossexual. Será mesmo verdade ou isso foi apenas delirio do escritor?
Os melhores cargos não são ocupados pelos mais competentes e sim pelos mais astutos. - Eu fico imaginando o cotidiano dessas mulheres mal amadas... No jornal O DIA há várias. Esse jornaleco, que ajudou a eleger Garotinho com toda a força em 1998, fez no mesmo ano uma campanha horrorosa contra Torre de Babel, uma superprodução de Silvio de Abreu que mostrava duas lesbian chics que, sem dúvida nenhuma, eram os melhores e melhor resolvidos personagens da trama. Pois fizeram manchetes como "Na novela das oito, Gloria Menezes vira sapatão" (o que era mentira, e estragou todo o plot que Silvio havia planejado para a lésbica sobrevivente vivida por Silvia Pfeifer - culminando em sua morte, já que não haveria espaço para ela depois disso) e editoriais inflamados de gente como Dom Eugenio Salles, a nossa Tia Eugenia, que pregou que Silvio de Abreu, Carlos Manga, os atores, diretores e colaboradores da novela iriam todos para o inferno. Meses depois, Tony Ramos participou de bom grado de um evendo católico fluminense, e Tia Eugenia mudou o discurso... O Jornal da Tarde, de SP, também contribuiu com a manchete: "Degradação chega à novela das oito". Conclusão: os jornalistas de TV e futilidades, principalmente esses mais periféricos, são muito mal formados e acabam por desprestigiar uma imprensa com profissionais e excelentes colegas que NÃO MERECEM ter seus nomes misturados no mesmo "expediente" que as Antonias (belo nome, hein?) da vida. Dias melhores virão.
(Tião Maciel)
(Tião Maciel)
18.1.05
NINGUÉM MERECE
Considerando que grande parte da audiência da Globo é de adolescentes em formação, ninguém merece o DESSERVIÇO que as novelas têm prestado à sociedade. Por exemplo, as lésbicas de Senhora do Destino. A orientação sexual deve ser respeitada, mas não transformada em deturpada propaganda.
(Antonia Leite Barbosa)
Sr. Editor
É inaceitável o comentário divulgado na coluna "Antonia" (16-1) ,
"Ninguem Merece", considerando "desserviço" e propaganda perniciosa
para a juventude a presença de um casal de lésbicas na novela Senhora
do Destino. Explodir lésbicas num shopping center pode, estereotipar
personagens homossexuais provoca riso, mostrar homossexuais femininas
que se amam com dignidade, não pode! De fato, os leitores do Jornal do
Brasil não merecem uma colunista com opinião tão intolerante e
preconceituosa! Lesbofobia também é crime!
LUIZ MOTT
Prezada colunista Antonia,
É lamentavel perceber que a senhora tem uma visão tão preconceituosa.
Desserviço foi este artigo publicado sobre as lésbicas da novela
"Senhora do Destino",e deturpada é a sua opinião a respeito do assunto
. É muito provável que as lésbicas da novela "Torre de Babel" tenham
sido "descartadas" graças a pessoas que pensam como a senhora.
A meu ver o que está sendo mostrado é apenas uma visão realista sobre
duas mulheres que decidem assumir uma relação. As novelas têm um
grande poder de alcance e são um importante veículo de informação.
Seu artigo serve apenas para reforçar a visão retógrada que alguns
setores de nossa sociedade ainda preservam, e que contribui para
retardar a esperança de vivermos em uma
sociedade mais justa.
Anderson Almeida
Considerando que grande parte da audiência da Globo é de adolescentes em formação, ninguém merece o DESSERVIÇO que as novelas têm prestado à sociedade. Por exemplo, as lésbicas de Senhora do Destino. A orientação sexual deve ser respeitada, mas não transformada em deturpada propaganda.
(Antonia Leite Barbosa)
Sr. Editor
É inaceitável o comentário divulgado na coluna "Antonia" (16-1) ,
"Ninguem Merece", considerando "desserviço" e propaganda perniciosa
para a juventude a presença de um casal de lésbicas na novela Senhora
do Destino. Explodir lésbicas num shopping center pode, estereotipar
personagens homossexuais provoca riso, mostrar homossexuais femininas
que se amam com dignidade, não pode! De fato, os leitores do Jornal do
Brasil não merecem uma colunista com opinião tão intolerante e
preconceituosa! Lesbofobia também é crime!
LUIZ MOTT
Prezada colunista Antonia,
É lamentavel perceber que a senhora tem uma visão tão preconceituosa.
Desserviço foi este artigo publicado sobre as lésbicas da novela
"Senhora do Destino",e deturpada é a sua opinião a respeito do assunto
. É muito provável que as lésbicas da novela "Torre de Babel" tenham
sido "descartadas" graças a pessoas que pensam como a senhora.
A meu ver o que está sendo mostrado é apenas uma visão realista sobre
duas mulheres que decidem assumir uma relação. As novelas têm um
grande poder de alcance e são um importante veículo de informação.
Seu artigo serve apenas para reforçar a visão retógrada que alguns
setores de nossa sociedade ainda preservam, e que contribui para
retardar a esperança de vivermos em uma
sociedade mais justa.
Anderson Almeida
17.1.05
UMA NOITE COM GISELE - Foi uma noite de gala. O desfile de Gisele Bundchen para a grife Colcci, na última sexta-feira, foi o momento máximo do Fashion Rio. Todo mundo queria ver a deusa da moda evoluindo na passarela do Salão Corcovado. Na entrada filas e tumultos até para quem, como eu, tinha convite para ao assistir na primeira fila. Finalmente, quando as luzes se apagaram, ela entrou em cena. Linda, maravilhosa, vestindo modelitos arrasadores, destilando charme e simpatia. Foi uma noite de glória...
Depois do desfile houve uma festa num barco ancorado na Marina da Glória, bem atrás do MAM. Na verdade, a festa começava num píer e se espalhava por três barcos ancorados um ao lado do outro. Gisele ficou apenas dez minutos, é claro. Mas a festa foi ótima. Bebida farta, um buffet eficiente e o visual fantástico da baía da Guanabara. A noite estrelada, estava perfeita para ser apreciada dos barcos ancorados no píer. Na festa havia uma boa quantidade de mulheres bonitas. Mas o lugar estava cheio de homens. Muitos bofes... Cada um melhor do que outro...
Na pista de dança montada num dos barcos quem reinou absoluto foi o DJ Bruno Astuto. Sim, ele sabe animar uma pista, com a música certa no momento certo. Além disso, ele é um excelente performer. Enquanto toca as músicas ele faz umas dublagens absurdinhas, dança, faz caras e bocas, joga os cabelos e dá muita pinta. Mas muita pinta mesmo... Tanto, que um bofe gostosão, já calibrado de muita vodka, falou pra ele no final da noite: "Quem precisa de Gisele se nós temos Brunette!" Arrasou...
Giovanni Bianco , o badalado diretor de arte brasileiro, que trabalhou na produção do último show da Madonna, estava na platéia da Gisele. Fazendo a linha instant celebrity, o moço, natural do suburbio do Rio, reclamava dos paparazzi que o fotografaram na piscina do Copacabana Palace, conversando com Gisele. "É que eu estou fora de forma, com uma barriga enorme...", dizia ele. Foi então que uma poderosa editora de moda comentou: "O Giovanni nunca esteve em forma. Aquela barriga sempre foi enorme..."
Constanza Pascolatto assitiu a quase todos os desfiles. E, com olho clínico, reconhecia todos os vestidos que eram confeccionados com tecidos da sua fábrica, a Santa Constância. Um badalado fashionista, que só se referia a Constanza como a baronesa, comentava saltitante pelos pilotis do MAM: "A baronesa reconheceu da platéia que os babados da minha coleção eram de tecidos fabricados pela Santa Constância. Não é incrível?"
Depois do desfile houve uma festa num barco ancorado na Marina da Glória, bem atrás do MAM. Na verdade, a festa começava num píer e se espalhava por três barcos ancorados um ao lado do outro. Gisele ficou apenas dez minutos, é claro. Mas a festa foi ótima. Bebida farta, um buffet eficiente e o visual fantástico da baía da Guanabara. A noite estrelada, estava perfeita para ser apreciada dos barcos ancorados no píer. Na festa havia uma boa quantidade de mulheres bonitas. Mas o lugar estava cheio de homens. Muitos bofes... Cada um melhor do que outro...
Na pista de dança montada num dos barcos quem reinou absoluto foi o DJ Bruno Astuto. Sim, ele sabe animar uma pista, com a música certa no momento certo. Além disso, ele é um excelente performer. Enquanto toca as músicas ele faz umas dublagens absurdinhas, dança, faz caras e bocas, joga os cabelos e dá muita pinta. Mas muita pinta mesmo... Tanto, que um bofe gostosão, já calibrado de muita vodka, falou pra ele no final da noite: "Quem precisa de Gisele se nós temos Brunette!" Arrasou...
Giovanni Bianco , o badalado diretor de arte brasileiro, que trabalhou na produção do último show da Madonna, estava na platéia da Gisele. Fazendo a linha instant celebrity, o moço, natural do suburbio do Rio, reclamava dos paparazzi que o fotografaram na piscina do Copacabana Palace, conversando com Gisele. "É que eu estou fora de forma, com uma barriga enorme...", dizia ele. Foi então que uma poderosa editora de moda comentou: "O Giovanni nunca esteve em forma. Aquela barriga sempre foi enorme..."
Constanza Pascolatto assitiu a quase todos os desfiles. E, com olho clínico, reconhecia todos os vestidos que eram confeccionados com tecidos da sua fábrica, a Santa Constância. Um badalado fashionista, que só se referia a Constanza como a baronesa, comentava saltitante pelos pilotis do MAM: "A baronesa reconheceu da platéia que os babados da minha coleção eram de tecidos fabricados pela Santa Constância. Não é incrível?"
12.1.05
A MODA QUE VEM DE PERNAMBUCO - Um dos eventos mais concorridos do Fashion-Rio foi o café da manhã promovido no Espaço Lundgren, em Ipanema, pela empresária Cristina Lundgren. O regabofe, que fazia parte do calendário oficial do evento, foi concorridíssimo. Afinal, todos os fashionistas queriam saborear os diversos quitutes da culinária pernambucana, uma tradição das festas promovidas pela Senhora Lundgren: tapioca, canjica, cuzcuz, pamonha, queijo coalho frito, bolo de rôlo, bolo de macaxeira, salada de frutas silvestres e sucos de cajá, caju, tamarindo e pitanga. Ficou com água na boca? Pois é... Foi um delírio gastronômico. Entre um acepipe e outro, as dondocas e bichas presentes ao evento puderam admirar o trabalho de dois estilistas pernambucanos: Lurdinha Noyama e Eduardo Ferreira. Criativos e inteligentes, os estilistas mostraram uma alta-costura com toques artesanais que mereceu aplausos da galera.
DECADENCE AVEC ELEGANCE - Naomi Campbell esteve deslumbrante no desfile da TNG, a marca que fechou os desfiles do segundo dia do Fashion-Rio. A negona estava linda, num modelito outonal que valorizava sua feminilidade. A roupa era bem discreta, mas a falta de um botão deixou-a com um dos peitos de fora. Tipicamente Naomi! De resto ela foi toda “sorrisos”, charme e muita elegância. Foi a segunda presença da modelo no Fashion -Rio. Dois anos atrás ela já havia desfilado pela marca Lenny. A TNG fez um desfile correto e valorizou o clássico e o esportivo para a próxima temporada outono-inverno.
No quesito alta-costura, quem esteve imbatível, como sempre, foi a Santa Ephigênia. Luciano Canale e Marco Maia, o casal de estilistas que cuida da marca, se inspirou no mito dos ciganos e andarilhos para criar uma moda que se propõe a deixar a mulher misteriosa e cheia de climas. Vestidões rodados, echarpes, véus.
Victor Dzenk surpreendeu com sua coleção inspirada na Lituânia, terra dos seus antepassados. Vestidos longos, rodados, que misturavam o marrom com cores fortes como o turquesa e o laranja, e acessórios feitos de peles sintéticas. Tudo muito bonito e cheio de classe. Depois do desfile Mr. Dzenk me disse que, apesar de ser o seu terceiro Fashion-Rio, só dessa vez ele ficou realmente satisfeito com o resultado final do seu trabalho.
A Maria Bonita fez o primeiro desfile do festival de moda e deu um show com seus vestidos que possuíam uma personalidade própria. Na platéia a cantora Marina e o seu irmão Antonio Cícero, foram prestigiar o amigo Marcelo Pies, que trabalhou na produção do desfile. Depois, para comemorar o sucesso do desfile fomos todos jantar no GERO, em companhia do poeta Eucanãa Ferraz. Foi tudo um luxo. O desfile, o jantar, o papo e o astral.
Como acontece em todas as edições do Fashion-Rio, o MAM está uma festa. Tem Toni Platão cantando no stand do Caderno Ela. E tem também um DJ fantástico tocando no stand da Motorola. Mas, o lugar mais fervido do Fashion-Rio, sem dúvida alguma, é o lounge da Érika Palomino. Érika está cada vez mais espevitada. Colocou um aplique no cabelo e isso a deixou com um jeito ainda mais sapeca. Ela já se tornou um personagem do Fashion Rio, tanto que, a convite da OI, novo patrocinador, editou um número especial da revista da empresa sobre o evento. No próximo sábado, para fechar a série de desfiles em grande estilo, Érika Palomino promove uma super festa no VIP’S MOTEL.
Os melhores momentos do Fashion-Rio: a presença de Mariana Weickert, dando o seu toque de classe na passarela; os lounges da Motorola e da OI, simpáticos e animados; a edição especial diária do Caderno Ela; o stand do SEBRAE, elegante e profissional, que tem costureiras trabalhando todo o tempo; o Fashion Business, que está um luxo, com negócios sendo fechados a todo o momento; a bonita decoração que Luciana Conde fez para o restaurante de Adriana Mattar...
O pior momento do Fashion-Rio: a trilha sonora dos desfiles. Por favor, matem o DJ! A música sempre no último volume, provocando reverberação. No desfile da Marcela Virzi o som era heavy metal! Pasmem. Os vestidos eram lindos, certamente a melhor coleção da Virzi, mas a apresentação foi prejudicada por aquele barulho ensurdecedor. O Estúdio apresentou sua coleção com uma música techno que parecia ruídos. E a Maria Bonita exibiu sua divina coleção ao som do chato do Arnaldo Antunes. Pôxa!
DECADENCE AVEC ELEGANCE - Naomi Campbell esteve deslumbrante no desfile da TNG, a marca que fechou os desfiles do segundo dia do Fashion-Rio. A negona estava linda, num modelito outonal que valorizava sua feminilidade. A roupa era bem discreta, mas a falta de um botão deixou-a com um dos peitos de fora. Tipicamente Naomi! De resto ela foi toda “sorrisos”, charme e muita elegância. Foi a segunda presença da modelo no Fashion -Rio. Dois anos atrás ela já havia desfilado pela marca Lenny. A TNG fez um desfile correto e valorizou o clássico e o esportivo para a próxima temporada outono-inverno.
No quesito alta-costura, quem esteve imbatível, como sempre, foi a Santa Ephigênia. Luciano Canale e Marco Maia, o casal de estilistas que cuida da marca, se inspirou no mito dos ciganos e andarilhos para criar uma moda que se propõe a deixar a mulher misteriosa e cheia de climas. Vestidões rodados, echarpes, véus.
Victor Dzenk surpreendeu com sua coleção inspirada na Lituânia, terra dos seus antepassados. Vestidos longos, rodados, que misturavam o marrom com cores fortes como o turquesa e o laranja, e acessórios feitos de peles sintéticas. Tudo muito bonito e cheio de classe. Depois do desfile Mr. Dzenk me disse que, apesar de ser o seu terceiro Fashion-Rio, só dessa vez ele ficou realmente satisfeito com o resultado final do seu trabalho.
A Maria Bonita fez o primeiro desfile do festival de moda e deu um show com seus vestidos que possuíam uma personalidade própria. Na platéia a cantora Marina e o seu irmão Antonio Cícero, foram prestigiar o amigo Marcelo Pies, que trabalhou na produção do desfile. Depois, para comemorar o sucesso do desfile fomos todos jantar no GERO, em companhia do poeta Eucanãa Ferraz. Foi tudo um luxo. O desfile, o jantar, o papo e o astral.
Como acontece em todas as edições do Fashion-Rio, o MAM está uma festa. Tem Toni Platão cantando no stand do Caderno Ela. E tem também um DJ fantástico tocando no stand da Motorola. Mas, o lugar mais fervido do Fashion-Rio, sem dúvida alguma, é o lounge da Érika Palomino. Érika está cada vez mais espevitada. Colocou um aplique no cabelo e isso a deixou com um jeito ainda mais sapeca. Ela já se tornou um personagem do Fashion Rio, tanto que, a convite da OI, novo patrocinador, editou um número especial da revista da empresa sobre o evento. No próximo sábado, para fechar a série de desfiles em grande estilo, Érika Palomino promove uma super festa no VIP’S MOTEL.
Os melhores momentos do Fashion-Rio: a presença de Mariana Weickert, dando o seu toque de classe na passarela; os lounges da Motorola e da OI, simpáticos e animados; a edição especial diária do Caderno Ela; o stand do SEBRAE, elegante e profissional, que tem costureiras trabalhando todo o tempo; o Fashion Business, que está um luxo, com negócios sendo fechados a todo o momento; a bonita decoração que Luciana Conde fez para o restaurante de Adriana Mattar...
O pior momento do Fashion-Rio: a trilha sonora dos desfiles. Por favor, matem o DJ! A música sempre no último volume, provocando reverberação. No desfile da Marcela Virzi o som era heavy metal! Pasmem. Os vestidos eram lindos, certamente a melhor coleção da Virzi, mas a apresentação foi prejudicada por aquele barulho ensurdecedor. O Estúdio apresentou sua coleção com uma música techno que parecia ruídos. E a Maria Bonita exibiu sua divina coleção ao som do chato do Arnaldo Antunes. Pôxa!
7.1.05
DECADENCE AVEC ELEGANCE - Na próxima sexta, dia 14, a noite do Rio vai pegar fogo com a festa da COLCCI, no Hotel Glória. A festa vai ser logo após o desfile que a marca promove no Fashion-Rio, lançando sua coleção para a temporada outono-inverno. O desfile se tornou um dos mais concorridos da maratona da moda desde que a marca anunciou a presença da top Gisele Budchen na passarela. No lançamento da coleção primavera-verão a atração foi Liz Jagger, filha de Mick. No ano passado a COLCCI já havia trazido a espevitada Paris Hilton, a top milionária, herdeira da cadeia de hotéis, cujo ex-namorado filmou uma noite de amor com a moça e depois tornou o filme público. Aliás, o canal SEX-HOT exibe amanhã, dia 8, o tal video erótico dos pombinhos...
O estilista mineiro Vitor Dzenk me disse que sua coleção será toda inspirada nos seus antepassados da Lituania. Desta longínqua terra de invernos rigorosos e povo alegre,onde nasceram seus avós paternos, o estilista trouxe as principais apostas para a próxima estação. Com um olho na temperatura brasileira e outro no desejo de sua consumidora, Dzenk criou uma coleção que traz muitas peles tecnológicas em casacos, maxi-coletes e pelerines. O couro também está presente, assim como as referências folk, estampas, patchworks e o look gitano. Referências às vestimentas tradicionais da Lituânia são transportadas para uma mulher contemporânea.
A LETTER TO TRUE - O fotógrafo Bruce Weber, que revolucionou os editoriais de moda nos anos 80, lançou novo filme. Um documentário sobre o melhor amigo do homem. Cães de estimação são filmados pelo artista com o mesmo carinho e apuro visual que ele dedica aos seus modelos masculinos. O personahgem principal é o seu próprio cão, chamado True. Bruce já dirigiu filmes sobre Chet Baker e sobre artes marciais. Um de seus filmes, Broken Noses, se dedica a mostrar com uma boa dose de voyeurismo, o cotidiano de adolescentes que frequentam uma academia de boxe na Califórnia. As imagens idílicas, em preto e branco, são um colírio para os olhos.
Heróis do Rio é um fotolog só com imagens de soldados do Corpo de Bombeiros. Puro fetiche...
Marcio G é jornalista e leitor assíduo deste blog. Seu fotolog está cheio de fotos bacanas...
Bento Moreira Lima Neto é um pintor do Maranhão que tem um traço muito interessante. Descobri sua exposição e recomendo aos leitores deste blog...
O estilista mineiro Vitor Dzenk me disse que sua coleção será toda inspirada nos seus antepassados da Lituania. Desta longínqua terra de invernos rigorosos e povo alegre,onde nasceram seus avós paternos, o estilista trouxe as principais apostas para a próxima estação. Com um olho na temperatura brasileira e outro no desejo de sua consumidora, Dzenk criou uma coleção que traz muitas peles tecnológicas em casacos, maxi-coletes e pelerines. O couro também está presente, assim como as referências folk, estampas, patchworks e o look gitano. Referências às vestimentas tradicionais da Lituânia são transportadas para uma mulher contemporânea.
A LETTER TO TRUE - O fotógrafo Bruce Weber, que revolucionou os editoriais de moda nos anos 80, lançou novo filme. Um documentário sobre o melhor amigo do homem. Cães de estimação são filmados pelo artista com o mesmo carinho e apuro visual que ele dedica aos seus modelos masculinos. O personahgem principal é o seu próprio cão, chamado True. Bruce já dirigiu filmes sobre Chet Baker e sobre artes marciais. Um de seus filmes, Broken Noses, se dedica a mostrar com uma boa dose de voyeurismo, o cotidiano de adolescentes que frequentam uma academia de boxe na Califórnia. As imagens idílicas, em preto e branco, são um colírio para os olhos.
Heróis do Rio é um fotolog só com imagens de soldados do Corpo de Bombeiros. Puro fetiche...
Marcio G é jornalista e leitor assíduo deste blog. Seu fotolog está cheio de fotos bacanas...
Bento Moreira Lima Neto é um pintor do Maranhão que tem um traço muito interessante. Descobri sua exposição e recomendo aos leitores deste blog...
3.1.05
A FESTA DE KATY - A virada do ano foi em Angra dos Reis e, quando cheguei ao Rio estava exausto. Dormi até tarde e quando acordei havia um recado do meu querido amigo Antonio Carlos Miguel, me convidando para o aniversário de sua esposa Katy. Adoro Antonio e Katy e estar com eles é sempre sinônimo de bom papo e boas risadas. Não deu outra. A festa da Katy foi um luxo, Apenas um pequeno grupo de amigos, bebida farta e uma comida deliciosa. Roger Levy, Gilvan Nunes, Duse Nacarati, Marcus Alvisi, Leonardo Vieira, Ezequiel Neves, entre outros.
Foi no domingo, dia 2 de dezembro e a noite estava linda, com uma lua que podíamos admirar da janela. O mais bacana da festa é que havia um clima muito positivo por parte das pessoas. E isso fez com que eu me sentisse começando o ano ao lado das pessoas certas. Quando eu desejei feliz ano novo para o Antonio, começamos a conversar e ele me disse uma frase que me tocou muito: "Eu estou vivendo os melhores dias da minha vida. Nunca fui tão feliz quanto estou sendo agora". Logo depois estávamos conversando com o ator Leonardo Vieira e falávamos sobre datas de aniversários, signos, etc. Ao comentar sobre o inferno astral, período imediatamente anterior a data do aniversário, segundo o zodíaco, Leo afirmou: "Eu sou tão sortudo que até o meu inferno astral é um paraíso". Pois é. Eu realmente comecei o ano ao lado das pessoas certas.
Katy estava muito feliz por estar ao lado dos seus amigos. No computador, ela mostrou algumas fotos digitais que haviam sido feitas durante um passeio de barco com um grupo de turistas da Africa do Sul, amigos de Gilvan Nunes, que é artista plástico e fez recentemente uma exposição por lá. No dia 28 de dezembro eles alugaram um barco e fizeram um passeio pela baía da Guanabara. As fotos ficaram bem curiosas, com todo mundo meio bêbado, tendo ao fundo a paisagem maravilhosa do Rio.
Duse Nacarati me contou que vai começar a ensaiar uma peça com o Ricardo Blat, que é uma adaptação de um texto de Chico Xavier. Ela estava toda bonita, cheia de pulseiras e colares. Rimos muito quando ela ficou contando a festa que tinha ido no Reveillon, no apartamento de um banqueiro inglês que está morando no Rio. No final da festa, Katy fez uma surpresa: serviu arroz doce como sobremesa. Só de pensar fico com água na boca.
O VERÃO DE 2005 - Foi uma festa de arromba a apresentação de Margareth Menezes no Canecão. A mulher está cada dia mais bonita e cheia de energia. Cantando e dançando ela animou a platéia que se sentiu correndo atrás de um trio elétrico. Na platéia, muitos turistas estrangeiros e a juventude dourada do Rio, turma que prefere o carnaval baiano. Também estavam lá Luiza Brunet, com Armando e Carlos Tufvesson, com André Piva. Lui Mendes chegou acompanhado do amigo de longa data André Gonçalves. Mais Leonardo Bricio, Marlene Matos e Ery Jonhson. Todo mundo dançou muito com os ritmos baianos e, depois do show, fomos tomar um champanhe com a cantora.
André Gonçalves estava hilário usando um chapéu de vaqueiro. Sempre com aquele seu jeito amoroso e gentil que caracteriza sua personalidade. Ele ficava todo o tempo comentando sobre a beleza da Margareth, elogiando as pernas saradas e a pele da cantora. Disse que está adorando fazer a novela do Agnaldo Silva e que esta semana iria gravar ótimas cenas do seu personagem. E me contou que vai começar a ensaiar a peça Inês de Castro, para ser exibida no teatro Villa Lobos. Enquanto conversava André fazia piadas e debochava de tudo, provocando gargalhadas na Luisa Brunet que estava ao nosso lado, enquanto devorávamos uns petiscos deliciosos do buffet que havia no camarim.
Quando saímos do Canecão fomos dar uma volta na Urca, um dos bairros mais bonitos do Rio. Éramos eu, Lui, André e um casal de amigos. Paramos o carro, sentamos na mureta que margeia a baía e ficamos admirando a vista do Rio. As luzes acesas do outro lado da baía da Guanabara, um barco que passava ao longe e a lua na noite estrelada. Ficamos batendo papo, jogando conversa fora, falando da vida e dos nossos amigos. Até que bateu o cansaço e fomos para casa dormir.
MANHATTAN CONNECTION - Os fãs do Paulo Francis estão indignados com o Diogo Mainardi. Alguém precisa dizer a esse moço que cara de pau tem limite! Na sua última coluna na revista VEJA (que Caetano Veloso só chama de revista INVEJA), Mainardi escreveu que a opinião geral é que ele é uma versão piorada do Paulo Francis. Opinião geral? Nunca soube de ninguém que achasse que ele tivesse qualquer semelhança com o Francis. Esse artigo do Mainardi, cujo titulo é "Versão piorada de Paulo Francis", é uma tentativa de golpe. Ele quer se apropriar da herança intelectual do jornalista no grito.
Paulo Francis deve estar se revirando no túmulo. O que o Diogo Mainardi está tentando fazer com o Francis é comparável ao que Luciana Gimenez fez com o Mick Jagger. Ele quer ter um filho póstumo do grande jornalista. Seu artigo é tão imoral quanto o fato de Luciana Gimenez ter furado a camisinha do vocalista dos Rolling Stones. Que golpe baixo! Com a desculpa de estar reverenciando o jornalista, o pilantra tenta se "eleger" o herdeiro de Paulo Francis. Diogo Mainardi seria mais bacana com seus leitores se contasse para eles como foi o seu "caso" com o escritor Gore Vidal, com quem viveu numa aprazível villa na cidade de Ravello, na Itália. Será que "tia" Gore beija bem? Será que sua busca por prestígio intelectual é tão obsessiva que ele foi capaz de dormir com Gore Vidal a fim de convencê-lo a escrever o prefácio do seu livro? Whaal...
Diogo Mainardi é um homem rico. Riquíssimo. Ao mesmo tempo, ele sempre teve ambições intelectuais. Sempre teve a vaidade de ser um pensador. Assim decidiu comprar o prestígio intelectual que o dinheiro da família não lhe dava. Começou comprando a coluna na revista Veja. Alguém precisa falar a verdade. Ele só assina aquela coluna na VEJA porque a sua família tem negócios estratégicos com a editora Abril. Seus livros só foram editados graças à influência de sua família milionária. Não foi por talento ou prestígio intelectual que ele conseguiu espaço na mídia. Foi tudo comprado. Ele é um Riquinho!
O mais irritante no artigo de Mr. Mainardi é que ele tenta ser condescendente com o Francis, como se o saudoso jornalista precisasse disso. Diz que o romance Trinta anos essa noite, relançado há dois anos, passou em branco. E que ninguém se lembra de sua obra, apenas do seu talento para o deboche e do seu ar afetado. Isso é uma mentira deslavada. O pilantra fala do Francis como se ele estivesse sido esquecido e que agora o bom moço da imprensa estivesse mostrando ao povo o quanto ele foi realmente genial. Calhorda! Patife! O que o Riquinho quer fazer com o Francis é o mesmo o que as loiras boazudas fazem com jogadores de futebol. Ele quer pegar barriga de um jornalista que já morreu. Covarde!
Sou admirador do Paulo Francis desde sempre. Conheço sua obra. Sempre acompanhei sua carreira com muito carinho pois ele foi uma referência jornalística fundamental para mim. Ele é cultuado por jornalistas e escritores. E se o relançamento do seu romance não teve maiores repercussões é porque a sua produção jornalistica foi tão rica, vasta e importante, que sempre sufocou sua produção literária. Mesmo quando ele estava vivo. Não posso aceitar agora que esse aventureiro venha se colocar como um "novo Paulo Francis". Riquinho é apenas um deslumbrando. Um pseudo-intelectual emergente. Um sujeito carreirista que não adquiriu prestigio intelectual. Ele comprou.
Semana passada, no Manhattan Connection, Riquinho recomendou o livro do Francis, Trinta anos essa noite e disse que vários "amigos" seus haviam lançado livros últimamente, mas o melhor era o do Francis. E citou, com o sotaque paulista que lhe dá um ar pedante, seus "amigos": Millôr, Jabor, Ivan Lessa, João Ubaldo... Citou vários. Todos medalhões da cultura brasileira. Eu ouvi aquilo e pensei: Quem esse cara pensa que é para ficar citando o nome de importantes intelectuais como se fossem seus amigos? Será que são amigos mesmo? Mainardi é um deslumbrado, um emergente. Se ele é amigo dessa gente toda, certamente ele comprou as amizades. Até porque, intelectuais, a exemplo das grandes prostitutas, estão sempre à venda.
Na orelha do seu livro, Tapas e Pontapés, uma coletânea daqueles artigos idiotas escritos para a VEJA, Riquinho se apresenta como um "profissional de opinião". Profissional de opinião? Achei engraçado Diogo dizer que é um "profissional de opinião". Há os profissionais do sexo, é claro. Mas profissional de opinião??? Será que Diogo só abre a cabeça pra quem paga? Será que ele goza quando consegue pensar alguma coisa??? Ou será que tudo não passa da mais pura masturbação?...
Foi no domingo, dia 2 de dezembro e a noite estava linda, com uma lua que podíamos admirar da janela. O mais bacana da festa é que havia um clima muito positivo por parte das pessoas. E isso fez com que eu me sentisse começando o ano ao lado das pessoas certas. Quando eu desejei feliz ano novo para o Antonio, começamos a conversar e ele me disse uma frase que me tocou muito: "Eu estou vivendo os melhores dias da minha vida. Nunca fui tão feliz quanto estou sendo agora". Logo depois estávamos conversando com o ator Leonardo Vieira e falávamos sobre datas de aniversários, signos, etc. Ao comentar sobre o inferno astral, período imediatamente anterior a data do aniversário, segundo o zodíaco, Leo afirmou: "Eu sou tão sortudo que até o meu inferno astral é um paraíso". Pois é. Eu realmente comecei o ano ao lado das pessoas certas.
Katy estava muito feliz por estar ao lado dos seus amigos. No computador, ela mostrou algumas fotos digitais que haviam sido feitas durante um passeio de barco com um grupo de turistas da Africa do Sul, amigos de Gilvan Nunes, que é artista plástico e fez recentemente uma exposição por lá. No dia 28 de dezembro eles alugaram um barco e fizeram um passeio pela baía da Guanabara. As fotos ficaram bem curiosas, com todo mundo meio bêbado, tendo ao fundo a paisagem maravilhosa do Rio.
Duse Nacarati me contou que vai começar a ensaiar uma peça com o Ricardo Blat, que é uma adaptação de um texto de Chico Xavier. Ela estava toda bonita, cheia de pulseiras e colares. Rimos muito quando ela ficou contando a festa que tinha ido no Reveillon, no apartamento de um banqueiro inglês que está morando no Rio. No final da festa, Katy fez uma surpresa: serviu arroz doce como sobremesa. Só de pensar fico com água na boca.
O VERÃO DE 2005 - Foi uma festa de arromba a apresentação de Margareth Menezes no Canecão. A mulher está cada dia mais bonita e cheia de energia. Cantando e dançando ela animou a platéia que se sentiu correndo atrás de um trio elétrico. Na platéia, muitos turistas estrangeiros e a juventude dourada do Rio, turma que prefere o carnaval baiano. Também estavam lá Luiza Brunet, com Armando e Carlos Tufvesson, com André Piva. Lui Mendes chegou acompanhado do amigo de longa data André Gonçalves. Mais Leonardo Bricio, Marlene Matos e Ery Jonhson. Todo mundo dançou muito com os ritmos baianos e, depois do show, fomos tomar um champanhe com a cantora.
André Gonçalves estava hilário usando um chapéu de vaqueiro. Sempre com aquele seu jeito amoroso e gentil que caracteriza sua personalidade. Ele ficava todo o tempo comentando sobre a beleza da Margareth, elogiando as pernas saradas e a pele da cantora. Disse que está adorando fazer a novela do Agnaldo Silva e que esta semana iria gravar ótimas cenas do seu personagem. E me contou que vai começar a ensaiar a peça Inês de Castro, para ser exibida no teatro Villa Lobos. Enquanto conversava André fazia piadas e debochava de tudo, provocando gargalhadas na Luisa Brunet que estava ao nosso lado, enquanto devorávamos uns petiscos deliciosos do buffet que havia no camarim.
Quando saímos do Canecão fomos dar uma volta na Urca, um dos bairros mais bonitos do Rio. Éramos eu, Lui, André e um casal de amigos. Paramos o carro, sentamos na mureta que margeia a baía e ficamos admirando a vista do Rio. As luzes acesas do outro lado da baía da Guanabara, um barco que passava ao longe e a lua na noite estrelada. Ficamos batendo papo, jogando conversa fora, falando da vida e dos nossos amigos. Até que bateu o cansaço e fomos para casa dormir.
MANHATTAN CONNECTION - Os fãs do Paulo Francis estão indignados com o Diogo Mainardi. Alguém precisa dizer a esse moço que cara de pau tem limite! Na sua última coluna na revista VEJA (que Caetano Veloso só chama de revista INVEJA), Mainardi escreveu que a opinião geral é que ele é uma versão piorada do Paulo Francis. Opinião geral? Nunca soube de ninguém que achasse que ele tivesse qualquer semelhança com o Francis. Esse artigo do Mainardi, cujo titulo é "Versão piorada de Paulo Francis", é uma tentativa de golpe. Ele quer se apropriar da herança intelectual do jornalista no grito.
Paulo Francis deve estar se revirando no túmulo. O que o Diogo Mainardi está tentando fazer com o Francis é comparável ao que Luciana Gimenez fez com o Mick Jagger. Ele quer ter um filho póstumo do grande jornalista. Seu artigo é tão imoral quanto o fato de Luciana Gimenez ter furado a camisinha do vocalista dos Rolling Stones. Que golpe baixo! Com a desculpa de estar reverenciando o jornalista, o pilantra tenta se "eleger" o herdeiro de Paulo Francis. Diogo Mainardi seria mais bacana com seus leitores se contasse para eles como foi o seu "caso" com o escritor Gore Vidal, com quem viveu numa aprazível villa na cidade de Ravello, na Itália. Será que "tia" Gore beija bem? Será que sua busca por prestígio intelectual é tão obsessiva que ele foi capaz de dormir com Gore Vidal a fim de convencê-lo a escrever o prefácio do seu livro? Whaal...
Diogo Mainardi é um homem rico. Riquíssimo. Ao mesmo tempo, ele sempre teve ambições intelectuais. Sempre teve a vaidade de ser um pensador. Assim decidiu comprar o prestígio intelectual que o dinheiro da família não lhe dava. Começou comprando a coluna na revista Veja. Alguém precisa falar a verdade. Ele só assina aquela coluna na VEJA porque a sua família tem negócios estratégicos com a editora Abril. Seus livros só foram editados graças à influência de sua família milionária. Não foi por talento ou prestígio intelectual que ele conseguiu espaço na mídia. Foi tudo comprado. Ele é um Riquinho!
O mais irritante no artigo de Mr. Mainardi é que ele tenta ser condescendente com o Francis, como se o saudoso jornalista precisasse disso. Diz que o romance Trinta anos essa noite, relançado há dois anos, passou em branco. E que ninguém se lembra de sua obra, apenas do seu talento para o deboche e do seu ar afetado. Isso é uma mentira deslavada. O pilantra fala do Francis como se ele estivesse sido esquecido e que agora o bom moço da imprensa estivesse mostrando ao povo o quanto ele foi realmente genial. Calhorda! Patife! O que o Riquinho quer fazer com o Francis é o mesmo o que as loiras boazudas fazem com jogadores de futebol. Ele quer pegar barriga de um jornalista que já morreu. Covarde!
Sou admirador do Paulo Francis desde sempre. Conheço sua obra. Sempre acompanhei sua carreira com muito carinho pois ele foi uma referência jornalística fundamental para mim. Ele é cultuado por jornalistas e escritores. E se o relançamento do seu romance não teve maiores repercussões é porque a sua produção jornalistica foi tão rica, vasta e importante, que sempre sufocou sua produção literária. Mesmo quando ele estava vivo. Não posso aceitar agora que esse aventureiro venha se colocar como um "novo Paulo Francis". Riquinho é apenas um deslumbrando. Um pseudo-intelectual emergente. Um sujeito carreirista que não adquiriu prestigio intelectual. Ele comprou.
Semana passada, no Manhattan Connection, Riquinho recomendou o livro do Francis, Trinta anos essa noite e disse que vários "amigos" seus haviam lançado livros últimamente, mas o melhor era o do Francis. E citou, com o sotaque paulista que lhe dá um ar pedante, seus "amigos": Millôr, Jabor, Ivan Lessa, João Ubaldo... Citou vários. Todos medalhões da cultura brasileira. Eu ouvi aquilo e pensei: Quem esse cara pensa que é para ficar citando o nome de importantes intelectuais como se fossem seus amigos? Será que são amigos mesmo? Mainardi é um deslumbrado, um emergente. Se ele é amigo dessa gente toda, certamente ele comprou as amizades. Até porque, intelectuais, a exemplo das grandes prostitutas, estão sempre à venda.
Na orelha do seu livro, Tapas e Pontapés, uma coletânea daqueles artigos idiotas escritos para a VEJA, Riquinho se apresenta como um "profissional de opinião". Profissional de opinião? Achei engraçado Diogo dizer que é um "profissional de opinião". Há os profissionais do sexo, é claro. Mas profissional de opinião??? Será que Diogo só abre a cabeça pra quem paga? Será que ele goza quando consegue pensar alguma coisa??? Ou será que tudo não passa da mais pura masturbação?...
A VIDA PASSA - A exemplo do ano passado, meu Reveillon foi em Angra dos Reis. Uma noite linda, o céu estrelado e a bela vista da Baía de Angra. Tive o privilégio de passar o ano-novo na residência do prefeito de Angra, Fernando Jordão, que foi reeleito com mais de 70 % dos votos válidos. Nem precisa dizer que ele estava muito feliz por ter tido o seu trabalho aprovado pelo povo. Além de mim e do deputado federal Luiz Rogério Magalhães, só havia a família do prefeito, o que deu um saudável clima intimista e familiar ao Reveillon. Enquanto degustávamos um saboroso vinho tinto, que acompanhava as delícias servidas no jantar, Fernando Jordão me falou sobre os seus projetos para o novo mandato. E disse que tinha sido reeleito porque sua condição de administrador de empresas o permitia conseguir melhores resultados no seu trabalho na prefeitura.
Depois fui esticar na festa promovida pelo empresário Tuca Maia, no Porto Marina. Foi aquela coisa: gente bonita, bebida farta e aquelas figuras fáceis de coluna social. O melhor da festa foi encontrar Miguel Kelner, o modelo e lutador de jiu-jitsu. Ele me deu um abraço super apertado e eu percebi muita sinceridade quando ele me desejou feliz ano novo. De resto, não apreciei muito a festa. Ali, no meio daquele turbilhão, eu só pensava naquelas milhares de pessoas que perderam a vida no maremoto. Precisei me controlar para não chorar durante a festa.
O melhor do Reveillon foi no dia seguinte: a procissão dos barcos, na baía de Angra. É uma festa impressionante. Mil e quinhenots barcos, a maioria fantasiado, som alto. O mar fica parecendo a Marquês de Sapucaí. Estava um dia lindo, de céu claro, sol e calor. Tinha barcos com temas pré-históricos, Egito antigo, orientais, guerrilheiros árabes e muitos com fantasias variadas. Mas, o que eu mais gostei foi do barco do corpo de bombeiros, que acompanha a procissão, cheio de salva-vidas gostosões, atentos a multidão de gente bêbada e louca que dançava com o som alto que ecoava de todas as embarcações. Quem ganhou o concurso foi o barco da torcida FLA-ANGRA, todo decorado com enormes bandeiras nas cores vermelho e preto. E uma enorme desenho de Che Guevara lá no alto. Além disso, havia um batalhão de bonitos rapazes de sungas, que ficavam rebolando ao som dos sucessos de Ivete Sangalo. Mereceu ganhar o primeiro prêmio. No meio da baía, um gigantesco transatlântico, lotado de turistas, que observavam incrédulos e curiosos a festa lá embaixo.
A POSSE DO PREFEITO DE ANGRA - Fernando Jordão, o prefeito reeleito de Angra dos Reis, foi ovacionado pelo público que lotou o Teatro Municipal da cidade durante a posse, que começou às 10 da manhã do dia primeiro. Num discurso emocionado Jordão chegou às lágrimas quando lembrou um conselho do seu pai, que estava na platéia. "Meu pai me disse: Procure melhorar a vida dos mais necessitados porque , automaticamente, voce estará melhorando a vida da classe média e dos ricos".
Fernando Jordão também citou Leonel Brizola que, a despeito de ter idéias políticas diferentes da sua, é uma fonte de inspiração no que diz respeito à preocupação com a parcela menos favorecida da população. Agradeceu a ajuda do governo estadual que, segundo ele, deu total apoio a sua administração. Tanto que na posse, o representante da governadora Rosinha Garotinho foi o Secertário Estadual de Administração Luiz Rogério Magalhães. Também fez referências elogiosas ao presidente Lula e o seu espírito democrático.
Acho que fui reeleito porque a população consegue ver, na prática, o resultado do nosso trabalho. Nós pavimentamos a entrada da cidade que estava muito feia. O cais do centro foi todo reconstruído e transformado numa área de lazer para as famílias, as crianças e os idosos. Fizemos um trabalho exaustivo na limpeza da cidade, nos esgotos e no trânsito. E construimos um sem número de casas populares. E não é casa mixuruca, não. São casas decentes, bem equipadas. Gostaria que a imprensa visitasse nosso trabalho de casas populares pois tenho certeza que é uma referência nacional nessa área. Só não fizemos mais porque aquela tragédia de 2002, um temporal que matou 40 pessoas em Angra, deu um prejuízo muito grande à prefeitura.
Com a tranquilidade de quem teve seu trabalho aprovado pelo povo, Fernando Jordão evita criticas aos adversários políticos. "Durante doze anos Angra dos Reis foi governada pelo PT. Foram três mandatos diferentes de candidatos petistas. Prefeitos que falavam muito, propunham muita coisa, mas a população não via o resultado daqueles sonhos na vida prática. Eu sou um administrador por vocação e por estudo. Então eu consigo transformar os meus sonhos e os da população numa coisa prática, numa realidade. E foi por isso que os angrenses votaram em mim: porque viram que havia um prefeito na cidade".
Moradores da cidade se manifestaram de forma positiva com relação ao prefeito. O motorista de táxi Sebastião de Moura Neves, por exemplo, disse: "Sou nascido e criado em Angra e votei no Fernando Jordão. A cidade melhorou muito na adminsitração dele. Nós ficamos mais de dez anos na mão do PT e não aconteceu nada. Era só discurso e conversa fiada. Não sei o que aquele povo fazia com nosso dinheiro".
Junto com a posse do prefeito foi feita a posse dos onze vereadores que compunham a Câmara. A única representante do PT foi a ex vice-prefeita do último mandato petista, Maria da Conceição Rabha. Em seu discurso a vereadora disse que não pretende fazer uma oposição sistematica ao prefeito, mas que vai fiscalizar todas as decisões dele. Maria também fez referência elogiosas ao Presidente da República, mas quando afirmou que o governo Lula é o que mais tem trabalhado pelos pobres ela recebeu uma sonora vaia do público que superlotava o Teatro Municipal de Angra.
Depois fui esticar na festa promovida pelo empresário Tuca Maia, no Porto Marina. Foi aquela coisa: gente bonita, bebida farta e aquelas figuras fáceis de coluna social. O melhor da festa foi encontrar Miguel Kelner, o modelo e lutador de jiu-jitsu. Ele me deu um abraço super apertado e eu percebi muita sinceridade quando ele me desejou feliz ano novo. De resto, não apreciei muito a festa. Ali, no meio daquele turbilhão, eu só pensava naquelas milhares de pessoas que perderam a vida no maremoto. Precisei me controlar para não chorar durante a festa.
O melhor do Reveillon foi no dia seguinte: a procissão dos barcos, na baía de Angra. É uma festa impressionante. Mil e quinhenots barcos, a maioria fantasiado, som alto. O mar fica parecendo a Marquês de Sapucaí. Estava um dia lindo, de céu claro, sol e calor. Tinha barcos com temas pré-históricos, Egito antigo, orientais, guerrilheiros árabes e muitos com fantasias variadas. Mas, o que eu mais gostei foi do barco do corpo de bombeiros, que acompanha a procissão, cheio de salva-vidas gostosões, atentos a multidão de gente bêbada e louca que dançava com o som alto que ecoava de todas as embarcações. Quem ganhou o concurso foi o barco da torcida FLA-ANGRA, todo decorado com enormes bandeiras nas cores vermelho e preto. E uma enorme desenho de Che Guevara lá no alto. Além disso, havia um batalhão de bonitos rapazes de sungas, que ficavam rebolando ao som dos sucessos de Ivete Sangalo. Mereceu ganhar o primeiro prêmio. No meio da baía, um gigantesco transatlântico, lotado de turistas, que observavam incrédulos e curiosos a festa lá embaixo.
A POSSE DO PREFEITO DE ANGRA - Fernando Jordão, o prefeito reeleito de Angra dos Reis, foi ovacionado pelo público que lotou o Teatro Municipal da cidade durante a posse, que começou às 10 da manhã do dia primeiro. Num discurso emocionado Jordão chegou às lágrimas quando lembrou um conselho do seu pai, que estava na platéia. "Meu pai me disse: Procure melhorar a vida dos mais necessitados porque , automaticamente, voce estará melhorando a vida da classe média e dos ricos".
Fernando Jordão também citou Leonel Brizola que, a despeito de ter idéias políticas diferentes da sua, é uma fonte de inspiração no que diz respeito à preocupação com a parcela menos favorecida da população. Agradeceu a ajuda do governo estadual que, segundo ele, deu total apoio a sua administração. Tanto que na posse, o representante da governadora Rosinha Garotinho foi o Secertário Estadual de Administração Luiz Rogério Magalhães. Também fez referências elogiosas ao presidente Lula e o seu espírito democrático.
Acho que fui reeleito porque a população consegue ver, na prática, o resultado do nosso trabalho. Nós pavimentamos a entrada da cidade que estava muito feia. O cais do centro foi todo reconstruído e transformado numa área de lazer para as famílias, as crianças e os idosos. Fizemos um trabalho exaustivo na limpeza da cidade, nos esgotos e no trânsito. E construimos um sem número de casas populares. E não é casa mixuruca, não. São casas decentes, bem equipadas. Gostaria que a imprensa visitasse nosso trabalho de casas populares pois tenho certeza que é uma referência nacional nessa área. Só não fizemos mais porque aquela tragédia de 2002, um temporal que matou 40 pessoas em Angra, deu um prejuízo muito grande à prefeitura.
Com a tranquilidade de quem teve seu trabalho aprovado pelo povo, Fernando Jordão evita criticas aos adversários políticos. "Durante doze anos Angra dos Reis foi governada pelo PT. Foram três mandatos diferentes de candidatos petistas. Prefeitos que falavam muito, propunham muita coisa, mas a população não via o resultado daqueles sonhos na vida prática. Eu sou um administrador por vocação e por estudo. Então eu consigo transformar os meus sonhos e os da população numa coisa prática, numa realidade. E foi por isso que os angrenses votaram em mim: porque viram que havia um prefeito na cidade".
Moradores da cidade se manifestaram de forma positiva com relação ao prefeito. O motorista de táxi Sebastião de Moura Neves, por exemplo, disse: "Sou nascido e criado em Angra e votei no Fernando Jordão. A cidade melhorou muito na adminsitração dele. Nós ficamos mais de dez anos na mão do PT e não aconteceu nada. Era só discurso e conversa fiada. Não sei o que aquele povo fazia com nosso dinheiro".
Junto com a posse do prefeito foi feita a posse dos onze vereadores que compunham a Câmara. A única representante do PT foi a ex vice-prefeita do último mandato petista, Maria da Conceição Rabha. Em seu discurso a vereadora disse que não pretende fazer uma oposição sistematica ao prefeito, mas que vai fiscalizar todas as decisões dele. Maria também fez referência elogiosas ao Presidente da República, mas quando afirmou que o governo Lula é o que mais tem trabalhado pelos pobres ela recebeu uma sonora vaia do público que superlotava o Teatro Municipal de Angra.
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