28.11.02

Estou chocado com SHAMAN, o novo de disco de Carlos Santana . Simplesmente, o guitarrista recria a música pop do novo século com uma inteligente e harmoniosa seqüência de canções. Esqueçam a evolução tecnológica que domina o pop contemporâneo com seus deejays espetaculares. Em seu novo disco Santana praticamente reinventa a melodia, com seus arranjos e acordes sutis. A influência caliente dos ritmos latinos e o conceito definitivo de world music estão lá. São músicas capazes de levar ao delírio uma pista de dança, com ritmo e charme. E também canções talhadas para fazerem suspirar corações apaixonados.


Do começo ao fim, SHAMAN é uma seqüência de melodias saborosas, que encantam os ouvidos e enlevam a alma. O disco é uma resposta da música ao caos ideológico e moral da nossa época. É como se o artista estivesse mostrando ao seu público que, apesar das dores da existência humana, ainda existe arte. Arte em forma de música. Uma arte que exibe toda a grandeza da existência humana traduzida em canções. Uma arte que faz vibrar no homem os seus sentimentos mais nobres, já que a música de Santana nos transporta ao amor, a fraternidade, a dança, ao sexo, a paixão, a amizade, a solidariedade, ao afeto, a ternura. Nos transporta ao lado mágico da vida.


No álbum anterior, Supernatural, Santana já havia abalado as estruturas do pop com canções definitivas como Maria Maria e Corazon Espinado. O novo álbum é uma evolução do anterior, como conceito e concepção. E nessa evolução ele encontrou a essência da música, transformou-a em canções e fez o primeiro disco definitivamente pop do século vinte e um.

Madonna vem aí...

 

Postagens mais vistas