31.12.11

Ninguém vai poder confiar em seus próprios olhos quando a sua imaginação estiver fora de foco.
UMA LÁGRIMA PARA DANIEL PIZA - No último dia do ano fui surpreendido com a notícia da morte do Daniel Piza, vítima de um AVC aos 41 anos. Piza era um dos meus jornalistas favoritos. Tinha grande admiração pela maneira sóbria e elegante com que ele vivia sua profissão. Ele era um jornalista que tinha "classe", no sentido de elegância, requinte. Seu texto era refinado, informativo. Tinha plena consciência que a função do jornalista, tanto quanto informar, era agregar conhecimento ao leitor. Curiosamente, apesar de traduzir como nenhum outro a profissão de jornalista, ele era formado apenas em Direito. Uma prova cabal que, para ser um grande jornalista, não é preciso diploma.


Daniel Piza era um excelente cronista esportivo. Apaixonado por futebol, escrevia sobre os jogos e campeonatos com o mesmo refinamento com que escrevia sobre escritores russos ou artes plásticas. Em comum, o mesmo conhecimento sobre o tema que discorria, num texto pautado pela elegância e por um original respeito intelectual pelo leitor. O mesmo acontecia quando escrevia sobre política internacional ou economia, temas sempre insalubres, que ele dignificava com seu estilo e personalidade. Para mim, a morte de Daniel Piza foi a maior perda do jornalismo brasileiro, desde a morte de Paulo Francis.


Descanse em paz!





Veja o blog do jornalista: http://blogs.estadao.com.br/daniel-piza/




(Leia abaixo um texto publicado por Daniel Piza no jornal Estado de São Paulo.)





OS MELHORES DO ANO - Todo ano repasso os comentários que fiz sobre livros lançados no Brasil e volto a ver a força dos títulos de não ficção (ensaio, biografia, história, etc) e a saudável onda de reedições de clássicos (sobretudo de ficção e poesia), mas insisto em defender o argumento de que isso não significa que vivemos tempos tão pouco criativos e tão parasitários do passado quanto se pode pensar. É claro que eu queria ler mais e melhores romances atuais e, como volta e meia me queixo aqui, uma cultura menos limitada à reciclagem, porque não raro ela apenas se apropria do nome consagrado em vez de buscar caminhos próprios para dizer o que haveria a dizer. Mas o leitor interessado em livros que relatam grandes experiências e provocam pensamentos ricos – e querem dar bons presentes de Natal, bem mais baratos do que brinquedos, cosméticos ou roupas – tem muitas opções. Eu mesmo, relendo o que escrevi sobre literatura em 2011, parei e pensei em como tive o alento de ler muitas páginas de alto nível.


Os livros de ensaio a meio caminho entre o cultural e o pessoal se destacaram. Não consigo esquecer o prazer que A Lebre com Olhos de Âmbar, de Edmund de Waal, me causou desde as primeiras linhas. Eu diria que é o livro do ano, uma mistura de narrativa e reflexão feita com uma sensibilidade digna de grandes ficcionistas, ainda que não tenha um único fato inventado. De Waal encontrou o que é mais difícil, uma voz autoral, e a acompanhamos em sua peregrinação europeia atrás dos netsuquês de sua família como se ouvíssemos uma sonata de piano. Também viajei no relato de Ronald Watkins sobre a façanha de Vasco da Gama, Por Mares Nunca Dantes Navegados, que fez par com o mais iconoclasta Américo, em que Felipe Fernández-Armesto mostra um Vespuccio ardiloso.


E o que dizer de um ensaio como O Paradoxo Amoroso, de Pascal Bruckner, que lê os desencantos narcisistas contemporâneos com o olhar de um belo contista? Ou de A Beleza Salvará o Mundo, de Tzvetan Todorov, que passeia por Rilke, Tsvetaeva e Wilde para defender o gosto pelas coisas simples? Livros como A História da (in)Felicidade, de Richard Schoch, e mesmo Religião para Ateus, do bom-mocista Alain de Botton, também mostraram que não é exclusividade dos romancistas o acesso a questões do comportamento e da intimidade. Ensaios mais próximos da crítica literária também não foram poucos, e incluíram autores do presente como Coetzee (Mecanismos Internos), James Wood (Como Funciona a Ficção) e outros que sabem que a melhor crítica é uma forma de filosofia. Foi muito bom ver também ensaios de mestres como Thomas Mann (O Escritor e sua Missão), George Orwell (Como Morrem os Pobres) e, agora, esse extraordinário empreendimento da História da Literatura Ocidental, de Otto Maria Carpeaux (Leya e Livraria Cultura).


Por falar em filosofia, igualmente lembrada em novas traduções das cartas de Voltaire e dos ensaios de Hume, a biografia de Schopenhauer por Rüdiger Safranski conseguiu o que poucas conseguem: falar da vida para poder falar melhor da obra. O Dante de Barbara Reynolds não ficou atrás, assim como o Borges de Edwin Williamson; também gostei do Salinger de Kenneth Slawenski. Shakespeare como personagem histórico foi assunto de James Shapiro e, uma vez mais, de Stephen Greenblatt. No Brasil, o que chegou mais perto foi o Vieira de Ronaldo Vainfas. Quanto aos clássicos em si, tivemos novas e ótimas edições do próprio Vieira, de Homero, Galileu, Dickinson, Tolstoi, Machado, Proust, Bernanos. Nada mal.


Os ensaios científicos, que deveriam interessar a qualquer pessoa que preza a filosofia (a amizade à sabedoria), também continuaram em alta, com destaque para o polêmico Miguel Nicolelis, Muito Além do Nosso Eu, e o fundamental Antonio Damásio, E o Cérebro Criou o Homem, em que revê suas idéias sobre a primazia das emoções e analisa as descobertas sobre a participação da edição consciente no fluxo de nossos impulsos e reações. Romances? Claro que curti os novos de Philip Roth, Nêmesis, e DeLillo, Ponto Ômega, o excessivamente bajulado Jonathan Franzen, Liberdade, e também o lírico Um Dia, de David Nicholls, agora em filme. Mas os livros de Damásio, de Waal, Todorov e Bruckner me deram mais satisfação intelectual do que qualquer um de nós espera ter.


Por que não me ufano


O crescimento do terceiro trimestre veio nulo, com alguns sinais especialmente alarmantes na queda do consumo e dos serviços, antes os esteios da economia brasileira. A indústria recuou muito e o índice só não foi negativo por causa das exportações de commodities, algo que também já começa a perder fôlego. E de nada adianta botar a culpa na conjuntura internacional, porque os outros emergentes cresceram muito mais; o Brasil ficou em trigésimo lugar no período, atrás até mesmo da letárgica Europa. Para piorar, a inflação teve repique em novembro, o que significa que as expectativas oficiais para ela e para o PIB no ano que vem são conversa fiada. Enquanto isso, o PAC mal avança, como este jornal mostrou no caso da transposição do rio São Francisco.


Queda de juros e estímulos ao crédito podem atenuar a paralisia, mas está cada vez mais claro que um ciclo relativamente positivo da economia brasileira – motivado por uma série de medidas desde o Plano Real até o crédito consignado, digamos – está chegando ao final. Se não se combater o declínio da indústria, o aumento dos tributos, a carência de tecnologia e o déficit de educação e infraestrutura, em pouco tempo se verão efeitos sobre o emprego e a renda. Ou Dilma Rousseff para de acreditar nos elogios à sua capacidade gerencial (como já escrevi, trocar uma sujeira por outra não é faxina) e começa a agir (mesmo que caiam todos os ministros, pois já existem outros dois na berlinda, Pimentel e Negromonte), ou terá muito mais obstáculos políticos e econômicos adiante.

28.12.11


LUIS BEIÇÃO VAI À LUTA - A rapaziada do Lido, em Copacabana, na maior expectativa por conta do UFC-141 que acontece depois de amanhã, dia 30 de Dezembro. É que o herói do bairro, Luis Beição, vai estar na arena, defendendo as cores do Brasil, lutando contra o americano Matt Riddle. Os bares de Copacabana vão todos estar ligados no Combate, o canal de TV que vai transmitir a luta ao vivo, direto do MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. Desde o momento em que foi escalado para a luta Beição não parou de treinar, sempre com seus parceiros e conselheiros Alexandre Baixinho e Eduardo Júnior. Dieta balanceada, concentração, disciplina nos treinos. E, principalmente, preparo espiritual para encarar o adversário.

Beição é muito querido na região do Lido. Seus amigos, que o conhecem desde menino, se surpreendem com o seu sucesso como lutador. "O Beição sempre foi magrinho, tímido e muito quieto. Ninguém jamais diria que um dia ele ia se tornar um lutador", diz Fabio, um de seus amigos de infância. Seus amigos mais chegados vão se reunir num bar na rua Ronald de Carvalho para assistir juntos o enfrentamento entre os dois lutadores. Antes de viajar para Las Vegas Beição fez questão de se despedir de cada um dos amigos. Desejou feliz Natal e disse que quer dedicar a vitória aos seus amigos da rua. Com a voz embargada e os olhos marejados ele disse: "Nós sempre vamos estar juntos".

Boa sorte, Beição!

Diego Nunes é outro brasileiro que vai lutar no UFC 141. É um exímio kickboxer, que sabe combinar com perfeição elementos do jiu-jitsu em seu estilo de luta. Diego faz parte do "Nogueira Team", o centro de lutas dos gêmeos Nogueira, ou seja Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro. Seu adversário é o armênio Manvel Gamburyan. Veja a seguir cenas do treinamento dos lutadores Beição e Diego Nunes.


14.12.11









FELIZ NATAL + FELIZ 2012




VIVA A VIDA – Os rapazes que ilustram as fotos acima são lutadores de Jiu-jitsu da academia Gracie, filial de Londres. A exemplo do que já acontece nos EUA, a Inglaterra também sucumbiu ao Jiu-jitsu brasileiro. Capitaneados pelo lutador Bráulio Estima (um gênio do jiu-jitsu e um dos mais belos atletas dessa arte marcial) eles fizeram essas fotos para celebrar o Natal e o Ano Novo. Não é uma combinação perfeita? Gorro de Papai Noel e cuecas Calvin Klein. Eles não são uns fofos? É por essas e por outras que eu sempre vou ser uma “maria tatame”.



Saúde, sorte e uma vida longa e confortável. É o que eu desejo a todos os meus amigos que se dão ao trabalho de visitar esse blog.

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

7.12.11







VEJA ESTA CANÇÃO - Quando eu fiz meu primeiro blog, numa época em que as pessoas nem sabiam o que era blog, Marina W (que foi quem, praticamente me obrigou a fazer um blog) escreveu na apresentação do mesmo: "Waldir Leite escreve sobre Madonna, as areias de Ipanema..." Pois é. Faz tempo que eu não escrevo sobre Madonna. Mas, falar o que? Já se disse tudo sobre ela. Mas isso não significa que eu tenha deixado de gostar dela. Cada dia que passa tenho mais admiração por essa mulher. Ela sempre vai ser uma inspiração para mim. Não vejo a hora de assistir ao filme que ela dirigiu, o W.E. Enquanto o filme não chega por aqui, fico escutando Masterpiece, a linda canção que ela escreveu para o filme. Escuta aí...







AMEI UM BICHEIRO - É um filme policial brasileiro dirigido por Jorge Ileli, a partir de um ótimo roteiro de Jorge Dória. O tema do filme era o jogo do bicho, a contravenção. Estrelado por Cyll Farney, Eliana Cardoso, Grande Othelo, Jece Valadão e José Lewgoy, o filme foi lançado numa época em que os grandes sucessos do cinema nacional eram os musicais da Atlâtida. Amei um bicheiro trazia para a realidade brasileira o clima dos filmes policiais americanos. É um típico "filme noir" com tempero carioca. Foi o título desse clássico do cinema nacional que me motivou a batizar meu livro de Amei um pitboy. (Veja o trailer do filme abaixo). Em janeiro vou fazer uma noite de autógrafos na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema.

1.12.11




O gênio da TV































UMA NOITE NO COPACABANA PALACE - Foi uma grande festa a noite de autógrafos do Livro do Boni, no Copacabana Palace. Havia uma alegria genuína no ar, um astral positivo. Uma vontade coletiva de celebrar alguém por quem todos ali nutriam uma sincera admiração. Uma fila gigantesca dava voltas no salão de festas e se estendia pelo imenso corredor do primeiro andar do hotel. Artistas que se tornaram clássicos da televisão brasileira como Regina Duarte, Francisco Cuoco, Toni Ramos, Eva Wilma, Betty Faria e Arlete Sales se misturavam a políticos, celebridades, empresários, gente da moda, da cultura, da imprensa. Todo mundo muito à vontade, se divertindo, contando histórias, dando gargalhadas. Foi uma noitada!

Champanhe, champanhe, champanhe...

A noite de autógrafos foi no dia do aniversário do Boni: 30 de novembro. E ninguém menos que Roberto Carlos foi até lá cantar parabéns. É mole, ou quer mais? A multidão que lotava o Copacabana Palace não esperava por isso. De repente chegou Roberto Carlos com um bolo para o aniversariante. Foi aquele ti-ti-ti! Roberto fez questão de homenagear o Boni com a sua presença. Todo mundo queria tirar uma foto com o rei. Nem mesmo o novelista Vinicius Viana resistiu. Quando Roberto Carlos passou perto da gente Vinicius o cumprimentou e o rei foi bem efusivo: "Fala, bicho!"

Fazia tempo que eu não encontrava o roteirista Vinicius Viana e nós rimos muito falando dos nossos amigos e daquelas pessoas que estavam por ali. Junto com ele estava o Walter Negrão que me deu um abraço super apertado. Ao vê-lo eu disse: Você está ótimo, Negrão. Jovem, bonito. E ele: Falando desse jeito eu gamo. Logo em seguida a belíssima Surama Castro se juntou a nós. "Vocês sabiam que o Papa Bento 16 é gay, não é mesmo?" Surama morou 17 anos em Roma e sabia tudo sobre os bastidores da vida gay do Vaticano. "Tia Benta tem um caso com seu principal assistente, um padre jovem e bonitão", nos disse a divina Surama, destilando um suave veneno Prada. Num dado momento passou perto de nós a atriz Suzana Pires, que interpreta uma jornalista na novela Fina Estampa. Então alguém comentou: "Olha aquela atriz que interpreta a Patricia Kogut na novela Fina Estampa!". Gargalhadas gerais.

Champanhe, champanhe, champanhe...

Quem também estava na fila de autógrafos era o meu querido Antônio Calmon. Simpático e bem humorado. Calmon adora o Boni e queria muito um autógrafo, mas a fila demorava a andar. Boni fazia questão de escrever uma dedicatória especial para cada pessoa e, por causa disso, a fila se movimentava lentamente. Depois de três horas na fila Calmon desistiu. "Minha coluna está doendo, vou pra casa. Depois peço um autógrafo para ele." Já Marcos Valle foi guerreiro. Ficou na fila um tempão, até conseguir o seu autógrafo. Marcos é um artista muito importante na história da TV Globo. Quando a emissora deu a sua grande guinada nos anos 70 e começou a fazer novelas modernas, ele foi o responsável pelas melhores trilhas sonoras já feitas para a TV. Não entendo porque as novelas dos dias de hoje não usam trilhas do Marcos Valle. Ele está mais moderno do que nunca. 

(Em tempo: a trilha de "Aquele Beijo" é medonha!)

Minha querida e adorada Hildegard Angel também estava lá, com o seu Francis Bogosian. "Adorei o teu look", me disse Hildezinha quando me viu usando uma elegante camisa Sandpiper. A Hilde sempre tem uma palavra de carinho e doçura para mim. Adoro ela! Meus queridos Luiz Carlos e Lucy Barreto distribuíam simpatia. "Pedi para uma pessoa da minha confiança ler o teu livro e me fazer uma avaliação", me disse Lucy, falando do meu livro "Amei um pitboy", que eu sugeri que ela transformasse em filme. 

Enquanto Boni se dedicava a escrever carinhosas dedicatórias, sua mulher Lou tratava de receber os convidados. Lou é um amor. Uma pessoa doce, bondosa e hilária. Ela sempre foi assim: bacana e acessível. Mesmo na época em que o Boni era o todo poderoso da Globo. Aquele mundo de poder nunca fez parte da vida dela. Sempre fez questão de ser uma "doida", no bom sentido. Foi ela quem buscou Regina Duarte, quando viu a atriz lá no final da fila gigantesca. "Desculpa, gente, mas eu não posso deixar a Regina no final da fila", disse. E todo mundo concordou.

Na produção do evento, organizando jornalistas e convidados, a competência e o talento de Liège Monteiro e seu companheiro Luiz Fernando.

Dênis Carvalho, Antônio Fagundes, Zeca Pagodinho, Cid Moreira, Dody Sirena, Cid Moreira, Aracy Balabanian, Tufvesson e Piva, André Ramos, Bruno Chateaubriand, Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho, Maria Vasco, Julio Rego, Xuxa Lopes, Maria Zilda, Adriana Birolli, Ruiz Bellenda, Jesus Luz, Verinha Bocayuva, Gisela e Ricardo Amaral, Narcisa Tamborindeguy (que foi nora do Boni), Glória Perez, Daniel Filho, Dr. Paulo Niemeyer, Roberto D´Ávila, Anna Ramalho, Lu Lacerda, Regina Casé, Tomaz Naves (Diretor de Marketing da Record), Tom Cavalcante e Manoel Carlos também estavam na fila de autógrafos.

Quem estava esfuziante na noite do Boni era a querida Fernanda Bruni, que foi casada com Walter Clark na época em que ele era o Chefão da Globo. Chegamos juntos ao Copacabana Palace. A Fernanda é uma pessoa adorável, bem humorada, alto astral. Conversamos durante toda a festa e ela me disse coisas muito divertidas. "É verdade que o Boni deu uma entrevista falando que o tal debate entre o Lula e o Collor foi mesmo manipulado pela Globo? Meu Deus! Ele enlouqueceu!"

Champanhe, champanhe, champanhe...

"Essas coisas não devem ser ditas", comentou La Bruni dando um gole em sua taça. "Veja só o livro do Ricardo Amaral. Contou coisas que não era para contar..." Ela fez uma cara de quem não tinha gostado de algo. É que o Ricardo conta em seu livro que certa vez, numa noitada no Hipopotamus, a alça do vestido da Fernanda arrebentou e então... Depois do autógrafo ela me mostrou a carinhosa dedicatória e comentou seu encontro com Roberto Carlos. "Ele me olhou dentro dos olhos e me perguntou: Como é que você está, Fernanda? Quase que eu desmaio de emoção!" Enquanto tomávamos mais uma taça de champanhe ela me fez uma confidência. "Tenho muita vontade de escrever um livro. Tenho até o título: Quem tem medo de Fernanda Bruni? Já vi tanta coisa interessante nessa vida que é até um pecado deixar isso guardado. Mas, ao mesmo tempo, morro de medo de me expor... Nos anos 70 eu só andava com Chico, Tom, Vinicius. A gente aprontava muito..."

Champanhe, champanhe, champanhe...

27.11.11







A ousadia é, depois da prudência, uma condição especial da nossa felicidade.



UM BRASILEIRO EM LUXEMBURGO - Quem desembarcou neste sábado no Rio de Janeiro foi o atleta brasileiro Bruno Robusto. Ele estava em Luxemburgo, onde foi participar de mais uma edição do Fight Fever, torneio de MMA muito popular naquele país. 2011 está sendo um ano de vitórias para esse rapaz de apenas 21 anos. Em 2010 ele foi visto treinando em sua academia por um dos organizadores do torneio em Luxemburgo, que ficou impressionado com seu estilo de luta. Daí foi convidado a participar da edição do dia 2 de Abril. A vitória resultou num novo convite para lutar na edição do dia 1 de Outubro. A segunda vitória resultou num convite para ficar em Luxemburgo a fim de participar de mais uma luta, que aconteceu em 19 de Novembro. Mais uma vitória.



De volta a Copacabana, cercado de amigos na feijoada de aniversário do seu parceiro Rafael Tiago, Robusto contou de sua experiencia num país distante e exótico. "Um dia antes da viagem os caras me chamaram para um almoço de despedida. Quando cheguei no restaurante tinham 25 pessoas me tratando com o maior carinho, todo mundo querendo que eu ficasse em Luxemburgo", dizia ele, com sua voz serena e tranquila. Na bagagem trouxe um contrato para uma nova luta, no início de 2012. Os promotores queriam que ele ficasse direto, mas ele preferiu voltar para o Rio. "A temperatura lá estava cinco graus abaixo de zero. Preferi voltar para Copacabana e matar saudades da minha família e dos meus amigos."



Atenção Rede Globo! Bruno Robusto está concorrendo a uma vaga no TUF - The Ultimate Fighter, o reality show de lutas que a emissora vai transmitir no próximo ano. Espero que ele seja um dos escolhidos pela produção desse programa, que é uma espécie de Big Brother só com lutadores.



Bruno Robusto voltou com a bagagem carregada de sua viagem. Por isso trouxe na mão os dois troféus que ganhou em Luxemburgo. Viajou tranquilamente de Luxemburgo para Paris. Mas, quando fez escala no Charles De Gaulle, o aeroporto da capital francesa, a segurança não permitiu que ele viajasse com os troféus na mão. "Você pode machucar alguém com esses troféus", lhe disse a bela e rude agente de segurança. Ele então teve que comprar uma mala apenas para despachar os troféus. "Gastei uma grana, já que no Charles De Gaulle é tudo muito caro", disse.



Mas, da temporada na Europa, ele só trouxe boas lembranças. Fez amigos e fãs com suas vitórias em Luxemburgo. "O MMA é muito popular no país, então eu andava pela rua e todo mundo vinha falar comigo, pedia pra fazer foto". Luxemburgo é um grão ducado que faz fronteira com a França, Bélgica e Alemanha. A proximidade fez com que Bruno pudesse fazer grandes passeios por esses países e se deliciar com a cultura, as paisagens, a comida e tudo o mais que a Europa tem para oferecer.



Bruno Robusto começou a lutar Muay Thai com dezesseis anos e logo se destacou na modalidade de luta que escolheu para treinar. Desde então começou a juntar dinheiro para viajar para a Tailândia, berço dessa arte marcial. Com calma e persistência conseguiu realizar seu sonho. Em 2010, pagando as despesas do seu próprio bolso, viajou para Bangkok a fim de participar de importante torneio local. Na volta ao Brasil, quando estava treinando, foi convidado para fazer fotos para um ensaio de moda da edição alemã da revista Vogue. "Os outros lutadores eram muito mais bonitos, mas, não sei porque, eu é que fui escolhido", diz com sua voz mansa. E quando lhe perguntam dos seus planos para o futuro ele não sabe o que dizer. "Eu simplesmente vivo a minha vida e deixo que as coisas aconteçam".



25.11.11




















ZÉ CARIOCA - Renato Gaúcho, na praia de Ipanema, praticando seu esporte favorito, depois do futebol: o futevolei. A rede em frente a rua Vinicius de Moraes é o seu quintal. Ali ele é o dono do pedaço, jogando futevôlei com os atletas da região. É ali, ao lado do Renato Carioca (sim, ele é um simbolo do Rio) que os grandes atletas do futevolei praticam seu esporte e se exercitam para os diversos torneios que estão acontecendo no Leblon, em Ipanema e em Copacabana.

Madonna vem aí...

 

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