14.8.03

HOLLYWOOD ENDING – Nunca assisti a um filme de Woody Allen que eu não pudesse chamar de obra-prima. E o diretor nova-iorquino mantêm a escrita neste seu último filme, batizado no Brasil de Dirigindo no Escuro. O filme é uma crítica ao estilo americano de ver e fazer cinema, onde não cabe um entendimento do cinema como uma forma de arte que se propõe a fazer o espectador refletir. Atualmente os filmes de Woody Allen não fazem mais sucesso nos Estados Unidos. Mas são considerados obras de arte na Europa, principalmente na França e no Brasil.


Como sempre, o filme de Mr. Allen parte de uma idéia sensacional. Um diretor decadente fica psicologicamente cego quando é escalado por uma grande companhia para dirigir um filme. Com medo de perder sua grande chance ele esconde a cegueira e dirige o filme assim mesmo. O filme acaba sendo um fracasso na América mas faz um grande sucesso na França, onde é considerado uma obra de arte. Como sempre acontece com os grandes artistas, a arte de Allen é, antes de mais nada, um espelho dele mesmo.


Mesmo criticando o cinema americano, existe um olhar de ternura do diretor sobre o seu mundo e a sua arte. É tudo muito engraçado e inteligente. O mais bacana no filme é que, ao fazer sua critica ao cinema americano ele não esqueceu de homenagear os países onde seus filmes são um sucesso. A França é citada como o lugar onde o seu filme foi considerado uma obra prima. E o Brasil, que entende e pretigia os seus filmes, merece um carinho especial do diretor. Num diálogo ele diz que sua ex-mulher casou com um milionário e foi viver no Brasil.


Alguns dos meus filmes favoritos, são filmes que têm o próprio cinema como tema. Falando dos bastidores, dos atores, dos fãs e de tudo o que diz respeito a essa forma de arte. Dentre os meus favoritos estão: 1-O dia do gafanhoto; 2-Sunset Boulevard; 3-Los Angeles Confidential; 4-O último magnata; 5-Mulholand Drive.

Madonna vem aí...

 

Postagens mais vistas