13.9.03




A FORMIGONA – Sem dúvida alguma, ele é um dos personagens mais controvertidos do circuito intelectual do society carioca. Silviano Santiago. Ou, simplesmente A FORMIGONA, como diria o venenoso jornalista Ezequiel Neves. Silviano Santiago é escritor, ensaísta, professor de letras e critico literário. Um chato esnobe, afeito aos círculos universitários, que se acha um gênio da literatura brasileira. Crítico implacável, ele costuma tecer comentários pouco lisonjeiros sobre textos de escritores que não lhe fazem a corte. Como se considera um homem intelectualmente privilegiado, Silviano deseja ser adulado por todos aqueles que almejam fazer parte da nossa elite intelectual.




Silviano Santiago se comporta no nosso circuito literário como aquelas antigas door-woman de boates moderninhas que diziam quem deveria ou não entrar na boate. Pois bem. Silviano se acha a door-woman da literatura brasileira. Acredita piamente, que ele é quem deve dizer quem pode ou não pode entrar no olimpo dos escritores brasileiros, de acordo com aqueles que lhe fazem ou não a corte. Afinal, a bicha é muito bem relacionada e costuma ser consultada pelas principais editoras brasileiras por ocasião da renovação dos seus elencos.


Silviano Santiago também é famoso nos círculos intelectuais brasileiros por causa de sua arrebatadora paixão pelo poeta Affonso Romano de Sant´anna. É um amor antigo, que remonta a juventude do escritor. Ainda jovem, na época dos primeiros anos na universidade, Silviano conheceu o jovem e másculo Affonso Romano. Foi um amor instantâneo. Paixão à primeira vista. O jovem e saltitante Silviano ficou encantado com aquele rapaz tão másculo e culto, que respirava poesia com tanta verdade.


Desde o primeiro instante Silviano quis beijar a boca quente de Affonso Romano. Acariciar-lhe o peito cabeludo. Sentir suas mãos másculas apertando o seu corpo. Ouvir sua voz grave sussurrando poemas no seu ouvido. De todas as maneiras que se pode desejar um bofe, Silviano sempre desejou Affonso. Só que A FORMIGONA esbarrou num pequeno probleminha: Affonso Romano de Sant´anna é heterossexual!


Sem nunca poder realizar o seu desejo sexual pelo homem amado, Silviano Santiago se tornou uma pessoa triste e amarga. Desnorteado pelo seu vazio interior, ele vive obsessivamente buscando conquistar prêmios literários com a finalidade de impressionar Affonso Romano intelectualmente. Como esses prêmios nunca vêm, A FORMIGONA circula pelo Rio de Janeiro como uma espécie de Adele H. que nunca realizou a sua paixão por Vitor Hugo. Vagando pelas ruas da cidade, destilando suas frustrações pelas esquinas e sussurrando baixinho o nome do único homem que realmente amou. Affonso... Affonso... Affonso...

Madonna vem aí...

 

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