3.9.03

SETEMBRO NEGRO – Dentro de alguns dias os ataques terroristas de 11 de setembro estarão completando dois anos. Parece que foi ontem... Naquele fatídico dia, quando levantei pela manhã, enquanto tomava banho e escovava os dentes, liguei o radio. Only when you live, com Spandau Ballet encheu minha casa de energia. Quando a música acabou o locutor disse que um avião tinha se chocado com uma torre do WTC e que havia suspeita de terrorismo. Aquilo me soou tão absurdo no primeiro instante. Imediatamente liguei a TV e surgiu toda a cena. As duas torres. Uma delas exalando fumaça. A TV dizia coisas desencontradas. De repente aconteceu. Um outro avião se aproxima e, ao vivo, para todo o universo, se choca de encontro a segunda torre. Foi algo sensacional. Um momento histórico da humanidade transmitido ao vivo, para milhões de telespectadores que a partir daquele momento teriam suas vidas mudadas de alguma forma. Foi então que senti que aquele 11 de setembro seria um dia muito diferente dos outros.




Foi excitante ver os ataques terroristas pela TV. Os locutores dando informações desencontradas. Noticias que afirmavam que vários aviões tinham sido seqüestrados, em várias cidades americanas. Ao mesmo tempo, pessoas começavam a se jogar do alto das torres enquanto as narrativas se tornavam cada vez mais macabras. E as imagens dos prédios em chamas dominando, o tempo inteiro, a tela da TV. Logo percebi que naquele dia ninguém ia conseguir sair de frente da televisão. Afinal, um filme de James Bond estava sendo transmitido em tempo real e com efeitos especiais autênticos. Explosões, correrias, tensão, suspense. Tudo o que um bom thriller precisa. Agora entraria em ação os bombeiros e eu queria assistir ao resgate das vitimas. Na minha ingenuidade, eu não sabia que o pior ainda estava por vir.




Confortável no sofá, uma caneca de café-com-leite na mão eu assistia incrédulo ao maior espetáculo da terra. De repente, como se tudo aquilo ainda fosse pouco, os prédios do WTC começaram a ruir. As torres gêmeas, os edifícios mais altos do mundo, maravilhas da engenharia ocidental, estavam sendo postas abaixo com gente viva dentro. Foi um espetáculo gigantesco no seu ineditismo e na sua capacidade de traduzir o mais alto grau da maldade humana. Seres humanos sendo sacrificados em fogo e concreto, num show para a TV. A palavra “terror” não poderia ser mais adequada para o que estava acontecendo diante dos olhos da população do mundo inteiro. A realização, alive, de tudo aquilo que Hollywood tanto havia sonhado. Com todo aquele fulgor hollywoodiano, toda aquela dimensão que só o cinema pode dar. Só que era tudo verdade.


Aquele 11 de setembro foi um dia diferente na vida de todo mundo. Uma ansiedade e uma expectativa muito grande se apoderou de todos. O que será que vai acontecer ao mundo? As notícias, veiculadas por órgãos de imprensa americana davam conta que terroristas árabes tinham atacado o país. E curiosamente, o presidente da República tinha sumido. Dizia-se apenas que ele tinha sido levado para um local seguro. Depois, se tocaram de que ficou parecendo que ele tinha sido o primeiro a correr para se esconder. De qualquer maneira, no meio daquela loucura toda, algo me soava estranho. Alguma coisa parecia não ter lógica. O meu faro de jornalista me dizia para ficar de olho que aquilo tudo poderia não ser o que estava parecendo.




Dias depois, numa cerimônia em homenagem às vitimas do atentado, quando foi anunciado que o Congresso tinha liberado bilhões de dólares para que o governo americano usasse na guerra contra o terrorismo, caiu a ficha. Naquele momento eu entendi tudo. A razão para aqueles ataques tinha sido o dinheiro. Assistindo a George W. Bush compungido naquela cerimônia eu me senti um detetive de romance policial no velório da vítima do crime que ele investigava. Isso é quase um clichê no romance policial. No enterro da vítima, morto numa explosão, por exemplo, a viúva compungida chora muito a perda do marido. Mas foi ela quem herdou os milhões de dólares. Isso, imediatamente a torna a principal suspeita. E no caso dos ataques de 11 setembro George W. Bush sempre me pareceu o principal suspeito.




O governo americano mentiu no caso das armas de destruição em massa, por ocasião da guerra do Iraque. Mentiu e forjou documentos. Foi uma mentira e tanto. Uma mentira que justificou a invasão do Iraque. A questão agora é descobrir desde quando os americanos estão mentindo. Tudo o que se sabe até agora, sobre os ataques de 11 de setembro, é o que foi dito pelo governo Bush. Pela CIA. Pelo FBI. O que nos garante que eles estão falando a verdade? Sabe-se que o governo americano também controla os meios de comunicação dos EUA, que por sua vez são copiados pelos meios de comunicação do mundo inteiro... Quem sabe se os ataques não foram orquestrados pelo próprio Bush a fim de justificar sua política belicista e conseguir do Congresso dinheiro para seus projetos. A máfia seria capaz de agir dessa forma.




De qualquer maneira o ataque terrorista foi muito bem sucedido, como evento, como acontecimento histórico. Foi tão bem realizado como mídia, que atingiu em cheio o coração do mundo todo. Foi tão competente no seu intento que eu poderia dizer, com certeza, que parece coisa de americano. Só os próprios americanos teriam tanto timming e tanto talento.


Desde o inicio do governo que George W. Bush pleiteava mais dinheiro do Congresso para investir em armas. E o seu discurso parecia inócuo diante da situação do mundo. Com os ataques de 11 de setembro ele nem precisou se esforçar para conseguir todo o dinheiro necessário aos seus projetos. Além disso, um ataque aos EUA seria a desculpa perfeita para atacar o Afeganistão e o Iraque, países ricos em Petróleo. Elementar meu caro Watson!

Baseado meu amor...

  O STF discute a descriminalização da maconha. Num momento em que as grandes cidades brasileiras vivem num clima de guerra civil por conta ...

Postagens mais vistas