16.2.04

NÃO QUERO MAIS SABER DE TIO SAM - Foi sensacional o desfile do Suvaco do Cristo, o animado bloco carnavalesco do Jardim Botânico. Com um samba enredo divertido, cujo refrão dizia: Depois do buraco do Saddam, esse ano o meu bloco já tem outro enredo, Não quero mais saber do Tio Sam, aqui não vai botar o dedo.


A estratégia do bloco de não divulgar a hora do desfile e não fazer ensaios públicos funcionou na hora do carnaval. Durante o desfile do Suvaco pelas ruas do Jardim Botânico só havia quem estava interessado na folia. Nada de brigas, confusões, ou tumultos. Neste aspecto, deve-se admitir que os organizadores fizeram a coisa certa.


Logo cedo a rua Jardim Botânico foi interditada ao trânsito, enquanto os foliões se aglomeravam em frente ao Bar Jóia. Mulheres fantasiadas de diabinho. Garotas bonitas. Bofes sensacionais. Familias inteiras. Crianças. Às duas da tarde a bateria desceu a rua Faro, com uma ala de baianas e Cíntia Howllet, linda como sempre, de porta-estandarte. O som da bateria enlouqueceu os foliões. Então a rua Jardim Botânico ficou pequena para tanta animação.




NOS EMBALOS DO VERÃO - O SKOL RIO foi um sucesso que merece registro. Tudo muito bem organizado e profissional e encantou os cariocas que foram a Marina da Glória. Dois palcos que se revezavam na realização dos shows. Um cinema ao ar livre que exibia excelentes filmes de animação. Uma praça de animação que parecia uma sucursal do Baixo Gávea. E no gramado, de frente para a baía da Guanabara, a produção do evento, seguindo aquele conceito da cerveja que desce redondo, colocou várias camas redondas onde casais apaixonados explicitavam seu amor e grupo de jovens fumavam baseados, comemorando a nova legislação brasileira que isenta de prisão o usuário de drogas. Tudo isso com uma belíssima vista da baía, o céu estrelado e os aviões pousando do outro lado, na pista do Santos Dummont.


O grande destaque musical do evento foi Jorge Benjor. Seu show, como sempre animado e cheio de suingue, levando a platéia ao delírio. A certa altura, alguém da produção entrou no palco e colocou um papel no chão com um aviso para o cantor. Quando acabou a música, Benjor, visivelmente chateado, falou para a platéia que tinham colocado um bilhete avisando que ele tinha cinco minutos para acabar o show. E assim ele fez, apesar dos protestos da platéia. Cantou mais cinco minutos e nem teve o bis. Assim, o público do Skol Rio ficou sem ouvir Benjor cantando Taj Mahal e Jorge de Capadócia. Como é que alguém pede para Benjor parar de tocar? Essa desceu quadrado! Os organizadores pediram para ele acabar o show, para que pudesse haver tempo para montar o palco para o show das bandas Jota Quest e The Silvas. Estou chocado até agora.






ENQUANTO ISSO EM OLINDA - Darlenes, cleópatras, melindrosas, odaliscas, gueixas, ginastas. Os homens soltaram a criatividade e encarnaram as mais diferentes personagens femininas no 51º desfile das Virgens de Olinda, ocorrido neste domingo. Mais de 500 mil pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar, lotaram as ruas e avenidas do bairro para divertir-se com os desfilantes. O bloco arrastou foliões por 3,2 quilômetros nas avenidas Getúlio Vargas e Ministro Marcos Freire, ao som de dez trios elétricos e das bandas Luará, Pingüim, Silhueta e Força Livre. Nem a chuva no meio da manhã fez o "fogo" das 413 virgens baixar durante a concentração na praça 12 de março, que teve início às 8 da manhã.

Madonna vem aí...

 

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