12.7.04

GLÓRIA FEITA DE SANGUE - É impressionante o filme de Stanley Kubrick Paths of Glory, cujo título no Brasil é Glória feita de sangue. Ambientado na primeira guerra mundial, o filme mostra como uma guerra pode servir apenas a interesses menores de governos e autoridades. Kirk Douglas interpreta um oficial que é induzido por seu superior a levar seus homens numa operação arriscada, apenas porque o general deseja adquirir mais uma estrela na sua patente. Ele sabe que a operação resultará na morte de metade do seu batalhão, mas a sua vaidade é mais importante. O general, como é comum nestes casos, apela para o patriotismo de seus homens. É nesse momento que o personagem de Kirk Douglas cita nominalmente o pensador Samuel Jonhson e sua famosa frase: O patriotismo é o último refúgio de um canalha.


Glória Feita de Sangue é a metáfora perfeita para as implicações políticas da invasão do Iraque. O governo americano mentiu e falsificou documentos como desculpa para justificar a guerra. Agora tenta de todas as maneiras uma saída honrosa para seus crimes. A última tentativa dos gangsters da Casa Branca foi demitir o chefe da CIA, alegando que foram erros dos relatórios do serviço de inteligência que induziram os EUA a invadir o Iraque. Bullshit!


A prisão de Saddam Hussein é um absurdo. Se ele foi um ditador, para o povo do seu país, é esse mesmo povo quem tem que se livrar deste problema. Quem deu a George Warren Bush o poder de polícia internacional e prender Saddam Hussein? Até porque, todos os crimes que estão sendo atribuídos a Saddam também podem (e devem) ser atribuídos a George W. Bush. Se Saddam praticou torturas contra cidadãos iraquianos, Bush também praticou. Se Saddam invadiu um país, Bush também invadiu. Se Saddam descumpriu leis internacionais, Bush também descumpriu. George W. Bush também tem que ser preso, julgado e condenado pelos seus crimes de guerra.


Existe no mundo um pensamento conformista que aceita as monstruosidades desse sujeito apenas porque ele é americano, branco e fala inglês. É uma nova leitura do nazismo, preconizado por Adolf Hitler, que encontrou eco no império americano. Esse raciocínio determina que os americanos são uma raça superior. Sendo assim, eles podem tudo. Até invadir outro país, atirar bombas em seus cidadãos e se apoderar de suas riquezas.


George W. Bush é um grande aliado do terrorismo. Como nenhum outro, o pilantra usa o terrorismo a seu favor. Agora, por exemplo, ele está reinvidicando o direito de adiar as eleições, caso haja algum ato terrorista nos EUA. Isso é uma tentativa de golpe. Primeiro, ele está aterrorizando a população americana. Segundo, não me surpreenderia se o próprio governo dos EUA já estivesse planejando um ataque terrorista, visando apavorar os americanos e se manter no poder. Bush chegou num ponto em que sua sobrevivência política depende de um ataque terrorista.




CINEMA É A MELHOR DIVERSÃO - A seguir, uma lista dos dez últimos filmes que assisti no DVD. Barry Lyndon assisti várias vezes no cinema. E quanto mais eu assisto, mais gosto do filme. A narrativa, a forma de atuação dos atores, a direção mágica de Kubrick, a fotografia e a trilha sonora. Sem dúvida, é um dos meus filmes favoritos. Quando os homens são homens é um faroeste dirigido por Robert Altmann, com Warren Beatty e Julie Christie. É um filme pertubardor, belo e triste. Gostei tanto que assisti novamente no dia seguinte. É todo sublinhado por uma trilha sonora sensacional composta de canções de Leonard Cohen. Os deuses vencidos assisti por ocasião da morte do Marlon Brando, neste filme em que ele contracena com outro ícone do cinema, Montgomery Cliff, que é o protagonista de Quando uma mulher erra, um dramalhão do Vittorio de Sica. Brigitte Bardot está maravilhosa em Ao cair da noite. E é tão raro encontrar um filme estrelado por BB nas locadoras. Três homens em conflito tem uma das fórmulas mais bem sucedidas da história do cinema: Clint Eastwood + Sergio Leone + Ennio Moricone.


1 - Barry Lyndon, de Stanley Kubrick
2 - Glória feita de sangue, de Stanley Kubrick
3 - A morte passou por perto, de Stanley Kubrick
4 - A última vez que vi Paris, de Richard Brooks
5 - Os Deuses Vencidos, de Edward Dmytryk
6 - Quando a mulher erra, de Vittorio de Sica
7 - Quando os homens são homens, de Robert Altmann
8 - A vida de David Gale, de Alan Parker
9 - Ao cair da noite, de Roger Vadim
10- Três homens em conflito, de Sergio Leone




SHOCKING BLUE foi uma banda marcante na história da música pop. Sua canção Vênus é um hit até hoje. Diz a lenda que Vênus é a única música a figurar três vezes em primeiro lugar na lista da Billboard. A primeira vez, em 1970, quando a música foi lançada. A segunda vez em 1981, na gravação do grupo Stars on 45. A terceira vez em 1986, quando a música foi regravada pelo grupo Bananarama. Mas nenhuma das regravações supera a gravação original, capaz de incendiar qualquer pista de dança. A segunda música mais famosa do Shocking Blue, Never Marry A Railroad Man , é uma canção belíssima, cantada de forma pungente pela vocalista do grupo, a holandesa Mariska Veres. Gregory Ofman, fã do grupo, criou um site muito especial dedicado a sua banda favorita. Clique aqui e saiba tudo sobre o Shocking Blue.


NEVER MARRY A RAILROAD MAN


Have you been broken-hearted once or twice
If it's yes how did you feel at his first lies
If it's no you need this good advice


Never marry a Railroad man
He loves you every now and then
His heart is at his new train. No, no , no
Don't fall in love with a Railroad man
If you do forget him if you can
You're better off without him


Have you ever been restless in your bed
And so lonely that your eyes became wet
Let me tell you then one thing


Never marry a Railroad man
He loves you every now and then
His heart is at his new train. No, no , no
Don't fall in love with a Railroad man
If you do forget him if you can
You're better off without him

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