23.8.04

FRASES:


Quem adivinharia que a grande droga dos anos 2000 seria inocente e legalizada? - Sebastião Maciel, sobre o ORKUT




Por que brigar tanto assim com a Mãe Natureza, se ela mesma nos fez imperfeitos e periclitantes? Jango Rodrigues, escritor




FORÇA & SAÚDE - Alexandre Xoxota é um dos grandes jogadores de futebol de praia de Copacabana. Astro do Força & Saúde, tradicional time da rua República do Perú. Muito querido pelos amigos, graças a sua personalidade e ao seu carater. Um cara que eu aprendi a admirar e a querer bem. Bonito, simpático e boa praça. Além disso, um empresário bem sucedido, dono de duas lojas de infomática. Comprei meu atual computador na loja dele. Alexandre fez questão de levar meu computador pessoalmente e ele mesmo montou o equipamento com o maior carinho, deixando claro que aquele cliente teria um tratamento especial.


Há três meses Alexandre começou a sentir dores de cabeça. Passou mal no trabalho. A esposa, Luana, com quem tem um filho de dois anos, o levou ao médico. Uma tomografia computadorizada deu o diagnóstico: tumor no cérebro. Uma reviravolta na vida do nosso querido Alexandre. (O "Xoxota" é apelido do futebol.) Dez dias depois ele foi operado. Os médicos conseguiram retirar o tumor, a operação foi bem sucedida. Agora ele está passando pela segunda fase do tratamento: a quimioterapia.


Sexta-feira fomos visitá-lo. Eu, André e Camila. Adoro meu amigos e foi triste ver o sofrimento que ele e sua família estão passando. Acredito que ele logo vai ficar bom. Nessa fase do tratamento o importante é ter paciência. Conversamos um longo tempo e ele me pareceu muito bem, apesar de magro e careca. Alexandre contou, com voz firme e serena, todo o drama que passou: a cirurgia, os riscos, os medos. Sua mãe, que estava conosco na sala, ficou emocionada com as palavras do filho e começou a chorar.


Enquanto falava, eu o olhava e me perguntava: por que logo ele? Um sujeito tão bom. Tão correto. Tão cheio de vida. Um rapaz tão bonito. O filhindo dele, de apenas dois anos, brincava na sala e isso me deixava ainda mais comovido. Uma criança linda, sorridente e de cabelos loiros. Nós íamos sempre ao Maracanã. Eu, ele e André. Alexandre nos pegava com sua caminhonete e íamos a todos os jogos do Fluminense, apesar dele torcer pelo Botafogo.


Levei três livros de presente para Alexandre: uma biografia do Ayrton Senna, o policial Alguém Espia nas Trevas, de Mary Higgins Clark e O Fascínio, romance de Tabajara Ruas. Combinanmos de jantar no Outback. Na despedida trocamos um abraço forte e ele me disse, com os olhos molhados, que tinha ficado muito comovido com a visita.

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