21.9.04

TRAGÉDIA NO QUARTEL - Reviravolta no caso dos soldados Francisco Cleoman e Robson Mendonça, encontrados mortos na Base Aérea de Fortaleza. O jornal O Povo, o mais lido no Ceará, publicou matéria bombástica em que afirma que os dois soldados não atiraram com a pistola 9 mm que portavam no dia da tragédia. Segundo o jornal o teste residuográfico feito nas mãos dos dois soldados deu negativo. Assim, a versão apresentada pela Aeronáutica de homicídio seguido de suicídio deverá ser descartada e substituída pela hipótese de duplo homicídio. Isso significa que uma terceira pessoa está envolvida no caso e seria o assassino. Por isso foi pedido o exame residuográfico de oitenta soldados e oficiais da Base Aérea. Ao mesmo tempo uma nova perícia vai dizer se a cena do crime foi montada. Também deram negativos os testes que poderiam informar se os militares teriam feito uso de alguma substância tóxica (toxicológico) ou mantido relações sexuais (sexológico) momentos antes do crime. Os familiares dos soldados que, desde o início contestaram a versão oficial, estão acompanhando o caso. O fato é que a tragédia na Base Aérea é o assunto do momento em Fortaleza.




CINEMA É A MELHOR DIVERSÃO - Muito concorrida a sessão para a imprensa do filme KILL BILL 2, no cine Odeon. Será que Quentin Tarantino vai ser indicado ao oscar por esse filme? São duas horas de puro prazer para quem assistiu ao volume 1 da saga estrelada por Uma Thurman. Um delírio cinematográfico bem sucedido que mistura com muita eficácia a grandiloquência do faroeste de Sergio Leone com a agilidade coreografada dos filmes de kung fu. É antológica a sequência de luta entre Uma Thurman e Daryl Hannan dentro de um trailer no meio do deserto. Muito humor por trás de uma violência estilizada. As aulas de artes marciais que Lady Thurman recebe de um mestre oriental merecem destaque pelo ator Chia Hui Liu. O final do filme também é genial, quando a heroína... Bem, não vou contar o final. É claro que Kill Bill 1 é melhor que o 2. Afinal, a primeira parte conta com Lucy Liu no elenco e tem a antológica cena de luta da mocinha com um batalhão de japoneses. De qualquer maneira, a melhor lembrança que eu vou guardar deste filme é a citação das músicas de Ennio Moricone, o maestro que fez a trilha dos filmes de cowboy do Sergio Leone.




SELEÇÕES READER´S DIGEST HOMENAGEIA CHICO BUARQUE - Quatro décadas separam o garoto que fez Pedro, pedreiro do senhor maduro que escreveu Budapeste, mas um par de olhos cor de ardósia e muitas das melhores composições da história da música popular brasileira mantêm unidos aquele menino nascido no Rio e criado em São Paulo e o intelectual que acabou se tornando uma rara unanimidade nacional. Chico Buarque de Hollanda chega aos 60 anos como atravessou os anos 60: atrevido, inovador, intrigante e, acima de tudo, capaz de emocionar os que viram ou não viram passar a Banda que encantou brasileiros de todas as idades e credos e que têm, agora, a oportunidade de adquirir a mais completa coletânea de sua obra.


Seleções Reader’s Digest está lançando em 27 de setembro uma coleção com cinco CDs que reúnem as 70 músicas mais importantes de Chico Buarque, além de um prospecto com um texto biográfico sobre a sua vida escrito pelo jornalista João Máximo, que inclui as letras de todas as composições. Completo, minucioso, em 54 páginas, revela, também, 30 fotos de todas as fases de Chico Buarque.


As músicas foram escolhidas por um grupo de críticos e especialistas, mas teve participação importante dos clientes de Seleções. As canções selecionadas foram confirmadas pelo voto direto dos assinantes e consumidores dos produtos Seleções, consultados a cada seis meses, durante um período de dois anos. O resultado retrata a sensibilidade de uma escolha feita a ouvidos de bom gosto musical e competente percepção antológica e histórica. Há um pouco de tudo e de cada fase da carreira de Chico.


A coletânea revela uma outra novidade neste tipo de trabalho: inclui originais de diferentes gravadoras, o que significa que tudo o que o público gosta está lá, em versões com qualidade digital.A coleção As mais belas canções de Chico Buarque, nome também escolhido pelos leitores de Seleções, começa por Construindo sucessos, em que predominam as músicas dos festivais da canção, como A banda, Quem te viu, quem te vê e A noite dos mascarados.


No segundo disco, Chico sem censura, abre-se espaço para as músicas do conturbado período da história brasileira em que Chico foi tão perseguido pela polícia política que, na volta ao Brasil depois de um período de auto-exílio na Itália, viu-se obrigado a inventar um heterônimo para assinar suas músicas - Julinho da Adelaide. Censurado, mas nem por isto menos criativo, Chico produziu nesta época pérolas como Apesar de você, Roda viva, O que será e Vai passar. Todas reproduzidas na coletânea, é claro.


O terceiro CD da coleção, Encontros inesquecíveis, registra as parcerias de Chico Buarque com consagrados cantores e compositores, em duetos que fizeram história, com Djavan (“A Rosa”), Caetano Veloso (“Você não entende nada” e “Cotidiano”), Fagner (“Joana francesa”) e Maria Bethânia (“Vai levando”), entre vários outros. Talento brasileiro, o quarto CD da coletânea de Seleções, reúne as músicas de maior destaque na carreira de Chico Buarque, como Bárbara, Tatuagem e Mulheres de Atenas.


A coleção se completa com um típico gran finale. Outras vozes cantam Chico traz interpretações clássicas como Atrás da porta, com Elis Regina; Pedaço de mim, com Zizi Possi; e O meu amor, com Marieta Severo e Elba Ramalho. A segunda parte deste quinto CD se chama Sucessos eternos, e tem preciosidades como Olhos nos olhos, Vai trabalhar, vagabundo e Bye bye, Brasil, todas interpretadas pelo próprio Chico Buarque.

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